(Minghui.org) Comecei a praticar Falun Gong em 1997, então eu posso ser considerada uma praticante veterana. No entanto, eu caí em muitos aspectos de meu cultivo, especialmente no que se refere aos sentimentos (qing). Quando comecei a praticar era uma menina. Nesse momento, realmente não pensava muito sobre o tema, especialmente os sentimentos entre homens e mulheres. E fui capaz de estudar bem o Fa.
Rapidamente, passaram-se nove anos e muitas coisas aconteceram. Tive várias experiências. Houve muitas vezes em que não fui diligente. Durante o período, em torno de 20 de julho de 1999, quando a perseguição começou, por falta de informação, surgiram-me algumas dúvidas. Mas, eu acreditei persistentemente que continuaria meu caminho cultivando Falun Dafa. Em geral, meu ambiente de cultivo era relativamente calmo. Isso deveria ter sido bom e era uma boa oportunidade para eu esclarecer a verdade e salvar vidas e eu entendi isso. Mas não tive o sentido de urgência de outros praticantes. Fazia o trabalho de esclarecimento da verdade, mas não era muito dedicada. Também ficava ansiosa quando via companheiros sendo perseguidos. Além disso, quando eu leio os artigos de experiências, meus sentimentos sobre ficar para trás são difíceis de descrever. Eu sabia que ficar para trás eram o resultado da interferência causada por minha mentalidade de medo e meus apegos à comodidade e aos sentimentos. Mas era muito difícil deixá-los ir, algumas vezes era diligente e outras não.
Recentemente, meu apego ao medo tem sido muito menor, mas ainda estou apegada a comodidade e ao bem-estar. Também o estou apegada ao sentimento, particularmente ao sentimento entre homem e mulher. Este artigo está sendo escrito principalmente para expô-lo.
Não faz muito tempo, comecei a namorar com meu noivo. Quando ele soube que eu praticava Falun Gong, ele ficou muito chateado e falou de romper comigo. No entanto, como ele gosta muito de mim, finalmente aceitou. Nesse momento nos damos bem.
Li um artigo intitulado: “O fenômeno dos trasgos na reprodução de vídeos decadentes” e fiquei em alerta. (Eu não concordo com esses vídeos decadentes). Depois tive um pesadelo. No sonho, enquanto meus familiares e eu estávamos dormindo, uma sombra igual a um fantasma apareceu por trás de mim e disse que queria se unir ao meu corpo. Não podia mover-me e ele entrou em mim. Eu estava muito nervosa e me belisquei, mas não senti dor. Então pensei que estava com problemas porque não podia controlar meu corpo. Comecei a resistir em minha mente, mas ainda não podia mover-me. Mais tarde (no sonho) eu removi essa coisa de meu corpo, despertei e fui capaz de mover-me. Estava assustada e acordei.
Logo comecei a enviar fortes pensamentos retos, mas de alguma maneira não consegui fazer isso bem. Eu fiz a meditação sentada. E pensei: “Sou uma praticantes, como pode essa coisa suja entrar em meu corpo? Deve haver alguma coisa que não estou fazendo bem”. Lembrei-me de uma frase desse artigo: “Não é estranho que as pessoas mais velhas chamem o tipo de relações sexuais entre um homem e uma mulher que não são esposos de ‘brincar com um fantasma’”. Lembrei-me de outra frase: ‘Torna-se mais importante quando está mais perto do final”!
Embora meu noivo e eu não tivéssemos cruzado a linha final entre um homem e uma mulher - essa é a única que não foi ultrapassada - minha conduta não tem sido a mais adequada para uma praticante. Pensando agora, me dei conta de quanto o Mestre é benevolente me dando pistas várias vezes para alertar-me, mas não quis olhar para dentro e, inclusive me atrevi a não pensar se esses indícios estavam relacionados comigo. Não me atrevi a ler pela segunda vez as Conferências do Fa sobre esse tema. Ás vezes, não queria pensar nisto, porque, quando o fazia, sentia que não era digna do Fa, e me sentia muito angustiada. No entanto, sabia que devia enfrentar, porque sou uma discípula do Dafa e porque devia passar a prova! Finalmente pensei e enfrentei o problema: “Quem tinha medo? Quem tinha medo de se expor?”. Deveria expor em plena luz do dia. De outro modo, não estaria salvando as pessoas; pelo contrário as estaria colocando em perigo, estaria colocando em perigo aquelas pessoas que têm relação predestinada comigo.
Este fim de semana penso em ter uma boa conversa com meu noivo. Por certo, ele não renunciou ao partido comunista chinês (PCC), à liga juvenil e aos jovens pioneiros. Cada vez que eu falei sobre isso, ele me ridicularizou. Além disso, espero que aqueles companheiros praticantes que lerão este artigo enviem pensamentos retos para mim! Também preciso refletir realmente se namorar com um não praticante é para salvá-lo ou para viver uma vida comum para mim.
Se é para salvá-lo, parece que não devia ter que lutar dessa forma, porque há muitas pessoas que têm tido relações predestinadas comigo em muitas vidas passadas e estão esperando por mim. A necessidade urgente deles é ajudá-los a entender a verdade sobre o Dafa e a perseguição, a que renunciem ao PCC, à liga juvenil e aos jovens pioneiros, dando-lhes um futuro brilhante. Neste momento histórico, este tema é mais importante para mim do que casar. Se eu pudesse enxergar a verdade do universo, seguiria fazendo as mesmas coisas? Seria mais diligente?
(Publicado em 2006)