(Minghui.org) Os antigos chineses acreditam que os desastres que assolavam o mundo humano eram provocados pelo divino e se relacionavam com as interações entre o céu e a humanidade.
O conceito foi bem documentado em vários clássicos chineses antigos, tais como Guoyu-Zhouyu, as Crônicas da Primavera e do Outono e Chunqiu Fanlu. Ou seja, ir contra o caminho do céu no mundo humano precipitaria desastres. Se imperadores e oficiais se desviassem da lei do céu em seu governo, o divino causaria catástrofes sobre o mundo humano, e se ainda assim não se arrependessem, o divino provocaria catástrofes ainda maiores para a humanidade e surgiriam fenômenos incomuns. Portanto, os oficiais antigos colocavam sempre a moralidade como a principal prioridade em sua governança, especialmente quando os desastres aconteciam.
Durante o reinado do Imperador Yingzong de Song (1063 - 1067), houve fome em Hebei, seguida de um grande terremoto. As pessoas passavam fome e muitos tinham de vender o seu gado em troca de um pouco de grãos para sobreviver.
Quando Liu Huan, o prefeito de Chanzhou, foi alertado para a situação, ordenou aos seus subordinados que utilizassem todo o dinheiro do tesouro para comprar o gado de volta. No ano seguinte, quando os efeitos do terremoto se acalmaram e as pessoas voltaram a trabalhar nos campos, descobriram que o preço do gado tinha subido dez vezes. Liu Huan disse aos seus subordinados para venderem o gado que tinham comprado mais cedo ao preço original. Nesse ano, Chanzhou foi a única província de Hebei onde as pessoas não ficaram indigentes e sem abrigo graças à amável ajuda do governo local chefiado por Liu Huan.
Durante o reinado do Imperador Shenzong da Dinastia Song (1067 - 1085), houve secas e infestações de gafanhotos na região de Zhejiang, devastando as plantações. Havia fome por todo o lado e o preço do arroz subiu. Pessoas que não tinham dinheiro para comprar arroz morriam de fome. Oficiais locais em todas as prefeituras colocaram avisos nas estradas principais, oferecendo uma recompensa a todos aqueles que denunciassem a existência de erros no preço do arroz e que notificassem os culpados, que uma vez apanhados, seriam severamente punidos.
O magistrado Zhao Qingxian, na província de Yuezhou, colocou um aviso diferente. Informou aqueles que tinham armazenado arroz que o seu governo pagaria o preço mais elevado pelo seu arroz. Consequentemente, comerciantes de arroz de todo o mundo vieram a Yuezhou para vender a sua colheita, e então, como o arroz se tornou tão prontamente disponível, o preço caiu rapidamente ao normal. O povo local ficou muito grato ao seu magistrado pela sua bondosa sabedoria.
No quarto ano da era Qiandao (1168) sob o reinado do Imperador Xiaozong da Dinastia Song, houve uma escassez de alimentos. Zhu Xi, um famoso estudioso, pediu emprestado 600 dans (um dan equivale a 60 quilos) de arroz ao governo da prefeitura para ajuda emergêncial. As pessoas que tinham falta de grãos podiam pedir emprestado o arroz de emergência no verão e pagá-lo, com juros, no inverno, após a colheita do outono. Se os rendimentos fossem fracos num determinado ano, os juros seriam reduzidos para metade. Se houvesse fome, não seriam cobrados juros.
Catorze anos depois, Zhu Xi não só conseguiu pagar o arroz que tinha pedido emprestado ao governo da prefeitura, como também armazenou 3.100 dans em arroz no armazém local e já não cobrava juros às pessoas se estas precisassem pedir arroz emprestado. Com tanto arroz armazenado, a população local não precisava se preocupar em ficar sem comida, mesmo quando tinha fracos rendimentos ou quando havia fome.
Impressionado pelo seu sucesso, o Imperador Xiaozong de Song emitiu um decreto para estabelecer tais armazéns de cereais locais em todo o país.
Uma grande inundação ocorreu durante a era Wanli sob o reinado do Imperador Shenzong de Ming (1572 - 1620). Na época, Chen Jiyan era governador de Kaizhou. Ele consultou os seus funcionários sobre medidas de emergência e sugeriu que se oferecesse um dan (60 quilos) de grãos às pessoas mais pobres e 50 quilos aos menos desesperados, para que todos em Kaizhou tivessem algum alívio durante o período difícil.
Em seguida, ordenou aos seus subordinados que atribuíssem um número a cada pessoa e pediu às pessoas que fizessem fila para obter o grão. Chen sentou-se debaixo de um pequeno barracão à entrada do armazém, ajudando pessoalmente com o trabalho de socorro. Olhou cuidadosamente para cada pessoa e fez um julgamento pela sua aparência e pela roupa que vestia. Tomou nota especial dos que pareciam mais desesperados. As coisas correram sem sobressaltos. Apesar de mais de dez mil pessoas fazerem fila para o grãos de ajuda, não houve problemas ou aborrecimentos.
Na primavera seguinte, foi passado um documento oficial para oferecer mais uma vez ajuda aos mais carentes, e foi dito aos funcionários locais para descobrirem quem era elegível. Chen disse aos seus subordinados para não se preocuparem em procurar aqueles que necessitavam de ajuda, uma vez que já os tinha anotado anteriormente. Os aldeões ficaram realmente surpreendidos com a forma como Chen tinha uma imagem tão precisa da sua situação.
