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Fahui da China | Ser coordenador de projetos abriu meus olhos para a beleza e o poder do cultivo

27 de dezembro de 2019 |   Por um praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) [ouça esta experiência]

Saudações, Mestre e colegas praticantes do Dafa

Eu pratico o Falun Dafa há mais de 20 anos, partindo da ignorância sobre o que era cultivar, para experimentar a beleza e o poder do cultivo. A benevolência ilimitada do Mestre e a imensidão do Dafa se manifestaram para mim no processo.

Uma vaga compreensão no início

Comecei a praticar o Dafa em 1997 sem realmente saber no que o Dafa e o cultivo implicavam. Eu assisti vídeos de palestras do Mestre ensinando o Fa com outros praticantes, mas não entendi o que o Mestre estava ensinando. Senti uma espessa camada de substâncias me cobrindo.

Mas tive a sensação de que deveria continuar praticando o Dafa. O Mestre também me deu inúmeras dicas e pistas ao longo do caminho para guiar meu cultivo.

Quando a perseguição começou em julho de 1999, fui a Pequim pedir o direito de praticar o Dafa. Fui preso e detido em um centro de lavagem cerebral. Eu nunca vacilei em minha fé e continuei cultivando ao longo dos anos.

Em retrospecto, não sabia se meu próprio lado conhecedor me ajudou a seguir adiante. Mas sei que o Mestre sempre me protegeu e me fortaleceu. Meu vínculo com o Dafa sempre foi mantido.

Despertar

A cidade em que vivi sofreu uma prisão em massa de praticantes em 2012. Três coordenadores na área sofreram vários graus de perseguição. De repente, todos os praticantes sentiram uma forte atmosfera de terror.

Sentindo um senso de responsabilidade, comecei a coordenar os praticantes para compartilhar entendimentos e montar locais de produção de materiais, esperando um melhor ambiente de cultivo para todos os praticantes. Logo depois, comecei a ter conflitos com outros praticantes. Eu senti que alguns deles não cooperavam, então eu senti muito ressentimento.

Mais tarde, o Mestre me ajudou a perceber que o método em que eu insistia não era viável e eu tive que desistir. Algumas dessas experiências deixaram claro para mim o que é estar apegado a si mesmo. Comecei a prestar mais atenção ao estudo do Fa e a olhar para dentro.

Quando olho para trás, entendo que o estudo do Fa e o cultivo de{{ xinxing} andam de mãos dadas. O estudo do Fa por si só não pode levar ao aprimoramento real do cultivo, ao mesmo tempo em que simplesmente querer melhorar o xinxing de alguém sem estudar o Fa, careceria de orientação adequada.

O Mestre disse:

“Mencionei acima as duas razões que fazem com que o seu gong não cresça: sem saber o Fa de níveis altos, não é possível cultivar e, sem cultivar o interior, sem cultivar o xinxing, o gong não cresce. Essas são precisamente as duas razões”. (Primeira Aula, Zhuan Falun)

O Mestre já nos disse a essência do cultivo no Fa. Embora eu tenha lido o livro por muitos anos, não me cultivei verdadeiramente com base no Fa.

Um contratempo

Um praticante da minha região foi preso em 2016. Quando se tratava de resgatar praticantes presos, muitos encontraram desculpas para evitar a participação, como falta de experiência, falta de conhecimento jurídico necessário, medo e assim por diante. Eu era um deles. Então, contamos com outro praticante que era muito hábil nesse aspecto.

Mas, desta vez, quando o familiar do praticante preso procurou a ajuda de praticantes, o praticante especialista o enviou para mim sem discuti-lo primeiro comigo. Fui pego de surpresa, pensando que era uma piada e nunca estaria pronto para a tarefa.

Consegui ajudar o membro da família a compilar um documento e disse-lhe que o submetesse ao tribunal. Ele implorou: “Você pode ir comigo?” Eu olhei para ele por alguns segundos surpreso e concordei, sabendo que ele realmente precisava da minha ajuda.

Eu não estava mentalmente preparado para lidar com essa situação. Foi exatamente essa situação que mais tarde provou ser uma mudança drástica meu cultivo.

O praticante coordenador decidiu formar uma equipe de três, o membro da família, eu e outro praticante, para resolver o problema diretamente, enquanto outros praticantes enviavam pensamentos retos.

