(Clearwisdom.net) É nossa convicção que, quando a verdade sobre a perseguição ao Falun Gong na China for totalmente revelada, esta chegará ao fim, já que o mundo simplesmente não será capaz de tolerar mais. O fato de que os líderes comunistas da China tenham se esforçado tanto se esconder e encobrir seus atos desde 1999, indica que eles acreditam nisto também.
Enquanto Falun Gong é praticado em mais de 114 países, na China, sua terra natal, seus praticantes são submetidos a terríveis violações de direitos humanos amplamente documentadas. A escala e o alcance dessas violações possivelmente fazem dessa a maior perseguição religiosa no mundo atual.
A perseguição começou oficialmente em 22 de julho de 1999, seguida de uma escalada crescente de violações de direitos humanos por parte do regime comunista chinês. Uma explicação básica do motivo para a perseguição é a ideologia ateísta do Partido Comunista Chinês (PCCh), que teme todos os grupos que possam escapar de seu controle, especialmente os que seguem ideologias ou crenças que não se encaixam no seu modelo de hegemonia.
O PCCh, em várias ocasiões, tratou de erradicar toda expressão religiosa na China (um país que tradicionalmente era chamado de "A Terra Divina"). Até os dias de hoje, católicos romanos, muitos protestantes e budistas tibetanos não podem exercer suas crenças livremente na China; eles estão sob constante ameaça de detenção e torturas. Em 1999, o Falun Gong tornou-se mais um alvo do PCCh, pois seu rápido crescimento tornou-o o maior grupo espiritual na China, com mais de 70 milhões de pessoas (possivelmente 100 milhões) segundo fontes oficiais do governo na época.
Analistas destacaram que a decisão de iniciar essa campanha de erradicação doe Falun Dafa originou-se do então líder do PCCh, Jiang Zemin, que era medroso e invejoso no que se refere ao prestígio do Falun Dafa frente a um PCCh em crise na época. Segundo o analista William Lam (notícia), Jiang Zemin "utilizou o movimento de massa para forçar a lealdade de membros do PCCh a sua pessoa". Fontes citadas pelo Washington Post declaram que "Jiang Zemin decidiu sozinho que Falun Gong deveria ser eliminado", e "ele escolheu o que considerava um alvo fácil".
Possivelmente, a característica mais destacada dessa perseguição é o uso frequente e intensivo de métodos extremos de tortura. As torturas contra os praticantes do Falun Dafa tem sido registrada em cada província da China, seja em cárceres, campos de trabalhos forçados, centros de lavagem cerebral, etc., tanto em grandes cidades como em pequenos povoados e aldeias.
As técnicas de tortura mais empregadas incluem a aplicação de descargas elétrica lesivas (bastão elétrico), queima com ferro em brasa, manter o praticante amarrado em posições agonizantes e dolorosas durante dias, introdução forçada de soluções salinas através de tubo plástico introduzido pelo nariz, arrancar unhas, são algumas das técnicas empregadas na perseguição; as violações e torturas sexuais a praticantes doe Falun Dafa detidos também são frequentes.
Até esta data (2013) foram documentados mais de 3.694 mortes e mais de 63.000 relatos de torturas.
Quando a perseguição começou em 1999, dezenas de milhões de chineses que praticavamo Falun Dafa, uma prática de meditação, tiveram de tomar uma decisão. Uma opção era a de se render ao PCCh e abandonar a prática que tanto havia melhorado a saúde, guiado espiritualmente e, invariavelmente, dado um maior significado a suas vidas. A segunda opção era continuar a praticar em segredo, clandestinamente, porém, isso era praticamente impossível mesmo que a pessoa ignorasse seus amigos e familiares perseguidos. A opção final era resistir abertamente à perseguição, apesar de conhecer bem as dolorosas consequências da escolha.
De fato, os que escolheram a última opção enfrentaram formas de opressão e intimidação que não foram mostradas na mídia, demissão de seus trabalhos, expulsão de universidades, retirada de pensões e assistência médica, divórcios, perda de moradias e muitas outras formas de discriminação.
Para centenas de milhares, a realidade mais básica da perseguição tem sido longos períodos de detenção em campos de "reeducação pelo trabalho forçado", o sistema gulag da China. Ali eles são forçados a trabalhar mais de 20 horas por dia, produziroe Falun Dafa são forçados a suportar o que só é possível descrever como uma lavagem cerebral. O objetivo do PCCh é forçar as pessoas a renunciarem a suas crenças espirituais; é fazer os praticantes acreditarem que o Falun Dafa é perigoso, além de incentivar a traição e delação de praticantes que resistem à perseguição.
Os principais métodos de lavagem cerebral, que o PCCh chama de "transformação", são a privação de sono, assistir a horas de projeção de vídeos que difamam o Falun Dafa, ameaças, e "sessões de luta" ao estilo da Revolução Cultural. Para as pessoas "teimosas" que resistem a isso, que se recusam a serem "transformadas", resta a injeção de drogas psicotrópicas para embotar e desfazer o "pensamento politicamente incorreto". Porém, a solução final do PCCh para grande número de praticantes do Falun Dafa encarcerados é muito mais terrível. Segundo funcionários e ex-funcionários de hospitais, milhares de praticantes do Falun Dafa são assassinados para que seus órgãos sejam utilizados em transplantes sob encomenda(comércio de órgãos).
