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Austrália: Catholic Weekly reporta sobre a colheita forçada de órgãos, pela China, de praticantes vivos do Falun Gong encarcerados

5 de setembro de 2017

(Minghui.org) Catholic Weekly da Austrália publicou um artigo online intitulado "A colheita de sangue da China, realizada com base em prisioneiros de consciência do Falun Dafa", de Catherine Sheehan em 19 de julho de 2017.

Sheehan entrevistou dois praticantes do Falun Gong, Eric Jia e sua tia Lorrita Liu, cuja família sofre a perseguição brutal do Partido Comunista Chinês (PCC). Jia se preocupa mais que seu pai, um praticante do Falun Gong que sofreu tortura na prisão devido a sua crença, possa ser uma vítima da colheita de órgãos para venda, sancionada pelo PCC, de praticantes vivos do Falun Gong.

Praticantes do Falun Gong, Eric Jia e sua tia Lorrita Liu segurando a foto de sua família.

Na foto está Lorrita Liu, 38 anos, da cidade de Xi'an, província de Shaanxi, suas duas irmãs, seus dois jovens sobrinhos e sua mãe.

"Não há pais, nem maridos", ressalta o artigo. "Eles estão sorrindo na foto, mas por trás dos sorrisos, os membros desta família carregam um terrível sofrimento.

"O pai de Lorrita, Jialu Liu, faleceu de um ataque cardíaco súbito, provocado pela intensa perseguição das autoridades chinesas. "Ele sofreu sob pressão", diz Lorrita.

"No centro da foto está o rosto amável da mãe de Lorrita, Yuhua Li, de 72 anos, que acabara de ser liberada de um centro de lavagem cerebral na cidade de Xi'an no dia anterior à nossa entrevista. Essa era a quinta vez que a mulher idosa tinha sido presa. Ela foi torturada, espancada repetidamente, sujeita a choques com bastões elétricos, privada de sono por três dias seguidos e enviada para um campo de trabalho forçado por um ano".

A irmã de Lorrita, Chunxia Liu, está atualmente detida no Centro de Detenção do Distrito de Xincheng, na cidade de Xi'an. Ela foi presa junto com a mãe em 22 de março deste ano.

O sobrinho de Lorrita, Eric Jia, de 19 anos, se preocupa se seu pai, Ye Jia, que ainda está na China, escapará da brutal perseguição. Ele desconhecia o paradeiro do pai desde a sua libertação da prisão no ano passado. "Eric disse: "Ele foi torturado. Ele foi algemado a um beliche e a polícia lhe colocou produtos químicos na boca e ele estava vomitando sangue. Ele foi espancado pelos guardas da prisão."

O artigo continuou: "O que essa família chinesa de aparência normal fez para que o governo chinês a perseguisse tão ferozmente?

"Eles são praticantes de uma forma de meditação espiritual baseada na antiga cultura chinesa chamada Falun Gong, ou Falun Dafa. A prática baseia-se nos princípios de verdade, compaixão e tolerância e promove a saúde física e mental."

A mãe de Lorrita, Yuhua Li, foi a primeira na família a começar a praticar o Falun Gong. Pouco depois, ela se recuperou de uma doença grave, e o resto de sua família foi inspirado a se juntar a ela na prática.

O artigo afirmou: "Após a sua introdução na China em 1992 pelo fundador Li Hongzhi, o governo chinês realmente promoveu a prática, pois eles puderam ver os benefícios na saúde da população se traduzindo em poupança para o sistema de saúde do país. No entanto, quando o número de praticantes tornou-se maior do que os membros do Partido Comunista Chinês (PCC), o governo mudou radicalmente seu tom, passando em vez disso, a ver a prática da meditação como uma ameaça à autoridade do Partido. O Falun Gong foi também considerado um retorno à antiga cultura chinesa, algo que o PCC tentou destruir durante os anos da Revolução Cultural.

