(Minghui.org) O sr. Tian Jinxin (田金鑫), de 38 anos, teve uma infância infeliz. Seus pais se divorciaram quando ele era muito jovem. Sofria de depressão. Começou a fumar e beber e caiu em outros comportamentos negativos, como apostas e brigas de gangues.
Dezenove anos atrás, no entanto, uma decisão que ele tomou – aprender o Falun Gong – mudou a sua vida. Ele desistiu de seus maus hábitos e abandonou as más influências na sua vida. Seguindo os princípios do Falun Gong de Verdade-Compaixão-Tolerância, ele se tornou um homem digno e íntegro.
O sr. Tian pensou que o pior estava atrás dele, mas depois que começou a perseguição, ele foi preso em 2000 por exercer os seus direitos humanos básicos – apelar à justiça pelo Falun Gong. Durante os quase 15 anos que se seguiram, ele foi detido várias vezes, condenado e sofreu uma tremenda tortura física e mental.
Mais recentemente, o sr. Tian foi preso no dia 17 de maio de 2014 por contratar advogados para defender vários praticantes do Falun Gong detidos. Seus familiares foram repetidamente proibidos de visitá-lo. A procuradoria local aprovou formalmente a sua detenção, mas devolveu o caso para a polícia para que eles recolhessem mais provas contra ele.
O sr. Tian ainda está sob custódia da polícia. Apesar das provações que ele sofreu ao longo dos anos, ele disse à sua família que nunca se arrependeu da sua decisão de praticar o Falun Gong. Ele pediu à sua família para divulgar sua história para ajudar a aumentar a conscientização e acabar com a perseguição.
Criado pela avó, com seus pais muitas vezes ausentes na sua vida, o sr. Tian se transformou num jovem antissocial, rebelde. Ele tinha um temperamento muito ruim e gastou o dinheiro dos seus pais de forma imprudente, em bebidas e jogos de azar.
Ele não gostava da escola e, frequentemente, ficava bêbado e começava lutas.
Preocupada com seu futuro, sua mãe usou suas conexões para obter-lhe um emprego numa fábrica estatal. Era um trabalho dos sonhos para qualquer pessoa sem diploma universitário, no entanto, ele nunca levou a sério e agiu de forma irresponsável. Ele eventualmente foi demitido quando operava uma máquina indevidamente, causando um acidente que poderia ter sido desastroso.
Mesmo que não gostasse da escola, Tian Jinxin gostava de ler livros sobre o cultivo, budismo e Sakyamuni. Ele ficou particularmente impressionado quando se deparou com as palavras em alguns dos livros que diziam "a Roda da Lei gira constantemente". Em setembro de 1995, ele emprestou o livro Zhuan Falun, o principal livro de ensinamentos do Falun Gong, e terminou de ler numa noite. Ele estava determinado a começar a praticar o Falun Gong imediatamente.
Seus amigos mal podiam acreditar nas mudanças nele. Ele orgulhosamente lhes disse: "É o meu Mestre, Li Hongzhi, que me deu uma nova vida e a chance para que eu seja uma boa pessoa." Muitos dos amigos do sr. Tian e familiares, logo depois, também começaram a praticar o Falun Gong.
Cheia de gratidão, a mãe do sr. Tian disse a ele: "Eu não consegui criá-lo bem, mas o Falun Gong mudou totalmente você. Seu Mestre é magnífico."
O mundo de paz do sr. Tian foi virado de cabeça para baixo quando a perseguição ao Falun Gong começou em 1999. Ele perdeu sua liberdade – seu paradeiro era acompanhado de perto e seu telefone foi grampeado. Ele recebeu assédio em telefonemas de agentes da lei que ameaçavam a sua segurança e à da sua família.
O sr. Tian foi preso em Pequim, quando ele foi lá para apelar pelo Falun Gong em 13 de janeiro de 2000. Ele foi detido no Centro de Detenção Xiangfang, distrito de Xingfu, cidade de Harbin, e foi pressionado a escrever declarações de renúncia ao Falun Gong, mas ele se recusou.
Para forçar o sr. Tian a desistir do Falun Gong, Wang Shengli, chefe da Equipe de Segurança Doméstica do distrito de Xiangfang, tirou vantagem de sua situação vulnerável – a esposa do sr. Tian estava quase tendo o primeiro filho deles – para coagir o pai do sr. Tian e seus tios a fazerem com que o sr. Tian renunciasse à sua fé. Quando essa tentativa falhou, Wang ameaçou sentenciar o sr. Tian ao trabalho forçado. Enquanto isso, Wang exigiu que a esposa do sr. Tian trouxesse dinheiro para o centro de detenção para garantir a sua libertação.
