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Casos de coronavírus aumentam em lugares onde o Falun Gong é mais perseguido

22 de janeiro de 2021 |   Por Shan Yiyang

(Minghui.org) Depois de se espalhar para quase 200 países, a pandemia de coronavírus resultou em mais de 94 milhões de casos de infecção em todo o mundo, com um número de mortes de mais de dois milhões.

Com novas variantes surgindo em dezembro e se espalhando pelos continentes, a situação se tornou mais grave do que antes. No Nordeste da China, as autoridades da cidade de Shenyang, província de Liaoning, emitiram uma ordem de permanência em casa para toda a cidade em 31 de dezembro de 2020. O bloqueio estrito também foi imposto em uma parte da cidade onde ninguém tinha permissão para sair. Circulava na internet o arquivo de áudio de um médico que descrevia a grave situação. “Tenho que sair quatro ou cinco vezes [para tratar pacientes]”, disse ele, “a nova variante do vírus é altamente infecciosa e complicada”.

A má qualidade dos kits de teste torna as coisas mais difíceis. Um oficial em Dalian, província de Liaoning, contou o caso de um paciente que fez 11 testes repetidos para confirmar. Autoridades da Mongólia Interior também anunciaram recentemente a construção de 43 hospitais improvisados em Fangcang para uso urgente. Isso indica que provavelmente ocorreu um grande número de novos casos na região.

Ao examinar as áreas afetadas, pode-se descobrir que quase todas estão associadas a graves violações dos direitos humanos, especialmente a perseguição ao Falun Gong. Isso implica que, conforme descrito no ditado chinês, "o bem é recompensado e o mal é punido."

Províncias com casos de ressurgimento do coronavírus

As autoridades chinesas afirmaram que, em 1º de junho de 2020, a pandemia havia praticamente desaparecido na China e apenas casos esporádicos surgiram depois disso. Com base nas notícias, no entanto, vários lugares mostraram padrões diferentes, incluindo três províncias do Nordeste (Heilongjiang, Jilin, Liaoning), Pequim, província de Shandong e província de Sichuan.

O  exemplo a seguir aconteceu nas três províncias do Nordeste:

20 de maio de 2020: Após a identificação de novos casos na cidade de Shulan, na província de Jilin, a cidade foi colocada sob confinamento no estilo Wuhan.

23 de julho de 2020: Cidade de Dalian, na província de Liaoning, entrou em modo de guerra e densas instalações públicas internas foram fechadas para reduzir as infecções em grupos.

13 de dezembro de 2020: Cidade de Suifenhe, Heilongjiang, foi declarada uma área de risco médio.

29 de dezembro de 2020: Restrições aumentaram na cidade de Heihe, província de Heilongjiang.

30 de dezembro de 2020: A situação piorou na província de Liaoning, onde 21 regiões foram declaradas áreas de médio risco.

31 de dezembro de 2020: As condições pioraram na cidade de Dalian, província de Liaoning, com 16 áreas de médio risco declaradas somente na cidade. Algumas áreas residenciais foram bloqueadas, onde os residentes gritaram no escuro, "precisamos de comida e suprimentos!"

Abaixo estão os incidentes de outras áreas:

Pequim: Três distritos em Pequim (Fengtai, Mentougou e Daxing) entraram em modo de guerra em 15 de junho de 2020, depois que infecções em grupos ocorreram no mercado atacadista de Xinfadi. Além disso, certas áreas em três outros distritos de Pequim (Shunyi, Chaoyang e Xicheng) aumentaram as restrições. Isso veio de uma ordem urgente e os funcionários foram instruídos a mantê-la confidencial.

Província de Hebei: A cidade de Shijiazhuang entrou em regime de guerra em 3 de janeiro de 2021.

Província de Shandong: Infecções em grupos ocorreram na cidade de Qingdao em 16 de outubro, onde um número de dois dígitos de novos casos foi identificado.

Província de Sichuan: Devido ao aumento do número de casos, a província de Sichuan entrou em modo de guerra em 9 de dezembro de 2020.

De acordo com autoridades chinesas, 34 áreas de médio risco em todo o país foram declaradas em 1º de janeiro de 2021. A maioria delas está concentrada nas três províncias do Nordeste, Shandong e Pequim, com casos isolados em regiões remotas como Yunnan e Xinjiang.

Perseguição brutal nessas áreas

A perseguição contra o Falun Gong já dura 21 anos desde 1999 e um grande número de casos foi coletado e reportado pelo Minghui. Quando o Departamento de Estado dos EUA informou aos grupos religiosos que apresentassem listas de violadores dos direitos humanos, um oficial incentivou os praticantes do Falun Gong a fornecerem listas daqueles que perseguiram o Falun Gong. O responsável apontou que o Minghui.org é confiável e suas informações podem ser citadas como fonte de informação.

As estatísticas disponíveis mostraram que inúmeras agências de notícias e grandes meios de comunicação citaram informações do Minghui, como AFP (40 notícias), AP (24), CNA (20), World Journal (16), Reuters (14) e RFA (13).

