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A crescente influência do Partido Comunista Chinês e a explosão de casos de coronavírus em Nova York e nos EUA (Parte 2)

15 de junho de 2020 |   Pelos correspondentes do Minghui, Ying Zi e Tian Yun

(Minghui.org) "30 anos após o colapso do Muro de Berlim, os americanos não entendem os perigos do comunismo", escreveu Marion Smith, diretor executivo da Fundação Memorial de Vítimas do Comunismo, no USA Today, em 8 de novembro de 2019. “Há uma razão pela qual, após uma grande tragédia somos chamados a nunca esquecer. A humanidade tem uma tendência a cometer os mesmos erros repetidamente”.

Poucas pessoas prestaram atenção ao aviso de Smith no momento em que ele escreveu isso. Semanas depois, o feroz coronavírus germinou na cidade chinesa central de Wuhan. Embora o vírus tenha sido detectado e relatado pelos médicos, o Partido Comunista Chinês (PCC) o encobriu inicialmente, um ato que eventualmente permitiu que o vírus se espalhasse pelo resto do mundo.

Em 6 de abril de 2020, os Estados Unidos havia relatado mais de 360 mil casos de infecção, mais do que qualquer outro país do mundo (embora o número da China tenha sido amplamente considerado subnotificado). A cidade de Nova York, um representante fiel do mundo livre, tem mais casos confirmados do que qualquer outra cidade ou estado nos EUA.

Nesta reportagem, refletimos sobre as relações entre EUA e China ao longo dos anos que podem ter permitido a ascensão da China e sua infiltração nos EUA. A influência cada vez maior do PCC no mundo facilitou a exportação de seu desrespeito pela vida humana. Seu encobrimento do surto de coronavírus transformou uma epidemia em uma pandemia global.
Não apenas o povo chinês, mas muitos no resto do mundo, incluindo os EUA, se tornaram vítimas do encobrimento dos fatos pelo PCC nesta crise sem precedentes. Enquanto lamentamos a perda das vidas perdidas para a pandemia e oramos pela segurança e saúde de todos os outros, esperamos que esta reportagem exponha os danos do PCC e incentive as pessoas a romper conexões com ele.

Esta reportagem está dividida em seis seções:

Seção 1: O poder em ascensão do Partido Comunista Chinês através do apoio dos EUA

Seção 2: A influência crescente do Partido Comunista Chinês em Manhattan

Seção 3: A propaganda diária do Partido Comunista Chinês na Time Square

Seção 4: A forte influência do Partido Comunista Chinês nas organizações da ONU e não-governamentais

Seção 5: Campanha de doutrinação do Partido Comunista Chinês nas escolas dos EUA

Seção 6: A infiltração do Partido Comunista Chinês nas comunidades dos EUA

Continuação da Parte 1.

Seção 3: A propaganda diária do Partido Comunista Chinês na Time Square

Em 19 de maio de 2011, a porta-voz do PCC, Xinhua, mudou sua sede na América do Norte para 1540 Broadway com um contrato de 20 anos. Outro porta-voz, o People's Daily Online, tornou-se locatário do Empire State Building em 13 de julho de 2011.

Desde 1º de agosto de 2011, o Xinhua News mantém uma presença dia e noite em um outdoor de 18 por 12 metros com vista para a Times Square. "A placa fica no topo de anúncios intermitentes da Prudential, Coca-Cola e Samsung, tornando-se um dos outdoors mais visíveis do mundo", informou a NPR.

As tentativas do PCC de expandir sua influência fora da China não passaram despercebidas. David Shambaugh, diretor do programa de políticas da China na Universidade George Washington, estima que a China gaste entre US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões por ano em uma ampla gama de esforços de "soft power" (influência sutil), desde campanhas tradicionais de lobby e relações públicas a formas mais clandestinas de influência, relatou o Financial Times em uma reportagem de dezembro de 2017 intitulada “O Ocidente desconfia do jogo de influência da China: os governos estão preocupados com os esforços de Pequim para moldar a opinião de seu sistema autoritário” (West grows wary of China’s influence game: Governments are worried about Beijing’s efforts to shape opinion of its authoritarian system).

O China Daily vem pagando aos principais jornais dos EUA por suplementos ou inserções, incluindo o The Wall Street Journal, o New York Times, o Washington Post e o USA Today. Todas as inserções são chamadas "China Watch" e todo o conteúdo é do China Daily.

