Eu sou uma praticante do Falun Gong de Sichuan. Eu fui detida ilegalmente, condenada à prisão sem julgamento e mantida no Presídio Feminino de Yangmahe, na cidade de Jianyang, província de Sichuan. Eu fui submetida a muitos exames físicos enquanto estive detida lá.
Os médicos da prisão colaboravam com os guardas em perseguir os praticantes do Falun Gong. Por exemplo, quando os praticantes faziam greve de fome, os médicos propositalmente infligiam dor enquanto os alimentavam à força.
Os praticantes eram submetidos a vários exames físicos, incluindo raios-X dos órgãos internos e coleta de amostras de sangue.
Eu fiquei detida por quase três anos, mas nunca fui informada sobre qualquer resultado dos exames. Eu suspeito que esses exames físicos tenham sido realizados para possível extração de meus órgãos.
Todas as prisioneiras da consciência do Falun Gong detidas no Campo de Trabalho Forçado para Mulheres de Pequim eram obrigadas a doar sangue e realizar radiografia do tórax a cada seis meses. Muitas foram submetidas a esses exames oito ou mais vezes. Essa frequência de exames é totalmente incomum.
De acordo com os guardas, os funcionários do Partido Comunista Chinês (PCCh) gastaram uma grande soma para comprar um equipamento movel de raio-X para atender a finalidade dos exames regulares.
As pessoas que coletavam sangue não esterilizavam as agulhas normalmente reutilizadas. Eles retiravam um monte de sangue e não forneciam resultados dos exames aos presos do Falun Gong.
Eu acredito que a razão dos exames de saúde era coletar informações dos prisioneiros para a eventual extração de órgãos.
Eu gostaria de exortar as organizações internacionais que investigassem os crimes da extração forçada de órgãos no Presídio Feminino de Yangmahe e no Campo de Trabalho Forçado para Mulheres de Pequim.