(Minghui.org) Uma vez, participei de um grupo de compartilhamento para jovens praticantes em nossa área local. Durante este evento, houve a apresentação de vários projetos do Dafa, um dos quais era o Minghui. Eu tinha interesse nesse projeto, mas estava hesitante por causa das minhas limitadas habilidades linguísticas. Um colega praticante do projeto Minghui perguntou para mim e para outro jovem se queríamos participar do projeto. Nós dois dissemos: "Sim, queremos". Então, o praticante entregava somente para o meu colega os artigos para serem traduzidos, enquanto eu não recebia nenhum. Concluí que talvez eu não fosse digno de participar do projeto do Minghui por causa das minhas habilidades limitadas em inglês.
Com o passar do tempo, me esqueci disso. Mas depois uma jovem praticante estrangeira enviou um artigo do site do Minghui em inglês para nosso grupo de jovens praticantes. Eu queria saber o conteúdo da experiência, então perguntei à praticante do projeto Minghui se o artigo em particular tinha sido traduzido para o nosso idioma local, ela não respondeu e me convidou para me juntar à equipe de tradução do Minghui. Fiquei feliz com o seu convite, mas ainda não estava confiante por causa da minha barreira linguística. Então pensei que, como praticante do Dafa, eu deveria deixar de lado minhas noções humanas e, portanto, aceitar seu convite. Finalmente, comecei a minha jornada com a nossa equipe local do Minghui.
Em 2011, ano em que comecei a praticar o Falun Dafa e conheci o site do Minghui, sempre pensei que os colegas envolvidos no projeto Minghui deveriam ser bons cultivadores. Como eu era um novo praticante e ainda não tinha um bom entendimento sobre o Fa, sentia que não podia participar do projeto. Mas no fundo eu tinha o desejo de um dia me juntar à equipe do Minghui, embora não soubesse o porquê. Depois de ter cultivado durante nove anos, finalmente tive a oportunidade de me juntar à equipe e entendi o porquê. Quando entrei na equipe pela primeira vez, nosso coordenador local sugeriu que eu lesse: "Ensinando o Fa no Fahui pelo décimo aniversário de lançamento do site Minghui", o Mestre disse:
"Pode-se dizer que dos sites que os discípulos do DaFa trabalham, este é crucial. Desde o dia em que foi formado, esteve firmemente estabelecido como uma janela para o cultivo e para o intercâmbio de experiências dos discípulos do DaFa, com o objetivo de informar sobre a perseguição aos discípulos do DaFa em forma e tempo real. Então, a função que o site Minghui assumiu tem sido particularmente decisiva, e se converteu em um espinho no olho da maldade. Isto significa que o site teve que dar ênfase à segurança muito mais que os outros sites da web, e assim, não permitir que a maldade se aproveite de brechas, pois o site é capaz de informar diretamente em forma e tempo real sobre a perseguição que os discípulos do Dafa estão sofrendo. Não há material que chega de terceira mão, e sim, somente material que chega em primeira mão, isto é, que é obtido diretamente."
Do tradutor a editor
Desde o início de 2020, participo como tradutor do Minghui. Este projeto me trouxe muitas melhorias para o meu cultivo e me encorajou a ser mais rigoroso comigo mesmo. Tornei-me mais diligente em comparecer ao local de prática, estudando o Fa junto com outros praticantes e enviando pensamentos retos nos quatro horários estabelecidos. Embora muitas vezes eu tivesse que terminar de traduzir os artigos até as primeiras horas da manhã, geralmente eu ainda conseguia me levantar às 3h40 para ir a um local de prática próximo. Não me sentia cansado e ainda mais animado para passar pelos dias em que faço as três coisas que o Mestre exige que façamos. Também não estou mais interessado e apegado aos divertimentos das pessoas comuns, relacionados a minha juventude e sinto que o tempo para o cultivo é muito valioso.
