(Minghui.org) Enquanto adota medidas repressivas ao surto de coronavírus na China, o regime comunista chinês continua a perseguir o Falun Gong. No mês passado, houve um aumento nas prisões. De acordo com dados coletados pelo Minghui.org, 282 praticantes do Falun Gong foram presos, 15 foram condenados e 113 foram perseguidos por sua fé em fevereiro de 2020.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual milenar perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.
Em dezembro de 2019 e janeiro de 2020, após condenar 193 praticantes do Falun Gong, o sistema judicial do regime comunista desacelerou em meio ao bloqueio e às restrições de viagem implementadas em toda a China. No entanto, em fevereiro de 2020 (282), o dobro de praticantes do Falun Gong foram presos em comparação a fevereiro do ano passado (140). Este ano, 132 estavam sob custódia no momento da redação. Outros 113 praticantes foram assediados pelas autoridades.
Alguns praticantes foram presos ou perseguidos por encorajar as pessoas a se inspirarem naqueles que se recuperaram da infecção por coronavírus, recitando "O Falun Dafa é bom, Verdade, Compaixão e Tolerância são boas".
Em fevereiro de 2020, dos 395 praticantes presos ou perseguidos por causa de sua fé, 16 tinham 70 anos e 5 tinham 80 anos. A casa de um total de 193 praticantes foram saqueadas. As autoridades extorquíram um total de 244.234 yuans de 26 praticantes, isto é uma média de 9.394 yuans por pessoa.
Oito províncias e municípios relataram prisões de dois dígitos, incluindo a província de Hebei (43), província de Shandong (38), província de Liaoning (37), província de Heilongjiang (29), Pequim (21), Jilin (19), Guangdong (16) e Tianjin (16). Quinze outras regiões relataram o número de prisões de um dígito.
Os 15 praticantes condenados em fevereiro são de seis províncias e regiões, incluindo a província de Hebei (com cinco), província de Jilin (3), província de Shandong (3), Tianjin (2), província de Liaoning (1) e Xangai (1). As penas de prisão variaram de 7 meses a 9 anos, com média de 4,27 anos.
Na província de Sichuan (27) os casos de assédio registrados estão na casa de dois dígitos, na província de Shanxi (17), na província de Hebei (15) e Pequim (11). 14 outras regiões apresentaram casos de um dígito.
A província de Hubei, o epicentro da epidemia, registrou 7 prisões e 2 casos de assédio.
Três residentes de Hebei são condenados por conscientizarem as pessoas sobre sua fé
Em 26 de fevereiro de 2020, três moradores da cidade de Baoding na província de Hebei, foram condenados por fazerem esculturas de cabaças com mensagens sobre Falun Gong.
Uma cabaça com "Verdade, Compaixão e Tolerância são boas; o Falun Dafa é bom", escritos.
Em 24 de dezembro de 2019 a Sra. Sun e a Sra. Li apareceram no Tribunal do Condado de Gaoyang. O Sr. Han foi julgado anteriormente e os resultados ainda estão para ser investigados.
A família da Sra. Sun decidiu recorrer do veredito. Porém, devido à epidemia de coronavírus na China e ao bloqueio, a família não tem como chegar ao tribunal para submeter o recurso.
Casal de Tianjin é duramente sentenciado por causa da sua fé
Recentemente o Tribunal Distrital de Ninghe condenou um casal em Tianjin a sentenças pesadas por causa da sua fé no Falun Gong.
Li Jingzhong, um motorista de táxi, foi condenado a 9 anos. Sua esposa, Dong Shuxiang, foi condenada a 7 anos.
O casal foi preso em 24 de agosto de 2018. A polícia vasculhou sua residência e os mantém no Centro de Detenção do Distrito de Ninghe desde então.
Casal de Hebei é condenado por falar da sua fé
Em fevereiro de 2020, um casal no condado de Cang na província de Hebei, foi condenado à prisão por causa da sua fé no Falun Gong.
Em 11 de fevereiro de 2020, a Sra. Pang Huixia foi condenada pelo Tribunal Distrital de Yunhe a 7 anos, com uma multa de 20.000 yuans. Seu marido, o Sr. Zhang Zhenwei, recebeu uma sentença de 1 ano com liberdade condicional de 2 anos, bem como uma multa de 5.000 yuans. Ambos apresentaram recursos no Tribunal Intermediário da Cidade de Cangzhou.
