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52 praticantes de Falun Gong na China condenados à prisão em julho de 2019, por se recusarem a renunciarem à sua fé

14 de setembro de 2019 |   Por um correspondente do Minghui na China

(Minghui.org) De acordo com informações compiladas pelo Minghui.org, o mês de julho de 2019 registrou 52 novos casos de praticantes do Falun Gong condenados à prisão pelo sistema judiciário do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática espiritual baseada nos princípios de Verdade, Compaixão e Tolerância. Desde que o PCC começou a perseguir a prática em julho de 1999, muitos praticantes foram sujeitos a prisão e detenção, tortura, trabalhos forçados e até extração de órgãos.

Os 52 praticantes foram condenados por consciencializarem as pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong, incluindo falar-lhes sobre o Falun Gong, escrever cartas para as autoridades sobre a prática e divulgar informações relacionadas com o Falun Gong nas populares plataformas de redes sociais chinesas.

Esses praticantes sentenciados vêm de 16 províncias e municípios controlados a nível central na China, com as províncias de Shandong (10) e Heilongjiang (9) registrando a maioria das sentenças. Os prazos de prisão variam de quatro meses a sete anos e meio, com uma média de 2,68 anos.

Devido ao bloqueio de informações do PCC, o número de praticantes de Falun Gong que foram condenados nem sempre podem ser informados em tempo real e nem todas as informações estão prontamente disponíveis.

Entre os 52 casos, 21 praticantes tiveram o seu dinheiro extorquido pela polícia ou foram multados pelo tribunal, totalizando 174 mil yuanes, com uma média de 8.286 yuanes por pessoa.

Oito dos praticantes têm 65 anos ou mais. As suas sentenças variam de 20 meses a sete anos.

A seguir estão alguns resumos daqueles que foram condenados.

Homem de Sichuan condenado a quatro anos de prisão por praticar Falun Gong; advogado ameaçado por criminosos

Em 9 de julho de 2019, um residente da cidade de Pengzhou, província de Sichuan, foi condenado a quatro anos de prisão por recusar-se a renunciar à sua fé no Falun Gong. A sentença veio depois de quase dois anos de detenção.

Deng Chuanjiu, de 49 anos, foi preso no trabalho no dia 8 de outubro de 2017. Depois, a polícia saqueou sua casa e espancou a sua esposa quando ela tentou detê-los.

O julgamento contou apenas com a presença da esposa e do filho de Deng, pois outros membros da família não puderam entrar no tribunal. Durante o julgamento, o advogado dele entrou com um pedido de inocência e argumentou que nenhuma lei na China criminaliza o Falun Gong. O Sr. Deng também testemunhou em sua própria defesa.

Após o término do julgamento, o advogado foi parado por vários bandidos quando saiu do tribunal. Eles abusaram verbalmente dele e estavam a atacá-lo quando o carro que levava o advogado chegou e ele foi embora.

Professor do ensino secundário condenado com multa e a três anos e meio de prisão

Em 23 de julho de 2019, um professor do ensino secundário na cidade de Haicheng, província de Liaoning, foi notificado que foi condenado a três anos e meio de prisão e multado em 5 mil yuanes. Ele apelou da sentença no dia 1 de agosto e também apresentou um pedido exigindo a absolvição e o retorno dos seus pertences pessoais que foram confiscados pela polícia.

Wang Hongzhu, 43 anos, foi vítima da prisão em massa ocorrida em 22 e 23 de agosto de 2018. Foi relatado que a polícia o prendeu para cumprir a cota de uma campanha para reprimir membros de gangues. Em vez de prender membros de gangues de verdade, as autoridades visaram os praticantes do Falun Gong.

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Sr. Wang Hongzhu.

O Sr. Wang foi julgado no Tribunal Distrital de Lishan em 20 de maio de 2019. Dois advogados entraram com um argumento a não culpado, argumentando que nenhuma lei na China jamais criminalizou o Falun Gong e que a Constituição concede aos cidadãos chineses o direito à liberdade religiosa e de crença. Os advogados também apontaram que o Sr. Wang não violou nenhuma lei nem causou danos a ninguém ao divulgar informações e consciencializar sobre a perseguição ao Falun Gong. Eles argumentaram que nenhum dos materiais relacionados ao Falun Gong confiscados da sua casa deveriam ser usados contra ele.

O Sr. Wang também testemunhou em sua própria defesa e refutou a acusação de “sabotar a aplicação da lei", já que é um pretexto usado pelas autoridades para deter e prender os praticantes de Falun Gong. “Este não é um caso criminal. É perseguição política”, ele disse.

