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Extração forçada de órgãos ainda ocorre na China, dizem especialistas e testemunhas

24 de novembro de 2014 |   Por um correspondente do Minghui em São Francisco

(Minghui.org) O Partido Comunista Chinês ainda toma como alvo os praticantes do Falun Gong como doadores de órgãos sem seu consentimento, de acordo com os especialistas chineses e praticantes do Falun Gong.

Sua perspectiva no Congresso de Transplante Mundial de 2014 em São Francisco ecoou na Câmara do Comitê de Relações Exteriores dos EUA. Em 30 de julho, o comitê redigiu a resolução (H. Res. 281) condenando o crime por voto geral, o último passo antes de se tornar oficial.

Praticantes de Falun Gong contam suas experiências pessoais de testes de sangue e exames físicos suspeitos, enquanto estavam encarcerados sob perseguição na China. Suas experiências ajudam a ligar os pontos entre o recente 'boom' na extração de órgãos na China e um enorme banco de órgãos extraídos de praticantes vivos presos.

Muitos praticantes do Falun Gong na área da Baía de São Francisco contaram sua experiência em primeira mão de testes de sangue e exames físicos, os quais os praticantes eram sujeitos nas prisões chinesas, centros de detenção e campos de trabalho.

Li Jie lembra que foi submetida a força a fazer exames físicos para função do coração e pressão sanguínea durante sua detenção no Centro de Detenção Xicheng, em Pequim, no ano de 2000. Antes de ser transferida para a prisão, ela também foi submetida a abrangentes exames de seu coração e pulmão, incluindo retirada de amostras de urina e testes de sangue.

“Uma vez eles extraíram 200 cc de sangue na prisão em 2003,” disse ela.

"Os órgãos de varejo": prisioneiros do Falun Gong são alvos de extração de órgãos (Cortesia do Dr. He Mai, MD, vice-diretor dos Médicos Contra Extração Forçada de Órgãos (DAFOH, sigla em inglês) e professor assistente na Faculdade de Medicina Alpert da Universidade de Brown.

Yolanda, que chegou à Área da Baia da China não muito tempo atrás, ficou detida nas instalações chinesas entre 2011 e 2013. Ela foi forçada a passar por três exames físicos durante sua detenção. Estes exames incluíram um exame de pulmão e testes de sangue. Muitos praticantes na mesma instalação experimentaram testes semelhantes.

Esses exames eram feitos em hospitais, bem como em automóveis. Estranhamente, Yolanda era torturada no mesmo período em que realizava esses check-ups obrigatórios. “Era assustadoramente estranho durante esses exames” disse ela.

“A cada três meses, o Campo de Trabalho de Tuanhe organizava que os praticantes do Falun Gong tivessem seus sangues testados. Porém apenas os praticantes do Falun Gong tinham este 'privilégio'. Os prisioneiros que não eram praticantes do Falun Gong não precisavam passar pelo teste de sangue”, disse o Sr. Bu Dongwei, um ex-coordenador do Escritório de Pequim da Fundação Ásia e membro da Anistia Internacional.

Nenhum dos praticantes recebia qualquer resultado dos testes

David Matas, um renomado advogado de direitos humanos e especialista no assunto de extração forçada de órgãos, questionou porquê dos médicos chineses eram permitidos de participarem nas conferências de transplantes.

Ele pediu que os médicos chineses fossem expulsos da conferência global baseado no fato de que esses médicos têm estado profundamente envolvidos nos abusos de extração de órgãos. Ele chamou mais profissionais médicos e participantes da conferência para ajudar a acabar com a extração forçada de órgãos na China.

Na apresentação dos pôsteres na sala de exposições durante o congresso, no final do dia, os apresentadores estão disponíveis para uma hora de sessão perguntas e respostas. No pôster "Fontes de órgãos para transplante na China" o Sr. Matas foi designado como “Pôster de Honra", o qual a comissão de planejamento da conferência exortou os participantes a priorizar a leitura.

O advogado de direitos humanos David Matas, internacionalmente conhecido, questiona o fato de que os médicos chineses serem capazes de obter vistos para participar no Congresso Mundial de Transplantes em São Francisco.

Em um fórum em 29 de julho, o jornalista Ethan Gutmann afirma que a extração de órgãos na China ainda está em curso. Segundo ele, o número está aumentando. Ele também estava promovendo seu novo livro The Slaughter, uma investigação aprofundada das atrocidades de extração de órgãos na China, na conferência.

O Sr. Gutmann passou cinco anos entrevistando um grande número de praticantes do Falun Gong, profissionais médicos chineses e oficiais de cumprimento da lei. Ele coletou uma grande quantidade de evidências apontando para o fato de que a extração de órgãos de prisioneiros de consciência, especialmente de praticantes do Falun Gong, está de fato ocorrendo na China.

O Sr. Gutmann também mencionou num recente relatório do Minghui sobre praticantes, na China, serem obrigados a realizar testes de sangue. Se o sangue dos praticantes não pudessem ser obtidos, o teste era realizado nos seus parentes. O Sr. Gutmann chamou esses acontecimentos de "um desenvolvimento verdadeiramente alarmante".

O perito em China e jornalista investigativo, Ethan Gutmann, afirma que a extração de órgãos de praticantes do Falun Gong ainda está ocorrendo na China.

Wang Haibo, diretor do Transplante de Órgãos na China responsável pelo Sistema de Pesquisa do Ministério da Saúde, e membro da Comissão Nacional de Doação de Órgãos e Comitê de Transplantes de Órgãos da China, não compareceu para o seu discurso na conferência agendada.

Os praticantes do Falun Gong realizaram atividades fora do local do Congresso de Transplantes em São Francisco 2014 para informar os profissionais de medicina sobre a extração forçada de órgãos na China e para pedir a sua ajuda para acabar com o crime.