Pang foi presa em 15 de janeiro e Zhang em 22 de fevereiro de 2019. A Procuradoria do Condado de Cang aprovou suas prisões e transferiu seus casos para a Procuradoria do Distrito de Yunhe.
Em 17 de abril o Sr. Zhang foi libertado. A Sra. Pang permaneceu detida no Centro de Detenção da Cidade de Cangzhou.
Em 28 de abril, quando o advogado de Pang a visitou no centro de detenção, notou que seus braços estavam algemados atrás das costas em uma posição dolorosa, com um braço torcido atrás das costas unido ao outro braço puxado por cima do ombro. Ela disse ao advogado que fez uma greve de fome para protestar contra a perseguição e foi torturada e alimentada à força.
Em 21 de outubro de 2019, a Procuradoria do Distrito de Yunhe indiciou o casal e transferiu seus casos para o Tribunal do Distrito de Yunhe.
O casal apareceu no tribunal em 27 de dezembro e seu advogado entrou com uma alegação de inocência em nome deles. As mais de 1.000 cópias de The Ultimate Goal Of Communism (O objetivo final do comunismo), um livro que lança luz sobre a origem e a natureza do comunismo, foram confiscadas de sua casa e foram incluídas como evidência contra eles.
Desde o surgimento do novo coronavírus na China, várias histórias foram publicadas no Minghui.org sobre as pessoas se recuperavam completamente de sintomas semelhantes a pneumonia após recitar "O Falun Dafa é bom, Verdade, Compaixão e Tolerância são boas".
Inspirados por essas histórias, os praticantes do Falun Gong na China estão colocando cartazes com mensagens que incentivam as pessoas a recitarem essas poderosas frases.
Enquanto muitos chineses são receptivos à mensagem e agradecem aos praticantes por pensarem neles durante a epidemia, a polícia do condado de Yongji na província de Jilin, prendeu um praticante local, o Sr. Sun Zhiwen, em 4 de fevereiro de 2020, após vê-lo colocando cartazes através da vigilância de câmeras.
Zhang Bo, chefe da Agência 610 do condado de Yongji, levou Sun à delegacia de polícia de Chengbei e em seguida revistou sua casa. Todos os seus livros do Falun Gong foram confiscados.
Mais tarde naquela noite, o Sr. Sun foi libertado mas a polícia enviou para os celulares de muitos moradores locais a gravação dele colocando os cartazes e os vídeos da sua casa sendo saqueada. Para difamar o Falun Gong, eles alegaram que o Sr. Sun estava publicando "slogans reacionários".
O cartaz do Sr. Sun com as frases "O Falun Dafa é bom" e "A verdade, a Compaixão e a Tolerância são boas".
Uma mulher de Jilin é detida e extorquida por colocar o cartaz do Falun Dafa
Em 16 de fevereiro de 2020, uma mulher de 71 anos na cidade de Jilin, província de Jilin, foi presa após ter sido denunciada por colocar um cartaz incentivando as pessoas a dizerem "O Falun Dafa é bom, a Verdade, a Compaixão e a Tolerância são bons".
Os policiais da delegacia de Beijinglu interrogaram a Sra. Zhang Junying, exigindo saber onde ela conseguiu os pôsteres. Ela se recusou a responder.
Como os centros de detenção locais não estavam admitindo ninguém durante a epidemia de coronavírus, os policiais mantiveram a Sra. Zhang na delegacia por dois dias e extorquiram 1.000 yuans de sua família antes de enviá-la para casa em 18 de fevereiro. Antes de partirem, os policiais revistaram todos os cômodos da sua casa. Eles alegaram que devolveriam os 1.000 yuanes após o término da epidemia.
Polícia prende praticantes do Falun Gong no meio da noite para "medir a temperatura"
No dia 5 de fevereiro de 2020 os policiais da cidade de Guilin, província de Guangxi, no meio da noite bateram na porta da casa do Sr. Xie Jianxin e de sua esposa, a Sra. Zhao Renyuan, e alegaram que tinham que "medir suas temperaturas".
O Sr. Xie enviou uma mensagem a um parente sobre a situação e disse que não tinha aberto a porta. Na manhã seguinte, quando o parente viu a mensagem ligou para o Sr. Xie, ele e sua esposa já tinham sido presos.
