(Minghui.org) Cerca de 9.000 cidadãos chineses foram presos ou assediados em 2018 por se recusarem a renunciar ao Falun Gong, uma prática de cultivo da mente e do corpo baseada nos princípios Verdade, Compaixão e Tolerância, que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde julho de 1999.
De acordo com informações coletadas pelo Minghui.org, 4.848 praticantes do Falun Gong foram presos e 4.127 foram assediados. Até o momento da redação deste relatório, 2.414 dos praticantes que foram presos continuam detidos.
Após a prisão do Sr. Jia Zhaomin, 48, um professor de ensino médio em Ji'nan, província de Shandong, em 11 novembro de 2018, por haver conversado com as pessoas sobre o Falun Gong, a polícia postou fotos dele sendo preso no WeChat e Baidu, e ordenou que trolls da internet, financiados pelo regime chinês, o atacassem em postagens para manchar sua reputação e justificar a perseguição.
Alguns praticantes perseguidos em 2018 têm sido perseguidos repetidamente por sua fé nas últimas duas décadas. Sr. Sun Fangxi, de Hefei, província de Anhui, foi preso em 3 de março de 2018, ao passar por uma verificação de segurança na Praça Tiananmen, em Pequim. Sua mais recente detenção aconteceu menos de dois anos depois que ter cumprido uma pena de 13 anos por invadir a TV a cabo local para transmitir programas que expõe a perseguição do regime comunista chinês ao Falun Gong.
Prisões em grupo foram prevalentes em 2018. Na província de Heilongjiang, 119 praticantes de duas cidades foram presos no dia 9 de novembro de 2018. Dias depois, outros 17 praticantes da cidade de Dalian, província de Liaoning, e 36 praticantes do condado de Qingyun, província de Shandong, foram presos nos dias 12 e 18 de novembro, respectivamente.
Na cidade de Yushu, província de Jilin, a polícia prendeu 27 praticantes desde o início de novembro de 2018 para acumular pontos extras em suas avaliações de desempenho no final do ano. De acordo com informantes, cada praticante do Falun Gong detido conta como cinco suspeitos não praticantes e rendem dez pontos para um oficial.
Além das prisões em massa, a polícia tem assediado um grande número de praticantes como parte da campanha continuada "batendo nas portas", iniciada em 2017, e a nova campanha de repressão às gangues iniciada em 2018, em que os agentes perseguem praticantes do Falun Gong em vez de membros de gangues para atingir as cotas. Somente na província de Hebei, 2.201 praticantes foram assediados antes de uma importante reunião realizada pelo regime comunista na província.
Muitos dos praticantes perseguidos são idosos. Um total de 403 praticantes (representando mais de 8% dos presos) tem pelo menos 65 anos de idade. Entre os praticantes assediados, 180 (mais de 4%) têm 65 anos ou mais.
A Sra. Zou Guiqin, de 90 anos, da Mongólia Interior, foi presa em 18 de novembro de 2018 por distribuir panfletos do Falun Gong. Ela desmaiou depois que a polícia ameaçou prendê-la por sua fé. Ela foi libertada depois de duas horas de interrogatório na delegacia de polícia.
Outro casal, o Sr. Yu Jiachuan, de 91 anos e sua esposa, a Sra. Wu Ruiqing, de 88 anos, foram assediados e fotografados por oficiais da delegacia de polícia Haiyang, em Qinhuangdao, Hebei, em 25 de julho de 2018.
Profissionais altamente bem-sucedidos também estavam entre os praticantes perseguidos. A Sra. Guo Xueping, presidente do Grupo de Imóveis Tianyang Taifu em Shijiazhuang, província de Hebei, enfrenta um possível indiciamento depois de ser presa em 19 de setembro de 2018.
Alguns dos praticantes presos foram espancados, alimentados à força e submetidos a outros abusos durante a sua detenção.
