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A importância da fé inabalável no Dafa

3 de março de 2019 |   Por uma praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Os praticantes do Dafa encarcerados atualmente na China estão ainda sendo submetidos ao tratamento mais desumano. Vendo isso, alguns praticantes cedem a pensamentos negativos, tais como os praticantes se “transformarem” sob coação é inevitável, então por que não se salvar da dor da tortura e “se transformar” o quanto antes enquanto ainda está no centro de detenção? Eu gostaria de dizer aos meus companheiros praticantes que isso não é como deveria ser. O cultivo não é um assunto comum, é extremamente sério.

O Mestre nos diz:

“Todos os que lhe dizem como obter benefícios na sociedade das pessoas comuns, todos eles são demônios, pois se você obtiver benefícios entre as pessoas comuns, você não superará uma prova, não poderá se elevar. Se você tiver uma vida confortável entre as pessoas comuns, como você cultivará? Como poderá transformar o seu carma? Como terá um ambiente para elevar o seu xinxing e transformar o seu carma? Todos tenham certeza de ter isso em mente.” (Sexta Palestra, Zhuan Falun)

Devemos estar bem claros de que estamos no caminho da divindade. A fé inabalável no Dafa é fundamental para os cultivadores do Dafa. Nós podemos nos tornar discípulos do Dafa agora apenas porque éramos seres divinos no passado que fizeram um voto solene aos deuses. A perseguição que estamos enfrentando é severa para além dos limites, mas não devemos temer nada já que os fashens do Mestre e muitos deuses estão cuidando de nós. Enquanto permanecermos racionais e tivermos pensamentos e ações retos, seremos capazes de triunfar sobre as nossas tribulações.

Eu gostaria de compartilhar com vocês minha própria experiência na prisão.

Estou praticando o Dafa desde 1996. Certa vez, fui condenada ilegalmente e estive quatro anos em uma prisão feminina, onde as praticantes do Dafa eram maltratadas cruelmente.

Minha recusa em reconhecer que cometi algum crime me trouxe muitas punições, incluindo ser forçada a permanecer de pé ou sentada por longos períodos, receber pouca ou nenhuma comida; também fui submetida a espancamentos, a um pano sujo colocado em minha boca e eu fui segurada por quatro pessoas e de seguida espancada por muitas, a abusos verbais (gritavam insultos dirigidos a mim e à minha família o dia todo) e outras formas de humilhação e maus-tratos. Eu fui forçada a ficar de pé diariamente durante 16 a 17 horas no mesmo local, e minha alimentação foi cortada, o que me reduziu a apenas pele e ossos, enquanto minhas pernas e pés ficaram terrivelmente inchados. Se alguma vez eu relaxasse levemente a minha postura em pé, os prisioneiros designados para me vigiar me dariam um soco e me chutariam. Depois de dois meses dessa tortura extrema, eu estava tropeçando nos meus pés inchados. Eu só conseguia me mexer com muita dificuldade. Ainda assim, os guardas da prisão não me deixavam sentar, pois esperavam que eu desmoronasse e cedesse.

Continuei repetindo constantemente o Fa em minha mente, o que ajudou a fortalecer minha forte fé no Dafa. Enviei pensamentos retos todos os dias para redirecionar qualquer dor, lesões, sonolência e fadiga do meu corpo para os dos torturadores. Consequentemente, eles se sentiam extremamente cansados, enquanto eu permanecia bem desperta e alerta. Eu também compreendi que tinha que melhorar o meu xinxing e aumentar meu nível de tolerância para com os outros. Além disso percebi que abandonar meu ressentimento em relação aos carcereiros e torturadores seria de fato uma oportunidade para eu seguir em frente no meu cultivo. Por conseguinte, tratei a todos com gentileza nesta dimensão e, ao mesmo tempo, eliminei impiedosamente todo o mal em outras dimensões enviando pensamentos retos. Eu pude colocar em prática o ensinamento do Dafa: “...não revidar o golpe ao ser golpeado, não insultar ao ser insultado” (Ensinando o Fa na Conferência de Fundação da Associação do Falun Dafa em Singapura)

Meu estoicismo e equilíbrio acabaram ganhando o respeito e a simpatia das prisioneiras assim como dos guardas da prisão.

