Lista parcial dos casos de morte em 2013: profissionais e adultos no auge da vida
(Minghui.org) Este informativo identifica três tendências da perseguição em 2013: houve um aumento de sigilo, um último esforço profundo para manter uma campanha brutal de perseguição enquanto agentes do Partido Comunista Chinês (PCC) estão sendo derrubados um por um e um aumento nos casos de perseguição em centros de lavagem cerebral e prisões, como resultado dos campos de trabalho da China terem sido declarados como fechados.
A perseguição ao Falun Gong, ainda é conduzida em nível nacional na China. Não tem diminuído de maneira nenhuma. Pelo contrário, está ainda mais desenfreada e está sendo mantida por trás do véu de sigilo.
Em 2013, foram confirmados 108 casos de morte, com 34 mortes ocorridas em 2012 e 74 mortes em 2013. Muitas das vítimas eram profissionais como: empregados do governo, médicos, professores e empresários. Mais de um terço morreu entre 40 e 50 anos. Suas famílias e locais de trabalho sofreram como resultado das perseguições a eles e também com as suas mortes.
Retratos de algumas das vítimas
Em julho de 1999, quando o regime chinês iniciou a perseguição, ele obrigou a todos os meios de comunicação sob seu controle a caluniarem o Falun Gong, dia e noite. Eles logo perceberam que a perseguição estava abertamente condenada pelo mundo ocidental e não conseguia o apoio dos chineses locais. Então passaram a apresentar julgamentos forjados para que a perseguição parecesse “legal” e realizaram torturas secretamente.
Em 16 de setembro de 2013, confirmou-se essa tendência mediante uma ordem confidencial emitida para a Delegacia de Polícia da cidade de Chaoyang. Wang Mingyu, secretário do Partido Comunista da cidade de Chaoyang, província de Liaoning, transmitiu a ordem: “Planejem cuidadosamente, intensifiquem os ataques, enfoquem na eficácia, vença-os e façam o que for necessário, porém mantenham em segredo máximo.”
A Delegacia de Polícia da cidade de Chaoyang emitiu uma ordem confidencial em setembro de 2013 para o lançamento de um plano de “1000 policiais para atacar o Falun Gong”.
Em 27 de setembro, Li Chao, chefe da Delegacia de Polícia da cidade de Chaoyang, dirigiu a reimpressão do documento nº 44 [2013]: “20 planos para que a polícia da cidade mantenha o controle e lance ataques pelo bem da segurança pública.”
Este documento confidencial exigia que 21 diferentes agências de segurança pública na cidade, prendessem pelo menos 112 praticantes do Falun Gong e lhes aplicassem punições administrativas e criminais.
Muitas detenções em 2013 foram feitas secretamente. Oficiais da polícia não utilizavam carros policiais, não usavam uniformes, não mostravam suas credenciais, nem revelavam suas identidades. Simplesmente invadiam as casas dos cidadãos e os prendiam.
A sra. Jiang Shu, empregada de uma loja de antiguidades na cidade de Laiyang, província de Shandong, foi detida pela Agência 610 local em 3 de maio de 2013. O dono da loja, Zhang Shengqi encontrou a sra. Jiang trancada num automóvel. Pensou que a máfia a estava levando, assim tentou ajudá-la. Como resultado, ele foi severamente golpeado. Finalmente se deu conta de que, na verdade, a “máfia” era um grupo de policiais.
O sistema judiciário do PCC também tem estado levando adiante secretamente a perseguição. A sra. Niu Guifang da cidade de Shenyang, província de Liaoning, foi sentenciada a três anos de prisão em 27 de fevereiro de 2013. O julgamento foi realizado secretamente no centro de detenção e a família da sra. Niu não foi notificada. A sra. Niu logo foi transferida para a prisão feminina da província de Liaoning. Sua família ficou sem saber do julgamento até muito tempo mais tarde.
Muitos praticantes do Falun Gong também foram secretamente torturados até a morte. O sr. Yang Zhonggeng (também conhecido como Zhang Yan) morreu com a idade de 38 anos em 28 de junho de 2013 como resultado das torturas. Ele foi espancado e morreu quatro dias após a sua detenção. Quando a sua mãe exigiu uma explicação para a sua morte, os funcionários do PCC disseram que o sr. Yang havia cometido suicídio.
Detenções em larga escala ocorreram em 2013 em diferentes áreas tais como as cidades de Harbin e Qiqihar na província de Heilongjiang; Shenyang, Chaoyang, Fushun, Dalian na província de Liaoning; Yiyang província de Henan; Pequim; Yibin, Pengzhou na província de Sichuan; Xuzhou e Xinyi na província de Jiangsu; Gaomi na província de Shagong e na cidade de Zhengzhou na província de Henan.
Em algumas detenções os policiais de nível provincial, municipal e de condado uniram suas forças e às vezes também se uniram aos agentes de segurança nacional.
Tais ações eram geralmente feitas pelos principais autores da perseguição, que desejavam adiar o momento em que seriam responsabilizados pelos seus crimes por continuarem a perseguição.
Abaixo alguns exemplos:
Agências de notícias chinesas informaram que Li Dongsheng, chefe da Agência 610, ex-vice-ministro do Ministério da Propaganda e, posteriormente, vice-ministro da Segurança Pública, estava sob investigação em 20 de dezembro de 2013.
Li visitou o condado de Huailai a 120km de Pequim um mês antes. Em 5 de novembro foi a uma aldeia com o secretário do partido do condado e ordenou ao condado aumentar a propaganda e a vigilância na internet para levar adiante a perseguição ao Falun Gong.
