(Minghui.org) De acordo com dados registrados no site Minghui.org, pelo menos 38 praticantes do Falun Gong que foram detidas, por se negarem a renunciar de sua crença, na Prisão Feminina de Gansu, sofrem espancamentos e tortura desde 2006. Muitas delas se tornaram deficientes, desfiguradas ou perderam a visão ou audição pouco depois de serem levadas para a prisão.
Mais da metade das praticantes estavam na faixa etária de 50 e 60 anos de idades. Elas representam uma ampla série de profissões, incluindo operárias, funcionárias do governo, professoras e bancárias. As sentenças de prisão variam de 3 a 12 anos, com uma média de 5,2 anos.
Gráfico das 32 sentenças de prisão conhecidas das 28 praticantes na Prisão Feminina de Gansu (4 tiveram duas sentenças distintas)
Em 2006, a prisão criou uma “divisão de transformação”. As praticantes que em outras alas resistiam a “transformação”, na qual são forçadas a renunciar à sua fé, eram transferidas para a divisão e torturadas como parte do processo de “lavagem cerebral”.
Na “divisão de transformação”, as guardas da prisão selecionavam especificamente cerca de duas dezenas de criminosas entre as 1.800 presas para torturar as praticantes. Aquelas que implacavelmente abusavam das praticantes recebiam pontos de recompensa e redução das suas sentenças.
As praticantes eram espancadas, obrigadas a passar por sessões de “lavagem cerebral”, monitoradas o tempo todo, privadas do sono ou do local de repouso e outras formas de tortura.
Logo após entrar na prisão, a Sra. Lu Guiqin se tornou cega e inconsciente menos de um ano. A Sra. Lu Guihua ficou corcunda e incontinente e a Sra. Han Zhongcui perdeu a mobilidade de seus membros e sua visão um ano.
Tortura física
Muitas vezes as detentas batiam nas praticantes do Falun Gong, davam-lhes tapas em seus rostos e chutavam suas virilhas com botas de couro. Algumas detentas puxavam as praticantes pelos cabelos e batiam sua cabeça contra a parede. Algumas cuspiam catarro no rosto das praticantes, outras torciam seus braços e pernas.
A Sra. Zhao Cuilan, de 60 anos, muitas vezes ficava com os olhos roxos e o nariz sangrando por causa das pancadas. Ela perdeu vários de seus dentes.
A Sra. Yan Ping, uma vez protestou contra a crueldade abusiva gritando: “Falun Dafa é bom!” Uma detenta chutou sua boca arrancando sangue e pedaços do interior de sua bochecha. A mesma detenta já havia chutado a Sra. Yan com suas botas de couro, causando dor e inflamação na virilha. A praticante ficou com dificuldade para andar e sentar-se durante um longo tempo.
A Sra. Han Zhongcui perdeu a sensibilidade parcial de seus pés devido aos espancamentos. Uma detenta chutou repetidamente sua perna, a qual ficou muito inchada e coberta de hematomas. A praticante precisava ficar com os pés separados para manter o equilíbrio.
A detenta também perfurou as mãos da Sra. Han com uma caneta. Suas mãos ficaram cobertas de buracos e inchadas.
Os espancamentos ocorriam frequentemente dentro dos banheiros, onde não há câmeras de vigilância. As detentas, várias vezes, submergiam a cabeça das praticantes no depósito de água ou até mesmo no vaso sanitário, até que as vítimas perdessem a consciência.
As Sras. Wang Ruilin e Zhang Xiaoming, ambas com 50 anos, foram forçadas a ficarem em pé por quase duas horas. As detentas as observavam de perto, se elas caíssem, elas seriam chutadas fortemente na virilha. A Sra. Wang tinha pressão alta e vomitou no fim da tortura, desencadeando uma nova rodada de espancamento. Como a Sra. Wang continuou a vomitar vários dias após a tortura, as detentas a privaram de suas refeições.
Privadas das necessidades básicas
Outra tortura comumente usada na Prisão Feminina de Gansu é privar as praticantes de suas necessidades básicas diárias como comer, dormir, usar o banheiro e lavar roupa.
A Sra. Li Ya recordou que, muitas vezes, as detentas não permitiam que ela comesse e, às vezes, ainda lhe davam as sobras. As detentas a humilhavam, forçando-a a comer dentro do banheiro.
A Sra. Zhao Changju recordou que, durante três anos, as detentas restringiram seu uso do banheiro e muitas vezes não lhe permitiam dormir. O tempo mais longo que ela foi forçada a permanecer acordada foi de dez dias. Além disso, apenas lhe autorizaram a lavar roupas, incluindo as roupas íntimas, três vezes durante o ano.
No caso da Sra. Zhao Cuilan, que estava na casa dos 70 anos, as detentas batiam nela ou a insultavam se ela usasse o banheiro mais de duas vezes por noite. As detentas, às vezes, forçavam a praticante a ficar deitada durante a noite e não lhe permitiam usar o banheiro. Se ela molhasse as calças, as detentas não permitiam que ela se lavasse ou se trocasse. Um tempo depois, sob a tortura física e mental, a Sra. Zhao desenvolveu a doença de Alzheimer.
Às vezes, as detentas derramavam água sobre as camas das praticantes e as forçavam a dormir na cama molhada, especialmente durante o inverno, sem aquecimento.
Humilhação
As detentas também encontraram outras maneiras de humilhar as praticantes, além do abuso físico.
A Sra. Ta Junrong estava usando o banheiro quando foi arrastada para fora. As detentas arrancaram suas roupas e a humilharam em frente de uma multidão. Após esta provação, ela começou a ter pesadelos e frequentemente acordava em lágrimas.
