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UCANews.com: O genocídio que ocorre na China é diferente de qualquer outro

12 de abril de 2019

(Minghui.org) A UCANews.com, uma fonte católica de notícias que serve a região asiática, publicou um artigo de opinião intitulado “O genocídio que ocorre na China é diferente de qualquer outro”, escrito por Benedict Rogers em 4 de abril de 2019.

Benedict Rodgers é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos do Partido Conservador do Reino Unido, líder da equipe do Leste Asiático na Organização de Direitos Humanos CSW e consultor da Coalizão Internacional para Acabar com o Abuso de Transplantes na China (ETAC).

Ele iniciou seu artigo com as seguintes afirmações:

“A China pode estar cometendo o que um especialista, o jornalista Ethan Gutmann, autor de The Slaughter, descreve como 'uma forma de genocídio camuflado em trajes médicos'. Ou o que a parlamentar britânica, Fiona Bruce, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Partido Conservador, descreveu em um debate no Parlamento na semana passada como 'um crime contra a humanidade e... potencialmente nada menos que um genocídio do século XIX'. Um crime diferente de qualquer outro: a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência”.

Em 23 de abril de 2006, praticantes do Falun Gong em Taipé encenam uma reconstituição da extração de órgãos de pessoas vivas realizada pelo regime comunista chinês.

O artigo continuou apresentando o importante trabalho do The China Tribunal (Tribunal da China), que tem realizado audiências em Londres sobre os abusos da extração de órgãos na China.

"O painel do Tribunal da China, que inclui advogados, um acadêmico, um especialista médico sênior e um empresário, realizou novas audiências entre 6 a 7 de abril em Londres e publicará seu julgamento final em junho."

O painel do Tribunal da China entrou em um julgamento interino, após as audiências em dezembro, que eles têm “certeza, unanimemente, além de qualquer dúvida, que na China a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência tem sido praticada por um período substancial de tempo, envolvendo um número substancial de vítimas… por organizações e indivíduos organizados ou aprovados pelo Estado”.

Rodgers escreveu que a extração forçada de órgãos na China é difícil de provar porque as únicas testemunhas vivas são os responsáveis pelos crimes: os médicos, a polícia e os agentes penitenciários envolvidos. Qualquer evidência deixada em uma sala de cirurgia é rapidamente removida após uma operação. A extração de órgãos na China tem sido denominada de "quase um crime perfeito" porque nenhuma vítima sobrevive para depor.

Ele escreveu que a ex-Miss Mundo Canadá, Anastasia Lin, disse em uma audiência no Parlamento Britânico: “Na rua, se alguém atacar você, você pode gritar por ajuda. Amarrado a uma cama de hospital na sala de cirurgia de um campo de trabalho, ninguém pode ouvir seus gritos. Na China, é o próprio Estado que está envolvido no roubo de órgãos".

A extração forçada de órgãos não é apenas realizada em criminosos do corredor da morte, mas também em prisioneiros de consciência, particularmente os praticantes do Falun Gong.

Rodgers se referiu a um relatório publicado há três anos pelo ex-secretário de Estado canadense para Ásia-Pacífico, David Kilgour, pelo advogado de direitos humanos, David Matas, e pelo jornalista Gutmann, intitulado: “Bloody Harvest/The Slaughter: An Update” (Colheita Sangrenta/O Massacre: Uma Atualização). Os pesquisadores analisaram registros públicos de 712 hospitais na China que estavam realizando transplantes de fígado e rim.

Com base nas informações disponíveis, eles estimaram que entre 60.000 e 100.000 órgãos são transplantados a cada ano nos hospitais chineses, e a origem dos órgãos é questionável, já que a China não tem tradição de doação voluntária de órgãos.

“Os prisioneiros no corredor da morte podem ser responsáveis por [fornecer] alguns [desses órgãos], mas como a lei chinesa exige que os prisioneiros condenados à morte sejam executados dentro de sete dias, isso torna limitada a disponibilidade de órgãos sob demanda daquela fonte”, escreveu Rodgers.

“Além disso, na China, pacientes, incluindo estrangeiros, recebem promessas de órgãos saudáveis compatíveis em questão de dias, em contraste com a maioria dos países ocidentais avançados, onde um paciente espera muitos meses, às vezes anos, por um transplante. Pesquisadores, fingindo ser pacientes, fizeram ligações telefônicas para hospitais chineses e confirmaram isso”, disse Rodgers.

“Isso levou os investigadores à conclusão de que os prisioneiros de consciência são a fonte principal de órgãos. "O fim desse crime contra a humanidade não está à vista", concluem. "A conclusão final é que o Partido Comunista da China envolveu o Estado no assassinato em massa de inocentes... a fim de obter órgãos para transplantes", escreveu Rodgers.

O artigo descreveu o que um ex-cirurgião de Xinjiang havia testemunhado há mais de duas décadas. “Dr. Enver Tohti, testemunhou a remoção forçada de órgãos de um prisioneiro em 1995 em um local de execução. Depois de ser instruído pelos cirurgiões-chefes de seu hospital, ele preparou o equipamento e foi levado ao local.

“Disseram-nos que esperássemos atrás de uma colina e viéssemos no campo assim que ouvíssemos o tiro”, lembra ele. "Um momento depois houve tiros de arma. Não um, mas muitos. Nós corremos para o campo. Um policial armado me disse para onde ir. Ele nos conduziu para mais perto, depois apontou para um cadáver, dizendo: 'Este é o corpo'. Então nosso chefe-cirurgião apareceu do nada e disse-me para remover o fígado e os dois rins. Ele me pediu para se apressar... Então nossos cirurgiões-chefes colocaram esses órgãos em uma caixa e entraram no carro. Eles me disseram para voltar ao hospital e nunca falar sobre o que aconteceu”.

Rodgers escreveu: “Alguns países, particularmente Israel, Itália, Espanha e Taiwan, proibiram o 'turismo de transplante' para a China, e o Senado do Canadá legislou o mesmo. Relatores da ONU instaram a China para prestar contas sobre as fontes de órgãos, mas não receberam resposta, e uma das vozes mais respeitadas do mundo em ética do transplante de órgãos, Dra. Annika Tibell, pediu uma investigação internacional”.

O autor da reportagem pediu uma ação imediata: “Se o julgamento interino do Tribunal da China lançar luz sobre a verdade, então isso obriga que a justiça seja feita e os responsáveis sejam responsabilizados. Se for verdade, requer uma reavaliação das relações com os responsáveis".

“Outros países devem seguir aqueles que já legislaram para proibir o turismo de transplantes de órgãos para a China. A ONU deve nomear um relator especial para os direitos humanos na China e realizar uma comissão de inquérito. E, se for verdade, requerer ação urgente para impedir o assassinato de mais inocentes”.

Ele completou o artigo novamente citando a parlamentar britânica Fiona Bruce:

"Como Bruce concluiu: "Será que mais uma vez ouviremos a frase 'nunca mais' com arrependimento quando a verdade surgir? Não é o caso de que nada possa ser feito... o tema clama para ser abordado. Aqueles que não o fizerem, um dia serão responsabilizados”.