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​Praticantes do Falun Gong são drogadas na Prisão Feminina de Shandong por praticarem sua fé

19 de abril de 2022 |   Por correspondentes do Minghui na província de Shandong, China

(Minghui.org) Em 2018, a Sra. Guo Xiuqing, 70 anos, moradora da cidade de Shouguang, província de Shandong, foi enviada para a Prisão Feminina de Shandong para cumprir uma pena de 7 anos por praticar o Falun Gong, uma prática para aprimoramento da mente e do corpo que tem sido perseguida pelo Partido Comunista Chinês desde julho de 1999.

Certa vez, uma presidiária deu a ela uma pílula desconhecida para tomar, imediatamente seu rosto ficou pálido, seus lábios ficaram roxos, seu corpo inteiro tremia e também se sentiu tonta. Ela também começou a vomitar. Como ela também não conseguia ficar de pé, alguém a ajudou a caminhar até “enfermeira” do presídio Li Yujie. Li entregou-lhe outra pílula e disse: “Ah, parece que aquela droga era tão forte que você foi envenenada por ela! Tome este antídoto por enquanto e lhe darei uma pílula menos potente da próxima vez.”

Li era uma das várias presas “enfermeiras” da Divisão 11 da prisão, que não tinha formação técnica na área da saúde, mas os guardas as faziam administrar remédios, incluindo drogas psiquiátricas, e desempenhar outras responsabilidades de enfermeira. Li foi presa por sequestro de crianças e depois solta em 2020. Enquanto ainda estava presa, Li e outras presidiárias “enfermeiras” muitas vezes forçavam as praticantes presas a ingerirem drogas desconhecidas, na tentativa de fazê-las desistir de sua crença no Falun Gong.

Diariamente drogam as praticantes

Mais de 95% das praticantes presas nesta penitenciária foram avaliadas “com vários problemas de saúde” depois de serem forçadas a passar por exames físicos na admissão. As praticantes geralmente estavam muito saudáveis antes de suas prisões, mas, como são forçadas a tomar medicamentos, a maioria dos quais, para pressão arterial, era o que se dizia nesse local. A maioria das praticantes confirmou que se sentia muito mal após ingerir esses medicamentos.

A penitenciária tinha apenas alguns médicos, então os guardas designavam várias criminosas para serem “enfermeiras”, mesmo que não tivessem curso de enfermagem. Sob as instruções dos guardas, essas supostas “enfermeiras” realizavam “exames físicos” nas praticantes presas e lhes davam remédios que muitas vezes causavam danos físicos e mentais.

Em 2019, a Sra. Yang Jirong, uma neurologista de 77 anos, foi condenada a cinco anos e levada para a prisão. Ela foi forçada a tomar os supostos remédios para “pressão arterial” sob o argumento que ela não havia completamente se “transformado” (desistido da crença no Falun Gong). Depois disso ela sofria com tonturas, perda de memória, movimentos lentos, sonolência e desconforto no estômago.

Como neurologista experiente, a Sra. Yang sabia que o que foi dado a ela não era simplesmente um medicamento para pressão arterial, mas algo que uma superdose levaria à demência. Ela expressou sua preocupação aos médicos da prisão e às “enfermeiras” presidiárias por não ter pressão alta, portanto que deveria parar de tomar os remédios. Mas, lhe disseram que se não cooperasse com o “tratamento médico” seria o mesmo que não se “transformar” completamente.

Quando a Sra. Yang se aproximava dos guardas, eles a encaminhavam para os médicos da prisão. Uma vez, com o pretexto de levar a Sra. Wang para um check-up em um hospital, as presidiárias “enfermeiras” removeram suas calças e a empurraram para o lado de fora, expondo-a ao inverno rigoroso por mais de uma hora. Depois de voltar para sua cela, ela foi forçada a tomar a mesma dose do medicamento para “pressão arterial”. Os médicos da prisão e as presidiárias “enfermeiras” alegavam que ela tinha um transtorno mental e ameaçavam aumentar a dosagem. Depois de vários anos, ela que foi uma renomada neurologista, respeitada e elegante foi reduzida a uma pessoa com um olhar sem vida e uma expressão desgastada no rosto.