O Sr. Zhang Ming, da cidade de Dandong, província de Liaoning, foi preso em 29 de junho de 2018 por distribuir materiais informativos do Falun Gong. Ele sofreu abusos e desenvolveu hipertensão arterial e palpitações cardíacas. Sua esposa, a Sra. Xiu Jinqiu, também praticante do Falun Gong, foi torturada até a morte em 28 de novembro de 2013, três meses após sua prisão. A filha do casal, a Sra. Zhang Hongyu, fugiu para os Estados Unidos. Ela agora está pedindo a libertação de seu pai.
Entre os praticantes que foram perseguidos, 2.050 tiveram suas casas revistadas e seus pertences e objetos de valor confiscados. A polícia extorquiu 2.168.723 yuanes de 260 praticantes, uma média de 8.373 yuanes por pessoa.
Um casal da cidade de Jilin, província de Jilin, Sr. Li Dekuan e Sra. Liu Li, foram presos em 30 de abril de 2018. A polícia confiscou 100 mil yuanes em dinheiro de sua residência.
A Sra. Wang Chao, da cidade de Yantai, província de Shandong, também teve mais de 100 mil yuans em dinheiro confiscados pela polícia durante sua prisão em 28 de novembro de 2018. Muitos de seus itens do Falun Gong também foram levados.
Os praticantes perseguidos são provenientes de 30 províncias e municípios da China. Em particular, um quinto dos praticantes detidos (1.006) é da província de Shandong, seguido por Liaoning (526) e da província de Jilin (490). Tanto a província de Liaoning quanto a de Shandong registraram o maior número de praticantes condenados à prisão por sua fé em 2018.
As prisões e assédios ocorreram durante todo o ano, sendo agosto o mês com o maior número de casos de assédio (1.037) e maio o mês com mais detenções (696).
O regime chinês lançou uma nova campanha em janeiro de 2018 para combater as gangues criminosas. Mas em algumas províncias, incluindo Hebei, Shandong, Sichuan e Liaoning, os praticantes do Falun Gong se tornaram os alvos.
Algumas outras prisões em massa aconteceram em torno de grandes eventos.
Detenções de grupos em Shandong ao longo de 2018
Antes da cúpula Shanghai Cooperation Organization (SCO), realizada na cidade de Qingdao, província de Shandong em 9 e 10 de junho de 2018, as autoridades em Qingdao e suas cidades vizinhas promoveram detenções em larga escala de praticantes locais do Falun Gong. Na cidade de Weifang, 163 praticantes do Falun Gong foram presos entre abril e junho.
Logo após a cúpula, a polícia de Shandong começou a monitorar os praticantes. Muitos foram perseguidos para preencher cotas da campanha de repressão a gangues iniciada em julho de 2018.
Na cidade de Zhaoyuan, província de Shandong, 20 praticantes do Falun Gong foram presos entre agosto e setembro, também na campanha de repressão a gangues.
No condado de Qingyun, província de Shandong, 36 praticantes foram alvos de uma prisão em massa, em 18 de novembro de 2018.
Com exceção de alguns praticantes que foram libertados devido à idade avançada, os demais praticantes permanecem em centros de detenção e com visitas familiares negadas.
119 praticantes do Falun Gong foram presos em duas cidades de Heilongjiang em um único dia
Em 9 de novembro de 2018, 119 praticantes de Falun Gong de Harbin e Daqing, na província de Heilongjiang, foram presos. Foi relatado que a polícia vinha monitorando os celulares e/ou atividades nas mídias sociais dos praticantes nos meses que antecederam as prisões. A polícia prendeu os praticantes de acordo com uma lista de nomes.
Duas praticantes presas, Sra. Wu Xiulan e a Sra. Mu, têm cerca de 80 anos de idade.
A maioria dos praticantes foi presa no início da manhã antes de ir trabalhar. A polícia revistou suas casas e confiscou seus livros do Falun Gong e computadores.
