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Fahui da China | O que ganhei treinando praticantes a usarem tecnologias de informática

3 de fevereiro de 2016 |   ​Por um praticante do Falun Dafa na província de Jilin

(Minghui.org) [Ouça esta experiência]

Pode ter sido um desejo há muito acalentado que o meu caminho de cultivo envolvesse minhas habilidades de aprendizagem de informática para que eu pudesse ajudar a estabelecer locais de produção de materiais, a aprender a usar vários sistemas e a transmitir esses conhecimentos para os outros. Eu gostaria de compartilhar alguns de meus entendimentos sobre o processo de "aprendizagem" que eu ganhei ao ensinar os outros.

1. Cultivando atenção e paciência

Quando nós atualizamos nossos sistemas de computador em abril de 2014, isso criou uma enorme carga de trabalho adicional para os praticantes da equipe técnica. Estávamos agora sob pressão para treinar pessoas para fornecer suporte técnico para todos os locais de produção de materiais relevantes em nossa região.

Eu tinha previsto que isto ocorreria em finais de 2013 e falei com os outros praticantes. No entanto, eles tinham diferentes entendimentos e apegos, o que nos impediram de agir como um único corpo. Quando finalmente chegou o momento de atualizar o sistema em 2014, os praticantes ficaram muito ansiosos. A situação tornou-se agitada quando os praticantes queriam atualizar seus sistemas e aprender a usá-lo.

As coisas rapidamente se acalmaram. Alguns praticantes aprenderam como fazer a atualização e minhas habilidades de ensino melhoraram.

No entanto, quando eram necessários conhecimentos técnicos mais aprofundados, alguns praticantes começavam a perder o interesse e afrouxavam seus esforços. Outros, simplesmente desistiam e já não ajudavam. Eu fiquei completamente oprimido com esgotamento, desapontamento e tristeza.

O Mestre disse:

Você percebe que, uma vez que você é um cultivador, em qualquer ambiente ou sob quaisquer circunstâncias, eu vou usar quaisquer dificuldades ou coisas desagradáveis que você encontre – mesmo que envolvam trabalho para o Dafa ou sem importar quão bom ou sagrado você pense que ele é – para eliminar seus apegos e expor sua natureza demoníaca para que ela possa ser eliminada, porque o seu aprimoramento é o que mais importa.("Entendendo ainda mais", de Essenciais para Avanço Adicional)

Eu tinha de olhar para dentro. Eu percebi que o motivo de alguns praticantes desistirem era porque eu era demasiado impaciente em querer obter resultados. Para tornar as coisas mais fáceis para mim, eu tinha colocado excessiva responsabilidade nos praticantes idosos com pouco conhecimento técnico. Eu resolvi me livrar da minha irritação e estar mais atento e ser mais tolerante.

Comecei a ensinar os praticantes com abordagens que estavam mais de acordo com suas habilidades e estados de cultivo. Sempre que alguém quisesse aprender, eu decidi ensiná-lo com todo o meu coração, por quanto tempo fosse necessário, até que ele se sentisse confortável na instalação do novo sistema. Quando eu era paciente com eles, os praticantes se sentiam mais relaxados, não tão pressionados, e mais confiantes das suas habilidades.

É verdade que foi um processo de cultivo para mim. Alguns praticantes mostraram entusiasmo no início, mas logo perderam o interesse. Eu ia para casa deles para ensiná-los, pensando: "enquanto você não me puser para fora, eu continuarei vindo".

Vendo a minha persistência, estes praticantes não me repeliram e continuaram a se esforçarem. Alguns praticantes eram bastante descuidados e perderam as notas que fizeram durante o treinamento. Eu lhes ajudei a encontrar as notas e continuei a ensiná-los.

Um praticante tinha um nível escolar baixo, e eu nunca pensei que ele seria capaz de saber como instalar o software no computador. Eu o encorajei a continuar tentando, e ele conseguiu.

Achei muito difícil ensinar os praticantes. Em pouco tempo, meu corpo apresentava sintomas de carma de enfermidade. Houve momentos em que eu queria queixar-me, mas eu continuei a dizer a mim mesmo para não me preocupar sobre quantos praticantes iriam aprender as habilidades técnicas necessárias. Eu estava determinado a continuar fazendo o que eu tinha de fazer.

