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A minha missão depois do 20 de julho de 1999

5 de agosto de 2020 |   Por um praticante do Falun Dafa na província de Heilongjiang, China

(Minghui.org) Após o início da perseguição ao Falun Dafa, em 20 de julho de 1999, muitos praticantes começaram a usar uma variedade de formas para que as pessoas soubessem a verdade sobre o Falun Dafa e dissipassem as mentiras e propagandas divulgadas pelos meios de comunicação estatais do Partido Comunista Chinês (PCC).

Como tinha de trabalhar durante o dia, saí muitas vezes à noite ou aos fins-de-semana para distribuir folhetos informativos sobre o Dafa ou colar cartazes. Quando viajava a negócios, levava comigo materiais do Dafa e os distribuía.

Câmeras de vigilância

Com muitas câmeras de vigilância por perto, às vezes eu ficava preocupado em ser visto distribuindo materiais e ser preso. Quando os meus pensamentos retos não eram suficientemente fortes, as noções humanas colocavam medo na minha mente.

Uma vez, depois de ter entrado em um edifício residencial, reparei em uma câmera apontada diretamente para mim. Independentemente de terem me registrado ou não, enviei pensamentos retos e disse para mim mesmo que estava fazendo a coisa mais reta e que ninguém deveria me perseguir.

O Mestre disse:

“Os discípulos do Dafa possuem o caminho dos discípulos do Dafa. Se você o percorrer retamente, haverá menos interferências. Sempre tenho dito que se você caminhar retamente, então, não irão aparecer problemas; no entanto, por mais que esteja fazendo coisas do Dafa, se as fizerem com corações humanos, ainda assim é difícil evitar que apareçam problemas. Sei que é realmente difícil poder atingir esse padrão e essa medida, de fato é bem difícil conseguir fazer isso sem ter uma base muito sólida, por isso ocorrerão problemas”. ("Ensino do Fa no fahui de Nova York de 2019”)

Soube, mais tarde, que muitas câmeras em áreas residenciais foram instaladas por pessoas que moravam ou trabalhavam no local, principalmente para dissuadir comportamentos suspeitos e proteger os seus bens.

E, como disse o Mestre:

“Ouvi dizer que não funcionaria nem se instalassem mil ou quinhentas daquelas câmeras (todos riem, aplaudem), assim que consertam uma, outra estraga de novo”. (“Ensino do Fa no fahui de Nova York de 2019”)

Consegui então abandonar o apego do medo às câmeras de vigilância.

Edifícios residenciais

Quando vou a edifícios residenciais, entrego materiais de esclarecimento da verdade às portas das pessoas e coloco cartazes adesivos em painéis de exposição ou caixas de jornais. Eu os coloco com cuidado em locais apropriados, de modo a não interferir com a parte integrante do edifício.

Muitas vezes, há muitos andares acessíveis apenas pela escadaria. Subir ao piso superior foi uma coisa fácil para mim e não me senti nada cansado. Se alguém passava, eu me comportava de forma normal e cumprimentava-o.

Sempre que acabava de distribuir materiais em edifícios residenciais, sentia-me como se tivesse acabado de completar uma missão num antro de demônios, tentando despertar a consciência das pessoas para que elas pudessem ser salvas.

Alguns cartazes, tais como “Falun Dafa é bom”, “Celebre o Dia do Falun Dafa em 13 de maio”, e “Declaração do Epoch Times de renúncia ao PCC” têm permanecido no lugar durante meses e ajudaram muitas pessoas a aprender sobre o Falun Dafa.

Depois de terminar a tarefa, pude sentir o incrível poder do Dafa me fortalecendo e limpando a névoa à minha volta e os maus pensamentos dentro de mim.

Listas de nomes

Passei muito do meu tempo livre classificando as listas de nomes daqueles que haviam concordado em abandonar o PCC e suas organizações juvenis, que me foram dadas pelos colegas praticantes. Enviei, então, os nomes para o website Tuidang, o movimento que ajuda na renúncia ao PCC.

Alguns nomes não eram escritos claramente e os nomes duplicados precisavam ser verificados. Verificar nomes que estavam escritos repetidamente era enfadonho, mas isso desempenha um papel crítico.

Demorou muito tempo para ordenar as listas de nomes. Alguns praticantes organizaram os nomes muito claramente antes de passarem para mim, enquanto outros não foram tão bem feitos. Se as palavras da lista eram ilegíveis, eu tinha de chamar o praticante que me passou a lista e confirmar os detalhes com eles.

Depois de enviar uma lista de nomes para o website Tuidang, eu verificava o website vários dias mais tarde para ter certeza de que foi publicado sem erros ou omissões.

Uma vez, um editor do website Tuidang me chamou para falar de uma lista de nomes que eu havia enviado recentemente, querendo verificar um nome na lista. Olhei para dentro e me perguntei por que não o havia visto antes. Percebi que, o que eu estava fazendo era sagrado e, por isso, tenho de prestar muita atenção aos pormenores.

Artigos de troca de experiência

Cada vez que havia uma conferência de partilha de experiências on-line, eu recebia um ou dois artigos manuscritos de colegas que me pediam para transcrevê-los e enviá-los para o site Minghui.

Quando lia os artigos, por vezes tinha pensamentos negativos como “isso pode ser publicado?” e “isso não é uma perda de tempo?”. Contudo, insisti em digitá-los e enviá-los, porque era meu dever e não seria decisão minha se o artigo seria publicado ou não.

Ao ler e digitar os artigos de partilha de experiências, sentia os pensamentos e ações retas desses colegas praticantes, pois tinha passado por um processo de cultivo semelhante ao deles. Em particular, esses artigos lembravam-me repetidamente que tenho de me livrar dos mesmos apegos que falavam e que também tenho de persistir com ações retas.

Apegos

Ainda tenho muitos apegos, tais como fazer coisas descuidadamente, não ser honesto, ter uma mentalidade competitiva, teimosia etc.

Ao esclarecer a verdade, não prestava atenção às minhas palavras e não estava realmente preocupado se a outra pessoa aceitava o que eu tinha a dizer. Esta atitude também se refletiu no meu trabalho, tal como escrever relatórios apressadamente e fazer coisas sem prestar atenção no produto final.

Por vezes, eu não era honesto no trabalho e exagerava a quantidade de trabalho que tinha feito para o meu supervisor. Quando as coisas corriam mal, eu não dizia a verdade para evitar ser responsabilizado.

Eu também tinha uma mentalidade competitiva, insistia sempre em fazer as coisas à minha maneira e recusava-me a fazer concessões. A minha esposa disse-me uma vez que os outros praticantes me achavam muito teimoso. No início não reconheci isso, mas, mais tarde, percebi que era verdade.

Por vezes, sabia claramente na minha mente que, o que a minha esposa dizia estava certo, mas, mesmo assim, recusei-me a ouvi-la, o que causou alguns conflitos.

Tenho de ser rigoroso comigo mesmo e fazer as três coisas bem.