A esposa do sr. Tian deu à luz ao filho deles no dia do Ano Novo Chinês de 2000, mas o sr. Tian não estava lá. Ele foi libertado e conheceu seu bebê pela primeira vez somente com 6 semanas de idade, depois que as autoridades extorquíram 17.500 yuanes (cerca de R$ 8.000,00 ou € 2.700,00) da sua família.
Não muito tempo depois, uma dúzia de policiais à paisana invadiu o apartamento do sr. Tian à meia-noite de 19 de julho de 2000. Sem mostrar qualquer mandado de identificação ou de busca, eles saquearam o apartamento do sr. Tian e confiscaram seus livros do Falun Gong, gravações de áudio e vídeo. Eles prenderam o sr. Tian e o levaram de volta para a sua estação de polícia, onde penduraram-no e torturaram-no a noite inteira. Ele foi solto no dia seguinte.
O sr. Tian foi preso mais uma vez em 11 de agosto de 2000 e foi detido no Centro de Detenção da cidade de Harbin, onde foi forçado a embalar palitos para serem vendidos para hotéis de cinco estrelas. Ele foi brutalmente espancado pelos detentos. No Centro de Detenção Nangang onde ele foi transferido, em novembro, ele contraiu sarna, devido às condições adversas.
O sr. Tian Jinxin foi condenado ilegalmente em setembro de 2001 e encarcerado na Prisão Yongfeng da cidade de Wudalianchi. O chefe da prisão o ameaçou, dizendo que ele iria torturá-lo até a morte se o sr. Tian se recusasse a renunciar ao Falun Gong e, em seguida, diria que foi suicídio. Ele pressionou o sr. Tian diariamente para escrever declarações de garantia para renunciar ao Falun Gong, guardas o vigiavam o tempo todo e batiam nele enquanto não escrevesse suas declarações.
A família do sr. Tian foi visitá-lo oito dias depois que ele foi preso, apenas para descobrir que ele tinha sido brutalmente torturado – ele estava muito pálido e tinha perdido muito peso. Ele tinha seu corpo nu envolvido em apenas um casaco de inverno e calças, uma vez que os detentos tinham roubado o resto de suas roupas. Para fazê-lo renunciar ao Falun Gong, os guardas prisionais espancaram-no de forma tão brutal que os tacos de madeira que eles usavam foram quebrados no processo.
Quando o sr. Tian se recusou a fazer o trabalho forçado, o guarda, líder da prisão, bateu no rosto dele com uma picareta e seus olhos sangraram.
Depois da sua última detenção, em maio de 2014, mais de uma dúzia de policiais à paisana saquearam o apartamento do sr. Tian novamente e confiscaram seus livros do Falun Gong, computador, cadastro familiar, certidão de casamento, carteira de motorista e outros pertences pessoais. Ele levou choques com bastões elétricos e foi privado de sono. A polícia interrogou-o na tentativa de descobrir como ele havia contratado os advogados de defesa para outros praticantes do Falun Gong que foram presos e torturados. A polícia também queria saber como ele e outros dois praticantes apresentaram um artigo expondo a conduta ilegal dos oficiais de polícia para um site fora da China.
Dois jovens ficaram do lado de fora numa noite fria de inverno. Eles tentaram pegar uma carona por horas e, finalmente, o sr. Tian parou para eles. Um dos rapazes comentou: "Se você não parasse para nos dar uma carona, poderíamos ter congelado até a morte esta noite." O sr. Tian disse a eles como o Falun Gong o mudou, de uma pessoa que não se importava com ninguém, para alguém que considerava os outros.
Um dos empregados do sr. Tian roubou uma caixa de telefones celulares de seu negócio. Outros pediram ao sr. Tian entrar em contato com a polícia para rastrear esse funcionário, mas ele quis dar ao seu empregado uma segunda chance. Um par de dias mais tarde, o empregado voltou com os telefones celulares que havia roubado e pediu desculpas ao sr. Tian.
O sr. Tian e sua esposa tomaram conta uma vez de uma idosa que teve um derrame e ficou paralisada. O irmão da mulher ficou surpreso ao ver o quão bem eles tinham cuidado da sua irmã e ficou muito grato a eles.
O sr. Tian também contratou advogados para representar os companheiros praticantes no tribunal e visitou todas as agências executivas da lei a favor da libertação dos praticantes que foram encarcerados ilegalmente.
Nos últimos quinze anos, o Partido Comunista Chinês não parou por nada para desacreditar os praticantes do Falun Gong e para encobrir seus crimes contra a humanidade. No entanto, a história do sr. Tian é uma das muitas que mostra um cenário muito diferente.
O sr. Tian afirmou: "Dezenove anos atrás, eu escolhi praticar o Falun Gong, que me transformou numa pessoa nova. Vou continuar neste caminho, não importa o que acontecer. Eu não fiz nada de errado ajudando outras pessoas. Eu não tenho arrependimentos."