(Minghui.org) Após Jiang Zemin, o ex-líder do regime comunista chinês, iniciar a perseguição ao Falun Gong em 1999, a polícia de uma delegacia local estava sempre se locomovendo até a nossa vila, para observar o que os praticantes locais estavam fazendo.
O secretário da filial do Partido Comunista em nossa vila sempre achou que a perseguição era irracional e ridícula. Ele disse ao chefe de polícia: “Você tem alguma ideia do que é o Falun Gong? Essa praticante (se referindo a mim) se recuperou de uma doença grave depois que começou a praticar o Falun Gong. Por favor, não a incomode. Você não tem nada melhor para fazer?”
O que o secretário disse surtiu efeito. O chefe de polícia só voltou à nossa vila nas datas sensíveis, depois disso.
Esse secretário sempre é gentil com os praticantes. No início da repressão, ele nos protegeu e, posteriormente, nos ajudou em segredo. Após ler os Nove Comentários Sobre o Partido Comunista, ele e a sua família renunciaram ao Partido Comunista Chinês (PCC) e às suas organizações afiliadas.
Esse secretário é velho, mas ainda está com boa saúde e capaz de trabalhar. Seu filho é um agricultor habilidoso. A sua filha tem um bom diploma e conseguiu um trabalho agradável na capital.
Yang Shan (pseudônimo) é o responsável pela segurança na nossa vila. Quando fomos detidos em 1999, ele jogou cartas conosco e nos ofereceu chá, como se nós fôssemos seus convidados.
Quando a perseguição se agravou, o comitê da vila precisava seguir as diretrizes do governo e deter todos os praticantes. Os funcionários da vila nos monitoravam dia e noite. Quando era o turno de Yang, perguntei a ele se eu poderia ir para casa, dormir, e ele autorizou, sem nenhuma hesitação.
Em 2002, quando a polícia local realizou uma busca pelos praticantes em larga escala, eu saí de casa. Então a polícia do condado procurou por mim. O chefe da polícia local contou a Yang que eu deveria deixar a cidade do condado o mais breve possível.
Eu voltei para a nossa vila em 2006. Quando Yang Shan me viu, ele se desculpou por não ter me visitado. Ele não queria que eu pensasse que ele estava me monitorando. Eu agradeci.
Ele me disse que eu já era uma boa pessoa antes de praticar o Falun Gong, mas agora eu me tornara ainda melhor. Eu contei a ele que qualquer um que trate bem os praticantes será recompensado. Ele me disse que não estava interessado em recompensas, só queria ajudar as boas pessoas.
O PCC monitorou os praticantes em escala nacional durante as olimpíadas de 2008, em Pequim. Ordenaram que Yang me monitorasse. Ele ficou muito cansado e parecia bem abatido. Um parente seu, que também é praticante, e eu concordamos que tínhamos que explicar-lhe os fatos sobre o Falun Gong.
Yang imediatamente escreveu uma “declaração solene” e pediu desculpas ao Professor do Falun Gong e aos praticantes. Sua aparência voltou ao normal, e ele aparentava saúde e felicidade. Ele e seus familiares renunciaram ao PCC. Sua esposa nos pediu amuletos do Falun Gong, para que todo mundo da família pudesse usar em volta do pescoço.
Pouco antes de uma busca pelos praticantes em larga escala, executada pela polícia da província, Yang pediu para os seus contatos me avisarem. Eu escondi tudo relacionado ao Falun Gong para que a polícia não pudesse encontrar nada.
Quando um parente meu foi preso pela polícia, por ser um praticante, Yang imediatamente comunicou outro parente meu, para que ele me avisasse. Eu me ausentei de casa para evitar a prisão.
A repressão em nossa região intensificou-se repentinamente no ano passado. Yang recebeu a ordem de me monitorar, mas ele disse à polícia que eu não precisava ser monitorado e, por conta disso, eles deixaram a nossa vila.
Yang tem protegido os praticantes durante muitos anos. É uma pessoa que emana alegria e saúde. Ele já foi promovido duas vezes, sua esposa tem um bom emprego e o seu filho foi aceito na universidade de sua escolha.