Sob a proteção do Mestre, não precisei me arrastar por mais de um dia antes de poder andar normalmente de novo. A mesma coisa aconteceu pela segunda vez, então eles desistiram de me punir dessa forma. Em vez disso, eles me fizeram sentar o dia todo em um banquinho baixo com um centro recortado e, pior ainda, eu só tinha permissão para descansar em um terço do assento. Depois de permanecer períodos prolongados sentada dessa maneira, minhas nádegas ficaram muito doloridas, devido à borda saliente do banco. No entanto, enquanto eu perseverava em recitar o Fa e enviar pensamentos retos, sempre senti meu corpo inteiro aquecido como se eu estivesse dentro de um casulo de energia quente. Por isso, fiquei extremamente grata ao Mestre, por fortalecer-me, e aos colegas praticantes de fora, por seu apoio moral.

Além de punições físicas, os perseguidores também se asseguraram que minha vida na prisão fosse um inferno. Os presos encarregados de vigiar e me torturar recorriam às formas mais desprezíveis de quebrar meu corpo e meu espírito. Eles enfiaram panos de limpeza de banheiro na minha boca ou no meu copo, perturbaram meu sono, acordando-me a cada hora, me proibiram de usar o banheiro durante o dia, recusaram-me a comprar itens essenciais diários ou a usar papel higiênico. Obrigaram-me a depositar meu lixo no meu armário para apodrecer, proibiram-me de usar água para a higiene pessoal ou para lavar minhas roupas, às vezes não permitiam que eu pendurasse minhas roupas molhadas para secar e colocaram lixo embaixo do cobertor ou atiravam água no meu rosto, na cama ou debaixo do meu cobertor, etc.

Eu exigi meus direitos humanos básicos, porém eles me disseram: “Você disse que não é uma criminosa. Nesta prisão, os criminosos têm seus direitos, mas você não é uma, então você não tem esses direitos”. Que desculpa depravada! Criminosos têm direitos, mas aqueles que vivem de acordo com os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância, não! É trágico que esses jovens guardas educados sejam tão corruptos moralmente devido a anos de lavagem cerebral pelo Partido.

Uma guarda da prisão uma vez me disse: "Você, como as outras, pode 'transformar-se' aqui e depois anular isso, através de um anúncio no site Minghui, não é?" Fiquei horrorizada que esses guardas tivessem tal impressão sobre nós cultivadores. Eu a corrigi com firmeza: "O cultivo é muito sagrado, não é para ser tomado de ânimo leve. Todos os deuses estão nos observando e não podemos enganá-los, só podemos nos enganar. Se quisermos ter sucesso no cultivo, teremos que passar neste teste mais cedo ou mais tarde”. Estar presa também é um teste para os cultivadores verem que escolha farão sob tal adversidade. Para passar em um teste tão sério, teremos que abandonar completamente qualquer medo.

A perseguição do regime chinês aos praticantes do Dafa está agora em seu 20º ano. Minha experiência pessoal é que se você tiver fé completa e sem reservas no Dafa, o mal não será capaz de lhe causar dano. Nossos pensamentos e ações retos podem desintegrar qualquer mal. Nosso cultivo é de fato uma jornada árdua e podemos facilmente ficar para trás se não nos esforçarmos para progredir. O Mestre nos diz:

“O que é difícil de suportar pode ser suportado; o que é difícil de fazer pode ser feito.” (Nona Palestra, Zhuan Falun)

O Mestre já nos disse:

“A menos que você mesmo não queira fazê-lo, você pode fazê-lo, desde que queira superá-los.” (Quarta Palestra, Zhuan Falun)

Vamos fazer bem no tempo que nos resta para cultivar e não desapontar o Mestre e a nós mesmos.