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Fahui da China | Abandonando o apego a mim mesma

25 de novembro de 2018 |   Por uma praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Desde muito cedo, eu sempre desejei o progresso espiritual, por isso fiquei encantada quando um vizinho me apresentou o Falun Dafa em 1998. Eu experimentei uma agradável sensação na primeira vez que fiz os exercícios em pé. Olhando para trás, para a minha jornada de cultivo dos últimos 20 anos, cada passo da minha melhora foi cuidado pelo Mestre. Sou grata por tudo que o Mestre fez por mim.

A importância de ser diligente no caminho de cultivo

Durante os meus primeiros anos de cultivo, eu estive ocupada com meu trabalho diário e não fui muito diligente em meu estudo do Fa.

Quando minha filha estava se preparando para o vestibular, eu peguei uma licença de dois meses para preparar as refeições para ela. Eu usei esse tempo para estudar as palestras do Mestre. Assim, meu entendimento do Fa se aprofundou diariamente.

Eu queria saber o que era o cultivo real e como realmente cultivar. Para me ajudar a entender o que significava “assimilar o Fa”, o Mestre me permitiu experimentar um estado muito bonito, no qual todos os meus apegos haviam desaparecido. O mundo ficou vazio. Eu fui engolida pela energia positiva do Fa e meu coração estava cheio de felicidade.

Eu entendi naquele momento o que realmente significava cultivar – soltar-me, assimilar-me ao Fa e verdadeiramente cultivar. E somente então, eu pude salvar seres conscientes e validar a magnificência do Dafa.

Esclarecendo a verdade no campo

Nos primeiros anos da perseguição, a maioria dos praticantes esclareceu os fatos sobre o Dafa distribuindo materiais informativos e conversando com as pessoas cara a cara. Como eu tinha que trabalhar nos dias úteis, usava meus fins de semana e feriados para distribuir materiais.

À cada praticante foi atribuído um local específico. Eu geralmente deixava essas áreas com fácil acesso por transporte público a praticantes idosos que podiam sair durante a semana e eu escolhia áreas remotas. Muitas das aldeias do interior não tinham ônibus, então eu usava uma bicicleta para chegar lá.

Apesar da dura perseguição, todos os praticantes ao meu redor tinham corações puros. Antes de entrar na aldeia, nós primeiro enviávamos pensamentos retos para eliminar o mal que pudesse interferir na atenção das pessoas sobre os fatos.

No campo, muitos idosos e mulheres sentam-se em grupos na frente de suas casas e conversam. Eu me sentava entre eles e conversava com eles. A maioria dessas pessoas era muito bondosa, muito receptiva aos fatos sobre o Dafa e aceitou nossos materiais de esclarecimento da verdade. Quando ficamos sem panfletos, os aldeões nos pediram para trazer mais quando voltássemos outra vez.

No norte da China, começa a nevar em novembro e a neve não derrete até a primavera. Quando a estrada ficava muito escorregadia, frequentemente escorregávamos e caíamos, mas, com a proteção do Mestre, nenhum de nós se machucou.

Às vezes eu não voltava para casa até a manhã de segunda-feira e só tinha tempo para um banho rápido e trocar de roupa antes de sair para o trabalho. Mas eu não senti isso como uma dificuldade.

Pessoas nas áreas remotas ouvem a verdade

Praticantes inventaram muitas tecnologias avançadas que nos ajudaram a esclarecer os fatos. Entre essas tecnologias, aprendi a fazer ligações telefônicas automatizadas para as pessoas.

A maioria das províncias do oeste é montanhosa. Com exceção de algumas grandes cidades, a maioria da população vive em locais muito dispersos. É muito difícil para os praticantes distribuírem materiais para todos os residentes locais. No entanto, o regime comunista nunca afrouxou o controle sobre a mente das pessoas.

O governo forçava as pessoas abastadas a colocar a bandeira do Partido Comunista Chinês (PCC) fora de sua casa. Isso implicava que eles viviam uma boa vida por causa da grande liderança do regime comunista. No entanto, essas pessoas tinham trabalhado arduamente para desfrutar de ganhos materiais.

Eu fiquei triste quando vi a bandeira do partido e desenvolvi um forte desejo de levar a verdade a essas pessoas.