Um grupo especial de vítimas

Além da Sra. Guo e da Sra. Yang, muitas outras praticantes presas na Divisão 11 também foram drogadas. Os guardas até rotulavam algumas praticantes como doentes mentais e as forçavam a tomar “suplementos”. Havia documentação de quanto dos “suplementos” essas praticantes tomavam. De acordo com algumas presidiárias designadas pelos guardas para acompanhar os medicamentos dados para as praticantes, cerca de um quarto das praticantes detidas na Divisão 11 foram forçadas a tomarem esses “suplementos”.

As presidiárias também disseram que essas praticantes geralmente eram aquelas que raramente eram visitadas por seus familiares ou não tinham muito dinheiro em suas contas. As presas explicaram que não ousavam tocar nas praticantes cujas famílias as visitavam com frequência, pois não queriam se meter em encrencas.

Um exemplo foi a Sra. Zhang Min, uma praticante da cidade de Weifang. Quase ninguém ia visitá-la e ninguém depositava dinheiro em sua conta, então ela foi uma das vítimas obrigadas a tomar “suplementos”. Ela protestava em voz alta que era normal e não tinha nenhuma doença mental. Mas ninguém a escutava e a administração forçada de drogas continuava.

Quanto às praticantes que pararam de praticar sob pressão, elas também podem ser forçadas a tomararem “suplementos” se a “transformação” não for considerada completa o suficiente. Aqui gostaríamos de aconselhar aos familiares das praticantes detidas a visitarem seus entes queridos de tempos em tempos – por exemplo, uma vez por mês – para evitar que tais tragédias aconteçam.

Drogando discretamente todas as praticantes

Nenhuma praticante era autorizada a levar sua garrafa com água para fora da prisão ao ser libertada. O guarda no portão despejava toda a água da garrafa de cada praticante libertada. Mesmo algumas presidiárias que ajudaram na perseguição não sabiam o porquê.

Acontece que a água dada às praticantes continha drogas tóxicas. Na verdade, este foi um tipo de abuso psiquiátrico aplicado a praticantes detidas. Os guardas normalmente colocavam as drogas que danificam os nervos em várias garrafas térmicas grandes e antigas, das quais as pessoas serviam água quente em suas próprias canecas. Uma vez que as pílulas se dissolviam na água quente, os guardas pediam às presas de plantão que levassem as garrafas térmicas para as celas designadas para as praticantes. As presas diziam às praticantes que as garrafas térmicas eram usadas pelos guardas da prisão e que ainda havia água quente.

Como não havia garrafas térmicas (ou seja, não havia água quente para beber) nas celas, muitas praticantes diziam que sim, quando as presas perguntavam quem gostaria de beber água quente. Especialmente as praticantes recém-chegadas, que ainda precisavam pedir permissão para tudo, incluindo obter água para beber, muitas vezes ficavam felizes em tomar um pouco de água quente sem antes pedir aprovação.

À medida que as praticantes bebiam essa água quente misturada com drogas ao longo dos anos na prisão, elas gradualmente desenvolveram vários sintomas, incluindo: (1) sonolência, medo e perda de memória; (2) inchaço do estômago e indigestão; (3) sono profundo, visão turva, palpitação, asfixia e episódios psicóticos; (4) membros rígidos e frios. Uma praticante já tinha membros rígidos e teve problemas para virar o corpo durante o sono enquanto estava na prisão. Três anos depois de ter sido libertada, ela ainda não recuperou totalmente a memória. Sua família disse que ela não conseguia se lembrar de nenhum dos lugares que eles visitavam juntos, e que suas pernas também estavam severamente inchadas.