Antes da sua última prisão, o Sr. Wang foi previamente enviado a um campo de trabalho forçado em 18 de outubro de 2001, por dois anos e demitido do seu emprego por falar às pessoas sobre o Falun Gong.

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Casal de Shandong é condenado a prisão e multado por não renunciar à sua fé

Um casal da cidade de Tai'an, província de Shandong, foi notificado em 24 de julho de 2019, um mês após o julgamento, que tinha sido condenado e multado.

O Sr. Zhao Qisen, de 56 anos, foi condenado a dois anos de prisão e multado em 10 mil yuanes, e a sua mulher, Sra. Zheng Hongling, de 55 anos, foi sentenciada a três anos e meio de prisão e multada em 20 mil yuanes.

Em 25 de outubro de 2018, o Sr. Zhao e a Sra. Zheng, ambos ex-funcionários da Shandong Energy Xinwen Mining Group Co., foram presos em casa por agentes da Esquadra da Polícia de Jieshan e da Esquadra da Polícia de Tianping. A polícia saqueou a sua casa e confiscou muitos objetos pessoais, incluindo livros e materiais do Falun Gong, um computador, um notebook, um tele móvel e duas malas.

Devido a problemas de saúde, a Sra. Zheng foi libertada sob fiança enquanto o Sr. Zhao está cumprindo a sua pena no Centro de Detenção do Condado de Dongping.

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Homem de Anhui que cumpriu uma pena de 14 anos e meio de prisão foi preso pela terceira vez pela sua fé

Um homem de 64 anos da cidade de Hefei, província de Anhui, foi recentemente condenado a três anos e quatro meses de prisão por não ter renunciado à sua fé no Falun Gong. Esta é a terceira vez que ele foi condenado, depois de ter cumprido duas penas anteriores por um total de 14,5 anos.

O Sr. Zhang Xinhong foi preso em 8 de maio de 2018, após ser denunciado por falar com alguém sobre o Falun Gong. Ele apareceu no Tribunal Distrital de Shushan em 30 de maio de 2019. Dois advogados entraram com um argumento de não culpado em seu nome.

Antes desta última sentença, O Sr. Zhang esteve preso durante dez anos no final de 2001. A sua segunda sentença de quatro anos e meio aconteceu em fevereiro de 2011, quase um ano depois de ele ter sido preso em sua casa em maio de 2010.

Mulher de Harbin condenada a quatro anos na prisão é forçada a deixar o marido com demência por conta própria

A Sra. Du Guiying, uma residente de 67 anos de cidade de Harbin, província de Heilongjiang, foi recentemente condenada a quatro anos de prisão por distribuir materiais do Falun Gong a pessoas, deixando o seu marido, que sofre de demência, sozinho em casa.

Esta não é a primeira vez que a Sra. Du foi condenada.

Em 2004, a Sra. Du e o seu marido, o Sr. Wang Dejin, foram secretamente sentenciados, sem a presença de membros da família ou advogados, a quatro anos de prisão por não renunciarem à sua fé em Falun Gong. Devido à tortura na prisão, o Sr. Wang desenvolveu distúrbios mentais e de demência e tornou-se incapaz de cuidar de si mesmo.

O casal teve a sua casa saqueada em julho de 2015 e foi levado à polícia para interrogatório. Eles foram mais uma vez perseguidos pela polícia no final de 2016.

Engenheiro de Dalian foi secretamente sentenciado a 1,5 ano por sua fé

Em 8 de julho de 2019, um engenheiro de software de 33 anos foi notificado de sua condenação a um ano e meio de prisão e multado em 3 mil yuanes por divulgar informações sobre o Falun Gong em plataformas de redes sociais populares chinesas, incluindo WeChat e QQ. Ele recorreu da sentença.

O Sr. Liu Xiaoxiong da cidade de Dalian, província de Liaoning, foi preso em 25 de julho de 2018, após ter sido enganado pela polícia para ir ao seu escritório para solicitar uma autorização de residência temporária. Ele foi julgado secretamente na segunda-feira, em 20 de maio de 2019, pelo juiz Jin Hua do Tribunal Distrital de Ganjingzi, que assumiu o caso de um juiz previamente designado na sexta-feira, a 17 de maio de 2019. Jin não mencionou a data do julgamento. A família do Sr. Liu encontrou-se com ele naquela sexta-feira.

A família do Sr. Liu apresentou uma queixa contra o juiz Jin depois de tomar conhecimento da audiência secreta e exigiu que a corte judicial investigasse a sua falha em informá-los e ao seu advogado da audiência. A família nunca recebeu resposta do tribunal.