O Mestre disse:

“Os discípulos do Dafa são Deuses que desceram à Terra com a responsabilidade de ajudar o Mestre a salvar os seres, a responsabilidade é salvar os seres que desceram à Terra...” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Nova York 2016”)

Três praticantes concordaram em me ajudar com este projeto. Fomos a áreas tranquilas quatro vezes por semana, onde fazíamos ligações telefônicas automáticas para pessoas no oeste da China por meio dia. Depois que voltamos para casa, ouvíamos o correio de voz e fizemos uma lista de nomes de pessoas que expressaram seu desejo de sair do Partido.

Esse tipo de projeto é muito tedioso e demorado, mas sei que as pessoas nessas áreas remotas precisam ouvir a verdade. Esta pode ser sua única chance de sair do partido. Nossos esforços foram bem-sucedidos, pois muitas pessoas entenderam muito bem os fatos e abandonaram o partido.

Em alguns correios de voz, dezenas de pessoas estavam esperando sua vez na fila para gravar suas mensagens para deixar o partido. Alguns grupos até tinham um responsável que primeiro fazia uma contagem antes de deixar que cada pessoa desse seu nome. Fiquei muito emocionada e senti ainda mais que tudo foi feito pelo Mestre.

Para economizar tempo para poder ouvir os correios de voz, simplifiquei meu estilo de vida. Isso também me deu um ambiente em que não tinha muita distração.

Às vezes eu me sentia muito cansada e queria dar um tempo em ouvir os correios de voz e trabalhar no computador. Mas, então, eu me lembrava das responsabilidades dos praticantes, do tremendo trabalho que o Mestre fez por nós e de que havia tantos seres sencientes que ainda não entenderam a verdade - e continuava trabalhando.

Não importava o quão difícil fosse, eu segui com os correios de voz e deixei as pessoas saberem que alguém estava cuidando de seu desejo de se retirar do Partido. Eu entendi que eles valorizavam a oportunidade de sair quando recebiam o retorno das chamadas telefônicas.

Conseguimos ajudar mais de 10 mil pessoas a sair do Partido por meio de nossos telefonemas todos os anos.

Formando um corpo único

Conforme eu progredia em meu cultivo, o Mestre sugeriu que eu precisava ampliar ainda mais meu coração e formar um corpo com os colegas praticantes. Eu continuei vendo uma cena em que eu estava no cume de uma montanha. A área era tão pequena que só tinha espaço para os meus pés, e era o único pico ali. Eu era a única pessoa lá.

O Mestre insinuou que eu deveria considerar as coisas de uma perspectiva maior, tendo em mente o corpo dos praticantes do Dafa, não apenas focando em mim mesmo.

Como havia vários veteranos em minha cidade quando obtive o Dafa, não precisei me preocupar em divulgar o Fa ou tomar a iniciativa de coordenar qualquer coisa. Concentrei a maior parte da minha atenção no meu próprio cultivo e não me importei muito com o que os outros estavam fazendo. Com medo de ser rejeitada ou não aprovada, quase nunca manifestei minha opinião ou preocupações.

Agora, quando olho para trás, todos esses pensamentos se originaram do apego a mim mesmo. Eu me isolei do grupo maior. E no final, eu era como aquela montanha órfã, solitária e isolada.

O Mestre nos ensinou:

“…qualquer coisa que vocês façam, deverão primeiro ter consideração para com os outros, para que assim você obtenha a correta Iluminação do desinteresse e altruísmo...” (“Não Omissão na Natureza Buda” em Essenciais para Avanço Adicional)

Depois que percebi meu problema, decidi abandonar minha autoproteção, abrir meu coração e cuidar de outros praticantes. Quando tive o desejo de melhorar, o Mestre me ajudou.

Apegos expostos pelo Mestre para o nosso melhoramento

Em 2008, três praticantes sofreram sérias tribulações físicas. Uma praticante teve uma infecção grave em seu seio. A sua condição para fazer as três coisas, foi afetada. Apesar do mau cheiro da infecção, mudamos nosso grupo de estudo do Fa para sua casa. Estudamos o Fa e enviamos pensamentos retos com ela.

Infelizmente, aquela praticante não passou no teste e faleceu. Mas entendi o princípio de que todos os praticantes do Dafa são um só corpo. Viemos a este mundo com o mesmo propósito - ajudar o Mestre na retificação do Fa e salvar os seres sencientes. Somente trabalhando juntos sem problemas podemos resistir aos ataques das velhas forças.