Uma das vítimas, o Sr. Lu Guanru, está agora enfrentando um indiciamento depois que a procuradoria local aprovou sua detenção em dezembro. Seu advogado não teve permissão para visitá-lo no Centro de Detenção de Daqing.
Praticantes do Falun Gong são perseguidos na província de Jilin
Jilin tem sido uma das províncias com a mais severa perseguição aos praticantes do Falun Gong.
Na cidade de Shulan, 12 praticantes e um familiar de um praticante foram presos em 18 de julho de 2018. A polícia prendeu os praticantes enquanto eles dormiam. Um praticante foi levado em suas roupas de baixo. Vários outros foram assediados na mesma noite ou no dia seguinte.
Na cidade de Changchun, 26 praticantes do Falun Gong e seus familiares foram presos em 12 de outubro de 2018, dois dias depois que as autoridades da província de Jilin anunciaram a campanha para "combater as gangues criminosas".
14 dos que foram presos continuavam detidos no início de janeiro de 2019. Cinco praticantes, Sr. Zheng Weidong, Sra. Zhao Xu, Sra. Zhao Qiuyue, Sra. Wang Xiuying e Sra. Wu Yanan, enfrentam indiciamento após suas prisões terem sido aprovadas pela procuradoria no final de novembro.
A praticante mais idosa a ser assediada é a Sra. Yang Peixia, de 73 anos, que agora está detida no Centro de Detenção Número 4 de Changchun. A mais jovem praticante é a Sra. Wang Hong'na, com pouco mais de 30 anos. A Sra. Wang foi libertada em 26 de novembro de 2018.
A avó de 88 anos da Sra. Wang, Sra. Xia Deyun, ficou traumatizada e foi hospitalizada após a prisão da neta.
31 praticantes do Falun Gong e seus familiares na província de Liaoning foram presos em dois dias
31 praticantes do Falun Gong e seus familiares de nove regiões da província de Liaoning foram presos entre 22 e 23 de agosto de 2018.
O Departamento de Segurança Pública da Província de Liaoning criou uma força-tarefa especial para orquestrar as prisões em massa e ordenou que a polícia nas regiões afetadas realizasse ações específicas, incluindo a vigilância ampliada.
A polícia vinha acompanhando os praticantes e monitorando seus telefonemas antes das prisões. A praticante de mais idade que foi presa é a Sra. Chen, de 81 anos, da cidade de Chaoyang. Quatro membros de famílias dos praticantes que foram presos, que não praticam o Falun Gong, também foram presos.
Sendo a província com a mais pesada perseguição ao Falun Gong nos últimos 19 anos, a província de Hebei teve tantos casos de assédio em 2018 quanto o resto da China combinada, uma tendência preocupante e sem precedentes.
Além das campanhas nacionais "batendo nas portas" e de repressão a gangues, a realização da Beidaihe, a reunião anual secreta do regime comunista, no início de agosto de 2018, também contribuiu para picos em casos de assédio em julho e agosto.
Na cidade de Anguo, a polícia e os funcionários do comitê residencial assediaram 107 praticantes em julho, incluindo aqueles que pararam de praticar Falun Gong, devido à perseguição.
Somente no condado de Laishui, mais de 500 praticantes foram assediados pela polícia em agosto.
Um oficial na cidade de Cangzhou, província de Hebei, revelou a um praticante que foi o Departamento de Polícia de Hebei que ordenou o assédio. Os policiais foram instruídos a perguntar aos praticantes se ainda praticavam o Falun Gong e os filmaram enquanto respondiam.
A polícia ameaçou os pedidos de admissão em universidades dos praticantes ou as perspectivas de trabalho de seus familiares se eles se recusassem a cooperar.
Os oficiais também estavam determinados em obter informações pessoais dos praticantes, como números de telefone celular e perfis no WeChat. Alguns policiais tiraram fotos dos praticantes à força, assim como dos interiores e exteriores de suas casas.