O Mestre disse:

... Apenas tendo seus corações não afetados vocês serão capazes de lidar com todas as situações. ("Eliminem seus últimos apegos", de Essenciais para Avanço Adicional II)

2. Aprendendo a me manter calmo e a dizer “não”

Com o passar do tempo, alguns praticantes dependiam demais de mim, mesmo que eles fossem capazes de resolver o problema com um pouco de reflexão e esforço. Isso foi muito difícil de lidar para mim. Eu estava preocupado que, se eu não os ajudasse, eles poderiam evitar a dificuldade e desistir. Por outro lado, se eu continuasse ajudando-os desta forma, eles poderiam tornar-se demasiado dependentes de mim e não seriam capazes de percorrer seus próprios caminhos, o que não estava assimilado com o Fa. Com tudo isso, eu estava chegando aos meus limites físicos. Eu tinha de mudar.

Eu planejei ajudar um grupo a resolver seus problemas em uma terça-feira. Mas na noite anterior, eu me senti tonto e comecei a vomitar. Eu neguei esta forma de perseguição e enviei pensamentos retos para eliminar a interferência.

No dia seguinte, eu me senti um pouco melhor e fui ver o grupo. Vendo que eu não estava bem, eles me perguntaram o que tinha acontecido e compartilharam seus entendimentos comigo. Um disse: "Talvez seja hora de você libertar-se das coisas. Durante muito tempo, os praticantes com habilidades técnicas estiveram ocupados demais. O que eles mais precisam é livrar-se do que eles estão fazendo e estudarem o Fa com uma mente calma".

Eu me perguntei como eu poderia libertar-me do que eu estava fazendo. Esses praticantes estão à espera de minha ajuda. Um artigo de troca de experiências que eu li disse que é preciso cultivar o xinxing antes de resolver problemas do computador. Eu não tinha levado este assunto a sério no meu cultivo. O que o praticante disse sobre "libertar-me" me alertou a refletir sobre mim mesmo.

Eu tinha montado um local de produção de materiais a partir do zero. Sempre que havia um problema, eu devia ir lá para ajudar. Eu tinha feito isso frequentemente durante três anos.

O local de produção de materiais começou a ter muitos problemas técnicos. Como de costume, o praticante encarregado do local pediu-me ajuda, portanto eu pus de lado o que eu estava fazendo e fui para lá. Parecia que quanto mais eu dava assistência, mais problemas ocorriam.

Os praticantes no local e eu enviamos pensamentos retos juntos. Logo percebi que eles não levavam a sério o envio de pensamentos retos e estavam apenas fazendo os movimentos. Eu fiquei realmente irritado e disse gritando para o praticante responsável "eu gasto todo o meu tempo aqui ajudando, e ainda assim você está distraído. Faça como queira. Eu vou descansar um pouco".

Isto recordou o praticante responsável a olhar para dentro. Ele também compartilhou com o grupo sobre a forma de olhar para dentro. Mesmo que eles ainda precisassem de ajuda técnica para resolver alguns problemas, eles melhoraram bastante o cultivo do xinxing, especialmente no sentido de abandonar o apego de depender dos outros. O incidente também me ajudou a refletir mais sobre mim mesmo.

Zhang é um jovem que tinha aprendido a instalar sistemas, mas depois parou. Outro praticante, Li, nunca tinha aprendido sobre a instalação de sistemas. Quando o site do Minghui nos notificou para atualizar o Firefox para a versão 37, Li seguiu as instruções e atualizou Firefox com sucesso.

Zhang, por outro lado, não conseguiu instalar a versão requerida por mais que tentasse. Ele procurou-me e teve o sistema atualizado. Durante uma troca de experiências, perguntei-lhe o que tinha acontecido quando ele se deparava com dificuldades técnicas. "Você pensou primeiro no Mestre ou em mim?"

"Eu pensei em você", disse ele.

Comecei a refletir sobre mim mesmo. Este era um problema técnico ou um problema no meu cultivo? É verdade que eles não podem resolver problemas técnicos sem mim? O que posso fazer sem o Mestre me fortalecer?

Me acalmei, estudei o Fa, e me perguntei o que tinha me mantido tão ocupado que eu nem sequer tive tempo para estudar o Fa e fazer os exercícios. Era por que eu estava envolvido em um projeto técnico?

Eu gradualmente me dei conta de que estava apegado ao "ego". Eu fiz as coisas certas para ensinar aos outros com paciência no início. Uma vez que eles pegavam o jeito e compreendiam a importância de aprender as habilidades técnicas básicas, eu deveria tê-los encorajado a caminhar seus próprios caminhos em vez de recorrerem a mim sempre que surgiam problemas. O meu entendimento limitado criou obstáculos aos praticantes em seus caminhos de cultivo e eu fiquei fisicamente exausto também.

Olhando mais profundamente, descobri que eu também estava preocupado que eles pudessem não ser capazes de manter-se firmes. Na verdade, isto surgiu da minha insuficiente fé no Mestre e no Fa e na minha pouca confiança na capacidade dos praticantes para fazer o trabalho.