Com alguma experiência em esforços de resgate anteriores, tive que assumir a liderança, como compartilhar experiências com todos os praticantes da região, escrever os documentos necessários, contratar e acompanhar advogados de várias entidades governamentais e assim por diante.

Como não conhecíamos nenhum precedente, seguimos o modelo de documento no site do Minghui e contatamos proativamente o tribunal e o centro de detenção. Conseguimos com êxito o direito do membro da família participar da discussão judicial.

O advogado se envolveu no caso dois dias antes da data marcada para o julgamento. Mais tarde, ele teve uma discussão acalorada com o juiz e a equipe do tribunal, o que levou o juiz a adiar o julgamento. Até o próprio advogado ficou surpreso e citou o poema de Mestre:

“Os pensamentos retos dos discípulos abundam
O Mestre tem o poder de virar a maré ”
(“Graça entre o Mestre e os Discípulos”, em Hong Yin II)

Quando o advogado nos entendeu mal, mantivemos a calma e continuamos a apoiá-lo com nossos pensamentos retos, o que acabou levando à total reviravolta em sua atitude. Ele nos ajudou proativamente a resolver vários problemas, exatamente como esperávamos.

Quando noções e apegos humanos vieram me controlar e me senti exausto demais para continuar, lembrei-me do praticante preso e resisti aos meus pensamentos egoístas. Quando dei um passo à frente, a situação logo pareceu melhorar e os problemas foram resolvidos.

Quando senti que minha capacidade foi levada ao limite, lembrei-me do Fa do Mestre e fui encorajado e elevado pelo fortalecimento do Mestre. O sentimento era tão vívido e intenso, como se eu estivesse imerso em um forte campo de energia.

No final, embora o praticante preso tenha sido condenado e sentenciado, o período de prisão foi o mais curto entre todos os casos semelhantes. Ao mesmo tempo, todos os praticantes envolvidos nos esforços de resgate tiveram uma melhor compreensão do Fa, e sentimos que havíamos crescido e amadurecido em nosso cultivo.

O Mestre disse:

“Portanto, vocês têm que superar isso por conta própria, pois o Fa foi ensinado a vocês e vocês estão cultivando. Qualquer coisa pode ser resolvida através do cultivo. É só uma questão de se vocês cultivam diligentemente. Se vocês verdadeiramente cultivarem com diligência, qualquer coisa poderá ser resolvida.”(“ Ensinando o Fa na Conferência Internacional do Fa em Washington DC”, 2009)

Meu maior benefício no processo foi que me tornei iluminado pelo verdadeiro significado de “cultivar diligentemente” no Fa.

Desde então, tornei-me plenamente consciente do poder e preciosidade do Dafa e percebi que a chave no cultivo era alinhar meus pensamentos e ações com o Fa. Além disso, a partir de então, criei o hábito de olhar para dentro e procurar respostas no Fa ao enfrentar conflitos e dificuldades.

Essa oportunidade que o Mestre arranjou para mim foi uma mudança fundamental no meu cultivo, que entrou em uma nova fase. Também percebi que todo praticante podia fazer isso desde que tivesse vontade e coragem, porque o poder real vem do Dafa.

Um arranjo excepcional

Havia muitos praticantes na minha região. Ao longo dos anos, alguns abandonaram o cultivo após o início da perseguição, outros faleceram. E alguns se mudaram da região por várias razões. O número caiu muito. Com menos praticantes, gradualmente me dei conta de que os praticantes da coordenação regional não estavam fazendo um ótimo trabalho e seu trabalho bem planejado ajudaria muito a alcançar a melhoria geral da região como um todo. Na superfície, era um pensamento muito razoável. No entanto, quando se formou uma mentalidade fixa em minha cabeça, tornou-se contra o que o Mestre nos ensinou,

“Deixo-lhes uma forma de cultivo mais ampla e ideal, pois o DaFa não tem forma! ” (“Ensinando o Fa em São Francisco, 2005”)

Cada praticante fez seu próprio juramento individual antes de descer ao mundo humano. Eles poderiam fazer escolhas diferentes em seu cultivo. Regiões diferentes podem ter arranjos diferentes, e não havia um único caminho a seguir. Se eu forçasse minha própria ideia e entendimento sobre os outros, isso violaria o Fa.