Homem de 83 anos espancado no feriado em homenagem aos idosos
O Sr. Min Shigao, 83, da cidade de Zhongxiang, província de Hubei, foi detido pela polícia em uma feira no Festival Duplo Nono em 17 de outubro de 2018, quando tinha acabado de visitar a feira e estava se preparando para sair. A polícia pegou sua bolsa e a chave da bicicleta elétrica antes de lhe dar uma surra brutal. Suas mãos foram feridas e sangraram profusamente.
Depois de levá-lo à delegacia, um oficial o empurrou contra uma parede e gritou: "Vou enterrá-lo vivo se você não morrer [por causa das surras]". O Sr. Min foi libertado quatro horas depois.
Mulher de 83 anos presa por buscar a libertação da filha
A Sra. Peng, de 83 anos, residente da cidade de Wuhan, foi empurrada pela polícia para dentro da viatura em 22 de março de 2018, enquanto ela exigia a libertação de sua filha no Primeiro Centro de Detenção. Sua filha, a Sra. Huang Yufeng, foi presa em 8 de outubro de 2017 por conversar com as pessoas sobre o Falun Gong.
A Sra. Peng foi ao centro de detenção com uma carta ao diretor, na qual argumentou que nenhuma lei na China criminaliza o Falun Gong e que sua filha não deveria ter sido presa por sua fé.
Um oficial pegou sua carta e outros três a retiraram do saguão para o pátio. Um quinto guarda tirou fotos dela.
Ela foi interrogada na delegacia de polícia por cinco horas antes de ser libertada.
Mulher de 70 anos foi libertada à beira da morte
Sra. Mu Yongxia, professora aposentada de 70 anos de idade, da província de Heilongjiang, foi presa em 16 de março de 2018, enquanto estava indo visitar sua irmã, que tem 80 anos e já não pode cuidar de si mesma.
Angustiada com sua prisão e detenção, a Sra. Mu desenvolveu sintomas de problemas cardíacos, pressão alta, tontura, cãibras e pressão no peito. Ela estava com grande dificuldade em respirar e sofreu de dores nas costas. Ela foi levada várias vezes para a clínica para receber oxigênio. O centro de detenção queria libertá-la para tratamento médico, mas o departamento de polícia não concordou. A família esteve em vários departamentos procurando conseguir sua libertação por razões médicas, mas não tiveram sucesso.
Em meados de junho, a Sra. Mu sofria de náuseas e não conseguia comer ou beber. Ela estava tonta e teve reações negativas a qualquer medicação que lhe foi dada. Ela foi levada ao hospital várias vezes, mas nada ajudou.
No nono dia, ela ainda não conseguia comer nem beber. O tribunal exigiu que sua família pagasse 20 mil yuanes de fiança para libertá-la. Sua família não podia pagar. Temendo que ela pudesse morrer, o Centro de Detenção da cidade de Daqing a deixou do lado de fora do portão na tarde de 10 de julho. Ela voltou para casa à beira da morte.
Autoridades se recusaram a libertar mulher de 75 anos apesar do diagnóstico de câncer
A Sra. Li Qingxia, 75, da cidade de Yushu, província de Jilin, desenvolveu hipertensão arterial, febre alta e dor em sua perna o que tornou difícil andar, depois que ela foi levada para o centro de detenção, após ser presa em 10 de agosto de 2018 por conversar com pessoas sobre o Falun Gong.
Mesmo com sua filha tendo enviado seus registros médicos, mostrando que a Sra. Li havia sido diagnosticada com câncer de útero, as autoridades se recusaram a libertá-la.
A Sra. Li tem sido mantida sob custódia desde então. Ela está enfrentando o prosseguimento do processo depois que o promotor da Procuradoria da Cidade de Yushu aprovou a prisão da Sra. Li em 24 de agosto de 2018.
