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Filadélfia: Extração forçada de órgãos na China é discutida internacionalmente por médicos que fazem transplantes de órgãos

19 de outubro de 2020 |   Por um praticante do Falun Gong nos EUA

(Minghui.org) A 147ª Reunião e Exposição Anual da Associação Americana de Saúde Pública (APHA) realizou-se no Centro de Conferências da Pensilvânia em Filadélfia, de 2 a 6 de novembro de 2019.

Durante a reunião de 12 mil profissionais de saúde pública mais influentes do mundo, muitos tomaram conhecimento da matança extrajudicial em larga escala pelo regime comunista chinês de prisioneiros de consciência e adeptos religiosos para transplantes de órgãos.

A extração forçada de órgãos de pessoas vivas sancionada pelo PCC chamou a atenção durante a Reunião Anual da APHA de 2019

Fundada em 1872, a APHA é a organização de saúde pública mais antiga e com a maior diversidade acadêmica do mundo. Na reunião e exposição de 2019 participaram representantes de governos, universidades, institutos de pesquisa, organizações, hospitais e prestadores de cuidados de saúde de todo o mundo. Houve também um grande número de participantes da China e de estudantes no exterior.

China Organ Harvest Research Center (COHRC), sediado em Nova York, participou da reunião pela terceira vez com apresentações orais e pôsteres. O COHRC revelou uma das mais hediondas catástrofes de direitos humanos do século XXI, o que alarmou os participantes.

Ao contrário do tráfico de órgãos do mercado negro em alguns países, os transplantes forçados de órgãos de prisioneiros de consciência vivos sob demanda pelo Partido Comunista Chinês (PCC), são sancionados pelo governo chinês e operados pelas instituições militares e locais.

O COHRC expôs a extração forçada de órgãos vivos do PCC durante o 27º Congresso Internacional da Sociedade de Transplantes (TTS) na Espanha, em julho de 2018, no Congresso Americano de Transplantes (ATC) em junho de 2019 e no 19º Congresso da Sociedade Europeia de Transplantes de Órgãos, na Dinamarca, em setembro de 2019. No final de outubro, o COHRC foi convidado para a reunião anual da Sociedade Americana de Bioética e Humanidade (ASBH). O COHRC compartilhou seus resultados de investigação mais recentes com apresentações especiais sobre a natureza, escala, fonte de órgãos, fatores determinantes e impacto da extração forçada de órgãos na China.

O investigador do COHRC Huige Li, Professor no Centro Médico Universitário, Universidade Johannes Gutenberg em Mainz, Alemanha, discursa na Reunião Anual da APHA de 2019

A extração de órgãos de pessoas vivas, sancionada pelo Estado, chamou a atenção durante o 19º Congresso da Sociedade Europeia de Transplante de Órgãos, na Dinamarca, em setembro de 2019

Uma das mais hediondas catástrofes dos direitos humanos do século XXI

O COHRC realizou um estudo sistemático do Sistema Chinês de Transplantes de Órgãos e de Doação de Cidadãos e publicou o novo relatório de 2019 durante a Segunda Cúpula Ministerial dos EUA sobre Liberdade Religiosa em Washington, DC, em julho deste ano.

Com base na natureza, escala e gravidade da extração forçada de órgãos de pessoas vivas da China, o COHRC revelou como a indústria de transplante de órgãos da China se expandiu rapidamente ao lado da perseguição do PCC ao Falun Gong. A perseguição reúne todos os elementos de genocídio e crimes contra a humanidade, conforme estabelecido pelo direito internacional.

A pesquisa mostra que o PCC usou prisioneiros em pequena escala na década de 1970. Desde 2001, os transplantes de órgãos foram listados como uma estratégia de desenvolvimento nacional, mas sem nenhum sistema nacional de doação de órgãos em vigor. Além disso, o número de execuções vem diminuindo ano a ano.

A China investiu fortemente em pesquisa, treinamento de pessoal e industrialização do transplante de órgãos, o que levou ao desenvolvimento exponencial da indústria chinesa de transplante de órgãos. Em apenas alguns anos, tornou-se o país com o maior número de transplantes de órgãos realizados no mundo.

