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Cultura tradicional chinesa (Parte 8 de obediência filial): Cai Shun e a amoreira (continuação da parte 7)

17 de fevereiro de 2020

(Minghui.org) Cultura tradicional chinesa: (Parte 7 de obediência filial): Degustação de ervas medicinais pelo Imperador Han Wen

Cai Shun viveu no final da Dinastia Han Ocidental. Ele perdeu o seu pai em tenra idade, mas ainda tinha a sua mãe. Para escapar do caos causado pela guerra, eles fugiram para Shenjian (localizado na atual província de Henan). Mas a guerra continuou, os moradores fugiram de suas casas e a terra estava deserta. A vida era difícil e Cai tinha que mendigar todos os dias. Ele guardava a comida boa para a sua mãe enquanto comia as sobras de vegetais ou ervas para matar a sua fome.

Mais tarde, uma das tropas da rebelião, Chimei (sobrancelha vermelha), atacou Xuchang (também localizado na província de Henan de hoje), obrigando mais pessoas a fugirem, tornando a vida de Cai e sua mãe mais miserável. Ele costumava ir muito longe para obter pouca comida. Ao anoitecer, quando Cai não voltava, sua mãe sempre o procurava nos limites da vila.

Em um dia difícil, Cai pediu por comida a manhã inteira, mas não tinha conseguido nada até a tarde. Então, ele viu uma área de amoreiras, com frutos caindo no chão. Satisfeito com sua nova descoberta, Cai pegou-as e separou as amoras maduras (pretas) das demais. Quando um grupo de soldados Chimei parou Cai, curiosamente perguntaram-lhe por que as bagas no cesto estavam divididas pela cor. Ele respondeu: "As negras são maduras e doces, e são para minha mãe, enquanto o resto é para mim", explicou Cai. “A minha mãe é idosa e tem pouca visão. Se eu as separar agora isso a ajudará".

Movidos pela sua bondade e obediência aos pais, os soldados não lhe fizeram mal, mas deram-lhe comida e o gado que haviam roubado. Considerando que tinham sido obtidos injustamente, Cai recusou a doação e insistiu em dar as amoras à sua mãe. Tocados pela sua retidão, os soldados da tropa também sentiam a falta das suas famílias. Alguns foram para um rio próximo, lavaram a cor vermelha de suas sobrancelhas e voltaram para as suas casas.

Depois que a rebelião terminou, a vida melhorou, mas a mãe de Cai faleceu. No entanto, antes do enterro do corpo, as propriedades de um vizinho pegaram fogo e estavam se espalhando para a residência de Cai. Vendo que não havia nada que ele pudesse fazer, Cai segurou o caixão e chorou alto. O fogo mudou milagrosamente de direção, e o caixão e sua residência ficaram intactos.

A obediência filial era altamente respeitada sob a ideologia confucionista tradicional. Os vinte e quatro exemplos filiais, inicialmente compilados na dinastia Yuan, foram respeitados e preservados por muitas gerações.

(Fim)