(Minghui.org) Eu sou um professor universitário. Em maio passado, eu registrei uma queixa criminal contra o ex-líder chinês Jiang Zemin por suprimir o Falun Gong, usando minha verdadeira identidade. Vários meses depois, em novembro, o departamento de polícia da cidade me localizou e pressionou a faculdade para a qual eu trabalho para me punir. Como resultado, tanto o presidente quanto o secretário do partido do colégio decidiram me remover da minha posição de professor e me impedir de orientar alunos de pós-graduação.
Essa notícia inesperada me atingiu duramente. No entanto, eu decidi usar esta oportunidade e esclarecer a verdade aos funcionários da Faculdade. No entanto, uma vez que eu comecei a falar com eles, tanto o reitor como o secretário do partido se mostraram irritados. Eles me disseram que era uma decisão dos altos funcionários e não tinham escolha a não ser seguir. Eu fiquei muito chateado inicialmente, mas logo me acalmei e tentei deixar de lado o apego à luta. No final, eles me disseram que as coisas ainda não estavam finalizadas.
Ao voltar para casa, eu estava rodeado pelo medo que parecia ter vindo de todas as direções. Eu podia sentir o medo agravando as minhas noções humanas e bloqueando meus pensamentos retos. No entanto, eu comecei a enviar pensamentos retos e fiquei me perguntando exatamente do que eu estava com medo. Era a prisão, a minha família ou o meu trabalho? Eu notei as muitas noções humanas por trás do medo, incluindo exibição bem como o apego ao conforto e interesse material.
Então eu comecei a olhar para dentro e percebi que muitas dessas noções humanas eram baseadas no egoísmo. Embora houvesse muitas manifestações, elas estavam todas enraizadas no egoísmo. Minha mente ficou clara e pude recordar a palestra do Mestre relacionada a isso.
“A base do Cosmo anterior era tudo em benefício próprio, enquanto tudo o que é forjado pelo Dafa não está apegado ao ser.” (“Expondo o Fa no Fahui de Atlanta-2003)
Para conseguir isso, eu tenho que abandonar a minha mentalidade egoísta e verdadeiramente considerar os seres sencientes. Com esse pensamento, o medo desapareceu e foi substituído pela compaixão.
Para ajudar os funcionários da escola a conhecer os fatos sobre o Falun Gong, decidi escrever uma carta para eles. Antes de escrever, eu me acalmei e deixei claro em minha mente que a carta era para salvá-los, não para reclamar dos maus-tratos que eu recebera. Em outras palavras, eu estava fazendo isso para despertá-los e ajudá-los a recuperar sua consciência.
Eu passei várias horas escrevendo no fim de semana e o Mestre me ajudou iluminando os meus pensamentos. Em uma carta de sete páginas, expliquei minhas experiências e a supressão em vários aspectos, incluindo legitimidade, moralidade e espiritualidade. Ao esclarecer o incidente da encenação da autoimolação na Praça da Paz Celestial, eu listei como o regime comunista chinês enganou as pessoas com a propaganda de ódio e feriu praticantes inocentes com a extração forçada de órgãos. Eu incluí também os benefícios físicos e espirituais que eu tinha recebido da prática, bem como as consequências da perseguição nacional.
No final da carta, eu escrevi: “Se os funcionários da faculdade insistem em me punir, vou deixar a escola. Mas esta não é uma renúncia voluntária. Na verdade, espero que vocês pensem novamente, uma vez que qualquer papelada ou assinaturas são evidências de ações erradas atacando-me com base em minha crença.
Duas semanas depois de eu ter enviado a carta, o secretário do partido veio falar comigo. Ele foi muito sincero: “Muitas pessoas com quem eu falo sabem que você é uma boa pessoa e está indo muito bem no trabalho. Eu respeito sua crença.” Eu agradeci e expliquei que era porque eu agia seguindo os princípios de Verdade-Compaixão-Tolerância. Ele então me pediu para ficar na faculdade e fazer outra coisa em vez de ensinar. “Você pode voltar a ensinar depois desses dias sensíveis”, ele acrescentou. Eu agradeci e aceitei.
Mais tarde eu ouvi que as autoridades da cidade me consideravam um caso importante na área local, e os funcionários da escola me ajudaram muito me protegendo.
Durante aqueles dias, alguns praticantes disseram que não era justo me removerem da minha posição de professor, e que eu deveria recorrer dessa decisão. Eu senti que eu não deveria apenas me considerar, mas sim deveria me concentrar no cultivo e deixar de lado as noções humanas. Afinal, o Mestre estava ciente disto, e fazer outras coisas além de ensinar me daria algum tempo livre para fazer outras coisas importantes.
Eu tinha sido um membro do Partido Comunista Chinês (PCC) por um longo tempo e renunciei logo após os Nove Comentários sobre o Partido Comunista ser publicado em 2004. Um ano mais tarde, eu pensei em escrever uma carta de demissão para me separar do regime. Escrevi a carta e a entreguei aos funcionários da escola. O secretário do partido disse que, como ninguém havia feito isso anteriormente, eu não precisaria participar de atividades relacionadas e ele também não aceitaria o meu pedido.
Após este incidente, eu levei isso de novo aos funcionários da escola e fiz um pedido formal. Então, eu escrevi outra carta e expliquei que o Partido sempre promoveu a violência, cortou os laços com a cultura tradicional, enganou as pessoas e estava condenado. Os oficiais não disseram nada depois de ler a carta e eu pude, dessa forma, deixar o Partido.
No passado, eu pensava que eu era capaz de olhar para dentro. Mas a partir deste incidente eu poderia dizer que eu tinha cultivado pobremente. Ao pensar sobre isso, percebi que o meu olhar interior não era suficientemente profundo, pois meus pensamentos se baseavam no egoísmo. Foi através desta oportunidade que eu passei a compreender a importância de olhar consistentemente para dentro e tornar-me capaz de abandonar as noções humanas sempre que elas surgissem.
Por exemplo, quando um membro da família me pediu para fazer um investimento, isto poderia implicar que eu estava ligado a interesses materiais. Quando outras crianças não tratavam o meu filho de forma justa, notava o meu sentimentalismo (qing). Ao pensar na vida confortável de outros praticantes, eu sabia que ainda estava apegado a este mundo terreno, e ao ver outros praticantes serem muito diligentes, via meu próprio apego ao conforto. Ao testemunhar outros praticantes reclamando sobre os membros da sua família, eu podia ver a influência da cultura do partido sobre mim.
Um dia, quando estudava calmamente o Fa, eu pude sentir o meu corpo físico se tornando maior. Desde então, tenho percebido que, enquanto tivermos fé no Mestre e no Fa, teremos a sabedoria para cumprir nossa missão de salvar seres sencientes.
Obrigado Mestre! Obrigado, colegas praticantes!