(Minghui.org) Em referência do Dia dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, um fórum foi realizado no Rayburn House Office Building em 4 de dezembro, destacando os maus-tratos que os praticantes do Falun Gong sofreram na China por sua crença.
Vários praticantes deram seus depoimentos durante a reunião junto aos membros da Câmara, líderes de organizações não-governamentais e defensores dos direitos humanos. Autoridades da Europa e da Nova Zelândia também participaram da discussão on-line.
Fórum no Edifício de Escritórios Rayburn House.
Um documentário foi exibido durante o fórum.
Liu Xitong, um renomado calígrafo, descreveu os maus tratos que sofreu por sua crença.
Liu Xitong, um renomado calígrafo da província de Shandong, foi detido mais de 20 vezes depois que a perseguição ao Falun Gong na China iniciou em julho de 1999. Essas detenções incluíram três anos de detenção em campo de trabalhos forçados e quatro anos de prisão.
"Durante a detenção, os guardas tiraram minhas roupas, colocaram água salgada nas minhas costas e rasparam-na com uma tábua", lembrou Liu, dolorosamente. Não só isso, os guardas também aplicaram água com pimenta em suas partes íntimas, espetaram seus dedos das mãos e pés com agulhas, queimaram-no com cigarros e isqueiros e esfregaram fluidos corrosivo em suas pálpebras. "Uma vez, os presos forçaram minha boca a abrir e despejaram duas xícaras de veneno, o que me causou um colapso mental", continuou ele.
Xu Dawei, um residente da província de Liaoning, morreu em 2009 aos 33 anos de idade como resultado de tortura. Sua esposa e filha expuseram seu depoimento durante a reunião.
Xu Xinyang, 17, e sua mãe, Chi Lihua, apresentaram uma foto de seu pai antes de sua morte. Xu Dawei, um praticante da província de Liaoning, foi detido por acreditar em quatro prisões ao longo de oito anos. Ele se tornou emaciado e gravemente ferido após a liberação, e morreu 13 dias depois.
“Há muitos órfãos como eu na China que estão sofrendo como eu, mas eles não podem vir aqui para compartilhar suas histórias”, explicou Xinyang. “É por isso que espero que mais pessoas possam dar um passo à frente nos apoiando para acabar com o pesadelo dessa perseguição de 19 anos”.
A sra. Yang Chunhua, também da província de Liaoning, perdeu seu pai, mãe e irmã mais velha.
“Minha irmã Yang Chunling era tradutora. Quando foi presa em 13 de outubro de 2005, ela estava noiva e se preparando para seu casamento”, disse Yang. “No entanto, os guardas ordenaram que quatro presos violentos a espancassem. Eles a jogaram no chão e sentaram nela, dando-lhe socos nas partes íntimas e nos seios dela.” A futura noiva teve seu braço direito quebrado e também sofreu outros ferimentos.
Huang Zuwei, porta-voz da Associação do Falun Dafa em Washington, DC, disse que pelo menos 4.258 praticantes do Falun Gong perderam suas vidas devido a tortura durante custódia policial. Somente em novembro de 2018, 31 praticantes foram condenados à prisão.
O representante Dana Rohrabacher disse que o comunismo prejudica a sociedade e é uma ameaça para o mundo.
O representante Dana Rohrabacher disse que inspira-se na perseverança dos praticantes do Falun Gong e que ele pode sentir determinação dos praticantes cada vez que se juntou a um dos seus eventos.
Rohrabacher disse que o Partido Comunista não só prejudicou as pessoas na China, mas também os cidadãos em todo o mundo. É por isso que os esforços feitos pelos praticantes do Falun Gong têm um profundo impacto no mundo, incluindo nos Estados Unidos.
Steve King, outro membro do Congresso, concordou. Em uma carta ao fórum, ele disse que a gravidade das violações de direitos humanos que os praticantes sofreram por sua crença é "absolutamente inimaginável".
O deputado Christopher Smith escreveu em um comunicado que, como presidente do Subcomitê Global de Direitos Humanos do Congresso, ele está plenamente ciente da situação dos direitos humanos na China. Em particular, o Partido Comunista tem forçado os praticantes do Falun Gong a renunciar à sua crença por meio de detenções, torturas e assassinatos nos últimos 19 anos. Ele disse que o governo dos EUA não deve ignorar isso e os criminosos devem ser responsabilizados.
John Lenczowski, do Instituto de Política Mundial, disse que admirava a perseverança dos praticantes do Falun Gong.
John Lenczowski, fundador e presidente do Institute of World Politics, agradeceu aos praticantes por sua coragem e persistência. Ele disse que o Partido Comunista estava encobrindo sua ilegitimidade por meio de intimidação e restrição ideológica. É por isso que mais pessoas devem se unir aos esforços para se manifestar contra o regime.
O analista de políticas Dominic Nardi, da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), disse que a perseguição contra o Falun Gong está se intensificando.
Dominic Nardi, analista de políticas da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), disse que a repressão dentro da China tem se intensificado nos últimos anos, incluindo a dos praticantes do Falun Gong.
Bitter Winter, uma revista multilíngue, publicou recentemente um documento interno da Agência 610 da província de Liaoning, que confirmou que o ataque contra o Falun Gong havia piorado desde outubro. Nardi pediu uma monitoração pela USCIRF e pelo Departamento de Estado mais intensa desta situação, para que as pessoas chaves pudesse ser responsabilizadas por meio de leis como a Lei Magnitsky. Aprovado em dezembro de 2012, este projeto de lei permite que o governo dos EUA sancione criminosos de direitos humanos em todo o mundo, congelando seus ativos e proibindo sua entrada nos EUA.
Yi Rong, presidente do Movimento Global de Renúncia ao Partido Comunista Chinês (PCC), ou Tuidang (em chinês), disse que mais de 320 milhões de chineses anunciaram a intenção de se separar das associações do PCC, que inclui também suas organizações juniores, como a Liga da Juventude e os Jovens Pioneiros.
Rohrabacher apresentou a Resolução 932 da Câmara em junho para apoiar este movimento e pedir o fim da perseguição contra o Falun Gong. Smith disse que o movimento Tuidang se aplica a todos os chineses e os ajuda a renunciar aos votos feitos às organizações do PCC.
Numerosos funcionários eleitos europeus também escreveram para o Congresso dos EUA. Tunne Kelam, membro do Parlamento Europeu desde 2004, disse que a perseguição ao Falun Gong é uma das piores violações dos direitos humanos nos últimos 20 anos e que o Parlamento Europeu apoia a liberdade de crença dos praticantes.
Edgar Lamm, presidente da Sociedade Internacional para os Direitos Humanos em Frankfurt, na Alemanha, reconheceu que o Falun Gong é um grupo espiritual pacífico. Ele afirmou que a perseguição do ex-líder comunista, Jiang Zemin, e do PCC privou os praticantes de seus direitos humanos básicos.
Travor Loudon, um entrevistado do documentário Agenda: Grinding America Down, juntou-se à discussão on-line da Nova Zelândia. Ele disse que o PCC hoje não é essencialmente diferente dos nazistas nos anos 1930, e continua a causar danos à sociedade.