(Minghui.org) Saudações, reverenciado Mestre! Saudações, caros praticantes!

Gostaria de relatar como retornei ao cultivo do Dafa nos últimos três anos, depois de ter cedido anteriormente sob pressão do Partido Comunista Chinês (PCC).

Houve uma detenção em massa de praticantes do Falun Dafa na minha região em 2018. Eu havia iniciado o cultivo tardiamente e ainda tinha muitos apegos. No entanto, muitos praticantes locais elogiaram-me por me sair bem no cultivo e as minhas noções humanas me levaram a pensar o melhor sobre mim. Então, as minhas falhas foram exploradas pelas velhas forças. Fui também presa na operação policial. Após alguns meses de intensa tortura, lavagem cerebral e intimidação na detenção, cedi e fui forçada a assinar uma declaração para renunciar ao Dafa. Eu sabia que tinha feito algo que os discípulos do Dafa nunca deveriam fazer.

Quando fui libertada, seis meses mais tarde, senti todo o meu corpo entorpecido. Estava frequentemente confusa e tinha vontade de vomitar sempre que sentia cheiro de comida. A minha mãe obrigou-me a fazer um exame médico. O médico disse que a minha vesícula biliar estava cheia de pólipos e precisava de uma cirurgia. Eu disse que não, em parte porque ainda tinha pensamentos retos, os praticantes apresentam sintomas de doença devido a razões mais profundas e não precisam de procurar tratamento médico, e em parte porque tinha desistido de mim mesma.

Retorno ao cultivo

Eu costumava ser muito enérgica. Depois de praticar o Falun Dafa, fiquei ainda mais rápida para caminhar e pensar e surpreendi muitos praticantes. Mas depois de ser libertada, andava mais devagar do que uma pessoa de oitenta anos.

Não pensava em retomar o cultivo, sentindo que não era digna de ser uma cultivadora. Tive dificuldade em adormecer, mas também não queria me levantar.

Acordei um dia depois das 4 horas da manhã. Vi o que pensei ser a sombra de um ventilador girando na parede. Fiquei surpresa, de quem seria o ventilador? Quando fechei os olhos, uma luz dourada brilhava diante dos meus olhos e o som de uma ventoinha zumbia em meu ouvidos. Abri meus olhos e vi muitos Faluns, amarelos, brancos e transparentes girando na parede.

"O Mestre está cuidando de mim! O Mestre ainda me reconhece como sua discípula!"

Saí imediatamente da cama e comecei a fazer os exercícios. A partir desse dia, retomei os exercícios matinais e o estudo de Fa.

Antes de ser libertada, os guardas do centro de detenção perguntaram-me se eu publicaria no Minghui uma declaração para anular a renúncia da prática de cultivo que tinha assinado, como muitos outros praticantes fizeram. Os guardas ameaçaram que estavam acompanhando de perto o Minghui todos os dias e que saberiam imediatamente se eu publicasse uma.

Temendo a retaliação, não o tinha feito durante mais de quatro meses após ter sido libertada.

Um dia encontrei uma praticante no mercado local. Ela disse-me: "Você tem que publicar essa declaração; caso contrário, o mal ainda perseguirá você."

Depois de voltar para casa, o meu coração estava tão pesado como uma rocha. Queria enviar a declaração para o Minghui, mas também tinha medo de o fazer. Para mim, isto era como escolher entre a vida e a morte. Isto se arrastou durante vários dias.

Um dia, eu estava sozinha em casa e senti-me extremamente triste. Senti que tinha perdido a esperança de continuar a viver. Mas também tive um pensamento firme: "Mesmo que eu morra hoje, devo publicar a declaração solene no site Minghui".

Foi preciso quase toda a minha energia para terminar essa declaração e enviá-la para o Minghui. Depois, de repente, senti paz em minha mente, aquela rocha tinha desaparecido.

Pouco tempo depois, conheci outra praticante idosa que vivia longe da minha casa. Enquanto a maioria dos praticantes locais evitava falar comigo, temendo que eu estivesse sendo monitorada pela polícia, essa praticante foi muito calorosa comigo

Ela disse que éramos colegas praticantes e que devíamos ajudar uns aos outros. Ela encorajou-me e convidou-me a ir a sua casa para estudar o Fa uma vez por semana. Também estabelecemos um horário fixo para enviar os pensamentos retos durante duas horas todos os dias.