Por algum tempo fui designado para traduzir artigos sobre a perseguição. Me sentia profundamente entristecido e sentia os sofrimentos que nossos companheiros praticantes na China experimentavam. Isso me levou a fazer mais atividades de esclarecimentos da verdade, distribuindo os materiais sobre esse assunto e compartilhando, online, a verdade sobre o Dafa e os fatos sobre a perseguição, através de vários meios na mídia social.
Um dia, de repente, fui recomendado para me tornar editor e me pediram para atribuir artigos, revisar e editar os trabalhos de tradução dos meus colegas. Ouvi dizer que vários editores anteriores deixaram o projeto após um tempo. Sem pensar em nada, eu disse sim à oferta. Entretanto, depois disso pensei comigo mesmo: "Por que eu?". Tenho apenas dois anos de experiência, havia muitos outros membros sêniores na equipe, os quais eram mais experientes e mais habilidosos do que eu. Eu não me sentia confiante por causa da barreira do idioma. Fiquei intrigado: "Por que eu deveria ser um dos editores?". Então me lembrei do que o Mestre disse:
"Estou falando a vocês de um princípio de que as pessoas comuns não são capazes de perceber. Você diz que é competente, mas é algo que não está na sua vida; a outra pessoa é incompetente, porém, é algo que já estava predestinado para a vida dela e, por isso, foi ele e não você que foi promovida para um cargo importante." (Sétima aula, Zhuan Falun).
Então percebi que tudo era um arranjo benevolente do Mestre para melhorar o meu cultivo.
Anteriormente, um membro da equipe me perguntou repetidamente: “Você está falando sério sobre se juntar ao projeto Minghui?” Senti que ele não acreditava em mim. Sua pergunta me fez pensar se eu estava levando a sério o meu cultivo e essa pergunta, às vezes aparecia novamente em minha mente. Ao ler: Ensinando o Fa em Washington D.C., encontrei a resposta. O Mestre disse:
"Inclusive, para fazer o Minghui é preciso que seja um praticante muito confiável, porque ele estabelece conexões diretamente com os praticantes da China continental, é preciso que sejam praticantes muito confiáveis, inclusive muito dedicados, que possam realmente se imergir nisso. Especialmente discípulos do Dafa jovens, o que mais se precisa são deles, mas eles são os que mais facilmente se inquietam, por isso é muito difícil."
Pensei em outros projetos em que participei, mas não persisti. Por ser um jovem discípulo do Dafa que o Mestre disse: “o que mais se precisa são deles”, estou determinado a fazer bem o Minghui e ajudar o Mestre na retificação do Fa através do projeto Minghui.
Após ingressar na equipe editorial local, por ser o mais novo, muitas vezes, eu não ousava apontar os erros dos outros membros da equipe. Até que um dia, um praticante compartilhou sua experiência, quando encontrou os erros de outro membro da equipe, que gentilmente lhe dizia ou lembrava, que ele era responsável pelo projeto. Eu me senti encorajado com o compartilhamento, com o passar do tempo fui rompendo meu apego de evitar conflitos e aos poucos fui conseguindo fazer melhor, para que ao apontar os erros de outro membro da equipe, ele pudesse aceitá-lo e corrigi-lo de acordo.
Por outro lado, eu costumava esconder e encobrir meus erros o máximo possível, não os admitindo. Quando comecei a praticar o Falun Dafa, ainda não percebia esses apegos, pois minha qualidade de iluminação era muito ruim. No entanto, quando comecei a trabalhar no projeto Minghui, rapidamente percebi esses apegos. Ao olhar mais profundamente na raiz dos mesmos, encontrei o apego de manter a minha reputação. Eu sempre quero parecer bem perante os outros. Agora, aos poucos, quando alguém apontar meus erros ou falhas, vou admiti-los abertamente.
