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Das drogas e desespero à descoberta de um verdadeiro caminho de cultivo

15 de janeiro de 2016

(Minghui.org) Quando era um menino na Polônia, Mateusz acreditava na existência de um reino maravilhoso que transcendia toda dor e sofrimento do mundo. Ele procurou pela força espiritual que iria guiá-lo a esse lugar, mas não obteve sucesso. No fim das contas, Mateusz se tornou um delinquente nas ruas, viciado em álcool e em drogas, até que um livro alterou permanentemente a sua trajetória de vida. Agora esse jovem rapaz é alegre, saudável e tem um bom emprego. O que aconteceu?

Mateusz (à direita) e amigos, na Conferência Europeia do Falun Dafa para Troca de Experiências de 2015.

Uma adolescência problemática

Mateusz sempre foi um grande fã de esportes, bom em corrida e em artes marciais, especialmente Muay Thai. Ele cresceu com o seu irmão caçula e o seu pai, em uma vizinhança onde a dignidade de um indivíduo é definida e protegida com os punhos. Seu pai o ensinou a sempre se vingar quando insultado. Na cabeça de Mateusz, brigar não era pela diversão, mas para proteger a si mesmo ou aos mais fracos. Ele dificilmente faltava a uma briga na sua rua.

Mateusz odiava os cheiros de cigarro e de álcool, mas sempre esteve rodeado por eles – na sua casa e em todo o bairro – já que quase todo mundo na sua comunidade os usava para liberar o estresse. Aos poucos, ele também se viciou nessas substâncias, apesar de que lá no fundo do seu coração, ele odiava isso.

À procura de um outro mundo

No entanto, sob a superfície de sua vida muitas vezes violenta, Mateusz estava em uma busca espiritual. Ele leu muitos livros sobre metafísica, inclusive livros sobre meditação oriental e sobre artes marciais. Paralelamente, ele também tomou drogas alucinógenas.

“Eu tinha certeza de que para além desse mundo, o qual é cheio de dor, injustiça, preconceito e ilusões, há um mundo maravilhoso e verdadeiro”, disse ele.

Mas esses livros não responderam às suas perguntas. Ele ponderou: qual é o significado da vida? Por que os seres humanos vivem nesse planeta? As vidas em outros planetas também sofrem com a dor e a injustiça? Qual é o objetivo da meditação e do cultivo? Por que há pessoas más no poder? O que é esse período final do Dharma, descrito nas escrituras, e quais são as causas do fim do Dharma?

Mateusz deu o seu melhor para achar as respostas, essa busca se tornou a coisa mais importante na sua vida. Ele manteve um diário de seus sonhos, de suas práticas com meditação, das experiências de sua alma saindo de seu corpo e das sensações após experimentar todo tipo de droga.

Mateusz também procurou na internet livros sobre o cultivo. Um dia, em uma livraria virtual, ele viu um livro de capa azul entre centenas de outros livros, o qual atraiu imediatamente a sua atenção. Uma das resenhas dizia: “Esse livro pode mudar fundamentalmente a mente de uma pessoa e pode ajudar alguém a abandonar todo tipo de vício. É capaz de mudar o corpo profundamente e de elevar os cultivadores ao reino da consumação”.

“Não era isso o que eu estava procurando?”, pensou Mateusz e comprou o livro naquele mesmo instante. Esse livro era o Zhuan Falun.

Porém ele desistiu após ler o prefácio, Lunyu – “Eu não mereço esse livro”, pensou ele, “porque o meu corpo está muito poluído, cheio de álcool e de drogas”.

De agora em diante, eu irei cultivar

Mateusz continuou a tentar todo tipo de coisas na sua jornada para explorar o mundo espiritual. Ele experimentou alguns fenômenos sobrenaturais e ficou ansioso para fazer contato com vidas em níveis superiores que pudessem dar-lhe orientação neste mundo caótico. Enquanto isso, ele ingeriu cada vez mais drogas alucinógenas. As doses foram aumentando cada vez mais, fazendo com que sua família e amigos ficassem preocupados com ele. Ele sentiu-se solitário, porque ninguém o compreendia.

Uma noite, Mateusz tomou 10 vezes a dose habitual de drogas. “Eu acordei à meia-noite e comecei a chorar de desespero. Eu estava muito triste e não queria viver mais nesse mundo”.

A cópia do Zhuan Falun estava lá na estante, aparentemente coberta com uma auréola suave e calorosa. “De repente, eu me senti envolto por uma imensa compaixão, uma compaixão capaz de derreter aço. A esperança surgiu no meu coração”, lembrou-se Mateusz. Naquela hora, toda a minha vida passou na minha mente, cena por cena. Eu percebi que cultivar no Falun Dafa é o verdadeiro objetivo da minha vida, e que era isso o que eu estava esperando. Eu chorei em voz alta e gritei: “Eu me recuso a voltar a dormir. Eu quero cultivar! Eu quero voltar para casa”.

