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​Amadurecendo enquanto cultivadora

15 de maio de 2015 |   Por uma praticante na Hungria

(Minghui.org) Respeitável Mestre! Caros praticantes!

Sou uma praticante da Hungria. Comecei a cultivar o Falun Dafa em 2008, mas de acordo com o meu entendimento, só me tornei uma verdadeira praticante em 2010.

Encontrei pela primeira vez a prática de cultivo em 2008 quando tinha 18 anos. Como uma típica jovem, eu pensava que as emoções eram muito importantes e vivia somente para elas. Tal como o Mestre escreveu no Zhuan Falun, Quarta Palestra:

“... eles vivem para o qing: a afeição pelos familiares, o amor entre homem e mulher, o amor pelos pais, os sentimentos, a amizade, fazer as coisas devido a vínculos pessoais; onde quer que você vá, você não pode se afastar do qing.”

A primeira vez eu li o Zhuan Falun eu entendi que é importante livrar-nos da sentimentalidade, caso contrário eu não poderia cultivar. O Mestre diz:

“Sem romper com esse qing, não é possível cultivar.”

Nos primeiros seis meses da minha prática, eu era muito diligente e ganhei muitos entendimentos. Eu sabia no meu coração que o Dafa era bom, que o Dafa criou tudo. Eu sentia o Fashen do Mestre perto de mim, me ajudando no meu caminho. Mas eu não consegui passar o teste da luxúria e, de acordo com o meu entendimento atual, isso se deveu a não conseguir me libertar das emoções humanas. Eu não conseguia tomá-las com leveza e as velhas forças usaram esta omissão e quase me fizeram deixar de cultivar.

Mesmo que seja muito difícil falar sobre isto, há anos atrás eu fiz o voto ao Mestre que, uma vez que eu fosse capaz de verdadeiramente tomar com leveza o meu apego relativo à sentimentalidade da relação entre homem mulher, como uma discípula do Dafa, então eu iria tentar ajudar outros jovens discípulos do Dafa partilhando a minha experiência pessoal.

“...cada um tem de passar essa prova. Começamos o cultivo como pessoas comuns e o primeiro passo que damos é precisamente esse passo.” (Zhuan Falun, Sexta Palestra).

Os praticante não conseguem evitar este teste, mas eu não consegui superá-lo. Eu conseguia superá-lo muito bem nos meus sonhos, mas nesta dimensão, eu não conseguia. Eu estava desesperada para ter alguém a quem amar e que me amasse de volta. Eu absolutamente era incapaz de colocar o Dafa em primeiro lugar.

Durante quase um ano eu vivi com um namorado não praticante e eu quase não praticava. Eu sabia o tempo todo que o que eu estava fazendo era errado e me senti muito mal com isso.

Mas, ainda sentia a infinita compaixão do Mestre. Com o encorajamento dos outros praticantes, eu não parei completamente de estudar do Fa e de fazer os exercícios. Com o tempo eu voltei a estudar mais e a fazer mais os exercícios. Depois disso veio o ponto de inflexão.

Outro praticante deu me deu o novo artigo do Mestre e pediu me para ler. Eu lembro-me muito claramente. Quando cheguei a estas linhas, as minhas lágrimas jorraram:

“...aqueles que vieram para ser discípulos do DaFa: qual foi o voto que você fez?Você honrou aquele voto? O que o Senhor Criador requereu de você? Você fez como o Senhor Criador requereu? Se você não honrou o seu voto original ou não fez como o Senhor Criador requereu, então você não completou o que supostamente você deveria fazer e terá desapontado o Senhor. Uma vez que você teria, deste modo, trazido perdas para a situação da sua área local naquele momento, ao progresso da retificação do Fa e aos seres sensientes que, deste modo, não foram salvos e você teria, deste modo, trazido danos ou ruína para diferentes níveis do Cosmo, você seria responsabilizado. Eu falei sobre isso ontem e eu preciso repetir isso para vocês hoje, afim de que isto não circule indevidamente. Eu não falei sobre isso antes e não queria entrar nesta questão, pois eu sei que vocês todos têm passado por muita coisa. Mas no final das contas, não importa como vocês estão prontos para aguentar e enfrentar a retificação do Fa e a si mesmos, se vocês falharem em fazer bem, vocês serão responsabilizados." ("Ensinando o Fa na Conferência Internacional do Fa da Grande Nova York, 2009")

Eu li estas linhas e o artigo repetidamente. Eu sabia que tinha que seguir em frente e voltar verdadeiramente ao cultivo, para me tornar uma verdadeira discípula do Dafa. Foi difícil, porque eu sabia o que estava certo, mas estava cheia de medo. Eu tinha medo de ficar sozinha, ficar sozinha pelo resto da vida e medo de nunca ultrapassar o teste da luxúria.

