(Minghui.org) [Este artigo de duas partes é um trabalho sobre o mesmo tema do autor de Lições apreendidas ao ler a seção de Cultura Tradicional no Minghui]
O mundo empresarial reconhece a função crucial que os grupos coesivos produzem no êxito de uma empresa. Existem numerosos casos na indústria que exemplificam esse fato. Por exemplo: Um especialista de gestão empresarial ocidental mudou completamente a forma como indústrias inteiras trabalham: desde a manufatura, a gerência de projetos, o controle de abastecimento, as finanças, o marketing, estratégias, as vendas e táticas. Uma vez ele assistiu a uma reunião de executivos de algumas das maiores empresas do Japão que eram seus clientes. Quando compartilhou os resultados da implementação dos seus conselhos, todos falavam sobre a melhoria nos níveis de cooperação e harmonia em suas respectivas empresas.
Em certo momento, ele interrompeu e perguntou quais haviam sido os resultados “reais”. Eles incluíam aumento na produtividade, nos resultados, prazos mais curtos, etc.
Expuseram as cifras – que realmente refletiam melhoras – mas, explicou que os resultados dos quais ele estava se referindo eram simplesmente subprodutos dos quais eles estavam considerando ser os resultados. Eles estavam discutindo sobre o que importava para eles– cooperação e harmonia. Se isso fosse alcançado, a organização seria saudável e os resultados numéricos estariam garantidos.
Se a equipe não conseguir cooperação e harmonia, ela poderá tornar-se lesada pela desconfiança, política, falta de responsabilidade e enfoque nos resultados individuais. Nada benéfico perdurará e o negócio i poderá desmoronar.
Somente então ele se deu conta de que suas ideias comprovadas e de longa data, que eram muito rigorosas e não tinham um lado emocional, vinham trabalhando tão bem só porque fundamentalmente e estruturalmente eliminaram as "máguinas de desarmonia”. Elas fizeram com que fosse totalmente necessário uma melhor cooperação entre as pessoas.
Eu agora implementei com êxito algumas dessas ideias em alguns projetos empresariais similares do Dafa.
Nove anos atrás fui nomeado coordenador de um nosso projeto de mídia local. Olhando para trás, não realizei um bom trabalho. Apesar de eu ser bastante inteligente, capaz e entusiasta, mesmo com alguma experiência de gerenciamento, não criamos um produto de alta qualidade, não geramos receita suficiente,nem tivemos um bom ambiente de cultivo.
Alguns anos mais tarde eu fui removido daquela posição, no que eu senti ter sido uma jogada estranhamente apoiada pelos meus chefes regionais. Mais tarde me indicaram para outra posição na administração regional Cooperei sinceramente com a decisão e me preparei para o novo posto, porém, durante um tempo, alcancei os mesmos resultados anteriores. Isso fez com que eu olhasse séria e profundamente para dentro para tentar ver onde estavam as minhas omissões.
Dei-me conta de que ser um coordenador e gerente é uma grande responsabilidade e que eu devia ou fazer bem, ou então não fazer.
O Mestre disse em Ensinando o Fa no Fahui de São Francisco, 2014:
“Sendo o responsável, o Mestre confiou os estudantes a você, então, você não acha que é sua responsabilidade se eles se cultivam bem ou mal? Sim, você tem responsabilidade nisso. Sinto que em alguns lugares o estado de cultivo é muito lento. Numa empresa de gente comum ou num trabalho, se agir dessa forma, isso seria dar uma escapada. Os discípulos do DaFa podem ficar dando uma escapada? Um assunto tão sério.”
O gerenciamento é uma profissão, então eu precisava me tornar um professional perfeito para ter êxito na minha área.
Para mim, também significava perceber pela primeira vez que são as pessoas que movem a empresa. Então, fazer com que todos subam no barco, com entusiasmo e cooperar com todo o coração é tão importante quanto as ideias, estratégias e habilidades.
Além disso, parecia que naquele momento meus chefes não confiavam totalmente em mim ou me apoiavam, então, senti que não podia fazer com que os meus subordinados seguissem as minhas instruções. A única forma que eu podia realizar o meu trabalho era fazendo com que os meus subordinados quisessem seguir minhas sugestões. Assim, eu deveria fazer somente o que fosse proporcionar verdadeiro valor ao trabalho deles, portanto, salvar seres conscientes (e não necessariamente o que eu “gostaria” de fazer). Então, por meio da interação com eles, fazê-los ver esse valor também e até melhorá-los juntos. E não somente na teoria, mas diariamente. Dei-me conta de que ser um bom coordenador é servir aos demais.
Quando adentrei nesse caminho com todo o meu coração, comecei a ter progressos reais.
Isto é, capacitando as pessoas sob a minha gestão para que alcancem resultados reais para a organização. Ao concluir o meu mandato, eu tinha conseguido a confiança deles a ponto de sentir que a minha responsabilidade havia se tornado muito maior, pois desde então, eles haviamseguido a minha liderança quase sem questionar.
Todas as empresas buscam uma vantagem competitiva para sobreviver, prosperar, obter lucro e alcançar uma posição de liderança de longo prazo no mercado. Qual pode ser a nossa vantagem competitiva? Uma estratégia inteligente?Um projeto original? Um produto de qualidade superior? Um preço mais barato?
O meu limitado entendimento é que o mencionado acima é um subproduto de haverem sido alcançadas a cooperação e harmonia. A raiz do nosso êxito não é a nossa linha de produto vencedor ou nossa estratégia astuta – e sim a nossa habilidade de cooperar e harmonizar bem.
O Mestre mencionou a importância da cooperação para o êxito nas vendas de entradas para o Shen Yun em “Os Discípulos do Dafa devem estudar o Fa”, no Fahui realizado em Washington DC, 2011.
“Todos sabem que os discípulos do Dafa estabeleceram alguns projetos para se opor à perseguição, esclarecer a verdade e salvar as pessoas; o mais importante é que todos devem coordenar bem, pois se vocês coordenarem bem entre si, poderão fazer as coisas bem”.
Assim como em: “Ensinando o Fa no Fahui Internacional da Grande Nova York, 2009”:
“Como as vendas dos ingressos estão indo em certa localidade, é na realidade um sinal verdadeiro e tangível de quão bem os praticantes têm se cultivado e têm cooperado ali.”
Esse é um assunto crucial. A boa cooperação não é algo “bom se ocorrer”, é algo que “deve ocorrer”.
Então, um papel fundamental que os coordenadores devem desempenhar em nossos projetos é facilitar esse ambiente de máxima cooperação. Em tal ambiente, com a orientação do coordenador, os trabalhadores do projeto começarão a apreciar a necessidade de profissionalismo (trabalhar com todo o coração, adquirir novas habilidades, desenvolver estratégias, etc.) que logo se tornarão algo natural – uma parte do espírito da empresa.
(Continua no próximo artigo)