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Com uma firme fé no Dafa, vemos milagres

6 de abril de 2021 |   Por uma praticante na China Continental

(Minghui.org) Ao longo dos últimos 20 anos ou mais de cultivo, deixei de lado repetidas vezes oportunidades de ter uma vida fácil e simplesmente desejei ser uma boa pessoa.

Depois de ter tido a grande sorte de me tornar uma praticante do Falun Dafa, não estava mais apegada a uma vida de conforto e facilidade. Isso me proporcionou muitas oportunidades para salvar pessoas e validar o Fa.

Desde que comecei a praticar o Dafa, me entreguei ao Mestre. Para mim, o cultivo é muito sagrado e estou profundamente grata pelos milagres e bênçãos que tenho testemunhado.

(Continuação da Parte 1)

5. Gestor suspenso, obrigado a escrever uma autocrítica

Depois de ter sido mantida no centro de detenção durante mais de 70 dias, o chefe do gabinete de segurança doméstica me pediu para escrever uma declaração dizendo que eu não iria a Pequim. Recusei, e eles me enviaram para um campo de trabalho forçado. Não passei no exame físico e, nessa época, não sabia me opor à perseguição com pensamentos retos. De qualquer modo, através de algumas ligações, a polícia convenceu o campo de trabalho forçado a me aceitar.

Quando chegamos, o treinamento militar foi a primeira coisa requerida, eu me recusei a ceder. A secretária do Comitê de Inspeção Disciplinar chamou a mim e a alguns outros praticantes ao seu gabinete. Ela nos ordenou que entrássemos no treinamento militar e nenhum de nós disse nada. Mais tarde, ficamos cansados e abaixamos nossas cabeças.

"Ouça, não sou bonita", disse ela, "mas você não precisa evitar de olhar para mim."

"Você é linda", eu ri um pouco, "mas estamos tristes porque estamos aqui detidos por querermos ser bons cidadãos. Além disso, o nosso Mestre tem sido muito difamado. É por isso que não temos nenhum interesse na formação militar. Não somos soldados de qualquer forma. Por favor, nos compreenda."

Continuei explicando que embora ela fosse secretária do Partido, não precisava agradecer ao Partido Comunista Chinês (PCC). A posição e a reputação vieram de fato da virtude de suas vidas anteriores. "Na China antiga, por exemplo na Dinastia Tang, Dinastia Song ou Dinastia Qing, não havia PCC. Mas ainda havia funcionários e pessoas ricas, certo?" disse eu. "Uma pessoa de mente aberta será capaz de ouvir opiniões diferentes e discernir o certo do errado. Se puder ajudar pessoas boas, acumulará mais virtude para o futuro, certo?"

Vendo que éramos boas pessoas, a secretário do Partido disse: "Está bem. Se você tiver alguma ideia, sinta-se à vontade para me escrever."

Dentro do campo de trabalho, não fiz as coisas que os guardas me pediram, mas continuei a fazer coisas que eram proibidas, como fazer os exercícios e recitar os ensinamentos do Falun Dafa. Um dia, nós, praticantes, recitamos juntos os poemas do Mestre. Os drogados enfiaram esfregões e meias na boca de todos, exceto na minha, para nos impedir. Mas terminamos mesmo assim. Wei, uma interna designada para me vigiar, queixou-se mais tarde. Ela disse que porque fizemos os exercícios à noite e recitamos os ensinamentos durante o dia, ela estava cansada o tempo todo e não conseguia dormir bem.

"Tudo bem então", disse gentilmente. "Por favor, descanse agora."

Wei começou a me ofender e me chutar repetidamente até eu cair no chão. Outras internas se aproximarame e me puxaram, mas eu não me levantei. Os praticantes também vieram para me ajudar, mas eu me recusei a me levantar. Eu sabia que ficar no chão não parecia normal, mas também era necessário me opor à perseguição.

Um oficial veio à cela, mas eu não cedi. Vendo-me assim, outros praticantes discutiram uma greve de fome para protestar contra a tarefa de Wei. Depois do diretor do campo de trabalho ter ouvido falar disto, a Secretária do Comitê de Inspeção Disciplinar veio me perguntar o que aconteceu.

"Acabamos de recitar os ensinamentos e, preocupada com Wei, perguntei se ela precisava descansar. Ela disse que tinha um temperamento ruim e queria bater em alguém," respondi calmamente, "penso que não é permitido intimidar e ser intimidado no campo de trabalho. Por isso, só quero confirmar isso.”

