(Minghui.org) [Ouça esta experiência]
Recentemente eu me encontrei em um estado de incerteza. Procurei olhar para dentro diligentemente, porém não conseguia encontrar nenhum apego fundamental. Desde outubro do ano passado até agora, mais de 40 praticantes em nossa cidade foram presos ilegalmente de forma consecutiva, nossos locais de produção de materiais foram severamente danificados. Nós formamos uma mentalidade de tentar resgatar “passivamente” os praticantes detidos. Porém, antes que conseguíssemos resgatar um praticante, outro era preso. Esses tipos de detenções ocorreram uma após outra, fazendo com que nem sequer tivéssemos tempo para recobrar o fôlego.
Então, o que estava ocorrendo? Era como se o mal estivesse “desenfreado” e “sem piedade” em sua perseguição aos praticantes do Dafa. Mas, como pode ser esse o caso? Com a eliminação de grandes quantidades de seres perversos, o mal perdeu a influência que tinha e está muito debilitado, enquanto que o campo da Retificação do Fa tornou-se mais forte. Porém, porque parece que a situação é justamente oposta em nossa cidade? É verdade que alguns praticantes ainda têm grandes brechas no seu cultivo e eles não têm cultivado a eliminação de seus apegos à fama, interesse próprio, luxúria, desejos, qing e etc. As velhas forças têm se aproveitado desse fato e os tem perseguido. Essa perseguição atinge todo o corpo de praticantes do Dafa e tem afetado a salvação dos seres conscientes na nossa cidade. Então, quais problemas nós ainda temos? Durante vários dias, estive memorizando a seguinte passagem do Fa de “Insanidade de cultivo”:
O medo pode realmente atrair problemas, pois quando você se apavora você tem medo. Não é um apego? E uma vez que surge o apego, ele não deve ser descartado? Quanto mais medo você tem, mais parecerá ser uma doença, pois o apego simplesmente tem que ser abandonado. É feito assim para que você aprenda a lição, elimine o apego ao medo e se eleve. (Zhuan Falun)
As palavras “mais parecerá ser uma doença” me estremeceram e senti que havia compreendido algo. Comecei a ter um entendimento claro do problema. Então, que apegos do nosso corpo de praticantes causaram essa falsa manifestação que faz com que o mal pareça mais “desenfreado”?
Porque temos um apego tão forte ao medo? Isso tem sua origem. Nos anos iniciais de cultivo na Retificação do Fa, muitos de nós não possuíamos um claro entendimento do Fa. As forças do mal se aproveitaram dessa brecha para nos perseguir. A brecha também fez com que desenvolvêssemos um apego obstinado ao medo. Enquanto a maldade é eliminada, esse forte apego ao medo obstrui o nosso avanço. Quanto mais temor abrigarmos, mais procuraremos evitá-lo e mais provável é que não consigamos enfrentá-lo. Então, pareceria que havia mais maldade, como uma sombra nos perseguindo. Por acaso não é verdade que o fato de ter medo não significa que o estamos atraindo? Se muitos de nós estamos nesse estado, se forma um forte campo de apegos. Quanto mais temor abrigarmos, mais “desenfreado” o mal parecerá.
Alguns praticantes ainda pensam com uma mentalidade humana: “Não temos os Fashen do Mestre protegendo-nos? Porque ainda estamos sofrendo essa perseguição?” Desse modo, a fé reta se debilita e torna-se mais difícil para eles saírem do humano. Na verdade, é tudo um produto do nosso medo? O Fa diz:
Alguns pensam: “Como o Falun pode permitir que essas coisas venham? Acaso o Mestre não tem Fashen para nos proteger?” Há um princípio neste nosso universo: Ninguém intervém naquilo que você busca. Se é o que você quer, ninguém intervém. (Zhuan Falun)
Por que temos medo? Nosso medo se origina do egoísmo. De fato, esse medo não representa a nossa verdadeira natureza. É simplesmente um fator que controla as pessoas. É o maior apego que os cultivadores têm que eliminar.
