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Desenhos contam o sofrimento de uma professora universitária, agora já falecida, por manter sua fé no Falun Gong

25 de agosto de 2016 |   Por um correspondente do Minghui em Pequim

(Minghui.org) [Nota do editor: A Sra. Li Li costumava ser uma professora associada à Faculdade de Procuradores Nacionais da República Popular da China, mas ela foi demitida logo após o regime comunista chinês ter lançado a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999.

Ela foi condenada a uma pena de nove anos de prisão em 2004 por se recusar a renunciar ao Falun Gong. Ela foi submetida a várias formas de abuso enquanto estava presa.

Sem pensão e nem subsídio de renda, ela lutou para ganhar a vida após a sua libertação da prisão. Ela faleceu em 6 de novembro de 2015 em sua casa alugada em Pequim, quando tinha 62 anos.

Descobriram que ela havia escrito o que ela passou desde 1999. Haviam também desenhos que acompanhavam seu relato pessoal.]

***

Meu nome é Li Li, e eu nasci em 27 de setembro de 1954. Eu era uma professora associada à Faculdade de Procuradores Nacionais da P.R.C. Comecei a praticar o Falun Gong em 1992 e gozava de boa saúde, tanto do corpo e como da mente.

Desenho 1: imagem da Senhora Li à esquerda; dizeres à direita: "Faculdade de Procuradores Nacionais da P.R.C."

Eu fui destituída da minha posição de ensino e investigada após o regime comunista chinês começar a perseguir o Falun Gong em 20 de julho de 1999. Pouco tempo depois, minha escola me despediu e revogou a minha pensão, apesar de eu haver trabalhado lá por 24 anos. O apartamento dado pela faculdade também foi-me tirado, deixando-me sem abrigo nem renda.

Fui forçada a viver longe de casa em janeiro de 2001, já que eu não queria ser presa.

A polícia prendeu meu filho várias vezes, tentando coagi-lo a revelar o meu paradeiro. Ele foi privado de sono e interrogado. Meus pais e outros parentes também foram perseguidos e tiveram seus telefones verificados. Alguns parentes perderam oportunidades de promoção por causa da minha recusa em renunciar à minha crença.

Eu fui presa em 1º de janeiro de 2001, enquanto vivia em Shenzhen, província de Guangdong, por distribuir informações sobre o Falun Gong. Fui enviada de volta a Pequim um mês depois. Um oficial me deu um tapa no rosto, e outro chutou minhas pernas. Eles esperaram até que o inchaço no meu rosto diminuísse antes de me levar até a minha cela.

Desenho 2: Está escrito (ironicamente) no cartaz: "A polícia e os cidadãos são uma família e trabalham juntos para criar harmonia".

Fui condenada a uma pena de prisão de nove anos em março de 2004 e enviada à Prisão Feminina de Pequim. Os guardas ordenaram-me a dormir em uma cela em vez de uma cama desde o primeiro dia da minha admissão. Eu escrevi uma carta ao diretor da prisão, mas os guardas não me permitiram enviar a minha queixa.

Desenho 3: Os guardas tentaram impedi-la de despachar sua queixa; no pedaço de papel na sua mão lê-se "uma carta de reclamação".

Enquanto estava na prisão, fui muitas vezes obrigada a sentar-me em um pequeno banco por longos períodos de tempo.

Desenho 4: Sentada em um banco pequeno.

Eu também fui forçada a fazer bolos de lua. Uma das minhas atribuições obrigavam-me a carregar caixas pesadas até o quarto andar. Estava tão quente, (em meados de julho) que minhas roupas ficaram encharcadas em suor.

Desenho 5: Os caracteres chineses na caixa: "Bolos de Lua Haolilai".

A vice-diretor chamado Zheng Yumei, muitas vezes se reuniu com os presos para me criticar por eu me recusar a renunciar ao Falun Gong.

Desenho 6: No cartaz está escrito "Fortemente Criticar o Falun Gong".

Uma vez fui levada para uma sala, onde os guardas removeram a câmara de vigilância. Assim que entrei, vários presos me agarraram e me jogaram em uma cama. Eles escreveram palavras caluniando o Falun Gong nas minhas costas. Eles também encheram minha roupa de baixo com tiras de papel com palavras caluniosas.

Desenho 7: Está escrito: [Nota do editor: São slogans comumente vistos afixados pelo regime comunista para difamar o Falun Gong.] "Apreciar a vida e ficar longe de cultos".

As paredes, o chão e até mesmo o banheiro estavam cobertos com palavras que caluniavam o Falun Gong. Os guardas ordenaram-me a pisar nas palavras "Falun Gong", mas eu recusei. Eles, então, me arrastaram contra a minha vontade.

Desenho 8: Arrastada.

A diretora Zheng pisou no meu corpo com seus saltos altos. Ela também me humilhou verbalmente, tentando me fazer desistir de minha crença.

Desenho 9: Pisoteada pela diretora com saltos altos.

Uma vez, os guardas me forçaram a ficar em pé por 14 dias consecutivos. Duas presidiárias me monitoraram enquanto tricotavam roupas para os guardas. Meus pés, pernas, mãos tornaram-se extremamente inchados depois. Eu finalmente cai e fiquei com um grande galo na minha têmpora. O sangue escorria sobre os meus olhos.

Desenho 10: Forçada a ficar de pé.

Como se isso não bastasse, alguns detentos fizeram um chapéu alto de "burro" coberto com palavras caluniosas e colocaram na minha cabeça. Parecia que a revolução cultural tinha retornado.

Desenho 11: Forçada a usar um chapéu de "burro” humilhante.

Nos últimos anos de minha prisão, os guardas me transferiram para uma divisão diferente, onde eu fui forçada a estudar o budismo. Havia boletins em toda parte com escrituras budistas. Recebi ordens para transcrever escrituras budistas, às vezes por 24 horas seguidas. Minhas mãos ficaram dormentes e eu estava desorientada.

[Nota do editor: O Falun Gong não está em desacordo com o budismo, mas as autoridades usam todos os tipos de coisas, até mesmo as escrituras religiosas, como uma tentativa de confundir os praticantes e desgastar sua vontade de acreditar no Falun Gong.]

Desenho 12: Transcrição de escrituras budistas.

Também fui forçada a empacotar palitos chineses por um período de tempo. Eu me senti como uma máquina que não parava. Eu não me atrevia a beber água porque não havia intervalos para ir ao banheiro. Em pouco tempo, meu rosto ficou amarelado e comecei a urinar sangue. Eu também desenvolvi edemas em todo o meu corpo.

Desenho 13: Está escrito "local de trabalho seguro".

Após ser liberada, eu não tinha pensão (já que havia sido revogada anos atrás), nem me foi dado o subsídio de renda a que eu tinha direito. Eu não possuía lugar para viver e perambulei de um lugar para o outro. Depois de nove anos de prisão, agora eu me sentia fraca e desamparada, e lutava para sobreviver.