(Minghui.org) Em expondo o Fa na Conferência da Austrália, em maio de 1999, um discípulo perguntou ao Mestre: “Poderia nos dizer a raiz da causa de nossa vaidade?”
O Mestre respondeu:
“É o qing. Você gosta quando alguém lhe diz que você é bom, você gosta quando alguém gosta de você ou lhe faz elogios, você gosta quando alguém lhe respeita e tem medo quando alguém prejudica a sua imagem. Assim, você desenvolve tal mentalidade que é a vaidade. É um apego. O desejo humano pela aparência também se faz muito forte. De fato, quando sua mente está tranquila e você não carrega tanta carga, você se cultiva mais rapidamente”.
Antes, eu estava muito apegado à vaidade. Esta vaidade dificultou minha conexão com o Dafa do universo. Eu tinha um entendimento errôneo do Fa devido a tal apego. O Mestre disse em Zhuan Falun:
“Se você sempre tratar os outros com compaixão e bondade, pensar sempre primeiro nos outros quando for fazer alguma coisa, se a cada problema você considerar se os outros poderão suportá-lo ou se você não irá prejudicar nem machucar ninguém, então, você não terá problemas”.
De que modo eu entendi mal a tal ensinamento? Eu acreditava que em qualquer coisa que fizesse, eu não deveria fazer as outras pessoas infelizes. Que tinha que fazer os outros me entenderem e estarem de acordo comigo. Isso era minha vaidade que tentava encontrar apoio no Fa. Imagine só quantos problemas foram criados em função desse meu entendimento equivocado. Em meu dia-a-dia e no meu ambiente de trabalho, vivia temendo isto e aquilo. Dava muita atenção ao que os outros podiam pensar de mim, e sempre olhava a fisionomia dos outros para saber se algo que eu fizesse poderia ofendê-los ou reduzir a aceitação deles em relação à mim. Quando via um pequeno defeito em um colega de prática, era capaz de falar sobre isso diretamente ao praticante. Porém, se esse colega de prática era incapaz de ver seu próprio defeito, ou se seu apego era muito grande, ou se ele queria esconder seu apego, então, eu não me atrevia a falar sobre a questão temendo que ele ficasse mal diante dos outros. Quando havia conflito entre os praticantes, eu não ousava enfrentar a situação ou me posicionar de uma forma sincera. Também, algumas vezes, os meus pensamentos retos não eram muito fortes e assim eu me deixava influenciar muito facilmente pelos outros. Inclusive, em algumas situações, até mesmo aqueles que não eram praticantes me influenciavam. Aparentemente, eu estava olhando ativamente meu interior, mas, na realidade, eu somente estava sendo motivado pelos demais. Quando havia uma discussão, eu ficava indeciso, inclusive, às vezes, deprimido. Além disso, meu cultivo no Dafa era mais motivado pela vaidade de querer se cultivar para um nível elevado do que para me purificar verdadeiramente e me assimilar ao Dafa. Tinha muito apegos, os quais sempre me faziam sentir o coração pesado. Não era sincero nem otimista. Não ficava em um estado de felicidade e despreocupação. Quando fazia a meditação sentada ou quando enviava pensamentos retos, não podia entrar em estado de tranquilidade.
O Mestre disse em Expondo o Fa na Conferência de Nova York, em 2004:
“Não podemos nos deixar desanimar ou desmoralizar por tais pessoas. Como podemos ser afetados por elas e, desta forma, seguir qualquer coisa que as pessoas digam? Estamos aqui para mudar as pessoas e não para sermos mudados por elas”.
Para mim, somente quando me livrar completamente da minha vaidade é que não serei mais influenciado pelos não praticantes. Sei que devo fazer firmemente tudo o que a mim cabe fazer. Inclusive aqueles que não são praticantes também reconhecem esta ideia como se pode notar na seguinte frase de pessoa comum: “Quando você não faz nada de errado, você não precisa ter medo de fantasmas batendo em sua porta”. Tudo o que eu precisava fazer era ser honrado e sincero, e manter meus pensamentos retos.
No passado, eu não tinha um entendimento profundo do que é a “Verdade”. Parece que eu simplesmente estava focado em não dizer mentiras. Agora, entendo um pouco melhor o que é a Verdade. Como praticantes do Dafa, o que buscamos é a Verdade e não uma falsa versão de nós mesmos. Devemos nos iluminar continuamente à verdade do universo e utilizar o Fa como nosso guia. Devemos ser honestos, genuínos, francos e sinceros com os outros. Não devemos enganar a nós mesmos ou permitir que sejamos influenciados pelos outros. Finalmente, devemos voltar ao nosso ser original.