Um praticante masculino local de repente adoeceu e foi levado para um hospital em uma cidade próxima. Poucos praticantes ficaram sabendo. Quando eu soube disso, senti que as velhas forças estavam tentando isolá-lo de nós, facilitando a perseguição dele.

Entrei em contato com alguns praticantes e fui para o hospital no dia seguinte. A esposa do praticante, também praticante, ficou muito feliz em nos ver. Ela nos disse que eles estavam confusos e não sabiam o que fazer depois de serem atingidos pela súbita tribulação. Nós compartilhamos nossos entendimentos com eles. O praticante logo saiu do hospital. Ele se recuperou muito rapidamente com o estudo intensivo do Fa e retomou suas atividades de esclarecimento da verdade.

Quando notava problemas que afetariam nosso cultivo e segurança como um só corpo, compartilhei meus pensamentos com os coordenadores e fiz o que pude para ajudar os outros. Houve também momentos em que discordamos uns dos outros. Mas isso foi exatamente quando eu precisava olhar para dentro e me cultivar.

Reagindo a desentendimentos

Dois anos atrás, a polícia começou a coletar informações sobre os praticantes locais. Durante uma reunião de coordenadores locais, compartilhei meus pensamentos de que deveríamos enviar pensamentos retos para eliminar o mal e não dar a eles a oportunidade de nos perseguir ou causar mais danos ao nosso esclarecimento da verdade.

No entanto, alguns praticantes pensaram que estaríamos enviando pensamentos retos por medo, e alguns achavam que eu me preocupava demais. Então, não chegamos à um acordo.

De fato, uma situação semelhante aconteceu no passado, quando eu levantei a questão de saber se deveríamos parar de levar os telefones celulares para o estudo do Fa. Quando alguns praticantes se opuseram e disseram que não era necessário e que eu estava sendo muito cautelosa, eu apenas fiquei quieta.

Um praticante me lembrou que era correto considerar a segurança dos praticantes, mas talvez eu tivesse apegos misturados que impediam que outras pessoas concordassem comigo.

Olhei para dentro e percebi que, embora eu soubesse que isso era muito importante e urgente, só exigi que eles tomassem algumas medidas de segurança, sem ajudá-los a entender por quê. Em outras palavras, eu só queria que os outros concordassem comigo, sem ajudá-los a entender o problema.

Esse incidente me ajudou a identificar outra camada do eu dentro de mim. E percebi que, não importa quão críticas ou urgentes as coisas possam parecer, o Mestre ainda usará essas oportunidades para expor nossos apegos e nos ajudar a melhorar.

Harmonizando o ambiente local de cultivo

Em julho passado, a polícia começou a perseguir os praticantes locais em grande escala. Eles tentaram tirar fotos e vídeos de praticantes e pediram seus números de telefone. Quando os praticantes se recusavam a deixá-los entrar em suas casas, fingiam ser funcionários de serviços públicos e enganavam os praticantes para que abrissem suas portas.

Para expor a perseguição, criamos cartazes sobre o assédio da polícia e os publicamos pela cidade.

A polícia retaliou checando as câmeras de vigilância da rua para descobrir quem colocava os cartazes. Propus que mandássemos pensamentos retos juntos para eliminar o mal por trás da perseguição, mas, assim como da última vez, os coordenadores não concordaram comigo.

Eu sabia que isso foi deixado para eu cultivar. Quando não chegamos a um acordo e mesmo assim eu sabia que isso era algo muito urgente e tinha que ser feito, decidi ir em frente e fazer as coisas como bem entendesse, em vez de reclamar sobre o nosso desentendimento.

Sentei-me e comecei a enviar pensamentos retos por mim mesma. Eu estava cercada por um campo de energia muito forte. Eu senti que era muito capaz e o mal não era nada. Eu sabia que fiz a coisa certa e o Mestre estava me ajudando. Quando fazemos algo alinhados com o Fa, o Mestre nos dará o poder de eliminar o mal e salvar os seres sencientes.

Eu compartilhei minha experiência durante nosso pequeno estudo sobre o Fa. Os companheiros praticantes também se juntaram a mim no envio de pensamentos retos. Como resultado, a perseguição se dissolveu.