Eu tentei influenciar vários praticantes com minha mentalidade. Eventualmente eles foram se afastando pouco a pouco, o que me fez acordar.

Logo percebi meu apego de enfatizar excessivamente a importância de coordenar os praticantes e focar na personalidade e no estilo de trabalho de outros praticantes. Voltei minha atenção para meu próprio cultivo.

Quando meu projeto precisava de ajuda urgente, outras pessoas pareciam não se importar devido à compreensão diferente da importância. Quando os membros da equipe do projeto saem repentinamente, deixando-me sozinho ou esgotado, ou os colegas praticantes mudam de curso o projeto sem me consultar primeiro, eu não me sinto perdido ou com rancor. Eu cooperaria da melhor maneira possível e tornaria uma prioridade o sucesso do grupo como um todo.

Ao longo do processo, descobri que o que eu pensava serem problemas de colegas praticantes acabou sendo meus próprios problemas. Ao experimentar conflitos de xinxing repetidas vezes, me livrei dos apegos de confiar nos outros, mantendo os outros em um alto padrão, fama, muita atenção à formalidade, sendo egoísta, arrogante e várias outras noções humanas profundamente enraizadas em minha mente. Quando meu estado mental se tornou humilde, calmo e pacífico, pude ver os pontos fortes dos colegas praticantes e tudo mudou para melhor.

O Mestre disse: 

“'O cultivo é a realização de uma vida.” (“Ensinando o Fa em Washington, DC”, 2018)

Depois de elevar meu nível de cultivo, percebi que o que o Mestre havia arranjado para os praticantes, era a melhor maneira de aperfeiçoar e realizar um ser. Portanto, eu tinha a mais profunda gratidão ao Mestre, bem como agradecia aos colegas praticantes.

Validando o Fa com minha caneta

Nos primeiros anos, rejeitei a ideia de muitos praticantes que me pediam para escrever cartas para convencer as pessoas a fazerem boas ações e ficar longe do mal. A razão era que eu tive notas ruins nas minhas aulas de chinês na escola. Além disso, eu não gostava de escrever e achava que conversar com as pessoas era uma maneira melhor de salvá-las. Eu ficava dizendo aos praticantes que ainda não tinha visto a “caneta mágica” que o Mestre me daria, sugerindo assim que eu deveria começar o trabalho.

A situação mudou quando participei do esforço de resgate. Como ninguém mais faria isso, eu tive que preparar os documentos. Foi um processo difícil quando eu estava escrevendo os materiais de defesa a serem entregues ao tribunal em nome de um determinado praticante. Como seria usado em tribunal e submetido a várias entidades governamentais, o idioma precisava ser preciso e profissional.

Fiquei sentado na frente do meu computador por dois dias, sem nenhum progresso ou qualquer ideia por onde começar. Um praticante com alguma experiência em trabalho jurídico compartilhou sua experiência comigo. Ele não exigiu que eu fizesse certas coisas, mas tentou me lembrar por que eu faria isso. Depois, eu ainda não tinha ideia e nem conseguia pensar com clareza.

De repente, eu me perguntei: “Por que estou tão inquieto? O que estou fazendo e desejando alcançar?” Então eu olhei para dentro e pensei sobre o que o praticante acabara de compartilhar comigo. Eu descobri que estava tentando terminar essa tentativa de resgate o mais rápido possível, sem pensar que isso seria para salvar mais pessoas. Então, me acalmei um pouco e fui gradualmente reunindo meus pensamentos.

Seguindo a estratégia de defesa do advogado, falei sobre a legalidade da prática do Dafa, como as autoridades violam a lei e a transformação positiva que os praticantes tiveram após o cultivo, mental e fisicamente.

Também incluí o apelo dos membros da família do praticante, na tentativa de trazer à tona a bondade e o senso de justiça das autoridades do governo. Minha linguagem era precisa, mas pacífica, sem muito sentimento humano. Levei apenas uma tarde para concluir o documento com mais de 10 mil palavras.

Há um ditado que diz que bons artigos vêm do céu. Percebi que escrever artigos também era cultivo e a sabedoria de um grande artigo vem do Dafa, desde que o xinxing do escritor esteja dentro do padrão do Dafa.

