(Minghui.org) Nos tempos modernos casamos por amor, mas na China antiga os casamentos eram arranjados pelos pais e pelos casamenteiros.
As histórias abaixo são registros da China antiga. Naquela época as pessoas acreditavam que o casamento era um destino determinado pelo Céu.
Zheng Huangu um estudioso do colégio imperial durante o reinado do Imperador Wenzong da Dinastia Tang ficou noivo da filha de Liu, ministro da Justiça daquela época.
Antes do casamento, Zheng e o taoísta Kou Zhang foram para o condado de Zhaoying, onde Zheng teve um sonho estranho. Ele estava em uma carruagem que passou por três pequenas pontes antes de parar em uma casa atrás de um templo, onde se casou com uma jovem. O anfitrião do casamento tinha o sobrenome Fang.
Depois que Zheng acordou ele contou a Kou Zhang sobre seu sonho e também o registrou em um papel.
Zheng casou com sua noiva, mas pouco tempo depois ela faleceu. Anos depois, ele se casou com uma mulher da família Li em Dongluo. O casamento ocorreu em uma casa atrás de um templo no condado de Zhaoying. Naquele dia Zheng Huangu realmente passou por três pequenas pontes.
Fang Zhiwen era o segundo homem no comando de Dongluo e também era um velho amigo da família da falecida esposa de Zheng Huangu. Então Fang foi o anfitrião da cerimônia de casamento. Até então Zheng Huangu não tinha percebido que a mulher que ele viu em seu sonho era sua futura esposa.
Zhu Xian, um arquivista no condado de Shehong, foi oficialmente contratado para se casar com a filha de Du Ji, chefe do condado de Pi.
No entanto, Wang Jian no período antigo Shu, se proclamou imperador e a noiva de Zhu Xian foi escolhida para ser empregada doméstica no palácio. Mais tarde, o filho de Wang Yan se rendeu a um rival.
Naquele momento, Zhu havia sido nomeado oficial em Pengzhou e pediu aos amigos que o ajudassem a encontrar uma esposa. Por recomendação deles, Zhu se casou com a neta da família Wang. Depois que se casaram, Zhu soube que ela havia sido empregada do palácio.
Zhu disse a ela: “Eu deveria me casar com a filha da família Du. No documento de noivado mencionei me sentir culpado por ter vindo de uma família pobre”.
Sua esposa suspirou e disse: “Eu sou aquela filha da família Du. Wang foi um sobrenome que assumi mais tarde. Depois que saí do palácio, eu não tinha mais para onde ir e a família Wang me acolheu”. O casal amou-se profundamente e viveu em harmonia.
Hou Jitu, ministro do período antigo Shu, pertencia a uma família de estudiosos. Ele sempre tinha um livro na mão e recitava poesia. Costumava viajar para Chengdu para visitar o Templo Daci.
Um dia, foi ao pavilhão do Templo de Daci para apreciar a bela paisagem de outono, quando viu uma folha que flutuava e nela alguém havia escrito um poema: “Com uma sobrancelha contraída, meu coração está perturbado. Uma folha de árvore de outono caiu no meu quintal e escrevi um poema. Este poema não está escrito em pedra nem em papel. Está escrito em uma folha que espero que flutue no vento do outono. Quem quer que se dedique a isso, entenderá o que isso significa, enquanto alguém sem coração não entenderá nada. Não sei para onde esta folha voará ou que tipo de pessoa a pegará”.
Hou guardou a folha com seus pertences mais valiosos. Anos depois, casou-se com a filha da respeitável família Ren.
Um dia, Hou recitou o poema da folha. Sua esposa ouviu e disse: “Era um poema escrito em uma folha. Eu escrevi quando estava em Zuomian (atualmente Mianyang). Como você sabe?"
Surpreso, Hou pediu à esposa que escrevesse o poema, e ela o fez. O poema era exatamente igual ao da folha que guardara.
De acordo com a cultura tradicional chinesa, o casamento deve estar em conformidade com os arranjos feitos pelo Céu e pela Terra. É por isso que os noivos em uma cerimônia de casamento tradicional chinesa devem primeiro se curvar ao Céu e à Terra e depois se curvar aos pais antes de se curvarem um ao outro. Se um trair o outro, ele ou ela será punido pelo divino.
Yi Shi por Lu Zhao na Dinastia Tang
Taiping Guangji por Li Fang na dinastia Song