(Minghui.org) Durante os três últimos anos de prática do Falun Dafa eu consegui alcançar muitos entendimentos. Com a orientação do Mestre Li, aprendi gradualmente a cultivar meu caráter. Abaixo estão algumas das minhas experiências.
Comecei a falar com as pessoas sobre o Falun Dafa em outubro do ano passado. No começo eu tive muitas preocupações e medos. E, apesar de saber que o Dafa é bom, eu não sabia como explicar isso aos outros. O Mestre disse:
“Desde 20 de julho de 1999, o estado das coisas é completamente diferente do estado de antes de 20 de julho de 1999. Por isso, fazer as três coisas bem é cultivo; enquanto fazer somente uma das três coisas, não é cultivo – hoje o cultivo é assim, e não pode melhorar se não fizer dessa maneira. Então, os discípulos do Dafa devem fazê-las bem”. (“Ensinando o Fa em São Francisco, 2005”)
No passado eu estava enviando pensamentos retos uma ou duas vezes por dia. Depois de ser preso por distribuir materiais do Falun Dafa e ficar detido por um mês, passei a enviar pensamentos retos frequentemente e por mais de uma hora por dia. Dessa forma, meu medo desapareceu e me deparei com menos interferências.
Para aprender a falar com os outros sobre o Falun Dafa e sobre a perseguição na China, eu imprimia artigos do site do Minghui, os lia, e até recitava alguns deles. Em um período de cerca de duas semanas, depois de explicar os fatos, duas ou três pessoas deixavam o Partido Comunista Chinês (PCC); depois eram uma ou duas por dia. Mesmo assim, vendo que a maioria das pessoas estava relutando em mudar depois que conversava com elas, ficava desapontado.
Uma vez, quando saí com alguns praticantes, fiquei impressionado porque eles selecionavam o tipo de pessoa com quem conversavam e não tinham hesitação quando falavam com elas sobre o Falun Dafa. Perguntei a mim mesmo porque eu não podia fazer tão bem quanto eles. Uma das razões era porque eu não tinha uma determinação forte. Quando pensei mais sobre isso, era porque eu não acreditava completamente no Fa do Mestre.
Na realidade, através do meu olho celestial, fui capaz de ver muitas coisas em outras dimensões e também o ciclo de vidas passadas. Porque ainda guardo coisas e não acredito completamente nas palavras do Mestre? O Mestre disse:
“...mas, uma vez que os humanos adquiriram o hábito de pensar e trabalhar com base em conceitos e teorias já estabelecidos, com base naquilo que já é conhecido, dificilmente aceitam coisas novas. Quando a verdade lhes é mostrada, não ousam aceitá-la e rejeitam-na instintivamente. (Zhuan Falun)
De fato, o que me impedia eram as noções humanas e o ateísmo aprendido na escola.
Percebendo isso, fiquei firme em minha mente de que eu era um praticante genuíno e o resultado foi surpreendentemente bom. No dia seguinte, falei com 11 pessoas sobre o Falun Dafa. Isso aconteceu quando eu estava esperando pelo semáforo, no ônibus, e comendo fora. Nove deles concordaram em renunciar às suas participações nas organizações do PCC. Um deles não fazia parte de nenhuma organização do PCC, e a última pessoa não quis renunciar, independentemente do que eu dissesse.
Pouco a pouco encontrei novas formas de fazer isso, e a maioria das pessoas com quem eu conversava concordava em deixar as organizações do PCC. Curiosamente, minha mente também se abriu em outras áreas. Por exemplo, minha habilidade em mexer com o computador melhorou muito e eu podia elaborar materiais de esclarecimento da verdade com mais facilidade. Isso me fez ter um melhor entendimento das palavras do Mestre:
“Então, sendo um discípulo do Dafa, qualquer coisa que faça, deveria ser mais rápida. Quando abandonar ainda mais o seu ego, a sabedoria para validar o Fa automaticamente emergirá. (“Ensinando o Fa na conferência de estudantes da Ásia-Pacífico”, de abril/2004)
Fiquei sabendo sobre o Falun Dafa na internet e comecei a estudar o Fa por conta própria. Porém, depois de me juntar a outros praticantes no estudo do Fa, essa situação mudou.
A maioria dos praticantes no meu grupo de estudo do Fa é de pessoas mais velhas e com pouca instrução. Alguns falam um dialeto com uma pronúncia forte e alguns não falam nada de Mandarim, muito menos usando computadores. Vendo isso, me senti incomodado porque além de a minha leitura ficar mais lenta durante o estudo do Fa, eu tinha que corrigir a pronúncia, e ajudá-los a baixar documentos e arquivos de áudio do site do Minghui, e enviar as listas dos nomes daqueles que tinham concordado em sair do PCC.