Os meios de comunicação controlados pelo Estado não haviam relatado nada sobre Li Dongsheng desde agosto. Quando houve rumores que Zhou Yongkang, o chefe maior de Li estava sob prisão domiciliar, Li procurou fazer aparições públicas para apostar seu futuro novamente perseguindo praticantes do Falun Gong com a esperança de ser resgatado por Jiang Zemin, o principal perpetrador, que lançou a perseguição em julho de 1999.
Enquanto a posição de Li como o chefe da Agência 610 tenha sido mantida em semi-segredo e não foi mencionada em sua apresentação pública oficial, “Chefe da Agência 610” foi seu primeiro título oficial mencionado no anúncio da sua investigação.
Em 15 de novembro de 2013, os agentes de segurança doméstica da cidade de Shijiazhuang, província de Hebei, prenderam mais de 30 praticantes do Falun Gong por terem calendários de mesa em branco. A ordem veio diretamente de Zhou Benshum, secretário do Partido da província de Hebei.
Zhou tinha uma estreita ligação com o Comitê de Assuntos Políticos e Legais (CAPL), a organização das normas que manejou a perseguição a nível nacional contra o Falun Gong. Zhou Benshum foi secretário geral quando ZhouYongkang era chefe do CAPL entre 2007 e 2012
Antes da recente queda de Zhou Yongkang, Zhou Benshun lançou um programa piloto em 2012 para a província de Hebei para intensificar a perseguição aos praticantes do Falun Gong. No início de outubro de 2013, a Agência 610, na província de Hebei, distribuiu amplamente um anúncio de um “concurso legal” com o propósito de caluniar o Falun Gong. O anúncio encorajava as pessoas a unirem-se e visitarem os websites relacionados para se prepararem para a competição.
Em março de 2013, 94 praticantes do Falun Gong foram presos na cidade de Harbin, província de Heilongjiang. Isso foi devido a Wang Xiankui, o então governador da província de Heilongjiang e atual secretário do PCC da província, passou pelo condado de Yilan e viu cartazes que estavam escritos “Falun Gong é bom” e “Verdade-Compaixão-Tolerância é bom”.
Como resultado, irritou-se, ficou extremamente ansioso e posteriormente ordenou as prisões em massa.
Em 17 e 18 de outubro de 2013, 34 praticantes foram detidos na cidade de Jilin, província de Jilin. Zhang Xiaopei, secretário do PCC na provínia de Jilin e Bai Yan, chefe provincial da Agência 610, dirigiram pessoalmente as detenções maciças.
Zhang Xiaopei, inclusive chegou a visitar o Centro de Lavagem Cerebral de Shahezi na tarde de 20 de outubro, onde vários praticantes foram detidos.
Quando o PCC declarou o “fechamento” dos campos de trabalho forçado, muitos praticantes do Falun Gong foram “liberados” e logo diretamente enviados a centros de lavagem cerebral para continuar sendo perseguidos. Alguns novos centros de lavagem cerebral estabelecidos em 2013, simplesmente substituíram as instalações dos campos de trabalho “fechados”.
Como consequência, foram atribuídas novas quotas de perseguição às prisões e centros de lavagem cerebral. Isto gerou um forte aumento no número de prisões ilegais (ver resumo do relatório de 2013) e no número de casos de perseguição nos centros de lavagem cerebral.
Segundo estatísticas do Minghui, em 2013 havia 158 centros de lavagem cerebral funcionando. Pelo menos 737 praticantes foram torturados nesses locais. O número de praticantes enviados a centros de lavagem cerebral durante a segunda metade de 2013 foi quatro vezes maior do que o número da primeira metade de 2013.
Nos centros de lavagem cerebral também surgiram novos métodos de tortura.
Representação da tortura “espancamento brutal”
Nos praticantes mais firmes a tortura com drogas foi a mais comumente usada. Isso era para provocar no praticante a perda da consciência e a de sua força de vontade, para que ficasse mais fácil forçá-lo a assinar as três declarações de “transformação”.
O abuso sexual também foi desenfreado nos centros de lavagem cerebral durante o ano de 2013.
Qu Shenxin, membro do Centro de Lavagem Cerebral do distrito de Jianghan na província de Heilongjiang, visitou o quarto da sra. Wang Yan várias vezes uma noite usando somente sua roupa íntima. Ele xingouasra. Wang, assediou-a sexualmente e até tentou violentá-la.
No Centro de Lavagem Cerebral de Shangfangshan na cidade de Suzhou, província de Jiangsu, um grupo de guardas da Agência 610 invadiu o quarto da sra. Xuan Xiaomei tarde da noite. Um homem de meia-idade subiu em sua cama, apertou-a embaixo dele e a xingou. Ele importunou e humilhou a sra.Xuan na frente de um grupo de guardas homens e mulheres, que não tomaram nenhuma atitude para intervir e, posteriormente, se comportaram como se nada tivesse acontecido.
As famílias dos praticantes também foram submetidas a assédio e extorsão financeira por parte do pessoal do centro de lavagem cerebral. O Centro de Lavagem Cerebral do distrito de Kuiwen, na cidade de Weifang, província de Shangong, extorquiu dinheiro repetidamente dos praticantes e de suas famílias para obter ganhos adicionais. Sempre que necessitavam de dinheiro, escolhiam alguns praticantes e tratavam de tirar dinheiro deles e de suas famílias.
O Centro de Lavagem Cerebral de Qinglongshan, na província de Heilongjiang, coletou 10 mil yuanes de cada pessoa.