Mulher de Harbin emaciada após 9 meses de detenção
A Sra. Ren Xiuyun, de 69 anos, estava extremamente emagrecida e exausta quando foi libertada em 1º de dezembro de 2018, depois de nove meses de detenção.
A Sra. Ren foi presa em 1º de março de 2018 em uma estação de trem depois de ser identificada como praticante do Falun Gong enquanto passava pela segurança na estação de trem.
A polícia a deteve depois de encontrar músicas do Falun Gong em seu celular. Eles também revistaram sua casa e confiscaram seus livros do Falun Gong e outros materiais relacionados. Ela foi condenada a nove meses de prisão em 20 de agosto pela Corte do Distrito de Daowai.
Mulher de Hubei enviada para o mesmo centro de lavagem cerebral pela 8ª vez em 14 anos
A Sra. Zhou Mingli, com quase 70 anos, foi presa em 24 de abril de 2018, depois que a polícia cortou o seu fornecimento de energia e a Sra.Zhou abriu a porta para verificar se seus vizinhos ainda tinham eletricidade.
Ela foi detida no Primeiro Centro de Detenção de Wuhan por dez dias antes de ser transferida para o centro de lavagem cerebral de Etouwan, onde ela já havia sido aprisionada oito vezes nos últimos 14 anos e forçada a renunciar à sua fé.
Centro de Lavagem Cerebral Etouwan, que não tem nenhuma identificação do lado de fora
A Sra. Zhou voltou para casa no final de novembro depois de mais de seis meses de detenção no centro de lavagem cerebral.
Os praticantes perseguidos em 2018 vêm de todas as esferas sociais. Muitos deles são profissionais em diferentes áreas, incluindo professores universitários, funcionários do governo, engenheiros, médicos, artistas, contadores e designers de moda.
Presidente de grupo de incorporações em Hebei enfrenta processo judicial por sua fé
A Sra. Guo Xueping, presidente do Grupo de Incorporação de Imóveis Tianyang Taifu em Shijiazhuang, província de Hebei, enfrenta um possível processo judicial por sua fé no Falun Gong.
A Sra. Guo é uma empreendedora imobiliária bem-sucedida, cuja empresa possui subsidiárias que abrangem diferentes setores, de resorts a supermercados e escolas de idiomas. Apesar de sua carreira de sucesso e prosperidade, muitas vezes ela se sentia perdida e vazia por dentro.
Depois que ela começou a praticar o Falun Gong em 2013, ela ficou encantada ao encontrar respostas para as muitas perguntas que tinha sobre a vida. Ela apresentou a prática a muitos de seus amigos e familiares.
Ao visitar sua filha nos EUA em 2017, ela testemunhou em primeira mão como os praticantes do Falun Gong fora da China são capazes de praticar sua crença sem medo de assédio. Ela se tornou mais determinada a deixar as pessoas saberem que a perseguição ao Falun Gong é ilegal.
Por causa disso, ela se tornou alvo da polícia.
Após monitorá-la por um período de tempo, os policiais invadiram o escritório da Sra. Guo na tarde de 19 de setembro de 2018. A polícia revistou sua companhia e confiscou suas impressoras, computadores e livros do Falun Gong. Ela permanece em um centro de detenção secreto em Shuili Hotel, no condado de Yuanshi.
A polícia está agora se preparando para apresentar seu caso à procuradoria de Jinzhou.
A Sra. Sun Lihua, uma arquiteta em seus 40 anos em Yantai, província de Shandong, foi presa em 22 de junho de 2018. A polícia suspeitou que ela houvesse distribuído materiais relacionados ao Falun Gong em uma área residencial de luxo, quando o líder do Partido Comunista Xi Jinping visitou Yantai em 11 de junho de 2018.
A polícia levou a Sra. Sun para sua casa e revistou a residência em frente ao marido e o filho de 14 anos, que estava de licença médica da escola. Os policiais confiscaram o computador e a impressora da Sra. Sun, bem como o carro dela.
