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Carta ao editor: "Embora esteja vestido, sinto-me nu"

11 de dezembro de 2020 |   Por Li Fugui, um agricultor na China

(Minghui.org) Eu costumava ser agricultor. Mas depois de o governo ter confiscado as terras e colocado edifícios nas mesmas, já não tínhamos mais terras para cultivar. Para ganhar a vida e apoiar os meus pais idosos, fui a Pequim à procura de um emprego.

Um amigo meu na nossa aldeia foi a Pequim há vários anos e agora trabalha para uma empresa de entregas. Fui diretamente conversar com ele para pedir ajuda.

Na entrada do seu bairro residencial, um segurança parou-me e pediu-me o "Código de Saúde". (Nota do editor: "Código de Saúde" é um aplicativo que rastreia a localização de uma pessoa e pontua uma pessoa com base no fato de ter estado numa área com alta de coronavírus).

"O que é isso?".

"Verifica que esteve aqui. Não tem nada a ver com a sua saúde".

Vendo que eu tinha um Nokia (Nota do editor: Nokia não é um smartphone que permite instalar o aplicativo "Código de Saúde"), o guarda tirou o seu próprio celular para me examinar a face e recolher a minha informação antes de me deixar entrar.

Depois de encontrar um lugar para me hospedar, uma mulher do comitê residencial disse-me para obter um passe. Foi-me também exigido que escaneasse minha face sempre que entrasse e saísse do hotel.

Ela disse: "Isso é para verificar que é você que entra e sai deste lugar e não outra pessoa".

Logo percebi que, não importava para onde fosse, era obrigado a digitalizar a minha face, quer fosse fazer compras no supermercado, jantar num restaurante, entrar num banheiro público, ou até mesmo antes de usar o distribuidor de papel higiênico! Uma vez pensei que o restaurante não me deixou entrar porque não tinha boa aparência requerida.

Um dia, quando estava a caminhar no Parque Zhongshan, um patrulheiro parou-me e pediu-me para ver a minha identidade. Tinha um dispositivo no ombro que me escaneava minha face.

"Porque está digitalizando a minha face?",

"Estamos investigando um caso e recolhendo provas".

Eu não infringi qualquer lei. Por que teve de registrar a minha face?

Para onde quer que eu olhasse, via câmaras de vigilância. Não importava onde estava ou o que fazia, sentia-me nu, apesar de estar vestido.

Mais tarde, percebi que o governo comunista trata todos os cidadãos como "foras-da-lei". Não admira que eles gastem tanto esforço a controlar todos os cidadãos, em todo o lado.

Foi por isso que tive o prazer de encontrar um praticante do Falun Gong no outro dia. Ela exortou-me a abandonar o Partido Comunista Chinês. Ela também me contou como o governo fabricou o embuste da "autoimolação" para difamar o Falun Gong e justificar a perseguição.

"É isso mesmo!", disse eu. "Vi um filme no outro dia que falava sobre o incidente de autoimolação. Sei que todos os praticantes de Falun Gong na minha aldeia são boas pessoas e são terrivelmente perseguidos pelo governo. O governo tem feito tanto mal e agora convidou o 'deus da peste'. Acredito verdadeiramente que é a vontade do céu eliminá-lo.

"Por favor, ajudem-me a abandonar a Liga da Juventude e os Jovens Pioneiros! Então posso ser um verdadeiro chinês, não um seguidor do fantasma comunista que veio do Ocidente”.