Em dezembro de 2020, nosso Minghui local embarcou em uma nova jornada de utilização das contas da mídia social para promover os artigos do site. Um jovem praticante e eu, fomos designados para selecionar e postar dois artigos todos os dias. Nos pediram para usar uma imagem atrativa e incluir uma breve legenda contendo nosso link local do site do Minghui, para que mais pessoas clicassem no mesmo. No início, pedimos a um praticante de um outro projeto para ajudar no design da imagem promocional da nossa newsletter. Depois ouvimos que este praticante estava muito ocupado lidando com outros projetos do Dafa, então decidimos criar nossos próprios designs. Com o passar do tempo, conseguimos criar nossas próprias imagens, mesmo que ambos não tivéssemos um background criativo nisso.
O jovem praticante e eu, nos revezamos postando artigos para nossa Fanpage. Trabalhamos bem próximos um do outro. Como eu sentia que os designs que eu fazia eram melhores, eu sempre olhava para os posts que eu carregava, depois via quantas pessoas clicavam nos links carregados por mim. Minha mentalidade competitiva crescia e eu tentava criar designs melhores do que os do meus colega de prática, para que mais pessoas clicassem no meu link em vez de pensar em como atrair pessoas comuns para lerem os artigos do Minghui, para que pudessem entender a verdade sobre o Dafa e serem salvas. Quando meu apego à busca surgiu, menos pessoas compartilhavam meus posts, menos pessoas clicavam no link, na verdade os posts dos meus colegas de prática recebiam feedbacks mais positivos. Eu estava cansado, aos poucos olhei para dentro e descobri que tinha um forte apego à inveja e queria competir para parecer melhor do que meu colega praticante.
Ultimamente tenho encontrado com frequência o Fa do Mestre relacionado à “inveja”, bem como artigos compartilhados no site do Minghui que discutem sobre os perigos sobre não eliminá-la. Iluminei que o Mestre estava me lembrando de me livrar do meu coração de inveja.
Gradualmente abandonei esses apegos e senti um alívio em meu coração. Quando olhei os posts que eu carreguei, descobri que as pessoas que gostaram deles, os compartilharam e os cliques nos links, aumentaram. Percebi que o cultivo é muito sério, se não prestarmos atenção aos nossos apegos, talvez as pessoas predestinadas que deveríamos salvar, sejam impedidas pelo nosso coração impuro. Obrigado Mestre, por me iluminar!
Durante minha jornada de cultivo, houve momentos em que fui bem e houve momentos em que não fui bem. Mas quando fui diligente em meu cultivo, senti que o Mestre estava sempre me encorajando.
No ano passado, nosso coordenador anunciou, repentinamente, que a Conferência Internacional do Fa do Minghui seria realizada. Fiquei animado ao ouvir isso porque nunca participei de um Fahui do Minghui antes. Durante o Fahui, fiquei muito encorajado ao ouvir as experiências dos outros praticantes, senti que tinha que ser ainda mais persistente no meu cultivo e nos trabalhos do Minghui. E o mais tocante, foi que o nosso compassivo Mestre compareceu à conferência para dar uma palestra do Fa. Suas palavras tocaram o fundo do meu coração e não consegui conter minhas lágrimas. Anteriormente, eu reclamava facilmente quando os colegas tradutores não faziam bem seus trabalhos, o que era problemático para mim como editor. Eu queria que tudo acontecesse do meu jeito, então percebi que era uma manifestação de um ego forte que eu precisava abandonar.
O Fahui foi realizado em julho. Entretanto, devido ao fuso horário, participamos do Fahui até as primeiras horas da manhã do dia 4 de julho, data do meu aniversário. Entendi isto como um presente do benevolente Mestre para me encorajar a ser mais diligente.
Meu entendimento do Fa é limitado, se alguma coisa não estiver de acordo com o Fa, por favor, me corrija.
Obrigado Mestre, obrigado aos colegas praticantes.
(Apresentado no Fahui Multilíngue do Minghui de 2022)