"E assim, em 1999, a perseguição brutal ao Falun Gong começou sob o comando de Jiang Zemin, então presidente do PCC. Esta perseguição, que continua com a mesma intensidade atualmente, envolve campos de trabalho, aulas de lavagem cerebral e todas as formas de tortura, incluindo privação de sono e abuso sexual.

"Depois que a perseguição começou, o pai de Eric foi a Pequim apelar pelo Falun Gong." Disse Eric: "Ele foi o primeiro na minha família a ser preso. Se você fosse a Pequim você teria mais punição. Ele é o principal alvo da perseguição em nossa família, além de ser um homem. A terceira e quarta vez que ele foi preso em 2002, quando eu tinha três ou quatro anos, a polícia veio a casa."

A avó e a tia de Eric foram impedidas de dormir, espancadas com bastões elétricos e sujeitas a trabalho forçado. Sua avó foi torturada com a "Cadeira do Tigre", na qual ela teve que sentar-se ereta durante vários dias sem comida ou água.

O relato prossegue: "Esta perseguição está sendo realizada apesar do fato de não existir nenhuma lei na China tornando o Falun Gong ilegal. Eric explicou que as pessoas são detidas em casas referidas como "prisões negras", o que significa prisões ilegais. Nas aulas de lavagem cerebral, os detidos são forçados a assistir vídeos de propaganda que demonizam o Falun Gong 24 horas por dia ".

Temendo o pior: colheita de órgãos vivos

O artigo continuou: "Mas essa terrível história de perseguição torna-se ainda mais horripilante com as evidências que emergiram nos últimos 18 anos de que os prisioneiros de consciência do Falun Gong estão sendo usados pelo governo chinês como um banco de órgãos vivos e são mortos por demanda pelos seus órgãos.

"Depois que o governo começou a perseguir o Falun Gong e a deter os praticantes em campos, o número de transplantes de órgãos na China subitamente disparou".

Algumas das últimas pesquisas indicam que a China realiza de 60 mil a 100 mil transplantes por ano, mas ainda não possui um sistema de doação de órgãos bem implantado.

"É claro que, para que ocorra um transplante de órgão, tem que haver compatibilidade do tipo de sangue e do tipo de tecido e é por isso que, na maioria dos países, geralmente leva muito tempo para encontrar um órgão compatível para o transplante. Na China, no entanto, um transplante com um órgão compatível pode ocorrer dentro de 24 horas após o pedido ser feito."

Citando os resultados da pesquisa do advogado internacional de direitos humanos David Matas e do ex-ministro canadense do gabinete David Kilgour JD, o relatório afirmou que se estima que dezenas de milhares de praticantes do Falun Gong são mortos por seus órgãos. Continuou dizendo: "Através de suas pesquisas, eles descobriram que os membros do Falun Gong liberados da prisão, rotineiramente relatam que eles foram sujeitos a testes de sangue em cativeiro, enquanto os prisioneiros não praticantes do Falun Gong não eram".

O pai de Eric foi submetido a exames de sangue pelo menos duas vezes enquanto estava detido. O artigo disse: "Quando perguntado qual é o seu maior receio pelo pai, ele disse sem hesitação, "colheita de órgãos."

Pedido de ajuda internacional

Eric e sua tia esperam que o governo australiano possa ajudá-los a resgatar seus familiares na China. Eles também gostariam de ver a Austrália aprovar uma lei para proibir os australianos de irem para a China para transplantes de órgãos.

"Espero que mais pessoas estejam conscientes desta questão e falem sobre isso", afirmou Eric na entrevista. "Já faz tanto tempo. Pessoas têm sido mortas há 18 anos, pessoas que acreditam na verdade, compaixão e tolerância. Isso deve parar o mais rápido possível."

Apesar da luta de sua família, Lorrita se sente sortuda por viver em um país livre com a liberdade de falar.

Ela disse no relato: "Muitas famílias na China perderam filhos, maridos, esposas. Eles não podem fazer nada. Apenas sofrer a perseguição. Eu creio que os australianos são muito gentis, então acho que eles podem agir e ajudar o Falun Gong."