(Minghui.org) Desde que o recebi, eu já li o Zhuan Falun centenas de vezes e o recitei muitas vezes. Durante os últimos dezenove anos de cultivo, eu me beneficiei muito com o Falun Dafa e vivenciei os exemplos dados pelo Mestre no Zhuan Falun.
Antes de sermos perseguidos, eu e meu filho praticamos Falun Dafa por muitos anos. Fui presa em um total de seis anos e meu filho, três anos. Meu marido me ameaçou com o divórcio e o meu casamento passou por uma crise. Fiquei firme na minha crença no Falun Dafa e continuei a seguir os princípios do Dafa de Verdade, Compaixão e Tolerância. No entanto, eu não queria o rompimento da minha família. Depois de ter perdido a minha liberdade e a minha fonte de renda, não estava sendo fácil aceitar isso. No entanto, eu acreditava fortemente no Mestre e no Dafa.
O Mestre disse,
“Meus Fashen sabem tudo. Eles sabem tudo aquilo que se passa em sua mente e podem fazer qualquer coisa.” (Zhuan Falun)
Eu acredito que o Mestre estava comigo e me ajudou a superar meu dilema. Meu marido veio me ver no centro de detenção para completar os documentos do divórcio. O diretor do centro discordou e lhe disse isso. Meus companheiros praticantes também pediram a meu marido para parar com o processo do divórcio. Os presos sugeriram que eu escrevesse uma carta ao meu marido e eles me ajudaram na revisão. Ao escrever a carta o Mestre me abençoou com sabedoria e compaixão. Meu marido ficou sensibilizado com a minha carta e parou com o processo.
Depois que eu fui libertada da prisão, ele cuidou de mim. Ele foi muito tolerante e assumiu vários trabalhos domésticos para que eu pudesse estudar o Fa e fazer as três coisas.
O Mestre disse,
“Você pode fazer isso? Não, você não pode! Essas coisas são arranjadas e feitas pelo Mestre. Por isso é que se diz que o cultivo depende da própria pessoa, enquanto que o gong depende de seu mestre. Você quer e pensa nisso, entretanto, é o Mestre quem realmente faz essas coisas”. (Zhuan Falun)
Sou profundamente grata pela compaixão do Mestre, que salvou minha família de ficar despedaçada.
Em novembro de 1999 eu fui a primeira praticante do Falun Dafa que as autoridades prenderam na nossa região. Minha família se preocupou com minha vida, porque antes de praticar Dafa eu havia sofrido de doenças graves e quase morrido. Eu também estava preocupada em poder estudar o Fa no centro de detenção. No entanto, acreditei firmemente que o Mestre encontraria um caminho para eu cultivar. Consequentemente, eu fui capaz de estudar o Fa e de fazer os exercícios quase todas as manhãs.
Sempre que o Mestre publicava novos artigos, meus colegas praticantes encontravam uma maneira de consegui-los para mim. O Mestre me deu uma boa memória, então eu pude memorizá-los rapidamente e depois os copiava, e assim os colegas praticantes iriam receber uma cópia. Copiei a Palestra do Fa da Conferência na Flórida, EUA, eu a memorizei e escrevi cópias para mais de 10 praticantes.
O extraordinário poder de Dafa se manifestou. Um guarda percebeu duas vezes que eu estava escrevendo alguma coisa embaixo do meu cobertor, mas não encontrou nada apesar de uma busca minuciosa. Depois que ele saiu, eu continuei a fazer cópias. Embora os guardas ficassem de olho em mim, não conseguiram encontrar nada. O Mestre me protegeu e me encorajou.
No centro de detenção, apesar de passar por uma inspeção rigorosa, um colega praticante passou clandestinamente não apenas o Zhuan Falun, mas também os últimos escritos do Mestre “Consciência Lúcida” e Hong Yin Vol. II.