Em 2007, mais de mil hospitais militares e locais na China estavam envolvidos em transplantes de órgãos. De acordo com os requisitos mínimos de qualificação de leitos do Ministério da Saúde para hospitais de transplantes, a capacidade anual mínima de apenas 165 hospitais aprovados é de 70 mil transplantes, excedendo em muito os 10 mil transplantes anuais declarados pelo governo.

Sob pressão da comunidade internacional, o PCC anunciou que proibiu completamente a utilização de prisioneiros do corredor da morte para transplante de órgãos em 2015 e recorreu a doações voluntárias de cidadãos. Contudo, o estudo do COHRC mostra que no final de 2017, os 373 mil doadores de órgãos registrados na China podem produzir 12 doações reais com base na proporção de doadores de órgãos registrados nos EUA e doadores reais. A soma dos doadores publicados (principalmente de unidades de terapia intensiva em hospitais) de cada província não atinge sequer o número de transplantes oficiais que foram muito subestimados.

No entanto, o turismo de transplante de órgãos da China, a cooperação internacional acadêmica e comercial se estende através do acordo de compartilhamento de órgãos a outras partes da Ásia e além, por meio do chamado "Belt and Road" (Cinto e Rota). Isso faz dos transplantes forçados de órgãos um crime global.

O último relatório do COHRC revela que por trás dessa enorme indústria de lucro está um sistema de assassinatos extrajudiciais impulsionado pelo regime comunista chinês e envolvendo as instituições militares e locais. As vítimas são principalmente praticantes do Falun Gong, bem como uigures, tibetanos, membros da igreja clandestina, dissidentes e outros grupos vulneráveis.

O relatório apontou: “Falun Gong não é o primeiro nem o último grupo a ser perseguido pelo regime comunista chinês, mas é o único grupo que foi abertamente alvo de erradicação”.

"Foram acumuladas amplas evidências para permitir um estudo detalhado com respeito ao desenvolvimento, métodos e resultados da perseguição. A escala, sofisticação, crueldade e longevidade da campanha contra o Falun Gong a tornam um dos desastres mais hediondos de direitos humanos do século XXI."

O Congresso dos EUA e o Parlamento Europeu aprovaram resoluções condenando o PCC pela extração forçada de órgãos dos prisioneiros de consciência. Israel, Espanha, Itália, Taiwan, Noruega e Bélgica também promulgaram legislação que proíbe aos cidadãos o turismo de transplante de órgãos para a China.

Em junho de 2019, o Tribunal da China em Londres anunciou o seu veredicto final: "A extração forçada de órgãos tem sido cometida há anos em toda a China em uma escala significativa e que os praticantes do Falun Gong têm sido uma, e provavelmente a principal, fonte de fornecimento de órgãos".

Trabalhar juntos para acabar com as atrocidades

Vários especialista e acadêmicos de várias áreas ficaram chocados ao saber os detalhes do genocídio de 20 anos na China. Deixaram as suas informações de contato para obter mais informações. Alguns disseram que incorporariam a informação no seu currículo, ou participariam de pesquisas e estudo. Outros disseram que encorajariam os legisladores do governo a parar os assassinatos.

Um senhor que é vice-presidente de uma organização médica e de serviços internacional sem fins lucrativos, diretor e investigador-chefe de um Centro Nacional de Formação dos EUA, foi ao estande do COHRC e disse que tinha lido a informação na noite anterior. Disse que tinha informado todas as pessoas que conhecia sobre o assunto. Disse solenemente: "Em breve, informaremos todas as pessoas nos Estados Unidos".

O Professor Bibeau, do Departamento de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte, está se preparando para oferecer um curso de ética. Ele agradeceu ao COHRC por fornecer materiais detalhados: "Estes resultados de investigação são muito oportunos e exatamente o que eu preciso. Isto se tornará uma parte importante do curso".

Uma médica de Chicago foi ao estande do COHRC e agradeceu a equipe. Ela recebeu a pasta de informação do COHRC no dia anterior e leu os resumos do novo relatório de 2019 e do relatório de 2018 naquela noite.

Ela disse que gostaria de enviar as informações à sua irmã, que é médica de transplante de órgãos em Nova York. Já tinham ouvido falar da extração forçada de órgãos vivos antes, mas tinham dificuldade em acreditar. Ela disse que tinha um grande respeito pelos praticantes do Falun Gong.