Os guardas não apenas visavam praticantes firmes, mas também aquelas que haviam desistido do Falun Gong sob pressão. Fu Guiying, uma ex-praticante que era considerada altamente confiável pelos guardas, também bebeu a água quente com o tal medicamento tóxico. Havia outra ex-praticante que também bebia a água quente e observou que sua pele rachada parecia nunca se curar. Pode ser que as drogas tóxicas tenham impedido a cicatrização de sua pele.

Aquelas em via de serem libertadas geralmente tinham a chance de limpar o saguão. Elas disseram que viam os guardas trazerem suas próprias garrafas de água para o trabalho todos os dias. Havia também presas que estiveram nos escritórios dos guardas e viram bebedouros lá. Em outras palavras, os guardas bebiam água engarrafada ou a água do bebedouro. As garrafas térmicas eram usadas apenas para induzir as praticantes a beberem a água quente com drogas tóxicas.

Outros tipos de abuso

Na Divisão 11 da Prisão Feminina de Shandong, as drogas usadas para o abuso psiquiátrico estavam prontamente disponíveis. Mas, quando as praticantes de fato adoeciam, a medicação de repente se tornava muito limitada ou indisponível. Certa vez, uma praticante alta teve fortes dores nas costas, tornando difícil para ela ficar de pé ou andar. Só depois de implorar muitas vezes aos guardas, que ela foi autorizada a ir ao hospital da prisão levada por uma presa. Um médico da prisão primeiro perguntou se ela havia se “transformado”! Ele então apalpou a parte inferior das costas dela sem tirar o casaco de inverno e disse: “É uma hérnia de disco lombar, não há nada que eu possa fazer! Você só tem que esperar até ser liberada e buscar tratamento em outro lugar.”

O atendimento odontológico também foi usado como desculpa para o abuso. Uma praticante idosa da cidade de Shouguang foi detida logo após adquirir uma dentadura, mas antes que o ajuste final fosse feito. Como resultado, sua dentadura estava frouxa e caia quando ela abria a boca para falar.

De acordo com a política da prisão, quem procura atendimento odontológico deve ter pelo menos 3.000 yuans em sua conta do presídio e esperar um ou dois meses para conseguir uma consulta. Quando finalmente chegou sua vez de ver o dentista da prisão, ele colou sua dentadura em um dente bom e cobrou mais de 600 yuans por essa solução rápida. Nos anos seguintes, a dentadura se movia em sua boca, tornando ainda mais difícil escovar os dentes. Mais tarde, o dente bom também estava solto e a dentadura inteira pendurada em sua boca. Ela tentou marcar outra consulta para ver o dentista novamente, mas lhe disseram que nada poderia ser feito e que ela deveria esperar até ser libertada.

A hora das refeições na prisão era muito limitada, portanto ficava muito difícil para as praticantes idosas mastigarem rápido o suficiente, pois os vegetais não eram cortados finamente ou bem cozidos. Certa vez, uma praticante viu que faltava um dente depois de comer os vegetais meio crus. Muitas outras praticantes estiveram em uma situação semelhante quando engoliram seus dentes enquanto comiam. Essa praticante em particular foi ao dentista, porém ele disse que todos os seus dentes precisavam ser removidos e substituídos por uma dentadura. Então ela se recusou. Muitas praticantes idosas acabaram recebendo uma dentadura completa na prisão, mas não prestavam porque elas não tinham permissão para ver o dentista com a frequência necessária para ajustar ou fazer a manutenção das dentaduras. Elas gastaram o dinheiro (mais de 3.000 yuans para cada dentadura), mas obtiveram algo imprestável.

Houve também outros tipos de abuso físico. Depois de serem torturadas e feridas, as praticantes enfrentaram mais abusos e humilhações por parte das presas. Depois que a Sra. Zhao Jihua, já na casa dos 60 anos, foi enviada para a prisão, a detenta Jiang Ping foi autorizada pelos guardas a espancá-la em sua cela todos os dias. Como o som das batidas era muito alto, Jiang às vezes arrastava Zhao para um banheiro próximo e batia nela severamente.