Quando o marido da Sra. Sun tentou argumentar com os oficiais sobre a invasão, eles também o prenderam e o mantiveram na delegacia até a meia-noite, deixando o assustado filho do casal sozinho em casa.
A procuradoria aprovou a prisão da Sra. Sun em 8 de julho. A polícia apresentou seu caso à procuradoria em 13 de agosto.
A Sra. Sun está atualmente detida no Centro de Detenção de Yantai. Sua família contratou um advogado para representá-la. Ela diz que praticar o Falun Gong é legal e nega que tenha feito qualquer coisa de errado.
Alguns praticantes sob custódia foram submetidos a torturas e interrogatórios brutais, numa tentativa da polícia de extrair confissões deles e forçá-los a renunciar à sua fé.
Homem em estado crítico após brutal espancamento pela polícia
O Sr. Chai Dongsheng, de Harbin, província de Heilongjiang, foi brutalmente espancado por policiais após sua prisão em 27 de dezembro de 2018. Sofreu três fraturas ósseas na perna direita e lesões na cabeça. Ele ficou em estado crítico e foi tratado em uma unidade de terapia intensiva. Ele permaneceu em coma desde então.
A Sra. Zhang Peiying é torturada no Centro de Detenção Número 3 da Cidade de Handan
A Sra. Zhang Peiying, 43 anos, foi presa em 16 de maio de 2018 por conversar com pessoas sobre o Falun Gong.
Ela foi trancada em confinamento solitário e amarrada a uma "cama de alongamento" por dois dias enquanto estava detida no centro de detenção número 3 na cidade de Handan por seus esforços contínuos para aumentar a conscientização sobre a perseguição. Ela estava com dor e não pôde ficar de pé ou andar por vários dias.
A Sra. Zhang foi condenada a três anos de prisão em dezembro de 2018.
Ilustração da tortura: cama de alongamento.
Praticantes do Falun Gong foram revistados e tiveram sangue extraído
Após a prisão de dez moradores da cidade de Fushun em 24 de abril de 2018, a polícia retirou suas roupas e os revistou. Os praticantes também tiveram dois grandes tubos de sangue retirados deles contra sua vontade. Médicos do sexo masculino, em seguida, radiografaram as mulheres praticantes, enquanto policiais observavam na sala ao lado.
A polícia não apresentou explicações pela retirada das amostras de sangue.
A Sra. Tang Zhongyan foi presa junto com seu marido, o Sr. Gao Fengcun, em 4 de dezembro de 2018. A polícia revistou sua residência e confiscou seus computadores, telefones celulares e itens do Falun Gong.
O Sr. Gao foi libertado posteriormente sob fiança devido à sua condição médica. A Sra. Tang foi colocada em detenção criminal e enviada para o centro de detenção do distrito de Baodi, no dia seguinte à sua prisão.
Ela iniciou uma greve de fome para protestar contra a prisão e foi alimentada à força. Os guardas também a drogaram e deram choques nela com bastões elétricos depois de amarrá-la a uma cadeira de metal. Ela posteriormente relatou extremo desconforto em seus órgãos internos e permaneceu extremamente fraca.
Quando seu advogado visitou o centro de detenção, os guardas disseram a ele que a Sra. Tang se recusou a encontrá-lo. O advogado suspeitou que fossem os guardas que rejeitaram o encontro com medo de que ele iria descobrir a brutalidade a qual submeteram a Sra. Tang.
Os guardas concordaram em libertá-la em liberdade condicional médica em 24 de dezembro. A Sra. Tang voltou para casa por volta das 23 horas, em 25 de dezembro de 2018, e entrou em coma no dia seguinte.
Sra. Li Xiumin ficou paralisada após injeção de uma droga desconhecida no Hospital Psiquiátrico
A Sra. Li Xiumin, 49, de Harbin, província de Heilongjiang, foi presa no final de outubro 2018 por tentar explicar os fatos sobre o Falun Gong para a polícia e convencê-los a não perseguir o Falun Gong.