Acontece que, quando a primeira ajuda foi oferecida, o aviso foi tornado público no último minuto, pelo que ninguém teve tempo de mudar de roupa ou alterar a sua aparência. Como resultado, Chen foi capaz de observar a situação de cada um olhando para a sua aparência e as suas roupas.
No final da era Wanli, o celeiro em Kaizhou ficou sem grãos. Chen ordenou então a cada prefeitura e condado que comprasse cereais com fundos da sua tesouraria local. O preço dos cereais tinha aumentado bastante até então e custava mais de 600 moedas de cobre por um dan de cereais. O governo central exigiu às famílias ricas que vendessem os seus cereais armazenados a 500 moedas de cobre por dan. Com o custo adicional do transporte, isso significava que as famílias ricas perderiam cerca de 200 moedas de cobre por dan de grão.
Sabendo que as famílias ricas também tinham sofrido perdas durante os tempos difíceis e que a sua capacidade de lidar com a situação também era limitada, Chen decidiu reduzir a quantidade de grão que lhes era exigida para vender ao governo pelo preço mais baixo. No final, o seu governo comprou um total de 4.000 dans em grão. Isto significava que as famílias podiam vender os seus grãos restantes a um preço mais elevado.
No outono do ano de Gengwu, Kaizhou teve uma boa colheita e os cereais estavam sendo vendidos a um pouco mais de 300 moedas de cobre por dan. Chen informou aos seus superiores que usaria dois mil taels de prata do tesouro para comprar grãos para armazenamento. O preço cotado era de 300 moedas de cobre em dinheiro por dan. No entanto, quando foi comprar o grão, o preço tinha caído para 250 moedas de cobre por dan.
Agradecido a Chen por não os ter forçado a vender mais grãos antes, as famílias ricas ofereceram-se para vender os seus grãos ao preço reduzido desta vez. Chen apreciou a sua oferta gentil, mas ainda pagou pelo grão o preço cotado de 300 moedas de cobre por dan. No final, Kaizhou não só cumpriu a quota de compra exigida nesse ano, como também adquiriu mais de 700 dans em grão extra, que Chen distribuiu aos aldeões pobres que tinham voltado para a casa para trabalhar nas fazendas.
Devido às sucessivas inundações anteriores, o muro da cidade em torno de Kaizhou desmoronou-se em mais de uma dúzia de locais, e o governo decidiu mandar reparar a muralha. Alguns funcionários sugeriram recrutar a população local para fazer o trabalho, mas Chen discordou, dizendo que isso causaria demasiados problemas para a população e desperdiçaria dinheiro. Ele ordenou aos seus subordinados que colocassem avisos à volta dos portões da cidade, chamando os aldeões que tinham mudado para outro lugar durante a fome para regressarem para casa para trabalhar nos campos. Como incentivo, estariam isentos do imposto fundiário e o governo ofereceria também alguma ajuda com os grãos. A notícia espalhou-se rapidamente de boca em boca e muitos refugiados voltaram.
Quando vieram com os seus sacos para a ajuda de grãos, Chen disse aos seus homens para colocarem a seguinte notícia: "Se estão aqui para a ajuda de grãos, encham seus sacos com terra e encham primeiro as partes desmoronadas do muro da cidade. Então, os oficiais responsáveis carimbarãoos seus sacos, os quais verificarão a sua elegibilidade para o grão". Quando o grão da ajuda foi distruibuído, o muro já estava reparado, com poucos danos para o tesouro do governo.
Quando Su Shi serviu como governador de Hangzhou durante a Dinastia Song, a área local sofreu uma seca severa, associada a uma doença infeciosa constante. Su Shi pediu à corte imperial que isentasse um terço da quota de compra de arroz. Com mais lojas para vender no mercado, o preço do arroz caiu em conformidade. Na primavera do ano seguinte, Su Shi vendeu o arroz no armazém oficial à população local a um preço baixo para ajudá-la a sobreviver à fome.
No início da Dinastia Tang, a água do lago ocidental foi canalizada para um canal, que foi depois utilizado para irrigar mais de mil hectares de terras agrícolas. Contudo, devido à acumulação de sedimentos e algas, o lago precisava ser dragado todos os anos, o que se tornou um grande problema para a população local.
Su Shi decidiu resolver o problema de uma vez por todas, então ele fez uma petição para remover o lodo e as ervas daninhas e dragou o canal Maoshan e o rio Yanqiao nas proximidades. Ele também construiu uma barreira de água para controlar o fluxo de água e ergueu uma ponte através do lago com o lodo escavado para manter a água adequada no lago para pesca, bebida, irrigação e transporte.
A estrada, alinhada com belas rosas e salgueiros, também serviu como um conveniente e atrativo caminho para os pedestres, e uma grande extensão de terra recuperada à volta do lago foi utilizada para cultivar trigo, o que gerou o suficiente para manter o lago. As pessoas em Hangzhou chamaram a ponte de "Su Causeway" em apreço pela boa governança de Su Shi e pela sua preocupação com o público em geral.
A governança virtuosa dos povos antigos é um forte contraste com a conduta corrupta e tirânica do Partido Comunista Chinês (PCC). As pessoas na China de hoje não fazem ideia de quanta riqueza nacional foi parar aos bolsos de funcionários corruptos do PCC.
Diane da pandemia atual, inundações e terremotos deste ano, em vez de oferecer assistência ou alívio concreto, o PCC ainda se gaba do seu "grande sucesso" no desenvolvimento econômico e continua pedindo ao povo para doar dinheiro ao regime.