A secretária do Partido fez um registro do incidente. Por estar relacionado com a disciplina do campo de trabalho, uma greve de fome e potencialmente a vida de mais de 10 pessoas, o gerente da seção foi considerado responsável. A secretária do Partido passou a conhecer bem o Falun Dafa através de mim, então sua decisão foi que, primeiro, Wei precisava se desculpar comigo e com todos os praticantes com uma declaração escrita. Em segundo lugar, o gerente da seção seria suspenso e escreveria uma declaração de autocrítica. Terceiro, todos as internas nas celas onde as praticantes do Falun Dafa estivessem detidas seriam transferidas para outro lugar, exceto uma interna que ficaria para fazer a limpeza. Quarto, os representantes das internas na seção precisavam de ser selecionadas por uma praticante do Falun Dafa.

6. Diretor da Agência 610 aprende os fatos e me nomeia para um cargo

Um dia, em 2004, enquanto trabalhava na capital provincial, pensei em esclarecer a verdade aos oficiais do departamento de segurança interna, já que tinham prendido praticantes ao longo dos anos. Fui lá e entreguei a um oficial alguns materiais que tinha escrito com base em minhas próprias experiências, ele os leu duas vezes.

"Talvez você também possa compartilhar isto com outros oficiais", perguntei.

"Claro!", respondeu ele, "Vamos todos estudá-lo".

Um oficial me trouxe chá e outro oficial disse que respeitava os praticantes pela sua perseverança durante a supressão. Mas o chefe político não estava convencido.

"É verdade que o trabalho da polícia lhe traz alguma riqueza," disse-lhe sinceramente, "Mas há coisas mais importantes, como a sua saúde, segurança e o futuro da sua família".

Disse-lhe que, assim como outros praticantes, eu tinha sido detida e perseguida pela minha crença. Mas nós não odiávamos a polícia. Em vez disso, estávamos preocupados com eles e esperávamos que se saíssem melhor nestas posições para o seu próprio futuro. O chefe político ficou comovido.

"O que você acha de falar com os funcionários superiores?", sugeriu ele. "A pressão para cumprir a perseguição provém deles." Eu disse-lhe que isso não seria problema.

Ele chamou então o diretor da Agência 610, que era também secretário do Partido no Comitê dos Assuntos Políticos e Jurídicos (CAPJ) e disse que eu viria.

Cheguei lá e disse: "Obrigado por ter tido tempo para se encontrar comigo. Ouvimos muitas vezes que é bom trocar ideias entre cidadãos comuns e funcionários, pois isso pode esclarecer dúvidas." Ele sorriu e me deu uma xícara de chá. Expliquei-lhe que o Falun Gong está cultivando a natureza de Buda de acordo com os princípios Verdade, Compaixão, Tolerância. De fato, é tão profundo e precioso que pode não se encontrar algo tão bom em centenas ou milhares de anos. Além disso, qualquer pessoa que faça coisas boas ou más encontrará o resultado e as consequências das suas ações em algum momento no futuro.

O diretor disse que não ouviria apenas uma opinião unilateral. Acrescentei que não se tratava apenas de algo que eu disse, mas que fazia parte da cultura divina desde a China antiga.

"Não acredito no divino," disse ele hesitante enquanto vislumbrava outros no escritório. Eu disse que respeitava as suas opiniões pessoais. No entanto, gostaria de apontar para uma coisa. "Lembra-se das notícias, quando Deng Xiaoping faleceu, a sua filha estava queimando dinheiro para ele?", perguntei.

Ele sorriu e disse que era só por causa da dor. Disse-lhe que usar a braçadeira preta e a coroa de flores eram suficientes para o luto. As cédulas queimadas seria excessivo. "Sabe, faz parte da tradição chinesa", continuei, "Depois da morte das pessoas, o dinheiro do papel queimado é usado para enviar algo para o falecido usar no submundo."

O diretor concordou e deu um grande sorriso.

Disse-lhe então que na China a mais alta autoridade vem da Constituição. O artigo 36 da Constituição chinesa especifica que os cidadãos têm liberdade de crença e que ninguém deve ser discriminado por causa disso. Além disso, os cidadãos comuns poderiam auditar a sua implementação por qualquer agência governamental. Então, e se alguém violar a Constituição? Eu já tinha sido ferida e enviada a um campo de trabalho. Como poderíamos resolver isso? Além disso, o Artigo 41 da Constituição indica que quaisquer funcionários do governo que prejudiquem as pessoas fornecerão indenizações. Como poderíamos implementar isso?