Ela foi levada naquela noite para o centro de detenção de Yaziquan. Depois de mais de dez dias, ela foi transferida para um hospital psiquiátrico. Os guardas rasparam a sua cabeça e injetaram drogas desconhecidas em sua panturrilha.
Ela logo ficou paralisada. A equipe do hospital psiquiátrico a abandonou em um centro de assistência humanitária. Ela foi levada de volta para casa pelo filho em 29 de novembro.
A Sra. Li ainda conseguia conversar quando chegou em casa. Mas três dias depois, sua língua ficou rígida. Ela se sentiu extremamente desconfortável e ficava coçando o peito. Ela também começou a perder a visão.
Mais de 20 bolhas apareceram em suas panturrilhas, que gradualmente se tornaram arredondadas, com cicatrizes negras e um buraco de agulha no centro. Ela perdeu peso de forma significativa em pouco tempo.
Viúva arrasada pela segunda detenção de sua filha por praticar Falun Gong
A mãe de 79 anos da Sra. Liu Rehan ficou arrasada ao saber que sua filha havia sido presa novamente por praticar o Falun Gong, em 4 de dezembro de 2018.
Tendo perdido o marido na perseguição em 2004 e tendo visto sua filha mais jovem fugir para escapar da perseguição, a mãe idosa, que necessita da Sra. Liu para cuidar dela, foi deixada em desespero.
Seu neto de 22 anos, que cresceu testemunhando a perseguição destruindo sua família, agora vai duas vezes por semana em sua casa após a faculdade para ajudá-la.
O filho da Sra. Liu tinha apenas 4 anos quando ela foi presa pela primeira vez, em 2001. Seu marido, um policial, se divorciou dela enquanto ela estava cumprindo um período de três anos em um campo de trabalhos forçados.
Depois que ela foi libertada, a Sra. Liu ficou de coração partido ao ver seu filho se tornar distante e com ódio em relação a ela como resultado da propaganda de ódio contra o Falun Gong ensinada por seus professores na escola. Levou anos para ela consertar seu relacionamento com o seu filho, que mais tarde passou a apoiá-la em sua prática do Falun Gong.
Mãe torturada até a morte, pai preso por expor perseguição à fé
A Sra. Zhang Hongyu decidiu ir para os Estados Unidos para expor a perseguição que sua família sofreu um ano após sua mãe, a Sra. Xiu Jinqiu, ter sido torturada até a morte em 28 de novembro de 2013, e três meses depois de ter sido presa por distribuir panfletos do Falun Gong.
Ainda preocupada com seu pai, que decidiu ficar na China, o coração da Sra. Zhang afundou quando soube que seu pai, o Sr. Zhang Ming, havia sido preso em 29 de junho de 2018, pela distribuição de literatura que expõe a perseguição ao Falun Gong.
Foi relatado que o Sr. Zhang foi maltratado no centro de detenção de Kuandian e está sofrendo de pressão alta e palpitações no coração. As autoridades se recusaram a prestar assistência médica ou conceder-lhe liberdade condicional médica.
A polícia apresentou seu caso à procuradoria e ele está enfrentando indiciamento.
Enquanto coletava informações para cobrar o Sr. Zhang, a polícia assediou seu pai de 90 anos e perguntou se ele praticava o Falun Gong. Isso indignou seus familiares, pois o homem idoso havia perdido a maior parte da audição e não conseguia falar claramente.
Incapaz de retornar à China agora, a Sra. Zhang está fazendo tudo o que pode para resgatar seu pai. Ela conclama a comunidade internacional a prestar atenção ao seu caso e a exercer pressão nas autoridades chinesas para que libertem o seu pai e todos os demais praticantes do Falun Gong detidos ilegalmente.
Sra. Zhang Hongyu e seus pais