(Minghui.org) Em 5 de março de 2002, um programa sobre a verdadeira história do Falun Gong foi transmitido com sucesso através da rede de televisão a cabo em Changchun e Songyuan. O Partido Comunista Chinês (PCC) ficou furioso com isso e começou a prender e a perseguir praticantes do Dafa em grande escala. O praticante do Falun Dafa, Liu Chengjun, pensou imediatamente na segurança de outros praticantes. Ele enviou uma mensagem do seu celular para o pager de um praticante de outra cidade que também estava envolvido na transmissão e disse-lhe para ir para um local seguro. Mas este praticante já havia sido detido. O celular de Liu Chengjun foi rastreado e colocado sob escuta.
Neste momento, Liu Chengjun encontrava-se na casa de um familiar na vila de Shenjingzi, condado de Qiangguo, cidade de Songyuan, província de Jilin. Ele estava escondido sob uma pilha de folhas. Quando a polícia de Songyuan e Changchun perceberam onde ele estava, atearam fogo à relva. Liu estava enviando pensamentos retos quando o fogo chegou até ele. Ele teve que sair de lá. A polícia então acertou-o com bastões de madeira e disparou duas vezes contra ele. Um tiro acertou no seu pé.
O Sr. Liu foi mandado de volta para Changchun. A polícia o torturou, obrigando-o a ficar sentado em um banco de tigre. O seu peritônio ficou lesionado, causando um grande sofrimento devido a uma hérnia estrangulada. Amarraram-no a uma cama de tortura por mais de 50 dias.
Em outubro de 2002, Liu Chengjun foi ilegalmente condenado a 19 anos de prisão. Ele foi detido na Primeira Brigada da Prisão de Jilin. Os líderes prisionais nessa altura incluíam Li Qiang, o diretor; Liu Changjiang, vice-diretor encarregado da reeducação; Zhao Jing, líder da Primeira Brigada; Wang Jiankong, vice-diretor da Primeira Brigada também encarregado da reeducação; e Cheng Xin, instrutor da equipe para a qual Liu Chengjun foi designado. Estes líderes instigaram seis criminosos mais brutais, incluindo Li Gang, Guo Shutie, Jia Yubiao e Liu Mouhai para torturar severamente o Sr. Liu.
Eles arrastaram Liu Chengjun para a despensa e espancaram-no com tábuas grossas, retiradas do estrado de uma cama. A lateral do seu corpo e suas nádegas ficaram instantaneamente inchadas e sangraram. Sua roupa de baixo ficou manchada de sangue e colada à sua pele e não puderam ser removidos. Eles partiram várias tábuas ao baterem nele. O recluso Jia Yubiao amarrou-o com um cinto de couro. O cinto machucou o seu rosto e olhos, que imediatamente sangraram.
Depois do espancamento, fizeram o Sr. Liu sentar-se numa tábua muito estreita com cerca de três a quatro centímetros de largura. A dor era excruciante.
No início da manhã seguinte, por volta das quatro ou cinco horas, quando outros detentos ainda estavam dormindo, Liu Chengjun foi acordado e obrigado a sentar-se novamente naquela tábua estreita. Quando outros presos saíram para o trabalho, os detentos na sala começaram a torturá-lo novamente. Torturaram-no durante vários dias, numa tentativa de forçá-lo a escrever as chamadas “quatro declarações” (semelhantes às declarações de garantia) para desistir do Falun Gong.
No final de agosto de 2003, a prisão reordenou o pessoal. Alguns dos guardas e reclusos da Primeira Brigada foram transferidos para a Quinta Brigada. Na altura, Liu Chengjun foi detido na Quinta Brigada. O chefe da Quinta Brigada era o chefe anterior da Primeira Brigada, Zhao Jing. O vice-líder encarregado da reeducação era Lin Zhibin. O preso Guo Shutie era ainda o chefe dos detentos. Eles pensavam que Liu Chengjun era tão determinado na sua crença que poderia influenciar outros praticantes. Por conseguinte, estabeleceram-no como alvo principal e não permitiram que os praticantes encontrassem ou falassem uns com os outros. Tiveram muito medo quando o viram entrar em contato com outros praticantes.
Um dia, o detento Guo Shutie relatou à polícia que Liu Chengjun havia falado com outros praticantes do Dafa. O guarda Lin Zhibin veio e ameaçou Liu Chengjun numa tentativa de impedi-lo de falar com outros praticantes. A fim de protestar contra a perseguição bárbara na prisão, o Sr. Liu entrou em greve de fome em 11 de outubro. Lei Ming (que seria perseguido até à morte), detido em outra cela, em outro pavilhão, entrou também em greve de fome. As suas ações encorajaram todos os outros praticantes desta prisão a fazerem greve de fome para protestarem contra a perseguição, exigir um ambiente de cultivo normal e pedir o cancelamento das “quatro declarações” que foram obrigados a escrever sob tortura.
Desde que foi enviado para a prisão, Liu Chengjun recusou-se a fazer trabalhos forçados e permaneceu na cela, em vez de ficar na oficina. Ele não comeu nada nem bebeu água durante dez dias e ficou esquelético. Em 21 de outubro, o detento Guo Shutie percebeu que o Sr. Liu estava doente e relatou a situação ao guarda. O guarda Dai Jun enviou-o para a clínica prisional. Ele foi transferido para o Hospital Central da Cidade de Jilin no mesmo dia e, mais tarde, para o Hospital Gongan, da província de Jilin.
No início de dezembro, Liu Chengjun foi mandado de volta para a Prisão de Jilin. Os guardas trancafiaram-no diretamente na solitária ao invés de o colocarem na cela comum. Um detento que o vigiava disse que ele estava tão fraco neste momento que não conseguia se levantar sozinho e vários presos tiveram que levá-lo para a clínica prisional para que fossem feitas radiografias.
Na solitária, Liu Chengjun continuou a sua greve de fome para protestar contra a perseguição. Ele foi enviado para a clínica prisional e alimentado à força. Segundo um detento que estava na clínica, quando os guardas o alimentaram à força, ele resistiu com força. Continuaram a alimentá-lo à força brutalmente até ele ficar incontinente.
Liu Chengjun pensou sempre nos outros primeiro, apesar da severa perseguição que sofreu. Quando iniciou a greve de fome, ele doou o seu vale da cantina da prisão que ainda continha várias centenas de yuans. Pediu a outros praticantes que comprassem comida para os praticantes que se encontravam na solitária e que precisavam se alimentar.
Um dia, quando o Sr. Liu estava em greve de fome durante vários dias, viu que as roupas de um praticante estavam rasgadas. Encontrou uma agulha e começou a costurá-las. Ao mesmo tempo, cantou a canção "Bênção" para todos. Esta canção foi composta e escrita por um praticante detento. O seu canto foi muito comovente e expressou o seu encorajamento a outros praticantes para percorrerem o caminho do cultivo e validarem o Fa com retidão. Os praticantes presentes ficaram comovidos até às lágrimas.