O diretor ficou atordoado. Então, pegou o telefone e falou com um secretário subordinado do partido do município: "Por favor, arranje um cargo para alguém. Ela está agora no meu gabinete." A secretária do partido disse que todas as vagas tinham sido preenchidas. Mas o diretor não cedeu e disse que isto tinha de ser feito. Voltou-se então para mim e disse: "Esses funcionários se reportam a mim e encontrarão um cargo no governo da cidade. Isto é parte da nossa compensação."

Vários dias depois, fui trabalhar em um gabinete sob a tutela do Gabinete de Assuntos Civis como subdiretora. Este gabinete tem dois cargos: eu e um gestor. Estes dois cargos são normalmente preenchidos por dois secretários do Partido, selecionados entre 24 municípios. Vendo que eu, uma praticante de Falun Gong que não tinha experiência como funcionária do governo e que se recusava a renunciar à sua fé, tinha agora sido diretamente nomeada para o cargo, todos ficaram surpresos. Muitos oficiais jovens, bem formados e capazes tinham desejado este cargo, mas não o conseguiam. Eu não tinha um diploma universitário, e já estava na casa dos 40 anos, mas o secretário do Partido do Comitê dos Assuntos Políticos e Jurídicos (CAPJ) providenciou uma forma governamental para a minha nomeação.

Depois de começar a trabalhar, descobri que todos os funcionários que supervisionava tinham algumas ligações. Por exemplo, uma pessoa era a esposa de um diretor e essa pessoa era sobrinha de um secretário do Partido. Devido à minha posição, jantei frequentemente com funcionários superiores.

"Todos lhes damos as boas-vindas”, disse um funcionário do município. "Quando discutimos o cargo, votei em você."

"Muito obrigada", respondi com um sorriso e expliquei: "Estou brindando de volta com chá porque sou uma praticante do Falun Gong. Mas por favor lembrem-se 'Falun Dafa é bom' e serão abençoados".

Devido à carga leve de trabalho, andei muitas vezes de bicicleta esclarecendo a verdade as pessoas sobre o Falun Gong. Quando expliquei isto a um secretário do Partido, ele me disse que sabia que o PCC tinha feito muitas coisas más e que a liberdade de crença deveria ser protegida. Mais tarde, porém, descuidei-me na minha prática de cultivo e me faltaram pensamentos retos. Como resultado, um policial de apelido Tong me parou quando falei com alguém sobre o Falun Gong no meu caminho para o trabalho. Ele não ouviu o que eu disse sobre o Falun Gong e me enviou para um centro de lavagem cerebral na cidade. Eu não desisti da minha crença. Em vez disso, dois praticantes que já tinham renunciado à sua crença compreenderam o que tinha acontecido depois de termos conversado. Ambos concordaram em retomar a sua prática.

Depois de voltar do centro de lavagem cerebral, fui à delegacia de polícia onde Tong trabalhava para recuperar a minha bicicleta. Ao chegar lá e ver o diretor Liu, cumprimentei-o e disse: "A praticante do Falun Gong está aqui para recuperar a sua bicicleta." Ele me disse que estava no estacionamento e que eu própria podia ir buscar. Quando cheguei, descobri que o assento estava danificado. Como Tong estava lá, disse-lhe: "Sabe, se um agente da polícia danificar os bens de um cidadão comum, deve haver uma indenização.” E acrescentei também alguns fatos sobre o Falun Gong.

Mas mais uma vez, Tong se recusou a ouvir. “Como se atreve, uma praticante do Falun Gong, pedindo uma indenização?!" Ele disse enquanto pegava minha bicicleta e a jogava contra a parede.

Como a minha bicicleta foi novamente danificada, liguei para a linha direta de queixas da Comissão de Disciplina do Departamento de Polícia da cidade e denunciei o fato. O agente que respondeu à chamada disse que eu devia falar com o chefe da delegacia de polícia sobre o conserto da bicicleta ou sobre arranjar uma nova. "Se disserem que não, vamos forçá-los a pagar-lhe de volta", disse o agente.

Pensando que eu era uma praticante e não devia tirar vantagem disto, decidi apenas pedir uma reparação, uma vez que o objetivo principal é fazer com que a polícia saiba que os praticantes de Falun Gong não devem ser intimidados. Afinal, a delegacia da polícia tinha novos membros do pessoal e eles também precisavam de saber o que é o Falun Gong. Fui lá novamente no dia seguinte e me encontrei com o diretor adjunto. Depois de ouvir a minha história, ele me disse para ir em frente e consertar a bicicleta, que seria reembolsada pelo seu gabinete.