Com essa estratégia, o PCC tem como alvo leitores, especialmente líderes mundiais, formuladores de políticas, tomadores de decisão, influenciadores e aqueles que têm interesses comerciais em cerca de 30 agências de notícias em todo o mundo. "Com a ajuda de advertorials e propagandas direcionadas, Pequim está adotando uma política de cavalo de Troia para divulgar sua propaganda na mídia estrangeira", comentou o Reporters Without Borders (RWB).

Em uma reportagem de 22 de outubro de 2019, intitulada "A busca da China por uma nova ordem da mídia mundial" (China's Pursuit of a New World Media Order), a RWB investiga a estratégia de Pequim de controlar as informações além de suas fronteiras. "Menos conhecido do que a Iniciativa do Cinturão e Rota, mas igualmente ambicioso, esse projeto representa uma ameaça à liberdade de imprensa em todo o mundo", escreveu.

O artigo da RWB observou que as estratégias de Pequim vão desde a modernização da transmissão internacional de TV da China, a compra de grandes quantidades de publicidade na mídia internacional e a infiltração na mídia estrangeira até o emprego de chantagem, intimidação e assédio em grande escala.

“No espírito do regime de Pequim, os jornalistas não pretendem ser uma potência, mas servir a propaganda dos estados”, diz Christophe Deloire, secretário geral da RWB. "Se as democracias não resistirem, Pequim imporá sua opinião e sua propaganda, que é uma ameaça para o jornalismo e a democracia".

Na última década, a China investiu uma quantia enorme de dinheiro no desenvolvimento de mídias capazes de atingir uma audiência internacional. Isso inclui a CGTN estatal, que transmite programas de TV em 140 países, e a China Radio International, que transmite em 65 idiomas.

O relatório da RWB observou: "O regime conseguiu convencer dezenas de milhares de jornalistas em países emergentes a fazer viagens com todas as despesas pagas a Pequim para 'treinar sua mente crítica' em troca de uma cobertura favorável da imprensa".

Enquanto isso: “Pequim também está exportando suas ferramentas de censura e vigilância, incluindo o mecanismo de pesquisa do Baidu e a plataforma de mensagens instantâneas WeChat”, afirmou a matéria do RBW, que também observou que “Pequim pede intimidação e violência para silenciar dissidentes, mesmo em nações democráticas”, para se alinhar com sua própria narrativa oficial.

Em 18 de fevereiro de 2020, o Departamento de Estado dos EUA designou cinco meios de comunicação chineses como Missões Estrangeiras, porque servem como propaganda patrocinada pelo Estado para a China comunista. São eles: Agência de Notícias Xinhua, Rede Global de Televisão da China (CGTN), Rádio Internacional da China, Corporação de Distribuição Diária da China e Hai Tian Development USA (distribuidor do People’s Daily).

Seção 4: A forte influência do Partido Comunista Chinês nas organizações da ONU e não-governamentais

A China exerceu enorme influência sobre a Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia de coronavírus.

“A OMS repetia acriticamente informações das autoridades chinesas, ignorando as advertências dos médicos de Taiwan (não representadas na OMS, que é um organismo das Nações Unidas) e relutante em declarar uma 'emergência de saúde pública de interesse internacional', negando, após uma reunião em 22 de janeiro, que havia necessidade de fazê-lo”, relatou o Foreign Policy em 2 de abril de 2020 em uma reportagem intitulada “Como a OMS se tornou cúmplice do coronavírus da China” (How WHO Became China’s Coronavirus Accomplice).

Já era de conhecimento público que o PCC estava mentindo o tempo todo desde que o surto aconteceu em Wuhan, no final do ano passado. Em vez de agir de maneira imparcial e objetiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, continuou elogiando Pequim por sua "transparência".

Um número crescente de vozes dos EUA e de outros países está pedindo que Ghebreyesus renuncie à OMS.

Assim como a OMS, as Nações Unidas (ONU) também cederam em suas regras por causa da pressão do PCC.