Fígados, rins, corações, córneas são extraídos de praticantes do Falun Dafa compatíveis com o receptor do órgão. Um estoque vivo de órgãos. Os órgãos são extraídos e vendidos para pessoas desesperadas, porém com muito dinheiro, tanto na China como no estrangeiro.
Porém, igualmente a todos os genocídios do século XX, a violência extrema requer a desumanização "das pessoas" mediante intensa propaganda. De fato, um instrumento crucial utilizado pelo PCCh na perseguição ao Falun Dafa tem sido a fabricação e distorção de informações sobre o Falun Dafa, tanto na China como para o resto do mundo.
Desde o primeiro dia da perseguição, o regime comunista chinês proibiu os livros do Falun Dafa e todo material informativo que informe positivamente sobre o Falun Dafa. Todos os websites relacionados à prática foram imediatamente bloqueados. Milhões de livros de do Falun Dafa foram tomados à força e queimados em público. O regime temia que as pessoas pudessem saber, se é que não sabiam, que o Falun Dafa é uma forma de vida saudável, positiva e normal adotada por muitos.
É claro, os esforços para censurar se intensificaram no que se refere à internet, em grande parte devido a empresas ocidentais que, com entusiasmo, venderam aos órgãos de segurança do PCCh tecnologia para "monitorar" e "policiar" a internet . Como resultado, agora há cidadãos chineses presos por circular ou publicar evidências de tortura na internet, ou simplesmente por lerem artigos sobre o Falun Dafa.
Atualmente, o Falun Gong é praticado livremente em mais de 114 países: Em clubes, associações, empresas, praças públicas, universidades e vários outros locais. Lamentavelmente, na China, país onde surgiu, atualmente, o Falun Dafa está banido e sujeito a severas violações de direitos humanos sob as arbitrariedades do regime comunista.
Acompanhando a censura, o PCCh buscou difamar o Falun Dafa por meio de um agressivo e abrangente ataque via propaganda, e controle total da informação. O regime decidiu associar ao Falun Dafa uma imagem de perigoso, perverso e anormal.
O ex-lider do PCCh, Jiang Zemin, abriu esse caminho ao rotular o Falun Dafa de "seita" três meses depois do início da perseguição, com a intenção de influenciar a opinião pública. O Ministério da Propaganda criou publicações, programas de rádio e TV, peças teatrais, historietas, exibições, etc. visando a criminalizar o Falun Dafa.
Além disso, funcionários do governo chinês em todo o mundo disseram ter recebido material difamatório de parte de pessoas do PCCh. Isso foi para pressionar esses funcionários a manter o silêncio sobre questões de direitos humanos na China; eles também foram orientados a interferir ou impedir a realização de atividades locais do Falun Dafa, como desfiles e conferências. Pressões comerciais e ações diplomáticas foram feitas sobre o governo de alguns países nesse sentido.
Muito mais que meras ameaças, praticantes do Falun Dafa fora da China foram agredidos fisicamente e espionados por agentes diretamente ligados ao regime comunista chinês.
Os praticantes do Falun Dafa tem respondido a tudo isso com meios notadamente pacíficos. Ao longo de quase uma década de perseguição, os praticantes nunca responderam com violência. Ao contrário, eles tentaram primeiramente sensibilizar e mostrar aos líderes do PCCh, por meio de cartas e petições, o equívoco em perseguir o Falun Dafa. Diante do "ouvido surdo" dessas lideranças, os praticantes foram à Praça Tiananmen onde, meditando tranquilamente ou segurando faixas antes de serem detidos, buscaram despertar a consciência e coragem do povo chinês bem como chamar a atenção dos líderes mundiais. Como a perseguição não parou, os praticantes começaram a responder à propaganda estatal por meio da distribuição de material informativo (folhetos, e-mails, CDs, chamadas telefônicas etc.) que expunha a perseguição. Uma campanha para esclarecer os fatos sobre a perseguição.
O movimento de resistência, formado por corajosos atos individuais apesar dos riscos pessoais, constitui-se no que provavelmente é o maior movimento não violento no mundo.
Fora da China, os praticantes do Falun Dafa estão envolvidos em vários projetos e atividades com o propósito de expor e esclarecer a situação sobre a perseguição na China. Como os direitos legais dos praticantes são negados na China, um grupo de advogados de direitos humanos está realizando uma das campanhas legais internacionais mais abrangentes da história, cujo propósito é levar a julgamento os funcionários do PCCh que encabeçam um verdadeiro genocídio contra Falun Dafa.
Fonte: http://faluninfo.net/topic/2/
Este é um dos artigos da série especial destinada a expor de forma mais abrangente a perseguição a Falun Gong na China, em todas as suas múltiplas facetas. Para saber mais, acesse a versão em inglês: