(Minghui.org) Nosso grupo estava estudando a Conferência do Fa no Canadá, de 2006. Em um trecho o Mestre diz:
"No último Fahui da costa oeste, não falei sobre o fato de muitos praticantes do DaFaserem incapazes de aceitar críticas? Eles se recusam a aceitar críticas. Nem bem os outros dizem algo, eles explodem, ficam nervosos ou começam um confronto com alguém. Eles só querem ouvir coisas lindas. Eles só querem transitar um caminho tranquilo, não é verdade? Querem ascender aos Céus carregando um grande balde de carma?”
Eu senti que o Mestre estava falando de mim e fiquei vermelha. Eu pensei: "esta é exatamente a minha situação.”
Então eu comecei a olhar para os meus defeitos. Vários dias depois, uma praticante me visitou e nós discutimos sobre um incidente recente. Eu me senti injustiçada e incompreendida. Outra praticante disse que eu não olhava realmente para dentro e não sabia cultivar. Eu me senti ainda mais injustiçada e contestei: “Eu estou me sacrificando pelos outros diariamente, e sou a única que assumiu a responsabilidade de manter um local de produção de materiais de esclarecimento de verdade. Como você pode me dizer isso?” Mais tarde, quando eu me acalmei e estudei uma das palestras do Mestre, eu li isso:
"O cultivo está em primeiro lugar. Eu acabei de dizer que se vocês não forem capazes de reprimir esses maus elementos, nem olharem para dentro de si mesmos ao encontrarem conflitos, se não puderem se corrigir nem abandonar os apegos humanos, vocês não terão partes plenamente cultivadas que se tornarão divinas, então, isso não contará como cultivo. Por isso, vocês necessitam cultivar constantemente as suas partes que não estão bem cultivadas, de modo que elas sejam plenamente cultivadas e alcancem a divindade. É preciso ser rigoroso consigo mesmo, somente assim é cultivo.” (Ensinado o Fa na Conferência da Capital dos EUA, 2006)
Eu percebi que o propósito de olhar para dentro é eliminar as noções humanas e que cultivar bem a si mesmo sempre vem em primeiro lugar. Nós não podemos negligenciar o autocultivo e nos fixarmos nas tarefas a cumprir. Como discípulos do período da retificação do Fa, é nosso dever ajudar o Mestre a retificar o Fa e, ao mesmo tempo, melhorar a nós mesmos e eliminar as várias noções que os outros possam despertar em nós durante o processo de validação do Dafa.
Olhar para dentro é algo que ajuda a nós mesmos, e não aos outros. Eu devo olhar para dentro sempre que surgirem conflitos. Graças a esse pensamento, e porque o Mestre me alertou, eu aprendi a olhar para dentro.
Um dia, um técnico veio devolver a impressora que eu havia mandado consertar. Ele a testou na minha frente para mostrar que realmente estava funcionando, e várias páginas foram impressas sem problemas. Mas depois que ele saiu, após eu ter impresso oito páginas, a impressora apresentou problemas novamente. A primeira coisa que me ocorreu foi: “Esse cara é um malandro! Ele nunca consertou a impressora, e ainda assim a trouxe de volta para me enganar.”
Imediatamente eu percebi esse pensamento e me senti culpada por assumir o pior dos outros. Eu sou uma cultivadora, e tudo tem a ver com as minhas noções humanas. Eu devo olhar para dentro. Então me lembrei do meu sentimento logo que a impressora foi devolvida – eu já desconfiava do técnico. Não acreditei desde o início que a impressora estivesse consertada. Eu tampouco acreditava nos efeitos dos meus poderes divinos sobre a impressora. Recentemente, quando a impressora começou a apresentar problemas, eu deveria ter olhado dentro de mim para encontrar a causa. Mas, em vez disso, eu enfatizei a perícia técnica, e essas minhas noções humanas estavam me bloqueando. Eu também consultei outros praticantes e eu não formei uma totalidade integrada com a minha impressora. No mínimo, eu não acreditava no Mestre e no Dafa sobre este tema particular e não me considerava um ser divino. Quando eu procurei mais fundo, eu descobri que todo esse incidente indicava a minha falta de crença.
Depois que eu descobri os meus apegos eu disse: "Sinto muito, a culpa é minha. Eu deveria ter acreditado em você. Sou discípulo do Dafa no período da retificação de Fa; como posso menosprezar você?” Quando este pensamento sincero emergiu, a impressora voltou a funcionar instantaneamente.
Eu sempre tive emoções fortes em relação à minha filha. Quando eu entendi isso eu passei a restringir esses sentimentos. Contudo, as noções humanas me dizem que eu dei à luz a ela e a alimentei, e que isso não é fácil. Agora que ela vive longe de mim, é natural que eu sinta falta dela. Como pode ser fácil eliminar os sentimentos por um filho? Eu já abandonei muitas coisas. Então não me impus um padrão mais elevado sobre esse assunto.
Meu ex-marido e sua família não deixam a minha filha vir à minha casa frequentemente. Seu avô teme que ela venha praticar o Falun Dafa comigo. Então ele tenta mantê-la afastada de mim. Por muito tempo eu não soube o que fazer sobre isso. Um dia, a minha irmã me disse: “a questão fundamental por trás do seu apego é que você tem medo de que ela te esqueça. Você acha que fez tanto por ela. Mas não se esqueça de que ela é uma cultivadora também. Se ela pensar sempre em você, como poderá se livrar das emoções? Ela também precisa se cultivar!
Eu sabia que o Mestre estava me orientado através da minha irmã, vendo que eu não era capaz de superar esta falha por mim mesma. Eu fiquei surpresa e então percebi que deveria melhorar o meu xinxing. Como eu pude culpar os outros? O que está na raiz do meu apego pela minha filha? Eu descobri que não estava me cultivando de acordo com o Dafa. Eu estava lendo livros do Dafa diariamente, eu conhecia os princípios, mas eu não me avaliava de acordo os princípios do Dafa quando os conflitos surgiram. Eu estava buscando “equidade” e "justiça" em um sentido comum. Eu estava pensando que eu deveria ser recompensada se eu fizesse alguma coisa pelos outros, ou então o meu esforço teria sido desperdiçado. Eu também tinha uma tendência, profundamente oculta, de lutar com os outros. Então eu tomei consciência de que nutria o seguinte pensamento perverso: "Eles vão receber retribuição por tratar a mim e à minha filha dessa forma." Neste momento, eu senti que não merecia ser discípula de Mestre, porque eu abrigava tais noções imundas após quase dez anos de cultivo.
Desde então, ao enviar pensamentos retos eu incluí um pensamento para eliminar noções e emoções adquiridas. Eu também pensei, “o tempo é curto, minha filha deve voltar para mim para que possamos estudar a Fa juntas e fazer progressos diligentes." Também limpei minhas queixas e maus pensamentos em relação ao meu ex-marido e a família dele. Quando eu realmente abandonei o meu apego, a minha filha passou a vir estar comigo diariamente, como se nada tivesse acontecido. Eu disse a mim mesma que eu nunca mais deveria me apegar ao meu amor por minha filha, porque eu não posso me dar ao luxo de atrasar o retorno de uma jovem discípula por causa das minhas falhas. Isso seria um grande crime!
Meu irmão mais novo também é praticante. Ele queria encontrar uma praticante para se casar. Nós tentamos ajudá-lo segundo os princípios da Fa e esperávamos que ele seguisse o caminho que o Mestre tivesse arranjado para ele e deixasse as coisas acontecerem naturalmente. Contudo, o resultado não foi muito bom. No final, ele se sentiu desesperado e simplesmente desistiu de melhorar no cultivo, esperando que o Mestre removesse o seu apego no período da retificação do Fa.
Então eu percebi as dificuldades que o Mestre deve enfrentar para salvar os seres sencientes. O Mestre removeu todo o carma que o meu irmão criou ao longo da sua história, mas apenas um apego foi suficiente para enfraquecer a sua determinação. Eu sofri com isso, mas nunca desisti dele.
Uma vez eu li algo que três praticantes escreveram: "Quando nós três pedimos ao Mestre para segui-lo até o mundo humano, o Mestre disse: 'O mundo humano é corrupto e perigoso. Se alguém se perder, lembre-se de acordá-lo. Lembrem-se disso”. Eu chorei quando li essa história.
Quando eu recordei a situação do meu irmão, eu tentei descobrir se nós também tínhamos noções humanas que o impediam de se livrar do seu apego. Eu percebi que a minha família era, em certa medida, afetada pelo apego dele, e que a nossa mãe (também praticante) estava igualmente preocupada com ele. Eu pensava: "É normal que ele queira se casar em sua idade, e é natural que eu tente ajudá-lo." Acaso não estávamos tentando mudar o seu caminho de cultivo partindo de nossas emoções e princípios e humanos? Nós realmente acreditamos no Mestre? Sempre que eu o via atormentado eu tentava ajudá-lo, mas assim eu me esquecia do que o Mestre disse:
"O cultivo está em primeiro lugar. Eu acabei de dizer que se vocês não forem capazes de reprimir esses maus elementos, nem olharem para dentro de si mesmos ao encontrarem conflitos, se não puderem se corrigir nem abandonar os apegos humanos, vocês não terão partes plenamente cultivadas que se tornarão divinas, então, isso não contará como cultivo. Por isso, vocês necessitam cultivar constantemente as suas partes que não estão bem cultivadas, de modo que elas sejam plenamente cultivadas e alcancem a divindade. É preciso ser rigoroso consigo mesmo, somente assim é cultivo.” (Palestra de Sydney, 1996)
Quando nós realmente entendemos esse princípio, todos nós abandonamos os nossos apegos. Eu pensei: “nossa relação como irmãos só vai durar esta vida. Eu não devo desperdiçar o meu tempo precioso somente porque ele se esqueceu do seu grande juramento quando veio a este mundo. Eu acredito que ele vai voltar para o caminho certo, porque o Mestre está cuidando dele.
Quando ele veio à minha casa eu contei a ele a história dos três praticantes. O meu coração estava sereno e cheio de compaixão. Eu disse a ele: "você não vai alcançar a Consumação se você tiver qualquer apego. Não pense que a retificação do Fa vai transformá-lo em um ser divino. Se você não seguir as exigências do Mestre e não fizer as três coisas, então você não é um discípulo do período da retificação do Fa. Muitas pessoas sabem que o Dafa é bom, e muitas leram os livros do Dafa. Só vivendo conforme os padrões do Dafa é que estamos cultivando verdadeiramente. Nós nos tornamos discípulos do Mestre somente depois que ele nos reconhece; não é como se nós pudéssemos reivindicar ser seus discípulos simplesmente afirmando isso.
Alguns dias depois, o meu irmão me disse: "Eu retornei. O Mestre retirou a minha noção porque eu tive o desejo de eliminá-la. Eu melhorei mais na última semana do que nos últimos três anos e sinto que o Mestre está suportando carma por mim. Eu tenho lido três palestras do Zhuan Falun todos os dias e posso realmente sentir as suas boas intenções. Aquela história dos três praticantes me tocou e eu lamento ter me arrastado no cultivo, sem diligência, por tanto tempo.
Eventualmente, eu tive outra oportunidade de conversar com a praticante que eu mencionei no início deste artigo. Ela me disse: "agora você realmente aprendeu a olhar para dentro. Parabéns!"
Agora eu estou realmente experimentando os benefícios de olhar para dentro. Ao olhar para dentro vamos descobrindo mais deficiências e o quão longe estamos dos padrões exigidos pelo Mestre. Como o tempo é curto, devemos apreender a olhar para dentro a cada pensamento. Devemos nos cultivar bem e resgatar mais seres sencientes. Eu descobri que quando eu realmente identifico minhas noções humanas, a situação muda instantaneamente para melhor.