Durante os seis anos de prisão, eu obtive uma compreensão profunda de que quando alguém acredita no Mestre e no Fa, o impossível pode ser realizado
Depois que fui libertada tive medo de ser presa novamente. Assim, eu estudava o Fa em casa e raramente saía. Eu me recusei a entrar em contato com outros praticantes, porque três praticantes haviam me delatado quando não puderam suportar os maus-tratos.
O Mestre fez com que um praticante me trouxesse o novo artigo: “Abandonem os corações humanos, salvem as pessoas do mundo”.
O Mestre escreveu:
“De agora em diante, especialmente os discípulos do Dafa na China continental, tanto novos como veteranos, devem abandonar os seus duradouros corações de apegos humanos e começarem a ter urgência na ampla salvação das pessoas do mundo. Uma vez passado o presente período, começará a primeira grande eliminação de seres conscientes. Sendo um discípulo do Dafa do período da retificação do Fa, a liberação pessoal não é a meta do cultivo; seu grande voto quando vieram foi, na realidade, a salvação dos seres conscientes e esta é a responsabilidade e a missão que a história lhes outorgou durante esta retificação do Fa”. (“Abandonem os corações humanos, salvem as pessoas do mundo” de Os Essenciais para Progresso Diligente III).
Fui tocada e despertada pelas palavras do Mestre. Percebi que meu cultivo tinha sido limitado à minha “libertação pessoal” e que eu era egoísta.
A nova consciência me fez decidir esclarecer a verdade sobre o Dafa. Os praticantes me deram gravações de experiências compartilhando artigos do site Minghui e dos “Nove Comentários sobre o Partido Comunista”. Conforme eu continuava estudar, o significado do Fa se tornou mais claro para mim e o meu nível de cultivo se elevou.
Comecei a esclarecer a verdade pessoalmente e a distribuir materiais informativos do Dafa. Sempre que eu estava esperando ou andando de ônibus, eu me encontrava com pessoas. Ajudei-as a abandonar as organizações comunistas. Certa vez, quando o ônibus não parou no meu destino, encontrei-me com uma antiga colega minha, que eu não via há dezenas de anos. Ela ouviu atentamente e decidiu abandonar o Partido.
Pelo que eu entendo, a habilidade de falar com as pessoas depende mais do entendimento do Fa e do nível de cultivação do que de as habilidades persuasivas.
Os praticantes da nossa região não formavam um só corpo. Portanto, os praticantes sugeriram que eu assumisse como coordenadora, e que entrasse em contato com ex-praticantes.
Eu hesitei, porque eu estava com medo de ser presa novamente, ou perder minha família. Todos os tipos de noções humanas me impediram de entrar em contato com outros praticantes.
O Mestre disse,
“... o que realmente interfere com uma pessoa é o apego”.(Zhuan Falun)
Quando eu estava lendo o Zhuan Falun em junho de 2009, meu coração foi profundamente tocado pelo que o Mestre disse:
“Enquanto você tiver apegos, eles terão de ser removidos em diferentes situações. Você será levado a tropeçar e, com isso, você se iluminará para a verdade. O cultivo é feito justamente dessa maneira”. (Zhuan Falun)
“Se tal qing não for renunciado, você não poderá se cultivar. Se você se livrar do qing, ninguém poderá afetá-lo, e os apegos humanos comuns não poderão desviá-lo. O que toma o lugar do qing é a bondade, a compaixão; coisas muito mais elevadas”.(Zhuan Falun)
As palavras do Mestre tocaram meu coração. Perguntei-me como eu poderia ser compassiva se eu não conseguia abandonar minhas emoções. Isso me estimulou a desistir de meus apegos e a entrar em contato com ex-praticantes.
Uma semana depois que eu comecei a entrar em contato com outros praticantes, os policiais locais começaram a procurar por mim. Eles monitoraram minha família e amigos para me encontrar. Tive que deixar a minha casa para evitar mais perseguição.
Quando eu estava distribuindo materiais informativos com outro praticante, eu vi o diretor da minha delegacia local. Pensei: “O Mestre não vai deixar com que ele me veja”. Nós passamos perto um do outro, mas o diretor não me viu. Isso reafirmou que o Mestre está no controle.