Pensando que o objetivo era que eles soubessem os praticantes do Falun Gong não deviam ser discriminados, tive uma conversa com ele. Disse que os praticantes seguem os princípios Verdade, Compaixão, Tolerância para serem boas pessoas e que o Falun Gong é uma crença reta que traz tudo de volta ao bom caminho. Portanto, quem quer que persiga o Falun Gong estará cometendo um crime. "É como um cesto de maçãs podres, quem acredita que o Dafa é bom será salvo e tornar-se-á uma boa maçã", expliquei, "É por isso que nós, praticantes, esclarecemos a verdade às pessoas para salvá-las." Acrescentei também que foi um funcionário superior que tinha pedido a compensação. O vice-diretor concordou com o que eu disse e disse que eles iriam consertar a minha bicicleta.

Mais tarde, muitas pessoas na região ouviram falar deste incidente, incluindo tanto funcionários do governo como pessoas comuns. Ouviram que, devido às más ações cometidas contra o Falun Gong, Tong tinha sido repreendido e o seu bônus tinha sido deduzido. "Não vale a pena," disseram alguns deles.

O meu sobrinho veio falar comigo sobre isto. "Depois disto, agora estou muito impressionado com o Falun Gong", observou ele. Ele disse que todos sabem que a polícia quase nunca oferece compensação depois de confiscar ou danificar os bens dos cidadãos comuns. Quando tinha um negócio de cibercafé em 2003, por exemplo, a polícia fechou o seu negócio usando a SARS como desculpa e levou dezenas de computadores. Nenhum deles foi devolvido e não havia lugar para reclamar.

"No momento, o Falun Gong ainda está sendo reprimido pelo PCC. Mas depois que a bicicleta de um praticante ter sido danificada, o vice-diretor da delegacia a consertou e a devolveu. O Falun Gong é realmente fantástico," disse ele, "Não só isso, mas a minha tia também se tornou uma oficial do governo por se opor à perseguição. É verdadeiramente um milagre."

Depois de ter trabalhado como oficial durante alguns meses, descobri que muitas pessoas na região, desde o chefe do município, secretário do partido, até os residentes comuns, tinham aprendido o que é o Falun Gong. Depois que a minha missão foi cumprida, pedi demissão e decidi ir para outros lugares.

7. Pedido de desculpas de um gabinete de polícia

A partir de 2005, fui à capital da província para fazer trabalhos temporários enquanto explicava o que é o Falun Gong às pessoas. Tinha trabalhado em muitos lugares, como em uma fábrica de concreto, fábricas de madeira e uma empresa de relocação. Uma vez conheci um caminhoneiro em um mercado de trabalho e conversamos. Ele disse que a perseguição é errada, mas não se atreveu a abandonar as organizações do PCC, já que o Partido tem armas, a polícia e os militares.

"Então qual deles é mais poderoso? As armas do Partido ou pragas do divino?", perguntei.

Ele compreendeu e disse que abandonaria o PCC. "Sim, embora o PCC possa parecer forte. Quando uma pandemia realmente chega, até os militares podem estar condenados", disse ele.

Mais tarde, a minha filha também veio para a cidade. Ela começou a praticar e viveu com outros praticantes. Eu não tinha um lugar estável para ficar. Depois de ganhar algum dinheiro, eu fazia uma pausa para me concentrar em salvar pessoas. O Mestre me deu muita sabedoria. Mesmo diante de muitas pessoas, eu podia explicar como Dafa é bom e como o PCC tinha se tornado corrupto. Quase ninguém refutou. Algumas pessoas ficaram muito gratas e outras me saudaram. Em 2010, mais de 10 mil pessoas tinham abandonado as organizações do PCC por minha causa. Eu sei que o Mestre ajudou muito com isto.

Em 2009, dois praticantes, um homem e uma mulher, foram presos na cidade. Quando a sobrinha da praticante foi ao departamento da polícia para pedir a sua libertação, um agente da polícia lhe deu um pontapé, deixando-lhe hematomas na perna. Pensando que os agentes da polícia tinham violado a lei, fui com ela a um órgão superior, a comissão de disciplina do departamento de polícia da cidade, e apresentei uma queixa. Como eu havia enumerado parte da lei da polícia na queixa escrita, indicando que a polícia está proibida de cometer abusos físicos, um agente disse que iria acompanhar a queixa.

