(Minghui.org) Sou praticante do Falun Gong há pouco mais de um ano. Sinto como se estivesse passando por um processo de eliminar camadas. Vários eventos aconteceram para separar o joio da pura essência de quem eu sou.
O primeiro local de prática que participei, foi em novembro de 1999. No começo eu não entendia muito, mas continuei lendo e continuei cultivando e algumas coisas inacreditáveis aconteceram comigo.
Eu mudei muito. Antes do Falun Gong eu sofria de Síndrome pós-traumática porque eu tinha sido vítima de um crime muito violento. Tinha dificuldade para dormir. Eu achava que precisava de álcool para dormir à noite. Mesmo que o criminoso que cometeu o crime tenha sido julgado e colocado na prisão pelo resto de sua vida, eu vivia com medo constante de ser atacado. Nunca queria ir para casa e quando ia, me trancava no meu quarto.
Em dois meses parei de fazer terapia e, eventualmente, todos os meus sintomas desapareceram. Eu estou calmo e sereno. Meu nível de energia aumentou dramaticamente. Estou muito focado no meu trabalho e tenho muito sucesso.
Sou corretor de imóveis e gerente de propriedade. Contratei um carpinteiro, o qual foi recomendado por um amigo, para instalar um novo telhado sobre uma garagem. Depositei para o carpinteiro metade do valor fechado e ele começou a remover o telhado velho no dia seguinte. O único problema foi que ele removeu o telhado do vizinho e não o que eu o contratara para remover.
Nem preciso dizer que as pessoas que guardavam coisas na garagem do vizinho estavam muito zangadas. Eles gritavam para o carpinteiro parar e ele continuava dizendo que eles não eram o proprietário e ele não trabalhava para eles. Durante o processo de remoção do telhado velho, muitas partes foram caindo sobre as coisas dos vizinhos e com isso foram danificadas. Finalmente alguém ligou para mim e eu disse ao carpinteiro que era o telhado errado. Ele parou mas não havia nenhuma cobertura na garagem do vizinho. O vizinho ficou muito zangado comigo e insistiu para que eu consertasse o telhado. Como o carpinteiro que contratei não tinha licença de empreiteiro e sabendo que não havia nada que eu pudesse fazer, ele podia se recusar a voltar a trabalhar. Felizmente não choveu e o carpinteiro continuou por uma semana.
Embora eu fosse um praticante iniciante, eu sabia que era minha responsabilidade. Finalmente tomei a decisão de contratar outro carpinteiro, desta vez com uma licença de empreiteiro e arcar sozinho com o custo total. Eu sabia que não havia outra escolha. No mesmo dia em que contratei outro carpinteiro, o primeiro terminou o trabalho. Repetidamente, eu disse às pessoas cujas coisas foram danificadas que eu seria responsável pelos reparos, mas até hoje elas nunca me pediram nada.
Eu não acho que poderia haver uma maneira mais clara de me ensinar a desistir do meu apego de economizar dinheiro ou sobre ser responsável.
Isso aconteceu após alguns meses de eu ter começado a ser praticante. Recentemente, outro incidente aconteceu e seu efeito foi muito mais profundo.
Eu tinha um amigo praticante com quem discutia muitas coisas. Fizemos muitas observações sobre outras pessoas, muitas vezes criticando-as. Tudo isso era extremamente interessante e esclarecedor até que um dia meu amigo me criticou. Achei que sua crítica foi extremamente injusta. Sei que em um conflito devemos olhar para dentro de nós mesmos. Percebi até que ponto cheguei ao criticar os outros. Culpei os outros. Encontrei falhas nos outros. Se eu falava com eles ou não, eu os julgava. Simplesmente não parecia certo quando eu deveria ser o único a ser julgado.
Então entendi. Eu precisava pagar por todas as vezes que julguei, critiquei e magoei os outros porque meus motivos nunca foram puros. Percebi que precisava ser ferido para pagar a mágoa que causei aos outros. Precisava sentir dor para pagar a dor que causei aos outros. Fiquei muito retraído e comecei a sentir uma verdadeira dor física no meu braço esquerdo. Essa dor parecia muito, muito apropriada. Parecia estar piorando. Chegou ao ponto em que eu não conseguia levantar o braço para fazer o segundo exercício porque doía muito.
Então li o que o Mestre Li disse sobre as críticas em “Ensinar o Fa na Conferência de Cingapura”, 1998:
“Freqüentemente, digo que se uma pessoa não tem nenhuma noção pessoal, não é motivada por interesses pessoais e, sinceramente, quer o bem dos outros, então, quando ela aponta os defeitos de outra pessoa ou diz às outras pessoas o que é certo, a outra pessoa se comoverá até as lágrimas”.
Na prática do fim de semana seguinte, consegui levantar o braço e a dor quase desapareceu. Eu sabia que a crítica injusta do meu amigo era uma mensagem que eu poderia usar para me purificar para separar o joio da pura essência de quem eu sou.