Um mês mais tarde, o meu estado de cultivo voltou ao normal. Eu sabia que o Mestre tinha me ajudado e tinha me tirado de novo do inferno.

Compensar a perda

Escrevi em minha declaração solene o meu arrependimento. Quando os editores do Minghui a publicaram, acrescentaram uma frase afirmando que "Compensarei a perda para o Dafa." Quando a vi, fiquei chocada: "Como devo fazer isso?"

Um dia, conheci uma praticante idosa. Ela também foi presa em 2018 e mais tarde condenada a prisão com liberdade condicional. Enquanto estava presa, foi forçada a desistir do cultivo.

Ao voltar para casa, ela não se encontrava em uma boa situação: Estava frequentemente confusa e desorientada. Adormecia frequentemente quando estudava o Fa, fazia os exercícios, ou enviava pensamentos retos. Por minha causa ela tinha sido perseguida, a polícia tinha me seguido durante algum tempo e descobriu que eu tinha contato frequente com ela.

Tive pena dela. Depois apareceu a palavra "compensar" em minha cabeça. Sim, eu devia ajudá-la, pois me senti um pouco responsável por causar a sua perseguição. A primeira coisa era criar um ambiente de cultivo normal para ela. Decidimos formar um grupo de estudo Fa com nós duas.

Pouco depois, a pandemia do coronavírus surgiu por volta do Ano Novo Chinês de 2020. O meu local de trabalho ficou fechado durante dez meses, então não tive que trabalhar durante esse período de tempo. Felizmente, os bloqueios no complexo de apartamentos da praticante idosa e no meu não foram muito rigorosos e nunca tivemos qualquer problema em visitar-nos mutuamente. Estudamos o Fa juntas quase todos os dias ou preparamos materiais de esclarecimento da verdade para distribuição. De fato, distribuímos mais de 10.000 cópias dos materiais durante esses dez meses.

Foi um grande teste para mim quando estávamos estudando o Fa juntas. A consciência principal dela era muitas vezes pouco clara e a sua lógica confusa. Ela estava frequentemente sonolenta quando lia o Fa, então demorávamos várias horas para terminar a leitura de uma palestra. Mas quando se tratava de conversa de pessoa comum, ela ficava acordada e tinha muito a falar.

Ao distribuir os materiais, ela andava devagar, se eu andasse à sua frente, ela ficava aborrecida ou até gritava comigo. Ela não gostava quando eu falava com as pessoas, somente queria distribuir o material. "Não precisa falar com as pessoas. Elas não vão lhe ouvir".

Ela calculava frequentemente como andar menos e isso fazia-me sentir que distribuir os materiais era um fardo para ela. Ela desistiria facilmente se houvesse alguma dificuldade. Ela também insistiu que a sua declaração para renunciar ao Dafa era diferente das outras, porque em seu coração afirmou ao Mestre que ela praticava de uma forma reta ao assinar a declaração. Ela recusou-se a reconhecer o fato de que foi "transformada".

Preocupava-me muito com ela. Como o meu próprio estado de cultivo também não era bom, senti que não era capaz de ajudá-la e pensei em parar de fazer o esclarecimento da verdade junto com ela.

Passei mais tempo estudando e memorizando o Fa. Quando acalmei a minha mente para ler o Zhuan Falun e Essenciais para Avanço Adicional, fiquei chocada. Vi muitos apegos que tinham me desviado no caminho do cultivo: um grande ego, arrogância, egoísmo, busca por fama, vaidade e busca de conforto, etc.

O Mestre disse,

"O Fa pode quebrar todos os apegos, o Fa pode destruir todo o mal, o Fa pode revelar todas as mentiras, e o Fa pode fortalecer todos os pensamentos retos." ("Expulsem a Interferência," Essenciais para Avanço Adicional II)

Eu sabia que só o Dafa e o Mestre poderiam me tirar do abismo escuro. Continuei estudando o Fa, recitando o Fa, comparando-me com o Fa, e procurando dentro de mim para encontrar as minhas falhas. Gradualmente saí daquele estado de desamparo. Tornei-me mais enérgica e tinha mais resistência.

Eu percebi também que a situação da praticante idosa era para mim um teste de xinxing. Devia enfrentá-la e não fugir. Perguntei-me: "Eu teria a determinação de compensar a perda para o Dafa? Os seus problemas, desde que os tinha visto, poderiam significar que eu também tinha problemas semelhantes. Deveria aproveitar esta oportunidade para me cultivar bem.