Mas a batalha entre o bem e o mal não foi fácil. O departamento de polícia da cidade nos pediu que resolvêssemos esta questão no departamento de polícia distrital e encontramos dificuldades durante as duas semanas seguintes. Os agentes se esquivaram da responsabilidade entre si e queriam que retirássemos o caso. Mas eu estava calma e não cedi. Lembrei-os também de processar o caso no prazo de 30 dias, como exigido por lei. No final, o agente da polícia que chutou a sobrinha do praticante pediu desculpa sob ordens do comitê de disciplina. "Peço desculpa em nome de todos os policiais", disse ele. "Se algo voltar a acontecer, pode entrar em contato comigo".

Este caso reprimiu a crueldade e a polícia parou de assediar os praticantes. "Isto é estranho," disse um residente local, "A polícia prejudicou tanta gente e nunca pediu desculpas." Agora estão pedindo desculpas a uma família do Falun Gong. É como um milagre!”

8. Diretor do gabinete provincial: "Você não pode bater neles só porque são do Falun Gong"

Um praticante que foi preso era uma pessoa chave de acordo com a polícia. Ele foi espancado e alguns dos seus dentes caíram. Apresentar um processo judicial não foi fácil porque ele foi preso pelo departamento de segurança doméstica da cidade, que é do mesmo nível que o departamento de polícia da cidade. Existe pouco poder disciplinar, pois ambos estão no mesmo nível.

Outra coisa era que este processo podia demorar mais de um mês. Eu não tinha residência nem rendimento estável, por isso não sabia para onde iria. Depois de pensar bem nisto, decidi abandonar os meus interesses pessoais para salvaguardar o Dafa e salvar as pessoas. Contudo, quando discuti isto com outros praticantes, eles consideraram difícil e perigoso demais. Embora ninguém quisesse trabalhar comigo, decidi continuar, mesmo que estivesse sozinha.

Pensando em começar pelo departamento de polícia da província, descobri seu número e endereço. O agente em serviço no gabinete da polícia provincial me deu as informações para seu comitê disciplinar. Escrevi uma queixa e enviei a carta registrada. Após os correios terem confirmado a sua entrega uma semana depois, liguei para a comissão disciplinar a perguntei sobre o caso. A agência negou a existência de um caso.

Expliquei ao oficial que a agência não é uma empresa falsa; é em vez disso uma agência a nível provincial que audita o gabinete da polícia provincial. "Além disso, a informação de rastreio dos correios mostra que esta correspondência registrada foi recebida", expliquei. O oficial mudou sua atitude e disse que iria investigar o assunto.

Uma semana mais tarde, voltei a telefonar e outro oficial atendeu o telefone. "É um caso do Falun Gong?" perguntou ela: "Qual é a sua relação com o praticante?"

Eu disse que era parente daquele praticante. A oficial disse que tinham recebido muitos casos do Falun Gong. Teria sido fácil se se tratasse de um caso de corrupção.

"Sabe, temos medo deste tipo de casos [Falun Gong]", respondeu ela, insinuando que era melhor eu desistir do caso.

Mas não recuei pois os praticantes não fizeram nada de errado. Expliquei-lhe que a autoridade máxima na China vem da Constituição, na qual o Artigo 36 garante a liberdade de crença.

"Quer esteja ou não relacionado com o Falun Gong, quem quer que viole a lei da Polícia Chinesa sobre abuso físico e tortura deve ser investigado", disse. "O nosso país criou o comitê de disciplina para esse fim. Se as pessoas não cumprirem os seus deveres, a lei não existirá, o seu gabinete será inútil e a sua polícia juntamente com o seu uniforme não existirão."

O Mestre me deu muita sabedoria. Continuei dizendo que, se as coisas não fossem resolvidas, apelaria à comissão disciplinar nacional. Não pararia enquanto a Lei da Polícia Chinesa e o sistema de comissões disciplinares existir. Ela ficou com medo, como fosse perder o seu emprego em breve. "Não se preocupe. Por favor, dê-me algum tempo e eu apresentarei um relatório ao nosso diretor (provincial) do gabinete", respondeu ela.

Durante o mês deste caso, percebi a importância do esclarecimento da verdade para o comitê de disciplina do gabinete (provincial) da polícia. Outro praticante local concordou em ajudar a passar informações ao praticante que tinha sido espancado, para que ele soubesse em que fase se encontrava o seu caso e estivesse pronto para ser indenizado. Durante este processo, também enviei pensamentos retos e estudei bem o Fa.