Eu me libertei das amarras do medo o mais que pude e me mudei de volta para o apartamento que havia alugado junto com outros praticantes. Realmente ajudou que eles estivessem por perto durante este período. Eu também pedi ao Mestre que me ajudasse se possível, porque eu senti que não conseguia largar a minha sentimentalidade. Foi nessa altura que eu entendi esta frase do Lunyu:

“Para explorar seus domínios, as pessoas terão de mudar fundamentalmente suas noções humanas comuns.”

"Mudar fundamentalmente a minha forma de pensar", este foi o primeiro passo. Mudar o meu modo de pensar na sua raiz. Passo a passo, eu progredi. Eu senti que, pela primeira vez, me tornei uma verdadeira praticante e entendi a minha responsabilidade e dever como uma discípula do Dafa.

Daí em diante eu comecei a fazer as três coisas bem, a trabalhar para salvar os seres sencientes. Não muito tempo depois disso a Banda Marchante Terra Divina veio até à Hungria. Este foi o nosso primeiro grande evento. Foi realmente um marco para os praticantes húngaros e, de acordo com o meu entendimento, um marco para os seres sencientes da Hungria também.

Até hoje o meu coração fica tocado quando eu me lembro de dar panfletos, com tantas mãos estendidas para nós, as faces das pessoas brilhando. Eu entendi no meu coração que o Mestre disse que todos tinham vindo para o Fa e sobre salvar todos os seres sencientes.

Apesar de que neste período o meu sentimentalismo ainda eram muito fortes, ele não conseguia me fazer desviar. Eu sabia que por mais que fosse difícil, eu iria verdadeiramente percorrer o caminho de cultivo do Dafa, ou citando o Zhuan Falun, Sexta Palestra: “Uma vida para o cultivo.”

Não muito tempo depois disso, uma pessoa nova que estava interessada no Falun Dafa juntou-se ao nosso grupo. Ele tinha recebido um panfleto durante a visita da Banda Marchante e rapidamente percebeu a magnificência do Dafa. Ele tornou-se um discípulo do Dafa diligente em poucos meses.

Rapidamente nos tornamos amigos e tentamos fazer mais coisas juntos para ajudar o Mestre na retificação do Fa. Ainda que fossemos ambos muito novos, sentimos que podíamos fazer mais para o Dafa se fôssemos casados. Decidimos então nos casar. Isso foi há três ano atrás. A nossa decisão de casar não foi baseada em emoções, mas em algo mais nobre.

Nos últimos três anos do nosso casamento tentámos fazer o máximo para salvar os seres sencientes. Começamos por criar e promover um projeto para divulgar o Dafa e a perseguição junto de nossas famílias e amigos primeiro, pessoas que têm sido parte integral da minha vida há muitos anos. O meu entendimento é que elas têm uma forte relação predestinada com o Dafa, mas no passado, eu senti que apesar de elas me ouvirem e pensarem que a perseguição está errada, eu ainda não tinha conseguido chegar nos seus corações. Eu agradeci ao Mestre muitas vezes no meu coração porque agora eu consegui alcançar as pessoas com este projeto.

Então consegui progredir. Quando olho a mim mesma, posso ver a diferença. Agora, pela primeira vez, eu não me preocupo se tenho que salvá-los; eu tenho que salvá-los, mas simplesmente com um coração calmo e claro. Desta vez, eles disseram que iam apoiar o projeto sem hesitação, declarando ao mundo que apoiam a prática do Falun Gong e que querem que a perseguição termine.

Estou tão agradecida pelos arranjos do Mestre e estou me esforçando para me cultivar bem e salvar o maior numero de seres sencientes possível.

O acima exposto representa o meu entendimento atual e é limitado. Por favor, com compaixão, apontem se algo não estiver correto.