(Minghui.org) Seis senhoras da cidade de Chengdu, província de Sichuan, foram julgadas em 5 de março de 2021, por causa de sua fé no Falun Gong, uma disciplina espiritual e de meditação que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999. Seus advogados entraram com processo alegando inocência e exigindo absolvição.

No dia 18 de novembro de 2019, a Sra Liu Guoxiu de 84 anos, teve sua casa invadida por um grupo de policiais. Os policiais, ao se depararem com calendários impressos com informações sobre o Falun Gong na sua casa, acionaram mais agentes que prenderam a Sra. Liu, bem como as outras cinco praticantes, na sua casa. Todos os seus calendários foram confiscados.

As outras cinco praticantes são a Sra. Luo Zhaolan, a Sra. Huang Gangjun, a Sra. Shen Guofeng, a Sra. Du Huizhen e a Sra. Wei Guohua. Todas com idade de aproximadamente 70 anos.

As praticantes foram detidas no Centro de Detenção da Cidade de Chengdu. As suas prisões foram aprovadas a 26 de dezembro de 2019.

Em 5 de março de 2021, durante a audiência das praticantes, no Tribunal Distrital de Xindu, o juiz presidente Fu Hua brincou que ele quase se especializou em sentenciar praticantes do Falun Gong. Desde 2016, nove praticantes do Falun Gong foram condenados pelo juiz Fu.

O promotor Wang Wenlu iniciou a audiência incriminando as praticantes de confeccionarem 589 calendários com informações sobre o Falun Gong e acusando-as por “violar a aplicação da lei”, um pretexto padrão usado para condenar praticantes do Falun Gong.

O advogado da Sra. Liu argumentou que é direito constitucionalmente protegido que sua cliente pratique o Falun Gong. O fato de terem confeccionado calendários não causou danos a ninguém, nem violou nenhuma lei. O advogado acrescentou que a Sra. Liu sofria de hipertensão e problema cardíaco no Centro de Detenção, mas as autoridades continuaram adiando a aprovação de sua liberdade sob fiança. O advogado exigiu que o juiz a absolvesse.

Outro advogado disse que ele, assim como outros advogados do caso leram os calendários, porém não encontraram nada impróprio. “Se os calendários têm conteúdo que possa prejudicar a sociedade, por que não apresentá-los ao tribunal mostrando esse conteúdo a todos?”, ele perguntou.

O advogado também questionou os testemunhos apresentados dos familiares das praticantes, que apenas confirmaram que elas praticam o Falun Gong, mas nada sobre a confecção dos calendários. Ele suspeitou que a polícia tivesse ameaçado ou enganado os familiares das praticantes, fazendo-os que testemunhassem contra seus entes queridos. Portanto, pediu que os familiares comparecessem ao tribunal para aceitar o interrogatório, mas o promotor permaneceu em silêncio.

Um terceiro advogado disse que o policial Pu Xiong, assim como os outros policiais invadiram a casa da Sra. Liu sem apresentar nenhum documento oficial, após um vizinho denunciá-la por receber alguns convidados. Em seguida, a polícia pediu que mais policiais fossem acionados, em que alguns não usavam uniformes oficiais da polícia, para prenderem os praticantes e saquearem a casa da Sra. Liu. Nenhum deles mostrou asua identidade no processo.

“Receber amigos ou parentes é algo muito comum. Por que o vizinho denunciaria por isso? Por outro lado, a polícia não tinha o direito de invadir uma residência particular só porque o proprietário estava com alguns convidados”, disse o advogado.

A Sra. Luo testemunhou em sua própria defesa, alegou que muitas de suas doenças foram curadas após a prática do Falun Gong; especialmente como sua pedra na vesícula de 2,5 cm de diâmetro, que desapareceu sem qualquer intervenção médica. Antes que terminasse, o juiz Zhang Lin a interrompeu com o argumento de que o que ela diz não tem relação com o caso.

No final da audiência, o promotor sugeriu dar uma sentença de suspensão à Sra. Liu, à Sra. Huang e à Sra. Du. Como a Sra. Liu afirmou que ela é inocente, o promotor Wang retirou imediatamente sua sugestão.

Relatório relacionado em inglês:

Six Sichuan Residents Face Trial for Their Faith

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