Uma noite tive um sonho em que abri com os punhos um tubo de água de aço inoxidável sem emendas. No sonho, não me importava se era aço ou algum outro material, continuei apenas batendo com os punhos. No final, o cano quebrou e saiu água. Depois de acordar, percebi que isto poderia ser um bom sinal, o aparato de estado do PCC que persegue o Falun Gong tinha se partido. Pensando que a máquina quebrada ainda poderia ter algumas peças para desmontar, liguei novamente para o comitê de disciplina. "Comunicamos isto ao nosso diretor do departamento (provincial) e exigimos que a agência a nível municipal se encarregasse disto," disse o oficial e então me deu o número do telefone do comitê de disciplina do departamento de polícia da cidade.

Liguei para a agência municipal e disse que tinha apresentado uma queixa relacionada ao Falun Gong. "O escritório provincial me deu seu número e me disse que pediram para você para tratar disto," disse.

"O Falun Gong é uma questão política", disse o oficial, "Nem pense nisso". Ele repetiu então alguma propaganda difamatória contra o Falun Gong e o Mestre Li.

O Mestre me deu muita sabedoria e eu pude argumentar em cada ponto da conversa com ele. Eu disse que a Constituição permite a liberdade de crença e o Falun Gong nos ensinas a ser uma boa pessoa e chegar ao estado Buda.

"O seu gabinete é para auditar a polícia. Se os policiais fazem coisas más e os cidadãos se queixam disso, é o seu gabinete que o investiga", disse. "Para este caso, em que um praticante do Falun Gong foi espancado, não é apenas algo que a agência a nível provincial concordou, mas também está sob a autorização de oficiais superiores que tem de corrigir a justiça e fazer algo em favor do Falun Gong."

Disse então que o Falun Gong promove a Verdade, a Compaixão e a Tolerância e que não temos inimigos. De fato, o nosso Mestre e o Falun Gong têm compaixão por todos, e qualquer pessoa que ajude praticantes inocentes será abençoada. "Por favor pense sobre isso, não será esta uma grande oportunidade para você?"

"Não se preocupe", ele ficou um pouco animado: "Vou pedir ao gerente Wu para cuidar disso em um ou dois dias."

Sei que as velhas forças criaram uma enorme tribulação. Os praticantes têm de derreter o aço para salvar os seres sencientes.

Passado algum tempo, voltei a ligar para a agência de nível municipal. A oficial que atendeu o telefone foi muito educada, como se eu fosse sua supervisora. Ela me disse que o praticante era uma pessoa chave que o departamento de segurança do estado da cidade (SSB) queria prender.

"Eles [agentes da SBS] nem sequer se preocuparam conosco. Afinal, este não é um caso de corrupção que seja fácil de tratar," explicou-me ela. Ela disse que, uma vez que eu tinha apresentado o caso a uma agência a nível provincial, que exigia que o agente a nível da cidade o tratasse, ela e outros agentes não tinham outra escolha senão entrar em contato com o gabinete de polícia a nível provincial."

"No final, o próprio diretor do gabinete da polícia a nível provincial veio e teve uma grande reunião que incluiu todos os chefes das delegacias de polícia e oficiais superiores, deixando todos muito nervosos", continuou ela, "Na reunião, o diretor do gabinete a nível provincial nos disse: 'Quem disse que você pode bater nas pessoas? Quem lhe deu autorização? Não se pode bater neles só porque são do Falun Gong!" Não só isso, cada chefe de delegacia precisa colocar um número de linha direta do comitê de disciplina no escritório, para que as pessoas possam apresentar queixas quando necessário."

Eu disse isso aos outros praticantes e eles ficaram contentes. Um deles disse que este esforço suprimiu grandemente o mal. Outro praticante disse que nós, praticantes, não precisamos realmente de compensação, pois nosso objetivo é salvar pessoas. Além disso, eu não trabalhava há um mês por causa disto, e precisava  ganhar a vida. Segui seu conselho e comecei a trabalhar.

Nos esforços de ajudar o Mestre com a retificação do Fa e salvar seres sencientes, estou disposta a abrir mão de todos os apegos. Somente abandonando a nós mesmos, podemos nos assimilar ao Fa, aumentar os pensamentos retos, ganhar sabedoria e cumprir nossa missão. Obrigada Mestre e obrigada aos colegas praticantes.

(Fim)