(Minghui.org) É uma visão comum nos Estados Unidos imigrantes chineses lendo jornais no idioma chinês. Da mesma maneira que imigrantes de qualquer outro país, seu sentido de patriotismo e o apego à sua terra natal, tornam-se mais pronunciados quando estão no exterior.
Quando falei ao meu amigo sobre o Falun Gong e o fato de que está sendo perseguido na China, sua primeira reação foi: “O que você diz pode ser correto, porém como chinês e patriota, não quero que nossos trapos sujos sejam vistos em público. O que estão fazendo danifica a imagem da China. Por que devemos dizer aos ocidentais o que está ocorrendo com o Falun Gong?”
Essa é uma das principais razões pela qual o Partido Comunista Chinês (PCC) investe tão fortemente nos meios de comunicação em idioma chinês em países ocidentais. Ele deseja passar a imagem de uma só “China” e por isso reter a lealdade dos seus milhões de emigrantes.
Expliquei para o meu amigo que isso é, e ao mesmo tempo não é, uma questão de patriotismo.
Ninguém quer ver que a extração forçada de órgãos implica na morte de prisioneiros de consciência com base na demanda de órgãos, esteja ocorrendo na sua pátria. Os praticantes do Falun Gong estão expondo esse crime de maneira que esses assassinatos possam ser detidos, porque isso é o que deve ser feito.
Da perspectiva do patriotismo e de fazer o que é bom para a China, trata-se de um delito cometido pelas autoridades do PCC. Expor e por um fim nessa situação é ruim para o PCC, mas é bom para a China.
Procurei abordar o assunto a partir de um contexto distinto. Se um alemão tivesse tentado deter o Holocausto expondo a presença dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, teria feito o que é correto? Ou ele teria envergonhado a Alemanha? Não teria feito o que é correto e também atuado segundo os melhores interesses do seu país? Poderia alguém ter afirmado que devido à Alemanha estar sendo controlada pelo partido Nazista, expor os seus crimes significaria danificar a Alemanha?
Se ninguém expõe os fatos e essas atrocidades em nossa pátria continuam sem serem controladas, o que ocorrerá com a China? Inclusive outros chineses, sejam praticantes do Falun Gong ou não, podem ser assassinados para terem seus órgãos extraídos, tendo em conta que o tráfico de órgãos é rentável. A China não deveria ser famosa pelo turismo de órgãos. Por fim a essa prática atroz, não significa atuar a favor do país em prol dos melhores interesses do povo chinês?
Desde uma perspectiva mais ampla, vemos que muitos chineses praticavam o Falun Gong antes do início da perseguição em 1999. Pelo fato do Falun Gong ensinar Verdade-Compaixão-Tolerância, os praticantes eram cidadãos modelo que dedicavam o seu tempo para os demais e contribuíam positivamente com a comunidade por iniciativa própria.
Depois do início da perseguição, muitas pessoas viram-se forçadas ou enganadas a seguir em rumo oposto à sua própria consciência. Seu foco de atenção passou de fazer o que é correto, a ser egoísta para assegurar a própria sobrevivência sem se importar com os demais.
Os praticantes estão fazendo todo o possível para reverter essa tendência, então, isso é bom ou mal para a China e para o mundo em geral?
Meu amigo olhou em meus olhos e me disse: “Os praticantes do Falun Gong são os verdadeiros patriotas”.