No dia 8 de fevereiro, a família do casal ligou para o policial Yan na delegacia de Qixing para saber sobre o caso. Yan disse que os dois foram presos por distribuir materiais do Falun Gong mas ele se recusou a revelar qualquer outra informação.
Uma semana depois, quando a família ligou para a delegacia de Qixing para perguntar sobre o casal, o policial que atendeu se recusou a fornecer mais informações e lhes disse para aguardar a notificação oficial.
Somente quando a família se queixou de não saber para onde enviar as roupas para seus entes queridos é que o oficial revelou que o casal estava preso no Centro de Detenção nº 2 da Estrada Jinjiling.
Praticante do Falun Gong em vídeo da polícia na tentativa de prendê-la
A Sra. Zhang Qiaolei com 49 anos, moradora de Tonghua, província de Jilin, estava andando por volta das 13h do dia 27 de fevereiro de 2020, quando foi parada por um homem em uma bicicleta. Outro homem ficou atrás dela.
Os dois homens seguraram a Sra. Zhang no chão, pegaram sua bolsa e a levaram para a delegacia de Kuaida. O polegar e o braço direito ficaram feridos durante sua prisão violenta.
Na delegacia, vários oficiais interrogaram a Sra. Zhang e tentaram forçá-la a admitir ter distribuído materiais informativos sobre o Falun Gong.
a Sra. Zhang recusou-se a obedecer. A polícia disse: "É difícil para nós remover os cartazes adesivos que vocês do Falun Gong colocaram. Como não descobrimos quem fez isso, se você não cooperar conosco, culparemos você por tudo”.
Enquanto um grupo de oficiais interrogava a Sra. Zhang, outras duas dúzias saquearam sua casa com as chaves que levaram dela.
A filha da Sra. Zhang, uma universitária que estava sozinha em casa, ficou aterrorizada com o ataque. Os oficiais revistaram sua casa por mais de três horas e confiscaram os livros do Falun Gong, computador e mais de 3.000 yuans em dinheiro.
Por volta das 8h da manhã do dia seguinte, o Departamento de Polícia do Condado de Tonghua enviou oficiais para levar a Sra. Zhang algemada a uma rua comercial movimentada.
No dia seguinte, por volta das 8h da manhã, o departamento de polícia do condado de Tonghua enviou oficiais para levar a Sra. Zhang algemada a uma movimentada rua comercial.
Eles tentaram forçá-la a admitir que ela havia colocado ou distribuído materiais do Falun Gong em vários locais da rua. Quando se recusou a responder, os policiais a filmaram em um local e a culparam por ter colocado materiais lá.
a Sra. Zhang tentou evitar ser filmada, mas os policiais a cercaram com câmeras. Quando muitas pessoas vieram assistir à comoção, a Sra. Zhang gritou para a multidão: “O Falun Dafa é bom! Verdade, Compaixão e Tolerância são boas!". A polícia a levou embora.
Por volta das 9h da manhã, a polícia levou Zhang para sua casa, juntamente com os seus itens confiscados. Eles colocaram os itens de volta em sua casa, um a um, e a filmaram em pé ao lado de cada item.
A Sra. Zhang foi levada de volta à delegacia por volta das 11h e liberada às 13h depois de pagar uma fiança de 3.000 yuans.
Durante um interrogatório a polícia queima rosto e a mão de homem com cigarro
O Sr. Yang Tingxian, de 60 anos e residente da cidade de Pingxiang, na província de Jiangxi, foi preso em 26 de fevereiro de 2020, depois de haver sido denunciado por conversar com os oficiais de plantão na entrada de seu bairro sobre o Falun Gong.
Seis policiais da delegacia de Hongshan perguntaram a ele onde ele conseguiu os panfletos sobre o Falun Gong. O Sr. Yang se recusou a responder e disse apenas que os distribuía para beneficiar os outros.
Durante o interrogatório, a polícia queimou o rosto e as mãos do Sr. Yang com cigarros, causando queimaduras e bolhas. Eles o torturaram por mais de duas horas e o libertaram à noite.
Residentes de Hubei são alvos de perseguição
Embora toda a província de Hubei, o epicentro da epidemia, ainda esteja em confinamento, muitos praticantes do Falun Gong ainda estão trabalhando duro para expor a perseguição a sua fé.
