(Minghui.org) O sr. Xuan Chengxi (玄成喜), um agricultor de 61 anos de Shandong, foi espancado até a morte poucas horas depois que foi preso em 12 de outubro de 2000. No prédio do governo do condado de Yuhe, a equipe da Agência 610 e os policiais se revezaram para bater nele. Quando o sr. Xuan perdeu a consciência, jogaram água fria sobre ele para acordá-lo antes de continuarem a espancá-lo até que faleceu.
Sem notificar sua família, os funcionários cremaram seu corpo. Eles, então, disseram à sua família que ele morreu de um ataque cardíaco e acusou-o de "ser conivente com as influências estrangeiras e com a intenção de derrubar o governo."
A srta. Zhao Jing (赵静), uma praticante de Jilin de 19 anos, foi presa no dia 23 de novembro de 2000 a caminho de Pequim, quando foi apresentar uma petição ao governo para parar a perseguição contra o Falun Gong. Ela morreu logo depois de ser espancada num centro de detenção.
De acordo com um relatório da Radio Free Asia, seu pai disse: "vi muitas marcas de espancamento em seu corpo. A polícia local se apressou para cremar seu corpo no mesmo dia e não me deu chance de fotografar o corpo". Sua família disse mais tarde ao Minghui que encontraram dois fios de arame de metal em suas cinzas cremadas.
Outra praticante espancada até a morte com idade de 19 anos foi a srta. Chu Congrui (初丛锐), presa em 1 de dezembro de 2000, na Praça Tiananmen por protestar contra a perseguição. Ela morreu 12 dias depois no Presídio de Haidian em Pequim. Seu rosto estava deformado e seu corpo estava todo ensanguentado.
Acima estão três dos 445 praticantes do Falun Gong espancados até a morte por suas crenças nos últimos 15 anos. As mortes por espancamentos representam 11,7% do total de 3.795 mortes confirmadas na perseguição até agora.
Os praticantes do Falun Gong foram mortos todo mês desde que o regime comunista começou a perseguição em 20 de julho de 1999.
Para forçar os praticantes a renunciarem ao Falun Gong, as autoridades muitas vezes usam várias formas de tortura ao mesmo tempo, incluindo espancamentos, aplicação de choques com cassetetes elétricos, alimentação forçada, suspensão pelos pulsos, privação de sono, entre outras. O foco deste artigo, no entanto, são os praticantes que foram espancados até a morte, tanto com as mãos como com ferramentas, incluindo muitos objetos de uso cotidiano.
Com exceção de três dos 445 praticantes, temos dados de localização que mostram exatamente onde os espancamentos ocorreram.
Dos 442 casos com dados de localização conhecida, 419 praticantes foram agredidos quando apreendidos ou enquanto encarcerados em delegacias, centros de detenção, campos de trabalho, prisões, centros de lavagem cerebral e em outros centros de detenção extralegal.
Muitos praticantes morreram ainda sob custódia. Por exemplo, entre os 109 praticantes espancados nas delegacias, 77 (70,6%) morreram antes da sua libertação.
Cinco praticantes foram agredidos enquanto eram transferidos de uma unidade para outra. Outros 18 praticantes foram agredidos durante sua prisão, incluindo 11 brutalizados nas suas casas. No total, 23 praticantes morreram por espancamentos durante a transferência ou prisão.
No geral, 51% dos praticantes 445 morreram enquanto estavam sob custódia policial (vide gráfico em inglês).
Dos 445 praticantes espancados até a morte, a idade média foi de 48 (vide gráfico em inglês).
As cinco províncias com maiores contagens de morte por espancamento são Shandong, Hebei, Liaoning, Heilongjiang e Jilin, todas as quais estão no nordeste da China (vide gráfico em inglês).
O sr. Li Zaiji (李再亟), 44, foi o primeiro praticante espancado até a morte na cidade de Jilin, Província de Jilin. Ele foi preso a caminho de Pequim por protestar ao governo em 1999. Sem o devido processo, a polícia o condenou a um ano de trabalhos forçados. Ele morreu no dia 8 de julho de 2000. De acordo com sua família, suas costas estavam pretas e roxas e sua têmpora esquerda estava afundada. Um dos seus globos oculares pareciam ter sido empurrado para trás em seu encaixe e mantido no lugar com uma gaze. [1]
O sr. Wang Bin (王斌), 47, um engenheiro da computação, foi espancado por quatro presos por quase uma hora no Campo de Trabalho Forçado Dongfeng em Daqing, província de Heilongjiang, em 27 de setembro de 2000. Os vasos sanguíneos do seu pescoço foram rompidos. Ele teve várias fraturas ósseas e seu corpo estava coberto de hematomas. Ele faleceu em 4 de outubro após um ataque cardíaco. [2]
O sr. Zou Wenzhi (邹文志) morreu com a idade de 54 anos depois de ter sido espancado por policiais e agentes de segurança no seu local de trabalho, em 16 de outubro de 2000. Seu cadáver estava coberto de hematomas e lesões. O médico legista confirmou que sua coluna estava quebrada e que seu corpo tinha sérios danos nos órgãos internos, incluindo o coração. [3]
Após sua prisão em janeiro de 2001, o sr. Chen Guibin (陈桂彬), 35, foi levado para o escritório de segurança no seu local de trabalho e barbaramente espancado por quatro guardas de segurança. Dois ossos de seu pescoço estavam quebrados e seu corpo ficou paralisado. Após o espancamento, os guardas atiraram-no para fora na neve por mais de uma hora.
Quando ele foi finalmente enviado para o hospital, já era tarde demais: tinha dificuldade para respirar e estava sofrendo de desidratação e incapacidade de urinar. Com dor extrema, ele faleceu no dia 7 de fevereiro de 2001. [4]
O sr. He Xingzong (何行宗), 55, foi confrontado pela polícia em 8 dezembro de 2001 enquanto enviava panfletos sobre a perseguição ao Falun Gong. Quando ele se recusou a cumprir com as exigências dos policiais, estes o espancaram até a morte no local. O médico legista concluiu que sua morte foi resultado de um "acidente". Entretanto, enquanto o preparava para seu funeral, sua família descobriu que havia duas marcas de mãos profundas em seu pescoço, a parte de trás da sua cabeça ficou gravemente ferida e seus testículos foram esmagados. [5]
No Campo de Trabalhos Forçados Shuangkou em Tianjin, o sr. Chen Baoliang (陈宝亮), 66, foi espancado até a morte por criticar os guardas por torturarem outros praticantes. Os guardas atiraram-no ao chão e pisoteara, no seu corpo. Depois de meia hora desse abuso, o sr. Chen desmaiou e morreu em poucos minutos. [6]