Certa vez, durante uma coleta de amostras de sangue, várias presas espancaram a Sra. Zhao e a insultaram, porém nenhuma guarda as deteve. Vendo que a Sra. Zhao não cedeu, os guardas e os médicos instruíram as presas a adicionarem drogas que danificam os nervos na comida da Sra. Zhao. Isso levou ao seu transtorno mental, tornando-a extenuada e extremamente fraca.

A Sra. Bi Jianhong, uma praticante da cidade de Yantai, entrou em greve de fome para protestar contra os abusos. Ela foi arrastada para o hospital da prisão para receber alimentação forçada todos os dias. Os médicos da prisão costumavam instruir as presas a alimentá-la à força. De vez em quando, um médico gritava: “Quem não praticou a inserção de sondas de alimentação forçada, pode vir e praticar!” Sem treinamento, algumas presas inseriam o tubo nasal de forma imprudente, causando uma dor tremenda à Sra. Zhao. Houve uma praticante que morreu depois que o tubo foi inserido em seu pulmão.

Ilustração de tortura: alimentação forçada

Em12demaio de 2020, quando a Sra. Meng Qingmei gritou “Falun Dafa é bom! os guardas a colocaram em confinamento solitário como punição. Em nome do tratamento de sua doença, os guardas mais tarde a levaram ao hospital para injeções intravenosas. A presa Shuang Shuang (da cidade de Zibo, condenada por fraude a cinco anos) alegou que a agulha foi inserida no lugar errado e pediu ao médico para retirá-la para inserir novamente. Isso aconteceu várias vezes. Elas também pediram a algumas outras presas que praticassem a inserção de agulhas na Sra. Meng.

No final, todo o corpo da Sra. Meng ficou extremamente inchado e o resgate para o Hospital da Polícia de Jinan não reverteu o quadro, e ela morreu de falência múltipla de órgãos.

Depois que a pandemia de coronavírus eclodiu no final de 2019, a Divisão 11 e o hospital usaram outra tática para abusar das praticantes. No verão quente, as praticantes idosas usavam máscaras grossas de algodão. Mais tarde, eles distribuíram máscaras mais finas, mas as alças eram tão finas que machucavam muito as orelhas. As praticantes também foram obrigadas a fazer vários testes de coronavírus e se vacinar. A Sra. Yang Xiaoqin, uma praticante na cidade de Jining, recusou-se a receber as injeções e foi mantida em confinamento solitário até ser libertada.

Passagem subterrânea secreta

A Divisão 11 da Prisão Feminina de Shandong é muito cruel. As praticantes detidas aqui geralmente não tinham ideia de onde as praticantes feridas eram levadas para “tratamentos” ou como os corpos das espancadas até a morte eram transportados para fora.

Fora do complexo da Divisão 11 há uma estrada. Se alguém virar à direita e virar à esquerda no final da estrada, verá alguns latões de lixo grandes, não muito longe desses latões há um portão de metal que geralmente é vigiado. Do lado de dentro do portão há um porão onde algumas praticantes foram torturadas, com sangue espalhado nas paredes. Aqui algumas praticantes foram espancadas resultando em ferimentos, invalidez ou morte. Além dos guardas ou presas envolvidas nas torturas, poucas pessoas sabem sobre a câmara de tortura secreta do porão.

Outro segredo é uma passagem subterrânea escondida na Divisão 11que dá acesso para o hospital da prisão. Quando as praticantes eram espancadas e feridas, muitas vezes eram transferidas para o hospital por essa passagem. Algumas praticantes que foram torturadas até a morte também foram transferidas por esta passagem.

Essas são apenas algumas informações sobre o que eu vi e ouvi quando estava detida na Prisão Feminina de Shandong. Devido ao rigoroso bloqueio de informações, pode haver mais relatos horríveis acontecendo nessa prisão.

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