O Mestre arranjou caminhos de cultivo para todos nós. Eu só tinha que me cultivar bem e me harmonizar com o corpo. Qualquer um dos nossos apegos humanos e pensamentos egoístas interfere com os outros praticantes e com a retificação do Fa do Mestre.

O Mestre disse:

Para dizer a verdade, todo o processo de cultivo para um praticante é um de constantemente abandonar apegos humanos. (Zhuan Falun)

O caminho que cada pessoa tem que tomar é diferente, porque cada pessoa tem uma fundação diferente, os tamanhos de seus vários apegos são diferentes, as características de seus seres são diferentes, seus trabalhos entre as pessoas comuns são diferentes, seus ambientes familiares são diferentes e assim por diante. Esses fatores determinam que o caminho de cultivo de cada pessoa é diferente, que a forma como eles se livram de seus apegos é diferente e que os tamanhos de suas provas são diferentes. Então, no meio das manifestações de coisas, é muito difícil encontrar um caminho que outros tenham percorrido e é ainda menos possível para uma pessoa trilhar um deles. Se realmente existissem caminhos previamente feitos e caminhadas sem esforço, isso definitivamente não seria cultivo. ("Caminho" em Essenciais para Avanço Adicional II)

Gradualmente, eu abandonei a noção de que os problemas não seriam resolvidos sem mim e encorajei os praticantes a lidarem sozinhos com os problemas.

Isto manifestou-se quando eu visitei um praticante, que me disse: "Nós aprendemos como acessar o Tiandixing.org sozinhos. Eu vou aprender mais sobre questões técnicas". Agradeci ao praticante do fundo do meu coração.

Durante a onda de processos a Jiang Zemin, um praticante idoso me pediu para ajudá-lo com uma decisão. Nós compartilhamos nossa compreensão sobre o significado de processar Jiang. No final, eu disse a ele: "É preciso tomar suas próprias decisões quando enfrenta problemas".

Quando um parente me pediu para ajudá-la a redigir sua queixa, eu também deixei muito claro para ela: "Ninguém pode tomar o seu lugar no cultivo. Você precisa pensar calmamente sobre isso você mesma”.

Atualmente, eu já não assumo a responsabilidade total das coisas, mas, calmamente, reflito sobre elas. Eu avalio as situações com o Fa e decido se devo ajudar ou dizer "não". Eu não deixo o sentimentalismo (qing) assumir o controle.

3. Aprendendo a ser humilde e livre de intenção

Ao transmitir o meu conhecimento técnico, eu caí sem intenção na prática de "ensinar" e os praticantes também desenvolveram uma mentalidade de "escutar". Sempre deram maior importância às minhas opiniões, e eu senti que isso era normal.

Não é errado apontar as deficiências de outros praticantes, mas é um apego sério se isso for feito de uma forma de autoimportância, reclamando, ou apontando o dedo. Incapaz de ver isso, eu me tornei arrogante e a relação entre mim e outros praticantes se transformou em algo como "ensinar" e "seguir instruções".

Por causa dos meus próprios apegos, o meu hábito de reclamar sobre os outros tornou-se pior. Meu corpo também apresentou interferência grave. Quando um praticante quis estudar o Fa comigo, eu recusei. "Eu não preciso estudar o Fa com ninguém. Seria bom se você não dependesse tanto de mim. Eu não quero que você me peça ajuda".

Outro praticante disse que eles realmente me admiravam, e eu respondi: "Há muitas pessoas que me admiram".

Eu não entendia que havia algo errado com o meu ego inflado até que visitei um praticante que usava uma tecnologia diferente daquela que eu lhe havia ensinado. Perguntei-lhe o porquê. Ele explicou os pontos positivos no que ele fazia, e quando eu a experimentei mais tarde, verifiquei que era realmente muito boa. Eu também descobri que ele tinha muitas habilidades que eu desconhecia. Quando ele as explicou para mim, eu não senti que ele estava me "ensinando", mas apenas me dizendo o que ele sabia.

Quando eu lhe ensinei antes, ele também não mostrou qualquer "desejo" de "aprender" de mim, mas apenas aprendeu o que ele não sabia. Gradualmente, eu entendi que esta é a relação normal que deve existir entre os praticantes.

Comecei a entender o que significa "aprender" e como ser humilde. Uma vez eu fui com outros praticantes esclarecer os fatos, porque eu realmente queria aprender como eles faziam isso. Ouvi com muita atenção como eles falaram com as pessoas, seu modo pacífico e sua sinceridade.

Em comparação, refleti sobre meu próprio comportamento. No caminho de volta, comecei a esclarecer os fatos a um homem sentado ao meu lado no ônibus. A coisa não estava indo bem. Então, um jovem praticante gentilmente me puxou para o lado e começou a falar com o homem. O jovem praticante não reclamou nem me criticou. Ele só continuou a esclarecer os fatos de uma maneira calma. Senti a serenidade do praticante e a minha própria falta de humildade.