Eu entendi que, desde que coloquemos o Dafa em primeiro lugar e tenhamos uma visão correta do que estamos fazendo, o Dafa revelará seu poder para nós.

Então, sempre que testemunhei alguns problemas no cultivo de praticantes ou soube de algumas histórias tocantes compartilhadas por outros praticantes, eu tive um forte senso de urgência em escrevê-las. A maioria dos artigos foi publicada no site do Minghui.

Agora, não espero mais que os outros ajam, ao contrário, faço a escrita de maneira proativa sempre que vejo necessidade, independentemente de qual campo do conhecimento seja necessário.

Quando consegui manter uma mente reta e uma boa atenção, descobri que raramente tinha muitos obstáculos, e a escrita podia se realizar como se estivesse colocando meus pensamentos em um copo. Foi realmente uma manifestação do poder mágico do Dafa.

Além disso, sempre que vejo problemas nos artigos do Minghui que devem ser corrigidos, eu forneço feedback e informo os editores do Minghui. Eu acho que isso é uma responsabilidade natural do praticante.

Nossa responsabilidade

Um dia, fui visitar uma praticante. Sua neta em idade de jardim de infância fora hostil com os visitantes e interferia no envio de pensamentos retos dos praticantes, pois queria brincar com a avó o tempo todo e tê-la só para ela.

Desta vez, ela fez a mesma coisa e continuava interrompendo nossa conversa. Eu olhei para ela e perguntei: “Que tal sentarmos e enviarmos pensamentos retos juntos?” Ela me ignorou.

Eu disse a ela: “Você não deve incomodar sua avó. Você não está aqui pelo Fa? Venha aqui. Vamos enviar pensamentos retos juntos”. Depois levantei minha mão para mostrar a ela como fazê-lo. Ela me observou por um tempo e depois levantou do sofá. Ela se sentou ao meu lado e ergueu a mão para imitar meu gesto. Eu perguntei: “Vamos para casa com o Mestre juntos. Você quer?” Ela pronunciou claramente as palavras:“Eu quero”. Sua avó estava nos observando atordoada por sua reação, pois se absteve de falar com ela sobre o Dafa, temendo que ela pudesse falar sobre isso fora da família.

Ainda mais inesperadamente, depois daquele dia, ela agiu como uma pessoa totalmente diferente, gentil e amigável, não incomodando mais a avó. Quando a avó se afrouxava, ela se sentava e levantava a mão no gesto para enviar pensamentos retos de uma forma única, para lembrar a avó de ser diligente novamente.

A transformação da criança foi inspiradora para mim e sua avó. Todos os seres estavam esperando a salvação do Dafa.

O Mestre disse:

“Na prática de cultivo, você não está fazendo progresso real e sólido por conta própria, o qual produziria grandes mudanças essenciais internamente. Ao invés disso, você se apoia em meu poder e tira vantagem de poderosos fatores externos. Isso nunca poderá transformar sua natureza humana em natureza Buda. Se cada um de vocês puder entender o Fa do fundo de seu coração, isso verdadeiramente será a manifestação do Fa cujo poder é infinito – a reaparição do poderoso Fa Buda no mundo humano!”(“Palavras de advertência”, em Essenciais para Avanço Adicional)

Os praticantes do Dafa devem se livrar das noções e apegos humanos o mais rápido possível e alcançar o estado de um ser divino. Isso é urgentemente necessário no processo de elevação dos praticantes como um todo e de salvar seres sencientes.

Conclusão

Um dia, vi de um prédio alto a folhagem de uma árvore alta se movendo na brisa. As folhas no topo pareciam frágeis e não tão robustas quanto as próximas ao chão. Eu pensei que não era importante onde ou em que nível um ser estava. O que realmente importava era que todas as folhas formavam a árvore inteira e se tornavam parte dela. Como praticantes do Dafa, não importa em que projetos participemos e que papéis representemos, a chave é que todos fazemos parte do todo, agindo em direção ao mesmo objetivo, purificando-nos, validando e harmonizando o Fa e, assim, demonstrando a infinita benevolência do Mestre e a virtude do Dafa.

Obrigado, Mestre, e, obrigado, colegas praticantes!