Tortura e assassinato

O Minghui.org compilou um relatório em 2013 intitulado “Relatório investigativo sobre a tortura e assassinato de praticantes do Falun Gong pelo PCC” (Nota: apenas disponível na versão chinesa). Ele coletou 3.653 casos de morte com 3,3 milhões de fonte de material de referência. As informações foram organizadas e compiladas em um banco de dados para análise detalhada. Todos os dados eram do Minghui.org.

O estudo mostrou que entre 1999 e 2013, as seguintes províncias ou cidades em nível de província sofreram a pior perseguição ao Falun Gong, conforme orientação do Escritório 610: Heilongjiang, Hebei, Liaoning, Jilin, Shandong, Sichuan, Hubei, Hunan, Henan e Pequim. A maioria das mortes de praticantes do Falun Gong como resultado da perseguição ocorreu na província de Heilongjiang, seguida pela província de Hebei e pela província de Liaoning.

Além disso, os casos de morte aconteceram em 273 cidades de todo o país. As 12 piores cidades foram Harbin (província de Heilongjiang), Changchun (província de Jilin), Weifang (província de Shandong), Pequim, Jilin (província de Jilin), Chongqing, Shenyang (província de Liaoning), Chengdu (província de Sichuan), Shijiazhuang (província de Hebei), Dalian (província de Liaoning), Baoding (província de Hebei) e Yantai (província de Shandong). As três cidades com o maior número de mortes foram Harbin, Changchun e Weifang.

Esses casos envolveram 122 prisões na China. A Prisão Feminina de Liaoning foi associada ao maior número de mortes de praticantes do sexo feminino, enquanto a Segunda Prisão de Liaoning foi associada ao maior número de mortes de praticantes do sexo masculino.

O mesmo estudo também relatou que as três províncias do Nordeste (Heilongjiang, Liaoning, Jilin), assim como Hebei, Shandong e Sichuan, também foram associadas ao maior número de casos de perseguição. De acordo com as informações recebidas pelo Minghui.org, pelo menos 499 praticantes do Falun Gong somente na província de Jilin morreram devido a perseguição à sua fé nas últimas duas décadas.

Durante a pandemia do coronavírus, foram essas províncias que tiveram a pior situação em comparação com outras localidades da China. Isso pode ser um indício de que, onde quer que a perseguição contra os praticantes inocentes do Falun Gong seja desenfreada, pode haver consequências terríveis, como uma pandemia ou outros infortúnios.

Terríveis tragédias

No relatório mencionado, cerca de 100 tipos de métodos de tortura foram documentados, incluindo choque elétrico, queimaduras com fogo, afogamento, congelamento, algemas, sentar (imóvel por muito tempo), fome, estiramento de membros, espancamento, agressão sexual, agressão psiquiátrica, aborto forçado, extração de órgãos e agressão utilizando animais.

Cerca de 100 tipos de tortura foram aplicados aos praticantes do Falun Gong durante a repressão.

Por exemplo, a Sra. Gao Rongrong, funcionária da Academia de Belas Artes Lu Xun em Shenyang, província de Liaoning, foi eletrocutada com bastões elétricos pela polícia durante seis horas, no Campo de Trabalho de Longshan, em julho de 2003. Ela ficou desfigurada e morreu miseravelmente aos 37 anos, em 16 de junho de 2005.

Sra. Gao Rongrong antes (à esquerda) e depois (à direita) das queimaduras com choques elétricos.

A Sra. Wang Yunjie, uma praticante da província de Liaoning, levou choques nos seios pela polícia com dois cassetetes elétricos simultaneamente por várias horas no Campo de Trabalho de Masanjia. Seu seio direito ficou totalmente infeccionado e danificado. Ela morreu em julho de 2006.

A Sra. Song Huilan é uma praticante da Fazenda Xinhua, da cidade de Hegang, província de Heilongjiang. A polícia do Departamento de Polícia do Condado de Huashan a prendeu em dezembro de 2010 e a manteve no Centro de Detenção Tangyuan. Os guardas injetaram drogas desconhecidas nela, fazendo com que sua perna direita, incluindo o pé e os dedos dos pés, ficassem necrosados e escuros. No final, seu pé direito caiu totalmente em 25 de maio de 2011.

Após a injeção de drogas desconhecidas, a perna direita e o pé direito da Sra. Song Huilan ficaram necrosados e pretos.

O pé direito da Sra. Song caiu no final e ela ficou inválida.

A Sra. Zhu Xia, da cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi levada para o Campo de Trabalho Feminino de Nanmusi, em junho de 2003. Depois disso, ela foi mantida em três sessões de lavagem cerebral, durante as quais os guardas a estupraram várias vezes. Depois de voltar para casa em 2 de abril de 2004, a Sra. Zhu tinha um transtorno mental. Ela não conseguia cuidar de si mesma ou controlar suas próprias emoções.

A Sra. Zhu Xia (à esquerda) foi estuprada várias vezes em três campos de trabalhos forçados e, mais tarde, ela teve um transtorno mental (à direita).