Todos nós somos partículas do Dafa. O Mestre já nos empurrou ao estado que temos de alcançar durante o nosso cultivo e já temos o poder de nos proteger. Porém, sempre estamos reconhecendo a perversa perseguição e nos tratamos como pessoas comuns. O Mestre disse:
Se cada discípulo do Dafa tivesse ações e pensamentos retos enquanto faz as coisas, e pudesse ver as coisas com pensamentos retos sob qualquer circunstância, nenhum de vocês teria medo ao se deparar com a perseguição. Se vocês forem assim, quem se atreverá a persegui-los? Se uma pessoa está completamente no Fa ninguém pode tocá-lo. Isso não é a habilidade de proteger a si mesmo? ("Ensinando o Fa em São Francisco" – 2005)
De fato, o Mestre deu a todos nós capacidades de gong e poderes divinos, mas não temos atuado retamente. Com todas as capacidades de gong que já temos, ainda queremos colocar a nós mesmos dentro de um conceito fixo e suportar esse sofrimento. Se tivermos pensamentos e ações que não estão no Fa, estamos fornecendo energia ao mal para que nos persiga.
Olhando para o meu interior encontrei pensamentos que não estavam alinhados com o Fa. Sempre que eu escutava que um praticante havia sido preso, sentia o meu coração pesado porque imaginava que outro praticante seria perseguido. Sentia que devia apressar-me e enviar pensamentos retos para resgatá-lo. Não sou o único praticante que pensava assim. Muitos praticantes pensam dessa forma. Esse pensamento parece muito “razoável”. Porém, olhando para trás me dei conta de que esse pensamento não era muito reto porque estava usando a mentalidade humana para julgar as coisas. Sentia subjetivamente que o mal certamente perseguiria esse praticante preso, e também estava afirmando que podiam persegui-lo. Esses pensamentos eram retos? Eram noções humanas? Além disso, eu já havia desenvolvido um pouco de medo e outros apegos. Essa era a causa que havíamos dado ao mal como desculpa para nos perseguir?
Na Viagem ao Oeste, temos a seguinte história: Quando Sun Wukong (Rei Macaco) estava lutando com um demônio, ele foi engolido pelo demônio. Zhu Bajie ficou tão apavorado que começou a chorar enquanto se escondia atrás de uma árvore, pensando que Sun Wukong havia morrido. Então Sun Wukong, gritou de dentro do estômago: “Bajie, porque você está chorando? Não estou morto!” Bajie, ainda sem entender disse: “Você não foi engolido pelo demônio?” Wukong disse: “Tolo. Ele me engoliu. Não entende que posso arrancar seu coração, fígado, agarrar e me balançar em seus órgãos?”.
Isso me recordou onde eu estava equivocado. Por que eu não tinha fortes pensamentos retos? Como Bajie, eu usei as minhas noções humanas para avaliar a situação. Olhemos para dentro. Acaso já não é tempo de mudarmos a nossa mentalidade, deixarmos ir as noções humanas e não tomar os nossos “pensamentos humanos” como algo absoluto? Realmente necessitamos usar os pensamentos retos dos deuses para olhar para as coisas. Quando os praticantes são presos não temos que pensar que foram levados pela perseguição. Em vez disso, deveríamos usar os nossos pensamentos retos para reforçar a nossa fé: nunca permitir que ocorra a perversa perseguição, além disso, considerar esse evento como uma boa oportunidade para salvar mais seres conscientes e desintegrar o mal. Dessa maneira, podemos atacar o mal desde o seu interior e externamente eliminar completamente esses covis da maldade.