Naquela noite, Mateusz viu com clareza os elementos imundos no seu corpo e na sua mente, assim como as noções distorcidas, que eram os obstáculos impedindo-o de ler o Zhuan Falun.

“Eu identifiquei meu comportamento ruim – a bebedeira, o tabagismo e o uso de drogas. Eu sabia que, se eu quisesse cultivar, eu tinha que me livrar disso. Do fundo do meu coração, eu tinha um desejo: ‘De agora em diante, eu irei cultivar e irei retornar para o meu verdadeiro eu’”.

“Eu acreditei que o Mestre Li Hongzhi, o fundador do Falun Gong, purificaria o meu corpo e me limparia de todas as coisas desprezíveis em mim, desde que eu cultivasse com seriedade. Eu sabia o que tinha que fazer – eu preciso começar a ler o livro agora e aprender a cultivar”.

No dia seguinte, Mateusz anuncia à sua família: “Eu vou mudar. Eu irei largar as drogas e serei um bom filho”. Ele tinha 19 anos.

Uma vida renovada

Mateusz passou por grandes mudanças assim que começou a praticar o Falun Gong. No início, ele parecia estar com um forte resfriado. Os sintomas incluíam tonturas, visão turva, pouco apetite e ossos doloridos. No entanto, Mateusz se manteve calmo, pois ele compreendeu: “É uma grande coisa. Isso demonstra que o Mestre Li está tomando conta de mim e purificando o meu corpo. É um passo necessário para o cultivo real”.

Ao longo dos oito dias seguintes ele quase entrou em coma. Ele mal tinha força suficiente para rastejar até o banheiro e de volta para a cama.

Mas milagres aconteceram naqueles oito dias.

“No meu sonho, meu corpo estava pairando no ar, conectado a uma máquina complexa com centenas de fios. Os cabos estavam conectados a cada órgão e a cada ponto de acupuntura no meu corpo, e essa máquina reconstruiu o meu corpo desde o seu interior profundo. Ela limpou os elementos sujos, instalou novos componentes e recarregou o meu corpo com energia nova”.

“Eu vi uma dúzia de Faluns (Rodas da Lei) girando dentro do meu corpo e reconstruindo cada parte dele, de dentro para fora. Eu vi que o meu corpo era como um universo, com imensos sistemas dentro dele. Tudo era magnífico e mágico”.

Todos os dias, Mateusz sentia que uma gigantesca quantidade de carma e noções desviadas eram retiradas dele, e o seu corpo ficava cada vez mais leve. “Eu chorei como um bebê e berrei em meu coração: ‘Eu irei cultivar! Eu irei cultivar!’” Ele sentiu uma forte energia compassiva fluindo através do seu corpo, purificando-o e trazendo sabedoria. “Eu senti que me tornei mais sábio e, do interior para o exterior, eu me senti limpo e puro”.

Tornando-se uma boa pessoa e vivendo uma vida normal

Mateusz leu e releu o Zhuan Falun. “Esse livro ensina as pessoas a serem boas e até mesmo uma pessoa ainda melhor. Ensina ao cultivador a como se aprimorar para um nível elevado vivendo sua vida cotidiana, sem precisar se tornar um monge ou uma freira e, eventualmente, guia uma pessoa a se tornar um ser iluminado”.

Ele se juntou a um local de prática na Polônia e aprendeu com as experiências dos seus colegas praticantes, sobre incorporar os ensinamentos do Falun Gong de Verdade-Compaixão-Tolerância na sua vida diária.

Mateusz saiu da casa de seus pais em Gliwice e se mudou para Warsaw. “Eu queria ser responsável pela minha própria vida e não ser um fardo para os meus pais”. Ele aprendeu inglês por conta própria e se tornou um funcionário na aduana, no aeroporto. “No meu trabalho, eu lido com todo tipo de pessoa. Eu fico feliz em ajudá-los e trato todos bem”, disse Mateusz.

Cultivar no Falun Gong mudou completamente a maneira como Mateusz lida com os conflitos. Ele compartilhou: “Todos os conflitos são oportunidades que temos para quitarmos o nosso carma e nos aprimorarmos. Por exemplo, alguns dias atrás, minha supervisora estava brava comigo por motivo algum. Ela gritava comigo com raiva. Naquele momento, eu me lembrei de permanecer calmo. Eu disse a ela, calmamente e com um sorriso, que eu a entendia. Ela mudou imediatamente o comportamento dela e não mais estava com raiva. Eu acredito que eu apenas retribui algumas dívidas que eu tinha com ela, de vidas anteriores”.

“O Falun Gong me ensinou a ser verdadeiramente uma boa pessoa e me ensinou a ser uma pessoa melhor ainda. [Ele] me dá o critério com o qual mensurar todas as coisas. Eu espero me tornar mais compassivo e mais pacífico por meio do cultivo. Eu posso sentir a força da compaixão ao longo dos meus oito anos de cultivo e eu irei me esforçar para melhorar ainda mais”.