Além disso, eu ainda tentava ajudá-los o tanto quanto eu podia. Mas logo a situação ficou mais complicada. Por eu ser um praticante relativamente novo e entrar na internet com frequência, dois praticantes suspeitaram de mim como se eu fosse um espião. Eles também contaram isso para outros praticantes fazendo com que muitos deles suspeitassem de mim.
Para piorar as coisas, uma praticante de outra cidade, e que conheço há dois anos, compartilhou comigo a situação dela. Pensei que era uma tribulação fácil, mas ela não queria corrigi-la, fazendo com que eu me sentisse relutante em conversar com ela. Depois de um tempo, ela percebeu isso e disse aos outros que eu era muito egoísta.
Fiquei muito chateado e decidi ficar longe deles e estudar o Fa sozinho em casa. Pouco tempo depois, três praticantes veteranos vieram me visitar esperando ajudar a melhorar, eu e a outros praticantes. Contei a eles minha frustração e disse que não tinha sido eu quem havia criado o problema.
Um dos praticantes apontou a seguinte passagem da palestra do Mestre:
“O importante é que os discípulos do Dafa precisam fazer bem as coisas que devem fazer, e mesmo assim o seu cultivo não é diligente, você nem cultiva direito, fica entre o cultivar e o não cultivar; nos projetos de salvar as pessoas do Dafa, seus corações humanos carregam apegos, e você sempre se sente injustiçado. O que há de injusto em relação a você?! Você não sabe o que veio fazer aqui? Você não sabe o quão grande é a sua responsabilidade?” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Nova York 2016”)
Essas palavras me acalmaram e pensei de novo na minha situação. Minha desculpa era de que um praticante novo não deveria ajudar os praticantes veteranos. Mas na realidade, por causa do egoísmo eu não queria assumir a responsabilidade e os estava menosprezando, ficando relutante em ajudá-los ao preço do atraso do meu próprio progresso. Isso não é o que um praticante genuíno deveria fazer, e que eu poderia estar sendo muito egoísta por não estar levando em consideração o que a praticante da outra cidade disse.
Eu decidi me livrar do egoísmo, e independente do que os outros disseram sobre mim, eu deveria seguir as palavras do Mestre e ajudar outros praticantes.
Então, uma praticante que antes suspeitava mim, me pediu para ajudá-la a enviar um artigo para o site do Minghui. Eu já tinha feito isso antes, e isso envolvia muitas medidas cansativas por causa do bloqueio da internet na China, e medidas de segurança necessárias para o Minghui. No entanto, eu passei muito tempo resolvendo isso e aquela praticante ficou muito agradecida.
Quando comecei a praticar o Falun Dafa e li no Zhuan Falun o parágrafo de “Perder e Ganhar”, eu não tinha certeza de como o meu caminho de cultivo seria: Se desistisse de todos os meus bens materiais, como eu poderia sobreviver neste mundo? Pouco a pouco, tive um melhor entendimento sobre isso. Porém, quando perdi meu emprego por causa da perseguição, eu fiquei chateado por muito tempo.
Um dia quando estava lendo o Fa, o Mestre disse,
“As pessoas neste mundo vivem motivadas pela ganância. Esses benefícios são as coisas que mais podem causar felicidade ou sofrimento ao ser humano. Ainda que os obtenha, tampouco podem ser algo que permaneça para sempre e também não são tangíveis. E mais, não importa como o homem briga por esses benefícios, eles não estão realmente em suas mãos, pois a vida das pessoas neste mundo, já foi determinada há muito tempo. Os Deuses controlam cada passo do homem. O que o homem deseja não conta. Porém, sua busca pode desenvolver apegos. Ainda que não possa obtê-los, as pessoas do mundo seguramente farão esforços para obtê-los. O ser humano é assim. Pois não importa se os obtêm ou não, o homem quer ação; o comportamento do homem é justamente esse”. (“Ensinando o Fa na conferência de estudantes da Ásia-Pacífico”)
Então eu percebi que toda a minha frustração e sentimentos negativos vinham do meu egoísmo. O caminho de cultivo de um praticante de Falun Dafa, para entrar no novo universo, exige que eu remova completamente esse egoísmo e me eleve a um nível mais alto.
Com esse novo entendimento, eu me senti revigorado e energizado, como uma nova pessoa. Sem importar se eu estivesse no trabalho, com a minha família, ou em atividade com outros praticantes, naturalmente passei a considerar os outros.
A situação em minha volta também mudou. Eu não tenho mais medo ou ressentimento, mesmo quando falo com pessoas em frente ao centro de detenção. Os oficiais no centro de detenção passaram a ser mais solidários. Um oficial me deixou entrar sem olhar minha identidade e também me ajudou a ver o número de praticantes detidos.
Com respeito aos outros praticantes e outras pessoas, sinceramente eu quero ajudá-los, para que mais seres sencientes possam ser salvos.
Como um praticante genuíno eu preciso fazer melhor. Sei que posso alcançar isso com a ajuda do Mestre.