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Fahui da China | Três cartas

14 de março de 2018 |   Por um praticante da Província de Shandong

(Minghui.org) Saudações, benevolente Mestre! Saudações a todos os praticantes! 

Eu fui tremendamente beneficiada por ter lido no Minghui.org todos os artigos do último Fahui da China. Com certeza, a conferência anual de compartilhamento on line de experiências para praticantes na China, é uma plataforma para todos nós compartilharmos experiências e entendimentos e nos elevarmos juntos. Por isso decidi participar do Fahui da China deste ano.

Olhando para trás em meu caminho de cultivo, revivi algumas das cenas onde ajudei o pessoal da Agência 610 e as autoridades policiais conhecerem os fatos sobre o Falun Gong. Pensei que seria ótimo usar essa oportunidade para escrever sobre a minha experiência nesse sentido, para mais pessoas nesse setor entenderem a verdade. Pedi assistência do Mestre para ideias sobre como escrever esse artigo. Um título apareceu em minha mente. Quando escrevi o título no meu computador, lágrimas escorreram pelo meu rosto. Acredito que eram lágrimas de compaixão.

(2003) Primeira carta: ao diretor da Agência 610 

Em março de 2003, fui a uma área rural com outra praticante para distribuir panfletos de porta em porta. A certa altura, não concordávamos uma com a outra, então fomos por caminhos distintos. Isso nos tornou vulneráveis às velhas forças. Alguém avisou a polícia e ambas fomos detidas. Como eu me recusei a assinar o documento desistindo da minha crença, fui enviada ao centro local de lavagem cerebral onde fiquei por 10 meses.

Pouco depois de me enviarem para lá, o diretor da Agência 610 local pediu para que eu fosse vê-lo. Eu disse a ele como o Dafa ajuda a melhorar a saúde e a moral das pessoas. Mas ele não estava interessado. Ele disse: "Na página 33 do Zhuan Falun está escrito: "...a meta final da prática de cultivo é precisamente obter o Tao e alcançar a perfeição”. "Você poderia me explicar isso?". Eu percebi que ele queria saber uma verdade a um nível mais profundo. De fato, o nome dele estava no site do Minghui, na lista dos agressores. Em nossos encontros subsequentes, tentei falar com ele sobre várias verdades espirituais dos ensinamentos, dos poemas do Hong Yin e de outros artigos.

Um dia eu li para ele o poema do Mestre:

“Com um objetivo compartilhado você veio à Terra,
E ganhando o Fa você assumiu a liderança.
Um dia você ascende aos céus,
Então livre, liberto,
com o imensurável poder do Fa.
(Hong Yin,“Cumprindo o voto”)

Eu disse a ele: "Nós chegamos a este mundo com o mesmo objetivo. Eu obtive o Fa primeiro e espero que em breve você cultive no Dafa”. Ele ficou muito emocionado ao ouvir isso. Ele disse: "Estou na sua lista de agressores, mas você não me trata como um inimigo". Deixei-o saber que o Mestre nos ensinou a tratar todos como família, com grande compaixão. "Como tínhamos interações tão próximas, devíamos ter um relacionamento predestinado próximo".

Mais tarde, o Mestre me revelou em sonho que ele foi o meu primo durante um período histórico. O Mestre me ajudou a pagar nossas dívidas e a salvá-lo. O poder da compaixão obviamente desintegrou o mal por trás dele. 

Diante dos meus olhos ele mudou completamente. Durante meus últimos meses no centro de lavagem cerebral, ele fez com que os guardas me entregassem um livro do Zhuan Falun para ler todos os dias. Ele também imprimiu os novos artigos do Mestre para que os guardas me entregassem. Com a leitura dos artigos e pensamentos retos fiquei com mais confiança. Eu estava determinada a romper com os arranjos das velhas forças e ir pelo caminho organizado pelo Mestre.

Devido à pressão de superiores, nosso patrão estava hesitante em nos aceitar de volta. Para nos ajudar a voltar ao trabalho o mais rápido possível, um dia ele me trouxe uma caneta e um papel, sugerindo que eu escrevesse uma carta dirigida a ele, explicando por que praticamos e as mudanças positivas que tivemos e por que nos recusamos a abandonar a nossa crença. Fiquei exultante com a oportunidade.

Foi como se o Mestre tivesse olhado o meu coração validar o Dafa. Para me trazer os ensinamentos do Mestre, os Essencias para Avanço Adicional, ele usou um dos integrantes da equipe da Agência 610, que simpatizava com os praticantes do Dafa. Para despertar a consciência das pessoas, eu mencionei na carta alguns artigos do Mestre que diziam respeito às pessoas comuns. Os membros da equipe ficaram impressionados com a minha carta e com o conteúdo. Eu sabia que eles ficaram felizes por terem conhecido a verdade.

Bem depois eu descobri que a verdadeira intenção da carta era fazer com que os gerentes da minha empresa soubessem que éramos pessoas gentis. O meu chefe leu e entendeu que recusamos em desistir da nossa fé não apenas por nós mesmos, mas pelas outras pessoas que abriram o caminho para que voltássemos ao trabalho. 

O meu chefe também enviou uma carta ao meu marido, que havia pedido o divórcio por causa da perseguição. Depois de ler minha carta, ele não deu andamento ao divórcio. Como foi constatada, essa carta foi fundamental para salvar um número de pessoas.

