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[Fahui do Minghui] Trabalhar no Minghui melhorou o meu cultivo

29 de junho de 2020 |   Por uma praticante ocidental

(Minghui.org) Quando um editor me perguntou se estava disposta a fazer parte da equipe de tradução do site francês do Minghui, não percebi claramente a importância do Minghui na divulgação de informações para o mundo. Respondi que as minhas habilidades de tradução não eram muito boas. Ele disse que procurava alguém que cultivasse bem para se juntar à equipe. Pensei no assunto e decidi que estava qualificada. Tinha começado a praticar o Falun Dafa há muitos anos. Estudo o Fa e pratico os exercícios todos os dias. Embora nem sempre use o padrão de uma cultivadora para me avaliar, já que a minha família não tem praticantes, e eu não seja tão diligente como gostaria de ser, concordei em tentar.

Imediatamente repensei. Será que conseguiria mesmo fazê-lo? Tinha feito um trabalho bem estruturado para outro projeto de mídia. Porém, parecia que ainda não estava qualificada para fazer esse trabalho, por isso não continuei. Isso significava que tinha tempo para ajudar o Minghui. No entanto, não fiquei tão animada quando pensei nas horas que teria de passar em frente a um computador. O tempo também pode ser um problema. Tenho uma família e sabia que levaria tempo para adaptar-me às exigências desse projeto.

Muitos praticantes disseram: "Quem lê o Minghui? A maioria das pessoas apenas lê o site em inglês". Sabia também que tínhamos de traduzir centenas de saudações enviadas ao Mestre.

Tiveram então de ser resolvidos problemas técnicos; tais como a forma de definir o formato e a necessidade de seguir determinadas regras para poder cumprir melhor o trabalho. Tudo isso eram bloqueios que tinha que ultrapassar. Mas, depois de ler e ouvir o feedback, fui deixando gradualmente de lado a minha relutância e consegui pensar nas coisas de uma perspectiva diferente.

Depois de começar a fazer o trabalho de tradução, fiquei muitas vezes comovida com as experiências dos praticantes. Os artigos mais tristes foram aqueles com as longas listas de praticantes que foram perseguidos até à morte. Perguntava-me: "Para quem estamos escrevendo esses artigos?". No início, pensei que estávamos recolhendo provas que seriam utilizadas para um futuro registro histórico. Compreendi gradualmente que precisava ajudar a expor os pormenores sobre aqueles que estão sendo perseguidos e também ajudar os discípulos do Dafa de todo o mundo que estão esclarecendo a verdade às pessoas do mundo.

O coordenador nos pediu que estudássemos uma palestra do Zhuan Falun antes de começarmos a fazer tradução. Senti que isso era muito difícil, porque não queria reduzir o meu tempo de sono. Isso também me fez pensar na forma como tratava esse trabalho. Será que me preparei seriamente para ele? Não me preparei. Fiz como se estivesse completando uma tarefa e relaxei, sentia-me aliviada depois de haver terminado. Questionei-me sobre o que é mais importante, terminar o trabalho ou compreender plenamente o que se traduz?

Voltei a questionar-me, por que participava do projeto e traduzia artigos? A resposta não estava no nosso livro de treinamento, mas sim, no meu processo de cultivo. A forma como me preparo para o trabalho é obviamente muito importante.

Agora, antes de começar, acalmo a minha mente. Assumo uma atitude séria e lembro-me da importância do projeto. Começo por estudar uma palestra do Zhuan Falun ou outras palestras do Mestre. É claro que não ignoro a minha família e continuo equilibrar a minha relação com eles, porque isso também faz parte do meu caminho de cultivo. Tenho que ser atenciosa com os outros e cultivar-me bem na minha vida diária.

