(Minghui.org) Sam Brownback, o embaixador geral dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, enfatizou as violações dos direitos humanos na China durante uma entrevista com o Epoch Times em 31 de agosto de 2020. "A China está em guerra com a fé. É uma guerra que eles não vão ganhar", disse ele. "É uma guerra que o reino do homem tentou ganhar durante milênios e eles não vão ganhar esta e não a ganharam no passado".
Ele acrescentou que, entre os grupos reprimidos na China, encontra-se o Falun Gong. A perseguição severa, como a extração forçada de órgãos, foi ignorada por muitas pessoas da comunidade internacional. "Pensem nisso... eles estão perseguindo indivíduos. Vão matá-los e depois extrair os seus órgãos para vendê-los. Isto que está ocorrendo é simplesmente horrível”, disse ele.
Há um mês, Brownback escreveu um artigo que enfatizava a humanidade. Intitulado "A humanidade vencerá a batalha pela liberdade religiosa: eis o porquê", o artigo foi publicado no website do Departamento de Estado dos EUA, em 28 de julho de 2020. "Esta é a nossa humanidade, a fascinante tapeçaria de bondade que nos une. Isso é o que acontece quando somos livres para acreditar ou não acreditar, e de agir de acordo com essas crenças, como a nossa consciência nos conduz. A humanidade é a razão pela qual a liberdade religiosa ganhará sempre contra governos e atores não Estatais que procuram reprimir e controlar", escreveu ele.
Tais tragédias também foram reconhecidas por outras agências governamentais dos EUA e por várias organizações. O Relatório Anual de 2020 publicado pela Comissão dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) em abril também mencionou a dura perseguição contra o Falun Gong na China. "Milhares de praticantes do Falun Gong foram presos durante 2019 por praticarem os exercícios de meditação do movimento ou por distribuírem literatura sobre as suas crenças. Advogados de direitos humanos e cientistas apresentaram provas de que a prática da extração de órgãos de prisioneiros (muitos dos quais se acredita serem praticantes de Falun Gong) continua a uma escala significativa".
Da mesma forma, o Comitê sobre o Perigo Presente: A China (CPDC), uma organização independente e não partidária, emitiu uma declaração em 27 de maio solicitando que a administração dos EUA se posicionasse a favor da liberdade do povo de Hong Kong. Para além de refrear as atividades do PCC e de aplicar sanções, propôs que "se faça um esforço nacional para identificar e agir para impedir a prática do PCC de genocídio por órgãos: a comercialização internacional e a extração de órgãos involuntária, e muitas vezes assassina, de membros de minorias religiosas e étnicas, prisioneiros políticos e outros".
Na sua entrevista com o Epoch Times em 31 de agosto, Brownback iniciou a conversa dizendo que é da natureza humana ter liberdade digna. "É da natureza inata do ser humano ter uma liberdade digna. Apenas penso que nenhum governo durante um longo período de tempo pode ganhar essa luta de amarrar as pessoas à sua liberdade", explicou ele. "Está dentro de nós, está dentro do nosso DNA que queremos a liberdade".
Porém, existem sérios desafios em lugares como a China. "... a destruição da igreja doméstica, o desejo de controlar a Igreja Católica, a perseguição ao Falun Gong, a informação credível agora sobre a realização da extração de órgãos é simplesmente geral, está por todos os lados.
Brownback disse que o PCC queria ser um líder global, mas acabou por "liderar o mundo na perseguição". Entretanto, muitas pessoas não lhe têm prestado muita atenção. "Durante anos, o mundo fez vista grossa ao que o Falun Gong estava informando sobre a extração de órgãos," disse ele. Mas agora há provas disponíveis que sustentam a sua existência.
"Não estamos falando de estar no ano 1800 ou nos anos 1940. Estamos em 2020 e isso está acontecendo. E está acontecendo no nosso mundo de hoje. Penso que deveria ser absolutamente arrepiante para as pessoas pensar que isso está acontecendo quando ouvem falar disso", acrescentou ele. De fato, se o PCC for honesto, teria tornado o sistema de transplante de órgãos aberto para investigação, mas optou por não permitir.
Com muitos grupos perseguidos pelo PCC, resistir a isso requer que as pessoas unam forças para combater o regime totalitário. "Isso tem sido verdade ao longo da história. Se não enfrentarmos o maltrato, ele continua a acontecer", explicou Brownback. "O comunismo como filosofia, tem tido problemas com a fé desde o seu início. É sempre uma fé perseguida. Não tem espaço para acreditar numa autoridade moral superior. A autoridade moral mais elevada é o Partido Comunista. Eles não obedecem a uma fidelidade a qualquer tipo de outra autoridade”.
"Não há um governo, entidade ou pessoa no mundo que possa confinar os pensamentos nas nossas cabeças ou corações", escreveu Brownback no seu artigo de 28 de julho intitulado "A humanidade vence a batalha pela liberdade religiosa: eis o porquê."
No entanto, governos tirânicos como o Partido Comunista Chinês "podem tentar restringir a nossa expressão, prática ou a partilha desses pensamentos e crenças. À medida que as pessoas ultrapassam esses obstáculos, tais infortúnios podem tornar-se oportunidades que revelam a verdadeira humanidade".
No final do seu artigo, Brownback disse ter fé na humanidade. "É o que representam cada uma dessas boas notícias e inúmeras outras como elas. Cada uma delas é um exemplo edificante de resiliência, compaixão, e dignidade do espírito humano, sustentado pela fé e pela crença. É a nossa humanidade em ação, e é essa mesma humanidade que ganhará a derradeira batalha pela liberdade religiosa", explicou ele.