Uma reportagem da Fox News em 14 de dezembro de 2019 relatou que Emma Reilly, uma funcionária da ONU, enviou uma carta a diplomatas dos EUA e membros do Congresso em 21 de outubro de 2019, afirmando: “O Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos aparentemente continua a fornecer à China informações antecipadas sobre se os defensores de direitos humanos planejam participar de reuniões” em Genebra. Alguns desses defensores incluem dissidentes tibetanos e uigures que são cidadãos dos EUA ou residentes permanentes.

Reilly relatou que a prática remonta a 2013 e foi relatada pela primeira vez em 2017. “Em vez de tomar medidas para impedir a entrega de nomes, a ONU concentrou sua energia em retaliar contra mim por ousar denunciá-la. Fui ostracizada, difamada publicamente, privada de funções e minha carreira ficou em frangalhos”, disse Reilly.

Sob pressão do PCC, a ONU também negou os pedidos de Taiwan para participar da OMS, da Organização Internacional de Aviação Civil e da Interpol.

Seção 5: Campanha de doutrinação do Partido Comunista Chinês nas escolas dos EUA

Em nome do intercâmbio cultural e da colaboração, o PCC lançou os Institutos Confúcio, doou fundos e instruiu os estudantes chineses a roubar informações e suprimir a liberdade de expressão nas escolas dos EUA.

De acordo com o Departamento de Educação dos EUA, pelo menos nove faculdades nos EUA receberam financiamento da gigante de tecnologia chinesa Huawei nos últimos 6 anos, incluindo o Massachusetts Institute of Technology, Universidade de Princeton, Universidade da Califórnia, em Berkeley, e Cornell.

O financiamento totalizou US$ 10,5 milhões, que não incluíram presentes de menos de US$ 250.000, informou o Voice of America (VOA) em outubro de 2019.

“Desde 2004, o Ministério da Educação da China, através de uma agência chamada Hanban, financiou e administrou amplamente os Institutos Confúcio, que ensinam língua, história e cultura chinesas em faculdades ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos. O Hanban normalmente fornece professores, livros didáticos e, o mais importante, fundos operacionais, uma proposta tentadora para administrações universitárias sem dinheiro”, relatou o New York Daily News em 2 de fevereiro de 2020.

Escrito por Todd Pittinsky da Universidade Estadual de Nova York (SUNY) em Stony Brook, esta reportagem do New York Daily News afirmou: “O que há de realmente errado aqui é que estamos terceirizando a educação americana para uma operação de propaganda estrangeira. Li Changchun, ex-chefe de propaganda do PCC, chamou os Institutos Confúcio de ‘uma parte importante da organização de propaganda no exterior da China’. Eles ensinam a história chinesa da maneira que o governo chinês gostaria que você a visse".

A reportagem apontou que as universidades dos Institutos Confúcio são obrigadas a mostrar respeito pelas leis chinesas. "Quando os funcionários do Hanban visitaram a UAlbany, as faixas referentes a Taiwan nas portas dos membros do corpo docente foram retiradas", escreveu Pittinsky.

Pittinsky disse que não há nada errado em promover o intercâmbio cultural, mas a missão dos Institutos Confúcio é exportar as opiniões políticas de Pequim. Preocupadas com a perda da liberdade acadêmica e com a censura da China, algumas universidades, incluindo a Universidade de Chicago, a University of Illinois at Urbana–Champaign, Penn State, McMaster University e Miami-Dade College, fecharam seus Institutos Confúcio.

Seção 6: A infiltração do Partido Comunista Chinês nas comunidades dos EUA

Em 15 de março de 202, a Yleisradio (Yle), estação de rádio pública nacional da Finlândia, transmitiu uma reportagem investigativa sobre a infiltração da China comunista. “A Yle encontrou organizações na Finlândia que podem ser rastreadas até o mecanismo de controle do PCC. Suas atividades têm uma conexão com a política partidária finlandesa”, afirmou a reportagem. "Isso significa que a influência da China se repete da mesma maneira de um país para outro".

Uma dessas organizações é a Associação Finlandesa para a Promoção da Reunificação Pacífica da China, que possui cerca de 200 filiais em todo o mundo. Todos eles são fortes defensores do regime chinês. "Especialistas dizem que o objetivo da organização é promover os interesses da China e silenciar as críticas à superpotência emergente", afirmou a reportagem. "De fato, essas associações afiliadas ao Partido Comunista Chinês geralmente se disfarçam de ONGs comuns".