Eu encontrei praticantes que haviam perdido o contato conosco. Quando eu fui a uma cidade sem saber o endereço de um praticante, a primeira pessoa que eu encontrei foi a mãe do praticante que eu estava procurando. Ela me ajudou a encontrar todos os praticantes naquela cidade.
Graças ao Mestre, encontrei muitos colegas praticantes, inclusive uma que também teve que deixar sua casa. Ela nos ajudou a encontrar outro com habilidades técnicas para criar um site de produção de materiais de esclarecimento da verdade.
Naquele dia, eu não pude deixar de cantar uma canção: “Mestre, Mestre, você é compassivo e ótimo! Eu devo, eu devo permanecer no meu caminho...” Meu rosto estava coberto de lágrimas de gratidão.
Nós instalamos oito locais de produção de materiais. Também instalamos muitas antenas parabólicas para que as pessoas pudessem receber os programas de televisão da New Tang Dynasty, uma estação chinesa sediada em Nova York, com reportagens não censuradas sobre a China.
Em julho de 2015, após ganhar experiência na apresentação do meu processo contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista, eu ajudei muitos praticantes a preparar a documentação para seus processos.
Usando a averiguação dos casos como desculpa, o regime de Jiang prendeu muitos praticantes e confiscou suas propriedades. Alguns praticantes não puderam enfrentar a perseguição e me culparam por seus problemas. Assim, desde agosto de 2015 fiquei sendo monitorada.
Considerando a segurança dos outros, raramente eu contatava qualquer praticante. Sempre que eu tinha oportunidade eu mesma esclarecia a verdade. Eu também estudei o Fa profundamente e me iluminei a muitos dos seus princípios. Eu olhava para dentro, encontrava e corrigia meus problemas.
Desde que a perseguição foi iniciada, seis praticantes me identificaram, o que ocasionou a minha prisão. Dois deles se sentiram muito tristes pelos seus comportamentos ao serem pressionados. Eu costumava reclamar deles. Mas, eu encontrei meus apegos às emoções e reconhecimentos. Meu pensamento impuro tinha causado perda para todo o corpo. Eu visitei esses colegas praticantes, lhes entreguei os escritos do Mestre, e esperei que eles retomassem o cultivo.
O Mestre nos iluminou,
“O genuíno cultivo requer o cultivo do próprio coração, do interior; deve-se procurar dentro de si,ao invés de procurar fora.” (Zhuan Falun)
Um dia, eu passei em um local de trabalho de uma jovem praticante e a vi concentrada lendo um documento. Seu sorriso benevolente e compassivo tocou o meu coração. Fiquei abalada pela compaixão dela. A imagem de seu sorriso estava queimando em minha mente. Ajudou-me a encontrar o meu lado não tão compassivo que tinha causado a minha prisão.
Essa praticante me disse que vários policiais foram à casa dela com um mandado de busca por causa de seu processo contra Jiang. Ela contou a eles por que praticava Falun Dafa, as suas mudanças, por que o Partido Comunista estava perseguindo Falun Dafa, e porque ela havia entrado com o processo. Ela esperava sinceramente que a polícia preferisse ficar do lado da bondade. Sua compaixão desintegrou o mal, e despertou a consciência nos corações deles. Eles a escutaram e partiram sem dizer uma palavra.
Comparada a ela, eu não fui amável quando a polícia saqueou minha casa. Eles confiscaram meus livros de Dafa e me prenderam por um longo tempo. Eu tinha pensado que eles eram maus, mas não consegui olhar para dentro para as minhas próprias falhas. Eu não os tinha tratado como um processo do cultivo.
Olhando para trás, para os anos passados de meu cultivo, cada passo me mostra que o Mestre me ajudou. O Mestre disse,
"O cultivo depende de você, o gong depende do mestre.” (Zhuan Falun)