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Vereador australiano diz “não” às exigências descabidas do consulado chinês

24 de março de 2015 |   Por Li Zheng, correspondente do Minghui

(Minghui.org) "Falun Gong é legal em nosso país. O Consulado Chinês em Sydney não representa a comunidade australiana chinesa." Esta foi a resposta de João Hugh, vereador da cidade de Parramatta, à acusação do consulado chinês de que “o sr. Hugh não é bem-vindo por comunidades chinesas".

O prefeito de Parramatta, um subúrbio de Sydney, convidou o sr. Hugh à celebrar o evento de ano novo chinês no consulado chinês em Sydney no início de fevereiro. O consulado recusou-se a receber o sr. Hugh e deu a explicação acima.

O sr. Hugh, que é de ascendência chinesa, disse que sabe a verdadeira razão por trás do desprezo do consulado chinês: o sr. Hugh apoia o Falun Gong, um grupo de meditação pacífica que o Partido tem perseguição brutalmente nos últimos 16 anos.

Vereador John Hugh, de Parramatta, um subúrbio de Sydney, Austrália.

Esta não foi a primeira vez que o consulado chinês tentou impedi-lo de participar de eventos da comunidade local. Quando o prefeito e ele estavam prestes a levar uma delegação para visitar duas cidades na China em junho passado, os funcionários consulares pediram para se encontrarem com eles.

"Eu pensei que fosse alguns procedimentos comuns de vistos, mas a terceira coisa que a pessoa da equipe do consulado mencionou foi: 'Você parece apoiar o Falun Gong?'", lembrou o sr. Hugh.

O funcionário disse a ele que o Falun Gong era ilegal. O sr. Hugh respondeu: "É legal em nosso país. Tenho amigos do Falun Gong." O funcionário aconselhou o sr. Hugh a "manter distância do Falun Gong" e, inclusive, a "romper seus laços com o Falun Gong". Essas duas frases têm sido frequentemente empregadas em todas as numerosas “campanhas políticas” do regime comunista para reprimir vários grupos e, assim, realizar uma ameaça significativa a quem se opõe à cultura do partido.

O sr. Hugh recusou-se a ceder às exigências descabidas, então o vice-cônsul Wang Yun disse ao prefeito "John Hugh não é bem-vindo". Em resposta às "recomendações" do consulado, o prefeito disse que, se John não pudesse ir, toda a delegação não iria.

Segundo o sr. Hugh, Wang fez dois pedidos: em primeiro lugar, não participar de quaisquer eventos que apoiam a exposição dos assassinatos do Falun Gong por órgãos na China; segundo, não participar em qualquer caso “político” do Falun Gong.

Wang destacou duas vezes: "Este é um pedido". A resposta do sr. Hugh foi "eu ignoro seu pedido".

Ele elaborou em sua resposta: "Eu fui acusado de ser contra o consulado chinês porque eu participei do desfile do Dia Mundial do Falun Dafa em maio passado. O Falun Gong é uma organização legal da comunidade. O desfile obteve uma licença da cidade. Como vereador na Austrália, eu não preciso de aprovação de ninguém para participar de um evento da comunidade, não é? Por que o vice-conselheiro de consulado chinês tenta influenciar a minha decisão?"

O sr. Hugh disse que renunciou ao partido comunista e às suas organizações afiliadas no site do Epoch Times há muitos anos.

John Hugh (extrema direita) e Andrew Wilson (segundo da direita), ambos vereadores de Parramatta, participaram do desfile no Dia Mundial do Falun Dafa em 13 de maio de 2014, em Sydney.

Quanto à alegação do cônsul chinês de que "o sr. Hugh não é bem-vindo na comunidade chinesa na Austrália”, ele disse que sua experiência pessoal é completamente oposta. Líderes comunitários chineses têm lhe apoiado tanto em privado quanto em público. Mesmo os líderes que são próximos do consulado chinês enviaram-lhe mensagens de texto de apoio, tais como "você fez a coisa certa".

"Acredito que as pessoas estão conscientes. Elas sabem o que está acontecendo", disse Hugh, referindo-se a que sua resistência ao consulado chinês já lhe rendeu respeito especial e um vínculo com a comunidade chinesa local.