Eu conversei sinceramente com ela. Quando nos deparávamos novamente com conflitos, eu olhava imediatamente para dentro e depois compartilhava com ela. Também lia os artigos dos praticantes no Minghui e baixava os podcasts para poder ouvir quando fazia tarefas domésticas ou dirigia. O compartilhamento dos colegas praticantes permitiu-me ver as minhas falhas. Senti que a minha mente estava se expandindo no processo.

Compartilhei os artigos com a praticante idosa. Ela também ficou comovida com as ações retas de outros praticantes. Com o tempo, ela mudou e começou a olhar para dentro. Ela disse ter percebido que não havia se cultivado verdadeiramente por muitos anos. Ela tinha medo de sofrer e fugia sempre das dificuldades, o que lhe causava tanta tribulação. Ela sentiu-se verdadeiramente arrependida e disse-me muitas vezes: "O cultivo é realmente sério!”

Ela começou a copiar o Fa à mão para não adormecer tão facilmente. Ela também prolongou o quinto exercício de uma hora para duas horas. Sempre que sentia que o seu estado de cultivo não estava bom, enviava pensamentos retos para eliminar a interferência. Ela tornou-se muito mais alerta quando estudava o Fa. Eu senti que este era seu melhor estado desde a época que a havia conhecido há dez anos.

Também vi suas dificuldades: a sua vida tinha sido dura. Ela teve um casamento infeliz; a sua situação financeira era muito difícil; depois do divórcio do seu filho, a sua nora ficou com a custódia do filho e deixou a família com muitas dívidas. Com um baixo nível de educação, muitas vezes era difícil para a praticante até compreender o significado superficial do Fa.

Nas últimas duas décadas de cultivo, houve várias vezes em que ela cometeu erros graves no cultivo. Mas, independentemente da situação, ela nunca pensou em desistir do cultivo. Por mais difícil que a vida tenha sido, ela era firme no cultivo e acreditava que o Mestre estava tomando conta dela.

Ajudá-la também me ajudou a melhorar rapidamente o meu próprio xinxing. Quando fui libertada do centro de detenção, um praticante criticou-me na frente dos outros. Mais tarde, a sua mulher teve uma emergência e foi hospitalizada. Ele pediu-me ajuda. Ajustei a minha mente e enviei-lhe pensamentos retos durante um extenso período todos os dias, até que ela saiu da situação crítica. Continuei a eliminar o meu ressentimento e queixas durante este processo. Percebi a maravilha da abnegação e do altruísmo, um padrão que os discípulos do Dafa devem alcançar.

A praticante idosa e eu apreciamos este ambiente de cultivo.

Salvar pessoas

Devido a uma mudança no ambiente de trabalho, não pude sair à tarde para esclarecer a verdade às pessoas como antes. A distribuição de material informativo tornou-se uma opção melhor para mim.

Eu compartilhei esta ideia com aquela praticante idosa que estudou o Fa comigo depois de eu ter sido libertada. Imediatamente ela ofereceu-se para fazer o material para mim. Como ela estava cuidando das suas duas netas em casa, não era muito fácil para ela sair. Ela queria fazer alguns materiais em casa, mas não conseguia encontrar praticantes para distribuí-los.

Comprei uma impressora e tinta e instalei-a em sua casa. Ela já tinha papel de impressão. Começamos a imprimir.

Nós baixamos os materiais sobre a pandemia do site Minghui para ela imprimir. O seu pequeno quarto estava cheio de impressões e ela tinha de mudar as coisas de lugar para conseguir espaço para dormir. Mas ela gostava muito de fazer este trabalho.

Nós distribuímos mais de 10.000 cópias de materiais informativos durante o outono e o inverno. Fomos a todos os distritos da cidade. Muitas vezes, fomos de ônibus para lugares mais afastados. Quando esperávamos pelo ônibus, fazia quase -6,67° C à noite e estávamos geladas, mas estávamos muito felizes.

Ela mudou-se para a sua aldeia natal em abril deste ano. Ela pediu-me para levar as impressoras para casa e continuar o trabalho. Tive algumas preocupações a este respeito. A polícia vigiava-me de perto, o meu marido também estava sob forte pressão, e eu tinha apenas um tempo limitado em casa, pois tinha de ir trabalhar todos os dias.