Mulher de Shandong secretamente condenada por procurar justiça para o homem detido da mesma fé

Uma mulher da cidade de Dezhou, província de Shandong, foi secretamente sentenciada a um ano de prisão por pedir justiça a um praticante do Falun Gong que tinha sido encarcerado por não ter renunciado à sua fé.

A Sra. Jiang Yuqin, de 50 anos, foi presa a 25 de dezembro de 2018, quando acompanhou a esposa do praticante de Falun Gong, o Sr. Jia Zhaomin, ao Departamento de Polícia do Condado de Qihe, para perguntar sobre o seu caso.

A polícia levou a Sra. Jiang ao centro de detenção sem informar a sua família sobre o seu julgamento. A sua família soube apenas recentemente que ela tinha sido secretamente sentenciada pelo Tribunal da Comarca de Qihe e foi enviada a uma prisão em 11 de julho de 2019. Eles não foram informados sobre o nome ou o local da prisão.

Homem de Shandong de 70 anos, que permaneceu incomunicável por oito meses, é secretamente condenado à prisão

O Sr. Gai Guangsheng, de 70 anos, da cidade de Laiyang, província de Shandong, foi secretamente condenado a 15 meses de prisão depois de terem sido negadas visitas aos seus familiares nos últimos oito meses desde a sua prisão em 2018 por não ter renunciado à sua fé no Falun Gong. Ele recorreu do veredito.

O Sr. Gai foi preso na sua loja de flores no dia 21 de dezembro de 2018, e após, a polícia revistou a sua casa e confiscou os seus livros e materiais de Falun Gong. Eles também destruíram todas as fotos do Falun Gong que o Sr. Gai havia colocado.

A polícia informou a sua família em 7 de janeiro de 2019, que a sua prisão tinha sido aprovada e que ele estava detido no Centro de Detenção da cidade de Laiyang. Eles recusaram-se a divulgar qualquer outra informação sobre o seu caso.

Quando a família dele tentou visitá-lo no centro de detenção, eles não tiveram permissão. O guarda também se recusou a aceitar as roupas de inverno e a roupa de cama que a família levara para ele.

Mais tarde, a família soube por fontes que o Sr. Gai estava marcado para comparecer no tribunal. No entanto, eles foram ignorados e ameaçados quando perguntaram ao juiz presidente e à delegacia de polícia de Jiangtuan sobre a audiência.

Homem de Yunnan condenado a cinco anos por escrever cartas às autoridades sobre a sua fé

Um residente da cidade de Kunming, província de Yunnan, foi condenado a cinco anos de prisão e multado em 10 mil yuanes no início de julho de 2019 por não ter renunciado à sua fé em Falun Gong.

O Sr. Li Wenbo foi preso no dia 17 de maio de 2018 por escrever duas cartas às autoridades. A primeira carta pedia a remoção de cartazes de propaganda exibidos no seu bairro que difamavam o Falun Gong. A segunda carta exigia que a associação de fazendeiros na sua aldeia devolvesse uma multa de 10 mil yuanes que tinha sido aplicada contra ele por praticar o Falun Gong.

O promotor Kuan Judan da Procuradoria do Distrito de Xishan alegou que as duas cartas do Sr. Li às autoridades continham conteúdo ilegal e o indiciou em abril de 2019 com a acusação de “sabotar à aplicação da lei com uma organização de culto”, um pretexto padrão usado pelo regime comunista chinês para enquadrar e aprisionar os praticantes do Falun Gong.

O Sr. Li compareceu ao Tribunal Distrital de Xishan no dia 23 de maio de 2019 e foi sentenciado em meados de julho. O veredito não mencionou o conteúdo das cartas e apenas incluiu uma lista detalhada de todos os funcionários e agências governamentais a quem as cartas foram entregues. Ele recorreu da sentença e incluiu cópias das duas cartas para o Tribunal Intermediário da cidade de Kunming. Ele incitou o tribunal superior a ler as cartas, que não continham nada de ilegal.

Esta não é a primeira vez que o Sr. Li é condenado. Em 2005, o Sr. Li foi enviado para um campo de trabalho forçado por três anos por não ter renunciado ao Falun Gong. Apenas 14 meses após a sua libertação, o Sr. Li foi novamente preso e sentenciado a cinco anos de prisão em 2009 por ter escrito uma carta aberta para expor a perseguição do regime comunista ao Falun Gong.

Faça o download da lista completa de praticantes sentenciados aqui.

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