A milhares de quilômetros de distância, o PCC também está se infiltrando nos EUA. Por exemplo, as comunidades da Chinatown em Manhattan e Flushing, em Nova York, são controladas pelo PCC há décadas.

Por exemplo, a Federação da Comunidade do Nordeste da China (tradução não oficial de seu nome em chinês) é uma das três organizações do CPPRC (Conselho para a Promoção da Reunificação Pacífica da China) estabelecidas em Nova York. Em 11 de fevereiro de 2001, sua organização antecessora realizou uma reunião difamando o Falun Gong, uma prática de meditação espiritual que é perseguida pelo regime chinês desde 1999.

Liang Guanjun, presidente do Comitê Geral da Federação da Comunidade do Nordeste da China na época, juntamente com ex-embaixadores chineses nos Estados Unidos, compareceram à reunião e fizeram discursos. Em junho daquele ano, Liang informou às autoridades de Pequim, em uma reunião de chefes de associações chinesas no exterior, realizada em Pequim: “Somos a primeira associação estrangeira a se manifestar contra o Falun Gong. Isso demonstra completamente o patriotismo dos chineses no exterior”.

Uma queixa contra o cônsul-geral chinês de Nova York, Peng Keyu, foi registrada no Departamento de Justiça dos EUA, em 7 de agosto de 2008, alegando que ele conspirou em ataques violentos ocorridos em Flushing. Durante uma investigação da Organização Mundial para Investigação da Perseguição ao Falun Gong (WOIPFG, na sigla em inglês), em 23 de maio de 2008, Peng foi registrado como admitindo que havia “encorajado secretamente” aqueles que estavam envolvidos em um grupo que atacou os praticantes do Falun Gong.

Essas atividades contra o Falun Gong também ocorreram este ano. Durante um desfile de comemoração do Ano Novo Chinês em Flushing, em 25 de janeiro de 2020, dezenas de pessoas a favor de Pequim seguraram grandes bandeiras chinesas ao longo da rota do desfile, ficando entre as fileiras de espectadores. O grupo foi liderado por Li Huahong, líder de um grupo de frente comunista local em Flushing, chamado Aliança Mundial Anticulto Chinesa.

No ano passado, vários porta-bandeiras disseram a repórteres do The Epoch Times e da NTD Television que estavam sendo pagos de US$ 30 a US$ 200 por Li para segurar as bandeiras. Em março de 2019, uma fonte disse ao The Epoch Times em língua chinesa que Li foi pago pelo Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Tianjin, uma agência do governo chinês. Outras fontes também sugeriram que Li recebeu financiamento das autoridades chinesas.

* * *

Karl Marx, fundador do comunismo, escreveu "Um espectro está assombrando a Europa: o espectro do comunismo" no Manifesto Comunista. Mais de 100 anos se passaram, e o fantasma do comunismo está agora assombrando a China e o resto do mundo.

“Se adicionarmos a esta lista as mortes causadas pelos regimes comunistas que a União Soviética criou e apoiou - incluindo os da Europa Oriental, China, Cuba, Coréia do Norte, Vietnã e Camboja, o número total de vítimas está próximo de 100 milhões. Isso faz do comunismo a maior catástrofe da história da humanidade”, escreveu David Satter, jornalista e autor americano, em um artigo de 2017 do Wall Street Journal.

A pandemia de coronavírus se tornou a mais recente catástrofe causada pelo comunismo. Nos últimos meses, o mundo testemunhou como o PCC censura informações, encobre casos de infecção e mortes, redireciona a culpa para outros países e espalha propaganda retratando-se como um salvador dentro e fora da China.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse uma vez: "As pessoas mais prejudicadas pela desinformação chinesa, o fato de terem coberto isso no início, foram as pessoas de Wuhan e Hubei, China".

À medida que a epidemia se espalhava pela China e se tornava uma pandemia global, cerca de 75 mil pessoas perderam a vida, cerca de uma em cada cinco pessoas em todo o mundo está trancada e várias empresas estão fechadas. O mundo inteiro foi vítima do encobrimento e tratamento inadequado do surto de coronavírus pelo PCC.

É nossa esperança que os EUA e o resto do mundo se libertem das garras do PCC, a fim de garantir um futuro melhor e mais brilhante.

(Fim)

Reportagem relacionada em chinês:

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