(Minghui.org) Durante os últimos dois anos, muitos praticantes na minha área foram presos. No início, indivíduos eram presos, depois, era presos em grupos. Isso eventualmente evoluiu para a prisão de todos os praticantes em grupos de estudo do Fa. Esses praticantes eram considerados bastante diligentes.
Aparentemente, alguns foram localizados pela polícia via seus celulares. Outros foram presos após serem denunciados à polícia enquanto esclareciam a verdade ou após serem seguidos. Porém, eu não vejo isso como o único motivo.
Eu costumava, sem saber, interpretar o Fa ou oferecer definições sobre trechos do Fa. Eu percebo que esses praticantes que foram presos cometeram os mesmos erros, os quais são problemas graves no cultivo.
Muitos deles eram pós-graduados; alguns tinham voltado à prática, após se desviarem bastante nos seus cultivos. Eles não haviam desistido de suas noções humanas e não conseguiam abrir mão do hábito de conduzir “pesquisas acadêmicas” sobre o Dafa.
Assim que uma nova palestra do Mestre era publicada, eles organizavam um grupo de praticantes para analisar e interpretar os significados intrínsecos dela, inclusive o estado mental do Mestre durante o evento, o horário, local, as pessoas e os acontecimentos envolvidos.
Eles até mesmo davam palestras em diferentes cidades e compartilhavam as suas descobertas e isso eventualmente evoluiu para “conferências”, as quais perturbaram o Fa. É exatamente contra isso que os editoriais do Minghui nos advertiram.
Já que essas “pesquisas acadêmicas” foram conduzidas em nome de estudar o Fa, muitos praticantes participaram. Vários daqueles que seguiram isso cegamente foram presos posteriormente. Aqueles que não foram presos sofreram bastante de graves doenças cármicas. Isso causou perdas à salvação dos seres sencientes.
Havia praticantes que quando questionados sobre as palestras do Dafa, ofereciam o seu próprio entendimento. Tudo o que eles compartilhavam parecia estar fundado no Fa. Mas, na verdade, eles estavam interpretando o Fa dentro dos limites dos seus próprios níveis de cultivo.
Por exemplo, uma praticante perguntou quem é o “Senhor” mencionado em “Quem é o Senhor dos céus?” (“Sem confusão”, deHong Yin II) Alguns disseram que “Senhor” se refere ao Mestre e outros disseram que “Senhor” se refere aos praticantes. Essa questão foi discutida até mesmo no grupo de estudo do Fa e isso desencaminhou alguns praticantes.
Outro praticante iniciou uma discussão sobre a palavra “desviaram” em “Reino após reino, seres se desviaram do Fa” (“Sem Confusão”, de Hong Yin II) e deu a sua interpretação da palavra. Mais tarde, esse praticante foi preso e ainda está detido.
Eu me lembro daquilo que um praticante que foi forçado a renunciar ao Falun Dafa compartilhou comigo num campo de trabalhos forçados, há 13 anos. Ele me disse para parar de tentar conversar com aqueles iluminados para o caminho do mal, se eu achasse que a comunicação estivesse difícil.
Agora eu entendo o que ele quis dizer. Aqueles com entendimentos deturpados do Fa distorceram o significado das palestras do Mestre. Então, quando tentávamos corrigir as suas falácias, nós facilmente poderíamos cair na armadilha de definir o Fa com base em nosso entendimento. O resultado seria o mesmo que perturbar o Fa. A única diferença é que eles fizeram isso intencionalmente, enquanto nós fizemos isso sem saber.
O Mestre disse,
“Muitas escrituras do budismo têm erros que surgiram ao longo das traduções; adicionalmente há explicações sobre as escrituras de diferentes níveis e também há definições feitas arbitrariamente; isso danificou o Darma. Aqueles que interpretaram confusamente as escrituras budistas estavam muito longe do estado de consciência de um Buda e não entenderam o real conteúdo das escrituras, por isso, tiveram diferentes entendimentos dos assuntos.” (Zhuan Falun)
Nós superamos muitos obstáculos e dificuldades e desbravamos um novo caminho durante as últimas duas décadas. Durante o último trecho de nossa jornada, nós devemos ter o cuidado de não transformarmos a nossa troca de experiências em interpretações do Fa.