Um dia, visitei um praticante que eu não tinha visto havia muito tempo. Ele tinha negligenciado o cultivo há anos. Desta vez, eu não falei muito, mas em vez disso, sinceramente, escutei-o compartilhar a sua experiência de cultivo e encorajei-o em quaisquer pequenas melhorias que ele fez.

"Minha enteada reclamou que eu não mantinha a casa limpa, por isso, eu trabalhei para os outros e aprendi como limpar a casa. Enquanto eu tiver defeitos, não importa quem os aponta, vou corrigi-los", disse ele.

Eu senti que suas palavras eram tão simples e honestas. No passado, eu teria feito uma palestra sobre o progresso da retificação do Fa em vez de ouvir humildemente a sua experiência de cultivo.

Quando ele percebeu que eu estava sentado em posição de lótus completo, ele disse: "Eu não fiz o exercício de meditação durante anos. Vendo você sentado nesta posição, eu quero fazer os exercícios de novo".

Naquele dia, apesar de eu não dizer muito, ele queria fazer os exercícios novamente. Eu aprendi um pouco mais sobre ser humilde.

Eu abri um arquivo que eu tinha criado e gravado na área de trabalho do meu computador: Coloque sempre o ego em uma posição inferior. Eu guardei isso como um lembrete, mas eu não o tinha lido por muito tempo devido aos meus apegos. Eu me senti muito envergonhado.

O Mestre disse:

Há muitas pessoas como essa; inclusive nesta palestra há pessoas que pensam muito alto sobre si mesmas e até falam de uma maneira diferente.Querer saber qual é a própria situação é um tabu até mesmo no Budismo.(Zhuan Falun)

O cultivo é muito sério. Ser humilde iluminou os cantos escuros no meu coração e expôs os meus apegos à ostentação, à competitividade, egoísmo e inveja. A humildade permite que se tenha calma na ação, a manter a dignidade, e a abrir a própria sabedoria, permitindo-nos ver a natureza das coisas em um nível mais profundo. Ser humilde é um estado de espírito e caráter que um cultivador deve ter.

Notei que um praticante que conheço bem nunca persegue resultados no que ele está fazendo, mas apenas faz o que deveria fazer. Se ele cai, ele se levanta e continua andando. Em contraste, eu vi muitos dos meus apegos. Eu fiz os exercícios porque eu queria me sentir bem. Eu meditei, porque eu queria que as minhas pernas ficassem melhor. Estudei o Fa e enviei pensamentos retos, muitas vezes, porque eu queria resolver alguns problemas. Eu arranjei intencionalmente as coisas para mim e fiz coisas com intenção. Tudo isto interferiu com a capacidade do Fa se manifestar livremente.

Gradualmente, comecei a entender que eu deveria cultivar-me no processo de transmissão de conhecimento técnico aos outros. Eu precisava estar ciente do que eu tinha que me soltar e fazer apenas o que devo fazer, sem perseguir.

Os praticantes que persistiram em aprender habilidades técnicas obtiveram muita experiência e agora têm seus próprios entendimentos. Alguns também perceberam que eles precisam ensinar mais praticantes a como instalar sistemas.
O Mestre disse:

O cultivo depende do próprio indivíduo, enquanto a transformação de gong depende do Mestre. (Zhuan Falun)

A transformação nos praticantes vem do poder do Fa, e isso me ajudou a ganhar um pouco mais de entendimento sobre estar livre de intenção.

Olhar para dentro não são palavras vazias, e "nos vermos como partículas dentro de um corpo, não acima dele" não é um mero slogan. Só quando verdadeiramente nos retificamos, podemos negar a perseguição.

Cooperando como um só corpo, temos de abandonar o "ego". Só então poderemos formar um corpo indestrutível. É isso que o Mestre quer.

Lembro-me que um praticante disse uma vez, "apenas flutuando no mar pode uma gota de água tornar-se parte do ímpeto tremendo do fluxo das ondas. Somente evaporando-se para o ar pode uma gota de água fazer parte das magníficas nuvens brancas no céu azul". Somente abandonando o "ego" pode o poder de um corpo manifestar-se completamente.

Eu gostaria de agradecer a todos os meus companheiros praticantes por sua tolerância, compreensão e cooperação. Eu também gostaria de pedir desculpas a todos aqueles companheiros praticantes a quem indevidamente critiquei e reclamaram disso no passado.

Obrigado Mestre por sua compassiva ajuda e proteção. Estou determinado a ser mais diligente no meu caminho de cultivo.