A Sra. Liu Zhimei cresceu em uma família pobre na cidade de Laiyang, província de Shandong. Com excepcional excelência acadêmica, ela foi admitida em 1997 pela Universidade Tsinghua, conhecida como MIT da China. As pessoas a chamavam de "fênix dourada voando para fora da aldeia da montanha". Ela foi condenada a 12 anos de prisão em novembro de 2002 e mantida na Prisão Feminina de Shandong, ela sofreu agressões psiquiátricas inimagináveis além de violência sexual. Ao voltar para casa, ela estava com transtorno mental  e morreu miseravelmente em fevereiro de 2015.

Sra. Liu Zhimei, uma jovem e promissora estudante universitária (à esquerda). Depois de ter um transtorno mental devido a agressões psiquiátricas e sexuais, ela também evitava as pessoas (à direita).

A Sra. Song Yanqun era uma ex-professora de inglês com seus 40 anos, da cidade de Shulan, província de Jilin. Ela foi alimentada à força com medicamentos desconhecidos em 2012. Quando voltou para casa, em 20 de janeiro de 2014, ela corria risco de vida, com um peso corporal de apenas 23,5 quilos.


A Sra. Song Yanqun (à esquerda) estava emaciada (à direita) devido às drogas desconhecidas contidas na alimentação forçada.

A Sra. Zhao Ye, uma praticante da cidade de Tangshan na província de Hebei, foi presa por agentes da Delegacia de Polícia Rodoviária de Huoju, em 25 de fevereiro de 2011, e enviada para o Campo de Trabalho Feminino de Hebei. A tortura que foi infligida a ela destruiu sua saúde, deixando-a emaciada. Ela morreu aos 40 anos à meia-noite do dia 15 de dezembro de 2012.

Antes (esquerda) e depois (direita), a Sra. Zhao Ye foi perseguida por causa da sua fé no Falun Gong.

Esses casos descritos acima são apenas a ponta do iceberg em meio à massiva perseguição ao Falun Gong em todo o país nos últimos 21 anos. Centenas de milhares de praticantes foram perseguidos, presos e detidos, incluindo prisão, tortura e lavagem cerebral. Sob a censura e o rígido controle de informações, um grande número de pessoas não sabe das atrocidades contra os praticantes do Falun Gong. Influenciados pela propaganda de ódio, muitos deles também discriminaram os praticantes do Falun Gong e até mesmo os denunciaram às autoridades.

Perseguição religiosa e consequências

Olhando para trás na história, o que acontece na China não é a primeira perseguição em grande escala contra as crenças espirituais. No antigo Império Romano, por exemplo, Nero foi um dos imperadores mais infames que perseguiu os cristãos. Semelhante ao PCC que caluniou o Falun Gong com uma autoimolação encenada, Nero armou o Grande Incêndio de Roma em 64 e culpou os cristãos pelos danos. Muitos cristãos foram mortos, alimentados pelos animais ou queimados até a morte. Uma praga se disseminou no ano seguinte, matando cerca de 30.000 pessoas.

Mas os seguintes imperadores não acreditaram em tal causa e efeito e continuaram a perseguição brutal. Marcus Aurelius Antoninus (no reinado 161 a 180), por exemplo, começou a quarta rodada de perseguição. Ele decidiu erradicar os cristãos e emitiu uma ordem para dar os bens da família dos cristãos aos delatores. Torturá-los, matá-los e jogá-los aos animais nos Coliseus também era uma norma.

“Alguns dos mártires foram obrigados a caminhar, com os pés já feridos, sobre espinhos, pregos, conchas afiadas etc, outros foram açoitados até que os seus tendões e veias ficassem expostas e depois de sofrer as torturas mais lancinantes que podiam ser ocorrer, foram assassinados com as mais terríveis mortes”, de acordo com o Livro dos Mártires de Foxe.

As consequências seguiram não muito depois disso. A Peste Antonina, que durou entre 165 e 180, custou a vida de cerca de 5 milhões. A doença exterminou até um terço da população em algumas áreas e enfraqueceu significativamente o exército romano. Comparada com a peste de 65 d.C., essa doença era mais devastadora e, às vezes, matava pessoas enquanto elas caminhavam. Até Marcus e Lucius Verus, outro imperador romano, morreram de peste.

João de Éfeso, bispo e historiador, testemunhou a praga de Justiniano e descreveu na Parte 2 da Crônica:

- Postos de reabastecimento nas estradas cheias de escuridão e solidão, enchendo de medo todos que por acaso entrassem e saíssem deles;
- Gado abandonado e vagando espalhado pelas montanhas sem ninguém para recolhê-los;
- Rebanhos de ovelhas, cabras, bois e porcos que se tornaram animais selvagens, tendo esquecido [a vida na] terra cultivada e a voz humana que os conduzia;
- Áreas que eram cultivadas e cheias de todos os tipos de frutas [que] haviam se tornado maduras demais e caíram por falta de alguém para as colher;

De pragas antigas a desastres modernos, há um tema comum de que permanecer fiel a nossos valores e fé tradicionais trará bênçãos de saúde e segurança. A história muitas vezes se repete e, esperançosamente, aprenderemos nossas lições antes que seja tarde demais.

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