Alguns praticantes podem pensar: “Sun Wukong tem tantas habilidades. Tem o Bastão Dourado, por isso é superpoderoso, nós não!” Eu diria que esses praticantes ainda não transcenderam a sua “humanidade”. Por acaso não seria esse o caso de não termos usado totalmente os nossos poderes mágicos? Talvez nossos poderes mágicos sejam muito mais poderosos que o Bastão Dourado. Porém, não temos a qualidade de iluminação de Sun Wukong, por isso não sabemos como usar as nossas capacidades e sempre nos consideramos insignificantes. Sempre ficamos confinados com a noção de que somente o que vemos é a verdade. Apegamo-nos a esse corpo humano e não podemos nos tornar uma divindade. Então, como podemos usar os nossos poderes do Fa? Não preciso repetir a resposta; é com o nosso envio de pensamentos retos. Simplesmente nosso envio de pensamentos retos. Agora entendo mais profundamente o significado do envio de pensamentos retos. Recitamos as fórmulas para mobilizar os nossos poderes divinos para que desempenhem a sua função. Além disso, podemos usar mais de um poder divino: temos tudo o que devemos ter e todos os poderes emergirão se nós quisermos. Isso é algo que o nosso misericordioso Mestre nos deu nesse período histórico especial. Porém, muitos discípulos simplesmente não sabem como usar os seus poderes divinos, e ainda hoje, estamos sendo perseguidos severamente.
Na Biografia de Jigong, há uma história na qual Jigong faz um escândalo na casa do primeiro ministro Qin (indivíduo que matou Yue Fei, um herói da Dinastia Song). Qin queria castigar Jigong e o colocou para ser esmagado em um instrumento de tortura. Ainda que as pernas de Jigong estivessem sendo esmagadas ele não se importava, ele mantinha um olho aberto e o outro fechado. Segurando a sua mão quebrada apontou para Qin com seu dedo indicador gritando: “Que comece a tortura!”. Qin imediatamente gritou em agonia, como se sentisse uma forte dor nas suas pernas. Jigong gritou novamente: “Que comece a tortura!”. Qin, que estava com dor, caiu da sua poltrona ao solo. Na superfície, eram as pernas de Jigong que estavam sendo esmagadas pelo instrumento de tortura. Porém Jigong utilizou o seu poder para transferir a dor para a pessoa que lhe aplicou a tortura. Analisemos a mentalidade de Jigong. Ele gritou sem medo: “Que comece a tortura”. Nunca pensou que a tortura fosse ter efeito nele. Não tinha noções humanas, nem medo. A sua fé reta era muito forte. As coisas das pessoas comuns não podiam controlá-lo. Ele usava as suas capacidades de gong a vontade.
Faz muito tempo que o Mestre deu capacidades de gong a todos nós. Porém, ainda nos apegamos à mentalidade humana e por isso somos incapazes de usar esses poderes; ainda estamos sendo perseguidos. Isso não é uma vergonha? Não alcançamos as expectativas do Mestre, e também produzimos um impacto negativo na salvação de seres conscientes nessa região.
Se não conseguirmos abandonar a nossa humanidade e caminhar até o divino, como poderemos validar bem o Fa? Todos nós deveríamos romper as noções humanas, abandonar todos os apegos, esclarecer a verdade e enviar pensamentos retos onde quer que estejamos, usando efetivamente as nossas capacidades de gong para nos proteger e desintegrar o mal. Cada discípulo do Dafa é capaz de invocar o poder com pensamentos retos.
Se não reconhecemos a perseguição e não reconhecemos as velhas forças, porque se atrevem a nos perseguir? Por acaso elas não deveriam nos temer? A chave é como rompemos com os níveis de nossa humanidade, eliminamos noções humanas e regressamos aos nossos seres verdadeiros. Não podemos deixar que as nossas noções humanas nos controlem. Não devemos segurar tigelas de ouro mendigando comida, nem tampouco devemos golpear segurando um Bastão Dourado. Deveríamos ser como deuses. Não deixemos que o Mestre continue nos esperando. Acredito que o Mestre deseja que os nossos lados divinos ressuscitem.
Esse é o meu entendimento no meu atual nível de cultivo. Espero que os praticantes possam compartilhar esses entendimentos. Por favor, apontem qualquer coisa incorreta.