No entanto, lembrei-me do ensinamento do Mestre,

"O que é difícil de suportar, pode ser suportado; O que é difícil de fazer, pode ser feito." (Nona Aula, Zhuan Falun)

Eu sabia que não devia ficar presa na mentalidade de suportar passivamente a perseguição. Desde que as nossas ações sejam baseadas no Fa, podemos fazer com que as coisas aconteçam. Levei as suas três impressoras para casa e até comprei uma nova. Coloquei-as todas em uma sala que não era usada e comecei a imprimir os materiais. Quando a praticante regressava ocasionalmente à cidade, saíamos para os distribuir juntas, como antes.

Também ajustei as impressoras para imprimir documentos de alta qualidade. Embora imprimissem mais lentamente, as palavras eram muito mais nítidas e a cor mais viva. Quando uma impressora tinha problemas, eu a levava para uma loja normal para ser consertada, assim não incomodava o praticante que dava apoio técnico e também reduzia o risco de segurança.

A polícia fez algumas detenções em larga escala em 2019 e confiscou as impressoras e os materiais de várias casas de praticantes. Como alguns perderam o acesso a materiais para distribuição, assumi o trabalho e comecei a imprimir materiais para eles. Imprimi as novas escrituras do Mestre, o Minghui Semanal e outros materiais. A minha agenda em casa estava totalmente lotada. Embora estivesse sempre ocupada, depois de ter me livrado da minha impaciência, tudo corria sem problemas e de forma ordenada.

Não aceitaríamos solicitações de impressão adicionail se sentíssemos que ultrapassava nossa capacidade de trabalho. Isso garantiu que não ficaríamos ocupadas demais em trabalhar sem tempo para estudar o Fa.

Consertando o errado

Um agente da delegacia local ligou-me um dia em 2020, pedindo-me que fosse à delegacia assinar uma declaração de garantia para renunciar ao Dafa. Disse que fazia parte da campanha "Zerar" e que retirariam o meu nome da sua lista se eu a assinasse. Eu disse que não.

O policial ameaçou-me dizendo que eu não tinha sido condenada na última vez porque tinha me transformado. Eu estaria em apuros se não colaborasse com eles desta vez.

Desligando o telefone, pensei calmamente em como uma cultivadora trataria isto.

O Mestre disse,

"Esclarecer a verdade é a chave mestra." (“Ensino do Fa no Fahui de Atlanta de 2003)

"Você está amedrontado
 Eles capturam
 Um único pensamento reto
 O mal desmorona de uma vez
 Pessoas cultivando e refinando
 Se preenchem com o Fa
 Enviar pensamentos retos
 Explode os podres fantasmas
 Deuses estão no mundo
 Validando o Fa"
 ("Temer o Quê? Hong Yin II)

Eu tive um entendimento. Esta era para mim uma oportunidade de corrigir o meu erro anterior.

Depois de enviar pensamentos retos durante uma hora, liguei para o policial. Primeiro pedi desculpas por não ter sido educada, pois estava ocupada no trabalho. Ele também foi educado, dizendo que só queria completar o trabalho que lhe tinha sido dado.

"Eu não posso assinar," expliquei-lhe, "Talvez não ache que seja uma grande coisa, mas para um praticante é pior do que morrer. Fui obrigada a assinar a declaração no centro de lavagem cerebral, mas mesmo assim eles não me deixaram em paz." Expliquei-lhe o que é o Falun Gong, a perseguição do PCC, como milhões de famílias se desmoronaram na perseguição, e as consequências destrutivas da perseguição do PCC aos valores universais da Verdade, Compaixão e Tolerância.

Falei durante cerca de meia hora. Ele ficou ouvindo. No final, ele disse: "Praticar a própria crença é uma escolha pessoal e eu não vou interferir. Recebi esta ordem dos superiores. Agora sei o que fazer".

Desde então, ele nunca mais me incomodou.

Este incidente passou. Eu falhei no primeiro teste, mas passei no teste de compensação. Não há nada para me exibir ou para ser complacente.

Essa é a minha experiência de cultivo ao longo dos últimos três anos. Foi um processo de renascimento para mim. A grande compaixão do Mestre e os profundos ensinamentos do Falun Dafa derreteram a minha arrogância, frivolidade, egoísmo e limitação mental. Com a orientação do Mestre, fui capaz de abandonar os meus apegos e assimilar-me ao Fa para ser uma verdadeira praticante do Falun Dafa.