Em 12 de fevereiro de 2020, a Sra. Zheng Xunxiu de 72 anos, moradora da cidade de Macheng, província de Hubei, foi presa por distribuir materiais sobre o Falun Gong. Desde que foi libertada naquela noite, ela tem ficado longe de casa para evitar mais perseguições. Sua família está muito preocupada.
Também em 12 de fevereiro de 2020, a Sra. Liu Jiqing, outra praticante na cidade de Macheng, foi presa por distribuir materiais do Falun Gong. Ela ficou presa por sete dias.
O Sr. Lin Xianghua, um morador de Wuhan perto dos dos 70 anos, foi preso em 14 de fevereiro de 2020, por distribuir materiais do Falun Gong. Ele foi levado para a Delegacia da Rua Hanshuiqiao, onde a polícia tirou sua foto e uma amostra de sangue. Ele foi solto mais tarde naquela noite.
Celulares monitorados
À medida que as autoridades restringem ainda mais as informações em meio ao surto de coronavírus, vários praticantes do Falun Gong foram atacados por enviarem informações ou conversarem com pessoas sobre a situação através de seus celulares.
O Sr. Zhang Zhongping, do condado de Mengyin, província de Shandong, foi preso em 15 de fevereiro de 2020, por enviar uma mensagem a um amigo sugerindo que ele recitasse: "Falun Dafa é bom" para se manter seguro contra o coronavírus. Ele ficou detido por oito dias.
Uma praticante em Tianjin teve seu serviço de celular suspenso após ter ligado para seus parentes e lhes contado sobre a frase "Falun Dafa é bom".
Ela entrou em contato com sua operadora, mas foi informada de que se tratava de uma "questão política" e que seu serviço de celular seria suspenso permanentemente.
Polícia diz a uma mulher de Shandong: "Você não tem permissão para falar sobre quantas pessoas morreram por Coronavírus em Wuhan"
Em 25 de fevereiro, a Sra. Zou Huaxiang, da cidade de Weihai, província de Shandong, foi presa em 25 de fevereiro de 2020, depois que foi denunciada por dizer a um jovem que algumas pessoas se recuperaram do coronavírus recitando "Falun Dafa é bom".
Três policiais à paisana usando máscaras a levaram à delegacia. Eles abusaram verbalmente dela e não a deixaram falar. Também coletaram uma amostra de sangue contra sua vontade e disseram que ela "não tinha permissão para falar sobre quantas pessoas morreram pelo coronavírus Wuhan".
Mais tarde, naquele dia, a Sra. Zou foi libertada. No dia seguinte a polícia apareceu na sua casa e confiscou seus livros e os materiais do Falun Gong.
Polícia extorque 40.000 yuans da família de uma mulher de Shandong
A Sra. Sun Mixiang, da cidade de Juancheng, província de Shandong, foi presa em 8 de fevereiro de 2020 por distribuir materiais do Falun Gong. A polícia invadiu sua casa e confiscou seus livros e materiais do Falun Gong.
Como os centros de detenção locais se recusaram a admitir a Sra. Sun devido ao surto de coronavírus, a polícia teve que mandá-la para casa. Eles extorquiram 40.000 yuans de sua família.
Polícia de Hebei vasculha a casa do casal para “investigar a epidemia de coronavírus”
No condado de Zhuolu, província de Hebei, o marido da Sra. Kang Zhenglan recebeu uma ligação de seu senhorio em 24 de fevereiro de 2020. Seu senhorio disse que a polícia estava lá para investigar a epidemia de coronavírus e ele foi convidado a voltar para casa imediatamente para responder às perguntas da polícia.
O marido da Sra. Kang correu para casa, onde a polícia ordenou que ele abrisse a porta para eles. Um dos oficiais estava segurando um pé de cabra. Os policiais confiscaram os computadores, impressoras e materiais do Falun Gong do casal.
A polícia ia prender o homem, que tinha mais de 70 anos, mas cedeu depois que a presença deles o incomodou tanto que ele desmaiou. Ele foi ordenado a se apresentar à delegacia para responder perguntas no dia seguinte.
194 praticantes do Falun Gong são perseguidos por sua fé em janeiro de 2020