Tenho trabalhado no aumento da carga de tradução. Normalmente deixo meu teclado quando o meu corpo já está cansado de traduzir. Qual é o meu limite? Cada um precisa encontrar a resposta de acordo com a sua própria situação. Para mim, é uma questão de como melhorar meu xinxing. Depois de ler os artigos de outros praticantes, a coragem e determinação faz com que me sinta encorajada. Isso ajuda a eliminar os meus apegos humanos, fazer um trabalho melhor para o site Minghui e ser mais diligente no meu cultivo.

Minha vida de pessoa comum

Desisti de algumas festas e deixei algumas coisas de lado para fazer o trabalho do Minghui. Na superfície parecia que a harmonia da minha vida fora perturbada. Mas, assim como o Mestre disse:

"...sem perda não há ganho". (Primeira Aula, Zhuan Falun).

Consegui sentir a harmonia em outro reino. Percebi que o meu desejo de agradar os outros e meu medo de conflitos eram obstáculos que me impediam de realizar mais projetos do Dafa.

Desejo gastar todo o meu tempo em projetos. Sinto-me sempre triste quando tenho de faltar aos eventos dos praticantes, porque os considero como minha família. É normalmente quando o meu xinxing é testado – cabe a mim determinar se vou ou não ao evento. Também tenho de aprender a não me arrepender ou me queixar da minha decisão. Por outro lado, tenho que ser mais determinada e não ser influenciada pelo meu sentimentalismo humano. Caso contrário, será difícil para mim ser diligente no cultivo.

Tornar-se integrada com outros cultivadores ao traduzir artigos

Quando traduzo os artigos de compartilhamento dos praticantes, entro no mundo interior de cada um. Essas palavras foram escritas pelos meus colegas praticantes que estão cultivando o mesmo Fa e as suas palavras refletem a sua fé de cem por cento no Mestre. Os seus artigos me inspiram. Eles também são como espelhos, lembrando-me de olhar para dentro e refletindo os apegos que, de outra forma, eu não reconheceria. Eles também me lembram de pensar em coisas que ainda não abandonei.

Quando meus apegos são expostos

Pensei no que me impedia de participar do estudo do grupo do Fa à noite. Percebi que não queria perturbar o meu marido, porque ele queria que eu passasse mais tempo com ele. Ele queixou-se de nós lermos os ensinamentos repetidamente. Mas, quando penso nos praticantes na China e em como é perigoso para eles carregarem os livros do Dafa com eles, as minhas dificuldades não são nada. Depois de me libertar do medo de conflitos familiares, fortaleci os meus pensamentos retos. Com a ajuda do Mestre, decidi ir para uma sala separada quando chega a hora do estudo do Fa em grupo. Depois de tomar a decisão, percebi que o verdadeiro problema estava em mim. Depois de deixar o meu apego, tudo foi resolvido sem sobressaltos. O meu marido também teve uma compreensão mais profunda sobre o assunto.

O Mestre nos lembra:

"Uma vez que a pessoa toma o caminho do cultivo, desse ponto em diante, não há mais coincidências na sua vida.”(“Ensinando o Fa em uma reunião em Nova York”, 1997)

Não foi por acaso que fui convidada para trabalhar no Minghui. Depois de olhar o motivo para estar envolvida nesse projeto, percebi que estava apegada a ver os resultados de tudo o que faço no nível humano. Esperava ver os artigos que trabalhei serem lidos ou recomendados. Quando li recentemente o tópico sobre "A questão da busca" no Zhuan Falun, percebi que esses não são pensamentos adequados. Então deixei de lado a minha busca. Já não estou mais apegada que os artigos que traduzi sejam lidos ou não.

Gostaria de agradecer a todos os praticantes da minha equipe de projeto e aos praticantes de todo o mundo. O compartilhamento de suas experiências de cultivo esclarecem sempre o meu caminho de cultivo e ajudam-me a identificar os meus apegos. Obrigada Mestre por me dar esta oportunidade de trabalhar no projeto Minghui.

(Apresentado no Fahui do 20º aniversário do Minghui, selecionado e editado)