Certa vez, as detentas forçaram a Sra. Jin Junmei de 58 anos de idade, a andar no corredor sem suas calças, seguida por uma detenta que a filmava.
“Lavagem cerebral”
As guardas prisionais usavam as detentas como parte de seus esforços para forçar as praticantes a renunciarem à sua crença. As praticantes eram forçadas a assistir vídeos de propaganda todo dia, escreverem “relatórios de pensamentos” e recitar os regulamentos da prisão.
Algumas detentas escreviam o nome do fundador do Falun Gong em tiras de papel e as praticantes eram obrigadas a pisar nelas, sentar-se sobre elas ou colocá-las em suas roupas íntimas.
Trabalho forçado
A maioria das praticantes detidas na Prisão Feminina de Gansu também eram enviadas para o trabalho forçado. A Sra. Cao Fang uma vez teve de fazer mil chapéus por dia. Ela foi verbalmente agredida muitas vezes pelas detentas por não ser capaz de terminar a sua quota. Ela terminou um mês antes do prazo e a prisão aumentou sua carga de trabalho, ordenando-lhe cerca de 5 mil chapéus por dia.
Abaixo estão dois casos entre muitos dos quais mostram a brutalidade praticada na Prisão Feminina de Gansu.
A Sra. Lu Guihua, uma professora do jardim de infância, era saudável e dinâmica quando foi levada para a prisão em 2013. As detentas a espancavam todos os dias, chutavam sua virilha e seu estômago e muitas vezes davam-lhe choques com os bastões elétricos. Ela teve inflamação na uretra e ficou incontinente. Sua dor de estômago também a tornou incapaz de comer bem.
Uma vez, uma das detentas a chutou por trás, fazendo com que ela batesse a cabeça em uma janela de concreto. Ela ficou inconsciente por algumas horas, mas não lhe deram ajuda médica.
Enquanto ela usava o banheiro, as detentas arrastaram-na para fora, tiraram sua roupa, e a espancaram. Elas a amordaçaram com uma toalha e derramaram água gelada sobre ela.
Após alguns meses de tortura, suas pernas e costas estavam gravemente feridas. Ela não conseguia ficar ereta e ficou aleijada. Ela teve um colapso mental e foi enviada a um hospital. Depois que ela foi trazida de volta para a prisão, ela tinha dificuldade para andar e não conseguia se levantar após cair. No entanto, as guardas prisionais davam-lhe choques com um bastão elétrico toda vez que ela caia.
Além de privar a Sra. Li Ya do sono, negar-lhe o uso do sanitário público, submergir a sua cabeça em um tanque de água, cuspir-lhe catarro e a obrigar a ficar em pé por longos períodos de tempo, as detentas também colocaram drogas em sua água para deixá-la inconsciente.
Em um dia frio, as detentas derramaram água fria repetidamente sobre seus sapatos e a pisotearam para aumentar sua dor.
Certa vez, uma guarda prisional lhe deu choques com um bastão elétrico sobre seu peito, costas e ao redor de seu pescoço, deixando-lhe cheia de cicatrizes; em particular seu pescoço ficou com círculo de cicatrizes de cerca de três centímetros de largura.
Abaixo está uma lista das praticantes conhecidas que foram encarceradas nesta prisão e o prazo de suas sentenças:
Li Qiaolian (李巧莲) (6 + 3 anos) (sentenças separadas)
Liao Anan (廖安安) (5 + 5 anos)
He Xiufang (何秀芳) (4 + 4 anos)
Ma Jun (马筠) (3 + 10 anos)
Mao Xiulan (毛秀兰) (12 anos)
Wei Zhouxiang (魏周香) (10 anos)
Sheng Chunmei (盛春梅) (9 anos)
Jin Junmei (金俊梅) (8 anos)
Li Xiulan (李秀兰) (7 anos)
Lei Zhanxiang (雷占香) (7 anos)
Zhang Caiqin (张彩琴) (6 anos)
Zhang Xiaoming (张小明) (6 anos)
Zhao Changju (赵长菊) (5,5 anos)
Li Ya (李亚) (5 anos)
Chen Jie (陈洁) (5 anos )
Li Cuifang (李翠芳) (4,5 anos)
Wang Fengqin (王凤琴) (4,5 anos)
Lu Guiqin (路桂芹) (4 anos)
Zhang Yuxia (张玉霞) (4 anos)
Cao Fang (曹芳) (4 anos)
Lu Yinxia (吕银霞) (4 anos)
Wei Fengling (韦凤玲) (3,5 anos)
Chen Shufen (陈淑芬) (3,5 anos)
Cai Shuilan (蔡水兰) (3 anos)
Han Zhongcui (韩中翠) (3 anos)
Yan Ping (闫萍) (3 anos)
Jin Yanping (金彦萍) (3 anos)
Jiang Miaoquan (蒋妙全) (3 anos)
Lu Guihua (吕桂花) (desconhecida)
Ta Junrong (拓俊绒) (desconhecida)
Wang Ruizhi (王瑞芝) (desconhecida)
Liu Shuping (刘淑萍) (desconhecida)
Yue Dingxiang (岳顶香) (desconhecida)
Zhang Yanying (张艳英) (desconhecida)
Wang Lingzhi (王灵芝) (desconhecida)
Shi Xiqin (史喜芹) (desconhecida)
Zhao Cuilan (赵翠兰) (desconhecida)
Wang Ruilin (王瑞林) (desconhecida)