Enquanto isso, olhamos para dentro e eliminamos nossos apegos. Estávamos determinados a medir os requisitos do xinxing para que pudéssemos romper com os arranjos das velhas forças. A nenhum custo iríamos prejudicar o Dafa através de acordos ou de "transformações”. Enviamos pensamentos retos, deixamos as pessoas conhecerem os fatos e fizemos uma greve de fome. Deixamos nossos apegos para ganhos mundanos.

Para que a empresa não fosse afetada nós oferecemos o pedido de demissão de nossos empregos. Assinei um acordo de separação enviado para mim, supostamente pelo meu marido, que acabou sendo um truque das autoridades para quebrar minha vontade. Talvez porque chegamos ao nosso nível de requisito de xinxing, fomos então assistidos pelo diretor da Agência 610 e saímos da lavagem cerebral sem sermos "transformados" e voltamos para nossos empregos com o mesmo salário e benefícios.

Esse diretor da Agência 610 logo foi promovido, deixou a Agência 610 e se tornou chefe de um departamento do governo. Eu acredito que foi sua sorte ter apoiado o Dafa. Nos últimos anos, continuamos a visitá-lo para lhe dar mais materiais informativos e esclarecer melhor a verdade para ele.

(2010) Segunda carta: ao novo diretor da Agência 610 

Em 2010, uma das praticantes locais que foi presa e libertada, deixou a cidade para evitar o assédio da polícia. Para ajudá-la a voltar para a cidade e retomar seu trabalho e esclarecer a verdade às autoridades policiais locais, decidi escrever para o novo diretor da Agência 610, e apelar em nome dela.

Desde o tempo em que eu estava no centro de lavagem cerebral, esse diretor já estava muito envolvido na perseguição dos praticantes de Falun Dafa. Aconteceu dele ter sido da mesma escola que eu. Então eu decidi escrever para ele como alguém da mesma cidade e da mesma escola secundária. Expliquei-lhe por que os praticantes do Dafa fazem o que fazem e que arriscam suas vidas para fazer coisas não por elas mesmas, mas para todos.

Tive uma outra praticante para polir minha carta. Ela sugeriu que eu anexasse alguns bons artigos publicados. Logo depois de enviá-la, ele enviou uma mensagem ao departamento disciplinar da minha empresa falando que eu, uma antiga colega de escola havia escrito para ele. Posteriormente fui vê-lo para falar mais sobre o Dafa e os praticantes.

Mais tarde, eu ouvi dizer que ele enviou a carta ao Departamento de Segurança Pública. Não estou certa sobre qual teria sido a intenção dele, mas outras pessoas leram a carta.

Mais praticantes locais seguiram o exemplo para escrever e falar com ele. Ouvi dizer que ele havia começado ler os livros do Dafa. Ele libertou dois praticantes que foram levados em custódia por apresentarem uma denúncia criminal contra o ex-chefe do PCC, Jiang Zemin. Em outra ocasião, quando um grupo de praticantes foi cercado ao distribuir materiais informativos na área rural, um policial o chamou. Ele os instruiu a deixar os praticantes irem porque estava perto do Ano Novo Chinês.

A última que ouvi foi que ele deixou a Agência 610 e foi promovido a uma posição melhor. Creio que ele também foi abençoado por sua bondade em relação ao Dafa e aos praticantes.

(2017) Terceira carta: aos departamentos de cumprimento da lei 

No ano passado, em um esforço para resgatar três praticantes da custódia da polícia, escrevi a terceira carta. Para que os envolvidos, incluindo o tribunal, os promotores, os departamentos de segurança pública, a divisão de segurança doméstica e a Agência 610 entendessem a verdade e eventualmente abandonassem os casos, os colegas praticantes que criaram uma "equipe de resgate", me pediram para escrever uma carta em nome das famílias dos três praticantes e para entregá-la àqueles responsáveis pelos casos deles.

Percebi que esse seria um trabalho importante. Eu precisava fazer um bom trabalho. Era preciso fornecer a eles informações abrangentes: os fundamentos sobre o Falun Dafa, a perseguição, os esforços de esclarecimento da verdade por parte dos praticantes, as consequências de estarem envolvidos na perseguição e exemplos desses casos sendo retirados em todo o país.

Antes de começar a escrever eu pedi ao Mestre uma forte sabedoria e inspiração. No calendário de mesa do Minghui eu também encontrei informações abrangentes e bem apresentadas. Reorganizei isso para o meu objetivo. Eu me concentrei no porque os praticantes do Dafa faziam o que faziam. Apelei para que fizessem o que era certo e libertassem os praticantes encarcerados. 

Alguns praticantes contribuíram para melhorá-la. A carta apresentou os fatos racionalmente e com compaixão. Fizemos cópias para os membros da família dos praticantes encarcerados, com sucesso e com a ajuda de nossos pensamentos retos, eles entregaram as cartas aos departamentos competentes. Os praticantes locais enviaram cópias da carta aos departamentos de aplicação da lei. Esta carta serviu como uma ferramenta eficaz para esclarecer a verdade para a comunidade local de aplicação da lei, sem causar quaisquer problemas de segurança para os praticantes locais.

Obrigada Mestre!
Heshi.